o monte de cima do qual Moisés contemplou a Terra Prometida, é com
toda probabilidade a atual Jebel Neba — ramificação proeminente da cordilheira de
Abarim, que forma o altiplano moabita. Situa-se 19 km a leste da desembocadura do rio
Jordão e 5 km a oeste de Medeba, a mais de 1220 m acima do nível do mar Morto, e
oferece uma vista esplêndida de grande parte da Palestina imediatamente a oeste do
Jordão. Desde 394 d.C., muitos peregrinos afirmaram a existência de uma igreja nesse
lugar, conhecida entre eles como uma “pequena igreja”. Por volta do século VI, no
entanto, Pedro, o Ibérico, descreveu-a como “um grande templo, cujo nome foi dado em
honra ao profeta [Moisés], com muitos monastérios edificados ao redor”. Continuou-se
a falar dessa igreja ampliada, até que em 1564 um monge português visitou o lugar e
constatou que as edificações sobre o cume estavam abandonadas e em ruínas. Quando o
autor deste artigo visitou o lugar pela primeira vez, em março de 1926, não havia
indícios visíveis de edificação alguma, exceto o que pareciam ser as ruínas de uma
cisterna de pouca profundidade. As escavações realizadas pelos franciscanos a partir de
1933 confirmam a história dos primeiros viajantes, que encontraram uma pequena igreja
no lugar. A igreja foi ampliada no fim do século V e, conforme tudo indica, destruída
por um terremoto no final do século VI e reedificada no ano 597. Na atualidade, o que
se vê sobre o monte Nebo são as ruínas dessa igreja. No piso, há mosaicos, além de
esplêndidas pinturas de animais e de árvores em uma das capelas. As extensas ruínas do
edifício do monastério agrupam-se ao redor da igreja nas direções oeste, norte e sul. Em
dias claros, é possível parar no aterro ao redor e ver nitidamente as torres do monte das
Oliveiras, em Jerusalém.
Ver tb: Nm 33:47, Dt 32:49, Dt 34:1, Is 15:2, Jr 48:1
fonte: BIBLIA THOMPSON