Atenção, atenção, geração de “sonhadores apaixonados”, vou logo
avisando que esta análise da conhecida canção “Sonhos de Deus” poderá
deixá-los um tanto irritados! Mas peço-lhes que sejam imparciais e
valorizem o que a infalível Palavra de Deus tem a dizer (1 Pe 1.24,25), a
menos que não queiram mais andar segundo a Bíblia.
Muitos cantam de cor: “Se tentaram matar os teus sonhooos,
sufocando o teu coraçããão; se lançaram você numa covaaa; e ferido perdeu a
visããão…” Nessa canção, somos retratados como pessoas que pensam ser
pobres em razão de desconhecerem o potencial que têm dentro de si. Ela tem
como objetivo apresentar uma mensagem motivacional, de auto-ajuda, cuja
característica principal é mostrar que o crente, se pensar positivo e usar
palavras convictas, torna-se forte, podendo mudar todas as circunstâncias e
trazer à existência o que não existe.
Ah, como as palavras dessa canção nos animam e nos motivam!
Percebemos, ao cantá-la, que não há limites para um sonhador. Tudo lhe é
possível… Sabe o que é isso? Humanismo! Antropocentrismo puro! Essa
canção realmente agrada uma boa parte dos crentes e está de acordo com as
mensagens da moda, que giram em torno de “sonhos”, isto é, projetos que
estão em nosso coração.
A Palavra de Deus nos alerta quanto ao perigo de confiarmos em
nosso coração (Jr 17.9). Em nenhuma parte dela somos estimulados a
“sonhar os sonhos de Deus”. É óbvio que podemos ter projetos, aspirações,
“sonhos”. O perigo está em acreditar que todas essas aspirações provêm do
Senhor. É claro que Ele nos revela algumas coisas mediante sonhos de
verdade, quando dormimos (Gn 37.5,9; Mt 2.12), mas isso nada tem que ver
com “sonhos de Deus que jamais vão morrer”.
“E a promessa de sonhos para os crentes de hoje, em decorrência do
derramamento do Espírito Santo?” — alguém perguntará. Ora, a promessa
diz respeito a sonhos de verdade (revelações de Deus), e não a “sonhos” no
sentido de desejos e aspirações (Jl 2.28,29).

 

fonte: Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar – Ciro Sanches Zibordi

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