3º Trimestre de 2009
Data: 13 de Setembro de 2009
TEXTO ÁUREO
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35).
VERDADE PRÁTICA
A prática do amor cristão é uma ordenança divina, e a principal evidência da nossa salvação.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Co 13.1-14.1
O amor é perene; e é maior que qualquer dom
Terça – Jo 13.35
O amor mútuo é a prova de que nascemos de novo
Quarta – 1 Jo 2.10
O amor dirigido aos nossos irmãos demonstra que estamos na luz
Quinta – Jo 3.16; 1 Jo 3.16
O amor de Cristo é o padrão para amarmos aos irmãos
Sexta – Ef 5.25-33
O amor de Cristo pela Igreja é o padrão para os cônjuges se amarem
Sábado – 1 Jo 4.16
O amor é a prova de que estamos em Deus e Ele em nós
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 4.7-16.
7 – Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
8 – Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade.
9 – Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
10 – Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
11 – Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.
12 – Ninguém jamais viu a Deus; se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a sua caridade.
13 – Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito,
14 – e vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.
15 – Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus.
16 – E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é caridade e quem está em caridade está em Deus, e Deus, nele.
INTERAÇÃO
Nesta epístola, João evidencia que é impossível desassociar fé de conduta, uma vez que é natural que o comportamento de alguém reflita sua crença. Portanto, caro professor, aproveite a aula de hoje para enfatizar a importância da coerência entre nossa fé e prática de vida cristã, assinalada aqui pelo amor, a fim de que sejamos reconhecidos como discípulos de Cristo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conceituar o amor divino.
Enfatizar o amor como a identidade do cristão.
Apontar as evidências daqueles que são filhos de Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
James Boice ressalta que, até o capítulo 4, João apresenta os três testes para se avaliar se alguém é, de fato, filho de Deus: o teste moral (retidão) em 2.3-6; o teste social (amor) em 2.7-11; e o teste doutrinário (verdade) em 2.18-27. Entretanto, a partir de 4.7, João enfatiza o amor ao próximo como algo inerente à natureza daquele que é filho de Deus. Aproveite a divisão temática citada aqui e exponha-a a sua turma na introdução desta aula.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Amor Ágape: amor abnegado, profundo e constante, como o amor de Deus pela humanidade.
Embora já tenhamos abordado o tema do amor em lição anterior, hoje trataremos desta questão sob outra perspectiva, a fim de que possamos fazer uma auto-avaliação com o objetivo de refletir a respeito das seguintes questões: Será que amo de fato a Deus e ao próximo? Como tenho demonstrado este amor?
I. O AMOR DIVINO
1. Deus é amor. Essa é uma das declarações mais sublimes da Bíblia. O amor não é apenas um dos atributos de Deus; é a sua própria essência e natureza. O amor divino é totalmente diferente do humano, uma vez que é incondicional, imutável e perfeito. Ainda que o homem o ame menos ou mais, o amor de Deus não sofrerá alteração alguma, porque é da natureza dEle amar. Em tudo o que faz, seu amor é demonstrado. Até mesmo quando corrige, o Eterno o faz porque ama (Hb 12.6).
A partir dessa verdade, a Bíblia declara que é impossível alguém conhecer a Deus e não amar (1 Jo 4.8). Ora, assim como um filho possui características de seu pai, nós, como filhos de um Deus que ama, naturalmente devemos amar como Ele amou (2 Pe 1.4; Jo 15.12). Do contrário, não seremos considerados seus filhos.
2. A manifestação do amor de Deus. Já aprendemos que Deus é amor, porém, neste tópico iremos demonstrar que Ele apresenta provas desse amor. Uma das mais expressivas provas encontra-se descrita no texto áureo da Bíblia (Jo 3.16). O amor de Deus manifestou-se em Cristo, Seu Filho unigênito (v.9). A expressão “unigênito do Pai” assinala a singularidade de Jesus sobre todos os homens e seres celestiais. Sempre que o autor usa o termo “unigênito” realça esse caráter singular de Cristo, levando-nos a compreender a grandeza do amor de Deus ao oferecer Jesus para morrer por nós (Jo 1.14,18; 3.16,18), a fim de que pudéssemos obter a vida eterna, quando ainda éramos pecadores (Jo 3.14-16; Rm 5.8; 2 Co 5.21; Ef 5.1,2).
Cristo é a materialização do amor divino. Jesus é a declaração de amor de Deus ao mundo (Tt 3.4). Para o homem, é impossível imaginar a grandeza, a largura, a altura e a profundidade desse amor. Em sua carta, o apóstolo faz questão de deixar claro que foi o próprio Deus quem tomou a iniciativa de nos amar e demonstrou isso enviando Jesus para perdão dos nossos pecados. Além disso, quando João afirma que Cristo morreu não somente pelos nossos pecados, mas também pelos de todo o mundo (1 Jo 2.2), enfatiza a abrangência do seu sacrifício expiatório e a grandeza deste amor (Rm 5.8).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O amor incondicional, imutável e perfeito de Deus é manifesto em Cristo.
II. O AMOR COMO IDENTIDADE DO CRISTÃO
As palavras registradas por João (Jo 3.16) são retomadas no v.11. No entanto, aqui, o apóstolo o faz de forma bem mais aplicada e pessoal. Ele avalia a grandeza do amor de Deus em dar o seu Filho para morrer em nosso lugar e nos encoraja a fazer o mesmo (1 Jo 3.16).
1. O dever de amar a todos. “Amados, se Deus assim nos amou…” (v.7a). João dirige-se à igreja com um tipo de tratamento comum entre ele e os irmãos (2.7; 3.2,21; 4.1,7,11). Contudo, a ênfase está no modo como Deus amou. A Bíblia nos encoraja a amarmos à maneira dEle, que entregou seu filho à morte por amor. Será que estaríamos dispostos a amar assim? De acordo com as Sagradas Escrituras, não há alternativa para nós, pois está escrito que, como filhos de Deus, temos de agir como Ele (vv.7,8). Além disso, não é apenas a forma de amar que João ensina, mas também a quem devemos amar. Se o Pai, o Deus Todo-Poderoso, o Criador, nos amou antes de ser amado por nós, muito mais nós, seres humanos, que já experimentamos tão maravilhoso amor, devemos amar ao nosso próximo, conforme nos ensina a Parábola do Bom Samaritano (Mc 10.29-37).
2. A identidade cristã. “E qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (v.7b). Essa é a identidade do seguidor de Cristo (Jo 15.35); somos o reflexo do amor divino para o mundo. Ao mencionar que ninguém viu a Deus, o apóstolo João reforça a necessidade que temos de amar ao próximo, para que o mundo possa experimentar do seu amor. A nova criatura é a luz que ilumina o mundo, e suas boas obras são motivo de os descrentes glorificarem ao Senhor (Mt 5.16).
3. Deus nos capacita a amar. “[…] Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor” (v.12). Deus não é apenas o nosso exemplo de amor ao próximo (Jo 13.15), mas também aquele que nos capacita a amar mediante o Espírito Santo que em nós habita (Rm 5.5; 8.9; 2 Co 1.22). Além disso, o amor de Deus é aperfeiçoado em nós, porque somos os seres nos quais Deus manifesta esse amor.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O amor é a identidade do cristão.
III. O AMOR E A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO
O capítulo 4 da 1 Epístola de João encerra-se ao apresentar algumas evidências daqueles que são filhos de Deus e, portanto, são salvos.
1. O amor ao próximo (vv.12,13). Quando somos salvos, transformados por Deus e feitos seus filhos, passamos a ter o seu amor dentro de nós. O ato de amar ao próximo é uma prova da nossa nova natureza e filiação. Aquele que já experimentou o amor divino consequentemente ama o seu semelhante. É por isso que o apóstolo afirma com tanta segurança e certeza que quem não ama, não conhece a Deus!
2. A confissão de Jesus como Filho de Deus (v.15). Aqueles que reconhecem que Jesus Cristo é o Filho de Deus, podem estar convictos de que são a habitação do Senhor. Tais pessoas só podem realizar essa confissão a partir do momento em que experimentaram o amor divino.
3. A confiança no amor de Deus (vv.16-18). O crente, que é morada do Espírito Santo de Deus (1 Co 3.16,17; 6.19), cumpre seus mandamentos, é santo, tem comunhão com Deus, permanece nEle e ama o seu próximo. Enfim, confia plenamente no amor que o Eterno tem por si e na sua salvação em Cristo. Por isso, está seguro em relação à vida eterna.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Aqueles que são filhos de Deus amam ao próximo, confessam que Jesus é o Filho de Deus e confiam no amor divino.
CONCLUSÃO
Ao finalizar a lição deste domingo e o capítulo 4 da epístola, é imprescindível refletirmos a respeito da questão proposta no versículo 20: “Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” Logo, se você ama a Deus, ame ao próximo (v.21).
REFLEXÃO
“Em João 3.16 o amor de Deus ao enviar o Senhor Jesus deve ser admirado, não porque seja estendido a algo tão grande quanto o mundo, mas a algo tão mau; não a tantas pessoas, mas a pessoas tão impiedosas”. D. A. Carson
VOCABULÁRIO
Expiatório: Ato ou efeito de expiar ou satisfazer as exigências da justiça por meio do pagamento de uma penalidade.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Gilberto, A. O fruto do Espírito. RJ: CPAD, 2004.
Lucado, M. Um amor que vale a pena. RJ: CPAD, 2003.
EXERCÍCIOS
1. Cite duas características do amor divino.
R. O amor de Deus é imutável e perfeito.
2. Qual a maior prova do amor de Deus?
R. O oferecimento de seu filho unigênito para morrer pelos pecadores.
3. Qual deve ser a identidade cristã?
R. O amor ao próximo.
4. Mencione três evidências daqueles que são filhos de Deus.
R. Aqueles que são filhos de Deus amam ao próximo, confessam que Jesus é o Filho de Deus e confiam no amor divino.
5. Por que o crente fiel pode estar seguro em relação à vida eterna?
R. Porque cumpre os mandamentos de Deus, tem comunhão com Ele e ama o seu próximo.