A palavra em foco como termo designativo aparece 30
vezes na Bíblia (10 vezes no Antigo Testamento e 20 vezes
no Novo).
Entretanto, temos de dizer que a palavra “Inferno” na
Bíblia é uma tradução no mínimo de três diferentes palavras.
Sempre que a palavra aparece no Antigo Testamento,
trata-se sem exceção de “Sheol”, descrevendo o lugar
onde os mortos permaneceriam até a ressurreição final.
Em o Novo Testamento a palavra “Inferno” aparece
20 vezes, mas no mínimo 7 delas tratam da tradução da
palavra Hades. Lá não somente será escuro, mas dominarão
as trevas mais profundas.
Não haverá lugar que esteja tão distante de Deus, que
nem mesmo o menor raio de luz chega a ele. Será um tatear
em trevas palpáveis, sem uma centelha de esperança,
em eterna separação de Deus, no lugar do qual o Salvador
diz: “ …ali haverá pranto e ranger de dentes” . Este lugar é
uma “plylakê” = “prisão tenebrosa” (1 Pd 3.19). Como
uma cidade, tem portões e ferrolhos (Mt 16.18; Ap 1.18).
Tanto o Antigo como o Novo Testamentos, nunca tomam
estas palavras: Inferno, Sheol e seus equivalentes, como
detenção final dos perdidos. Porém, quando o NT o faz,
para 0 segundo sentido, usa sempre, seu expressivo “Geena”
e “Lago de Fogo” .(144)
Como termo teológico, este vocábulo descreve o estado
de uma existência longe de Deus e da bem-aventurança
eterna:
Primeiro: Fogo eterno (Mt 25.41).
Segundo: Trevas exteriores (Mt 8.12).
Terceiro: Tormento (Ap 14.10,11).
Quarto: Castigo eterno (Mt 25.46).
Quinto: Ira de Deus (Rm 2.5).
Sexto: Segunda morte (Ap 21.8).
Sétimo: Eterna destruição, banido da face do Senhor
(2 Ts 1.9).
Oitavo: Pecado eterno (Mc 3.29).
Nono: Inferno, etc. (Lc 16.23). Falando sobre ele disse
alguém: “O Inferno é uma necessidade moral em uma estrutura
moral universal. Sem ele os ímpios não se corrigiam;
e os justos não se arrependiam”.
fonte: Escatologia Severino Pedro da Silva