Como explicar as experiências da Rua Azusa? E os relatos contidos no
Diário do Pioneiro de Gunnar Vingren, editado pela CPAD? As informações
contidas nesse livro — que, repito, não é a Bíblia — têm como objetivo
enfatizar que a glória de Deus era tão intensa, naqueles dias, a ponto de ser
impossível permanecer de pé, em alguns momentos. E a alegria era tão
grande, que irmãos riam continuamente, externando tal alegria, mas
permaneciam conscientes.
O que aconteceu no tempo dos pioneiros não pode ser comparado aos
atuais “moveres”, verdadeiras aberrações. Na Azusa e em Belém, as pessoas
envolvidas nas manifestações citadas estudavam a Bíblia, oravam, jejuavam,
tinham um bom testemunho e se submetiam inteiramente à vontade de Deus.
Não havia naquelas reuniões super-pregadores, paletó mágico, sopro
ungido, sapato de fogo, etc. E mais: o nome de Jesus Cristo era glorificado!
Muitos pensam que Deus se manifesta derrubando pessoas. Isso é um
engodo! Lembremo-nos de que quem lança pessoas ao chão à moda dos
super-pregadores é o Diabo (Mc 9.17-27; Lc 4.35). Jesus a ninguém derruba.
Mas alguém pode cair por não suportar a glória da sua presença, como
aconteceu com o apóstolo João.
Reconheço que alguém, em um culto pentecostal, possa até sentir a
glória de Deus de modo tão intenso, a ponto de não suportar ficar de pé. Isso
já aconteceu com pessoas piedosas e tementes a Deus. João, o apóstolo, em
Apocalipse 1.17, afirmou, referindo-se ao Senhor Jesus: “E, quando o vi, caí
a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não
temas; eu sou o Primeiro e o Último”.
Da experiência vivida por João (Ap 1) extraímos verdades
importantes:
1) Ele não perdeu, em momento algum, a consciência. Haja vista ouvir
claramente a mensagem de Jesus. Não foi um transe ou algo parecido.
2) Ele também não caiu ao chão estrebuchando-se ou debatendo-se.
3) Ele caiu diante da presença real de Jesus Cristo glorificado. Quem
poderia, diante de tamanha glória, permanecer sobre seus pés?
4) João caiu aos pés de Cristo. Muitos não caem de joelhos, mas são
derrubados, caindo para trás, de costas.
Permaneçamos, pois, em pé diante do Senhor e valorizemos a genuína
manifestação do Espírito Santo, baseada inteiramente na Palavra de Deus.
Lembremo-nos de que nós temos a unção do Santo e sabemos tudo (1 Jo
2.20).
Espero você no próximo capítulo, a fim de apresentar-lhe análises de
hinos estranhos…
fonte: Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar – Ciro Sanches Zibordi