Você já notou como os jovens costumam empregar o verbo “adorar”
para quase tudo de que gostam, menos em relação a Deus? “Adoro cantar”,
“Adoro dançar”, “Adoro ouvir música”, “Adoro chocolate”, etc. Mas, quando
vão falar do Senhor Jesus, o único de fato digno de adoração, dizem: “Estou
apaixonado”. Isso ocorre principalmente por influência de cantores-ídolos
que “adoram” empregar frases de efeito, como: “Essa é uma geração de
apaixonados” ou “Deus não rejeita um coração apaixonado”.
Paixão, por definição, é irracional, passageira e não leva em conta
princípios. A adoração, ao contrário, é racional (Rm 12.1), verdadeira (Jo
4.23,24) e envolve tudo o que há em nós: espírito, alma e corpo,
principalmente o nosso espírito, que é a parte mais profunda de nosso ser (1
Ts 5.23; Lc 1.46,47; Sl 57.7).
Alguém poderá perguntar: “O que vale não é a intenção?” Na verdade,
não podemos, ainda que bem intencionados, aceitar todas e quaisquer
influências do mundo. E o clichê em análise, conquanto para muitos seja
apenas uma simples questão de semântica, tem levado os jovens à concepção
distorcida da verdadeira adoração a Deus, acima de todas as coisas, o que é
muito mais que estar apaixonado!
Sei que alguém, ao ler esta abordagem, pode não estar muito
apaixonado por este livro e seu autor. Mas espero, sinceramente, que reflita
sobre a importância de adorar somente ao Senhor Jesus e segui-lo,
abandonando a postura de fã (Lc 9.23). Não adianta nada alguém usar uma
camiseta com os dizeres “Apaixonado por Jesus” ou viver cantando
“Apaixonado, apaixonado, apaixonado…”, se não andar como Jesus andou (1
Jo 2.6)!
Abandone, pois, essa canoa furada da geração dos apaixonados!
Embarque no navio cujos passageiros são os verdadeiros adoradores, que
seguem ao Senhor Jesus, que disse: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a
ele servirás…” (Mt 4.10).
fonte: Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar – Ciro Sanches Zibordi