O EVANGELHO SEGUNDO MARCOS
MC 1:1 – PRINCÍPIO do Evangelho de Jesus, que foi ungido filho de Deus;
MC 1:2 – Como está escrito nos profetas: Eis que eu envio o meu mensageiro ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti.
MC 1:3 – Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as suas veredas.
MC 1:4 – Apareceu João batizando no deserto, e pregando o batismo de transformação, para remir os erros morais.
MC 1:5 – E toda a província da Judéia e os de Jerusalém iam ter com ele; e todos eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
MC 1:6 – E João andava vestido de pêlos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre.
MC 1:7 – E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas.
MC 1:8 – Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o sopro Santo.
MC 1:9 – E aconteceu naqueles dias que Jesus, tendo ido de Nazaré da Galiléia, foi batizado por João, no Jordão.
MC 1:10 – E, logo que saiu da água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia sobre ele.
MC 1:11 – E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo.
MC 1:12 – E logo o Espírito o impeliu para o deserto.
MC 1:13 – E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam.
MC 1:14 – E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus,
MC 1:15 – E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Transformai-vos, e crede no evangelho.
MC 1:16 – E, andando junto do MAR da Galiléia, viu Simão, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
MC 1:17 – E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de gente.
MC 1:18 – E, deixando logo as suas redes, o seguiram.
MC 1:19 – E, passando dali um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes,
MC 1:20 – E logo os chamou. E eles, deixando o seu pai Zebedeu no barco com os jornaleiros, foram após ele.
MC 1:21 – Entraram em Cafarnaum e, logo no sábado, indo ele à sinagoga, ali ensinava.
MC 1:22 – E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.
MC 1:23 – E estava na sinagoga deles um homem com um espírito imundo, o qual exclamou,
MC 1:24 – Dizendo: Ah! que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
MC 1:25 – E repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te, e sai dele.
MC 1:26 – Então o espírito imundo, convulsionando-o, e clamando com grande voz, saiu dele.
MC 1:27 – E todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Pois com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!
MC 1:28 – E logo correu a sua fama por toda a província da Galiléia.
MC 1:29 – E logo, saindo da sinagoga, foram à casa de Simão e de André com Tiago e João.
MC 1:30 – E a sogra de Simão estava deitada com febre; e logo lhe falaram dela.
MC 1:31 – Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão, e levantou-a; e imediatamente a febre a deixou, e servia-os.
MC 1:32 – E, tendo chegado a tarde, quando já se estava pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos, e os endemoninhados.
MC 1:33 – E toda a cidade se ajuntou à porta.
MC 1:34 – E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos espíritos menores, porém não deixava falar os espíritos menores, porque o conheciam.
MC 1:35 – E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
MC 1:36 – E seguiram-no Simão e os que com ele estavam.
MC 1:37 – E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam.
MC 1:38 – E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim.
MC 1:39 – E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galiléia, e expulsava os espíritos menores.
MC 1:40 – E aproximou-se dele um eczematoso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.
MC 1:41 – E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo.
MC 1:42 – E, tendo ele dito isto, logo a eczema desapareceu, e ficou limpo.
MC 1:43 – E, advertindo-o severamente, logo o despediu.
MC 1:44 – E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
MC 1:45 – Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas, e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.
MC 2:1 – E ALGUNS dias depois entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.
MC 2:2 – E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam; e anunciava-lhes a palavra.
MC 2:3 – E vieram ter com ele conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
MC 2:4 – E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico.
MC 2:5 – E Jesus, vendo a verdade deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.
MC 2:6 – E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo:
MC 2:7 – Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
MC 2:8 – E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?
MC 2:9 – Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?
MC 2:10 – Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico),
MC 2:11 – A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
MC 2:12 – E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos.
MC 2:13 – E tornou a sair para o mar, e toda a multidão ia ter com ele, e ele os ensinava.
MC 2:14 – E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na recebedoria, e disse-lhe: Segue-me. E, levantando-se, o seguiu.
MC 2:15 – E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus alunos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido.
MC 2:16 – E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus alunos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?
MC 2:17 – E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim cha
MAR os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.
MC 2:18 – Ora, os alunos de João e os fariseus jejuavam; e foram e disseram-lhe: Por que jejuam os alunos de João e os dos fariseus, e não jejuam os teus alunos?
MC 2:19 – E Jesus disse-lhes: Podem porventura os filhos das bodas jejuar enquanto está com eles o esposo? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar;
MC 2:20 – Mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão naqueles dias.
MC 2:21 – Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha; doutra sorte o mesmo remendo novo rompe o velho, e a rotura fica maior.
MC 2:22 – E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos.
MC 2:23 – E aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus alunos, caminhando, começaram a colher espigas.
MC 2:24 – E os fariseus lhe disseram: Vês? Por que fazem no sábado o que não é lícito?
MC 2:25 – Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o que fez Davi, quando estava em necessidade e teve fome, ele e os que com ele estavam?
MC 2:26 – Como entrou na casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu os pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando também aos que com ele estavam?
MC 2:27 – E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.
MC 2:28 – Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor.
MC 3:1 – E OUTRA vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada.
MC 3:2 – E estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem.
MC 3:3 – E disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e vem para o meio.
MC 3:4 – E perguntou-lhes: É lícito no sábado fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida, ou matar? E eles calaram-se.
MC 3:5 – E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra.
MC 3:6 – E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam.
MC 3:7 – E retirou-se Jesus com os seus alunos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galiléia e da Judéia,
MC 3:8 – E de Jerusalém, e da Iduméia, e de além do Jordão, e de perto de Tiro e de Sidom; uma grande multidão que, ouvindo quão grandes coisas fazia, vinha ter com ele.
MC 3:9 – E ele disse aos seus alunos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não oprimisse,
MC 3:10 – Porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem.
MC 3:11 – E os espíritos imundos vendo-o, prostravam-se diante dele, e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de Deus.
MC 3:12 – E ele os ameaçava muito, para que não o manifestassem.
MC 3:13 – E subiu ao monte, e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele.
MC 3:14 – E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar,
MC 3:15 – E para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os espíritos menores:
MC 3:16 – A Simão, a quem pôs o nome de Pedro,
MC 3:17 – E a Tiago, filho de Zebedeu, e a João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos do trovão;
MC 3:18 – E a André, e a Filipe, e a Bartolomeu, e a Mateus, e a Tomé, e a Tiago, filho de Alfeu, e a Tadeu, e a Simão o Zelote,
MC 3:19 – E a Judas Iscariotes, o que o entregou.
MC 3:20 – E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que nem sequer podiam comer pão.
MC 3:21 – E, quando os seus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si.
MC 3:22 – E os escribas, que tinham descido de Jerusalém, diziam: Tem Belzebu, e pelo príncipe dos espíritos menores expulsa os espíritos menores.
MC 3:23 – E, chamando-os a si, disse-lhes por enigmas: Como pode Satanás expulsar Satanás?
MC 3:24 – E, se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode subsistir;
MC 3:25 – E, se uma casa se dividir contra si mesma, tal casa não pode subsistir.
MC 3:26 – E, se Satanás se levantar contra si mesmo, e for dividido, não pode subsistir; antes tem fim.
MC 3:27 – Ninguém pode roubar os bens do valente, entrando-lhe em sua casa, se primeiro não maniatar o valente; e então roubará a sua casa.
MC 3:28 – Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem;
MC 3:29 – Qualquer, porém, que blasfe
MAR contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo
MC 3:30 – (Porque diziam: Tem espírito imundo).
MC 3:31 – Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando fora, mandaram-no chamar.
MC 3:32 – E a multidão estava assentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora.
MC 3:33 – E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos?
MC 3:34 – E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos.
MC 3:35 – Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe.
MC 4:1 – E OUTRA vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.
MC 4:2 – E ensinava-lhes muitas coisas por enigmas, e lhes dizia na sua doutrina:
MC 4:3 – Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
MC 4:4 – E aconteceu que semeando ele, uma parte da semente caiu junto do caminho, e vieram as aves do céu, e a comeram;
MC 4:5 – E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda;
MC 4:6 – Mas, saindo o sol, queimou-se; e, porque não tinha raiz, secou-se.
MC 4:7 – E outra caiu entre espinhos e, crescendo os espinhos, a sufocaram e não deu fruto.
MC 4:8 – E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta, e outro cem.
MC 4:9 – E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
MC 4:10 – E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
MC 4:11 – E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por enigmas,
MC 4:12 – Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
MC 4:13 – E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todos os enigmas?
MC 4:14 – O que semeia, semeia a palavra;
MC 4:15 – E, os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações.
MC 4:16 – E da mesma forma os que recebem a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;
MC 4:17 – Mas não têm raiz em si mesmos, antes são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição, por causa da palavra, logo se escandalizam.
MC 4:18 – E outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;
MC 4:19 – Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.
MC 4:20 – E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra e a recebem, e dão fruto, um a trinta, outro a sessenta, outro a cem, por um.
MC 4:21 – E disse-lhes: Vem porventura a candeia para se meter debaixo do alqueire, ou debaixo da cama? não vem antes para se colocar no velador?
MC 4:22 – Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto.
MC 4:23 – Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.
MC 4:24 – E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada a vós que ouvis.
MC 4:25 – Porque ao que tem, ser-lhe-á dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
MC 4:26 – E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra.
MC 4:27 – E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como.
MC 4:28 – Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga.
MC 4:29 – E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa.
MC 4:30 – E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos?
MC 4:31 – É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra;
MC 4:32 – Mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.
MC 4:33 – E com muitas enigmas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.
MC 4:34 – E sem enigmas nunca lhes falava; porém, tudo declarava em particular aos seus alunos.
MC 4:35 – E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
MC 4:36 – E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
MC 4:37 – E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
MC 4:38 – E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
MC 4:39 – E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
MC 4:40 – E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes verdade?
MC 4:41 – E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o
MAR lhe obedecem?
MC 5:1 – E CHEGARAM ao outro lado do mar, à província dos gadarenos.
MC 5:2 – E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo;
MC 5:3 – O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender;
MC 5:4 – Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas, e ninguém o podia amansar.
MC 5:5 – E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras.
MC 5:6 – E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
MC 5:7 – E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes.
MC 5:8 – (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.)
MC 5:9 – E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.
MC 5:10 – E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província.
MC 5:11 – E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos.
MC 5:12 – E todos aqueles espíritos menores lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles.
MC 5:13 – E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no
MAR (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar.
MC 5:14 – E os que apascentavam os porcos fugiram, e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido.
MC 5:15 – E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram.
MC 5:16 – E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado, e acerca dos porcos.
MC 5:17 – E começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos.
MC 5:18 – E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele.
MC 5:19 – Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o SENHOR te fez, e como teve misericórdia de ti.
MC 5:20 – E ele foi, e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilharam.
MC 5:21 – E, passando Jesus outra vez num barco para o outro lado, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele estava junto do mar.
MC 5:22 – E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés,
MC 5:23 – E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos, para que sare, e viva.
MC 5:24 – E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava.
MC 5:25 – E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue,
MC 5:26 – E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior;
MC 5:27 – Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste.
MC 5:28 – Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.
MC 5:29 – E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.
MC 5:30 – E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nas minhas vestes?
MC 5:31 – E disseram-lhe os seus alunos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?
MC 5:32 – E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera.
MC 5:33 – Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
MC 5:34 – E ele lhe disse: Filha, a tua verdade te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal.
MC 5:35 – Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre?
MC 5:36 – E Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
MC 5:37 – E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, Tiago, e João, irmão de Tiago.
MC 5:38 – E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço, e os que choravam muito e pranteavam.
MC 5:39 – E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme.
MC 5:40 – E riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina, e os que com ele estavam, e entrou onde a menina estava deitada.
MC 5:41 – E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talita cumi; que, traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-te.
MC 5:42 – E logo a menina se levantou, e andava, pois já tinha doze anos; e assombraram-se com grande espanto.
MC 5:43 – E mandou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer.
MC 6:1 – E, PARTINDO dali, chegou à sua pátria, e os seus alunos o seguiram.
MC 6:2 – E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe foi dada? e como se fazem tais maravilhas por suas mãos?
MC 6:3 – Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
MC 6:4 – E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua casa.
MC 6:5 – E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.
MC 6:6 – E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.
MC 6:7 – Chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos;
MC 6:8 – E ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão somente um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto;
MC 6:9 – Mas que calçassem alparcas, e que não vestissem duas túnicas.
MC 6:10 – E dizia-lhes: Na casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali.
MC 6:11 – E tantos quantos vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância no dia de juízo para Sodoma e Gomorra, do que para os daquela cidade.
MC 6:12 – E, saindo eles, pregavam que se arrependessem.
MC 6:13 – E expulsavam muitos espíritos menores, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.
MC 6:14 – E ouviu isto o rei Herodes (porque o nome de Jesus se tornara notório), e disse: João, o que batizava, ressuscitou dentre os mortos, e por isso estas maravilhas operam nele.
MC 6:15 – Outros diziam: É Elias. E diziam outros: É um profeta, ou como um dos profetas.
MC 6:16 – Herodes, porém, ouvindo isto, disse: Este é João, que mandei degolar; ressuscitou dentre os mortos.
MC 6:17 – Porquanto o mesmo Herodes mandara prender a João, e encerrá-lo maniatado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, porquanto tinha casado com ela.
MC 6:18 – Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão.
MC 6:19 – E Herodias o espiava, e queria matá-lo, mas não podia.
MC 6:20 – Porque Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo; e guardava-o com segurança, e fazia muitas coisas, atendendo-o, e de boa mente o ouvia.
MC 6:21 – E, chegando uma ocasião favorável em que Herodes, no dia dos seus anos, dava uma ceia aos grandes, e tribunos, e príncipes da Galiléia,
MC 6:22 – Entrou a filha da mesma Herodias, e dançou, e agradou a Herodes e aos que estavam com ele à mesa. Disse então o rei à menina: Pede-me o que quiseres, e eu to darei.
MC 6:23 – E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que me pedires te darei, até metade do meu reino.
MC 6:24 – E, saindo ela, perguntou a sua mãe: Que pedirei? E ela disse: A cabeça de João o Batista.
MC 6:25 – E, entrando logo, apressadamente, pediu ao rei, dizendo: Quero que imediatamente me dês num prato a cabeça de João o Batista.
MC 6:26 – E o rei entristeceu-se muito; todavia, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não lha quis negar.
MC 6:27 – E, enviando logo o rei o executor, mandou que lhe trouxessem ali a cabeça de João. E ele foi, e degolou-o na prisão;
MC 6:28 – E trouxe a cabeça num prato, e deu-a à menina, e a menina a deu a sua mãe.
MC 6:29 – E os seus alunos, tendo ouvido isto, foram, tomaram o seu corpo, e o puseram num sepulcro.
MC 6:30 – E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus, e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado.
MC 6:31 – E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer.
MC 6:32 – E foram sós num barco para um lugar deserto.
MC 6:33 – E a multidão viu-os partir, e muitos o conheceram; e correram para lá, a pé, de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e aproximavam-se dele.
MC 6:34 – E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.
MC 6:35 – E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus alunos se aproximaram dele, e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já muito adiantado.
MC 6:36 – Despede-os, para que vão aos lugares e aldeias circunvizinhas, e comprem pão para si; porque não têm que comer.
MC 6:37 – Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram-lhe: Iremos nós, e compraremos duzentos dinheiros de pão para lhes darmos de comer?
MC 6:38 – E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes.
MC 6:39 – E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em ranchos, sobre a erva verde.
MC 6:40 – E assentaram-se repartidos de cem em cem, e de cinqüenta em cinqüenta.
MC 6:41 – E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu-os aos seus alunos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos.
MC 6:42 – E todos comeram, e ficaram fartos;
MC 6:43 – E levantaram doze alcofas cheias de pedaços de pão e de peixe.
MC 6:44 – E os que comeram os pães eram quase cinco mil homens.
MC 6:45 – E logo obrigou os seus alunos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.
MC 6:46 – E, tendo-os despedido, foi ao monte a orar.
MC 6:47 – E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do
MAR e ele, sozinho, em terra.
MC 6:48 – E vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar-lhes adiante.
MC 6:49 – Mas, quando eles o viram andar sobre o mar, cuidaram que era um fantasma, e deram grandes gritos.
MC 6:50 – Porque todos o viam, e perturbaram-se; mas logo falou com eles, e disse-lhes: Tende bom ânimo; sou eu, não temais.
MC 6:51 – E subiu para o barco, para estar com eles, e o vento se aquietou; e entre si ficaram muito assombrados e maravilhados;
MC 6:52 – Pois não tinham compreendido o milagre dos pães; antes o seu coração estava endurecido.
MC 6:53 – E, quando já estavam no outro lado, dirigiram-se à terra de Genesaré, e ali atracaram.
MC 6:54 – E, saindo eles do barco, logo o conheceram;
MC 6:55 – E, correndo toda a terra em redor, começaram a trazer em leitos, aonde quer que sabiam que ele estava, os que se achavam enfermos.
MC 6:56 – E, onde quer que entrava, ou em cidade, ou aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças, e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua roupa; e todos os que lhe tocavam saravam.
MC 7:1 – E AJUNTARAM-SE a ele os fariseus, e alguns dos escribas que tinham vindo de Jerusalém.
MC 7:2 – E, vendo que alguns dos seus alunos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar, os repreendiam.
MC 7:3 – Porque os fariseus, e todos os judeus, conservando a tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos muitas vezes;
MC 7:4 – E, quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal e as camas.
MC 7:5 – Depois perguntaram-lhe os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus alunos conforme a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos por lavar?
MC 7:6 – E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim;
MC 7:7 – Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens.
MC 7:8 – Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas.
MC 7:9 – E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.
MC 7:10 – Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente morrerá.
MC 7:11 – Vós, porém, dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor;
MC 7:12 – Nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe,
MC 7:13 – Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas.
MC 7:14 – E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós, todos, e compreendei.
MC 7:15 – Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem.
MC 7:16 – Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.
MC 7:17 – Depois, quando deixou a multidão, e entrou em casa, os seus alunos o interrogavam acerca desta parábola.
MC 7:18 – E ele disse-lhes: Assim também vós estais sem entendimento? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar,
MC 7:19 – Porque não entra no seu coração, mas no ventre, e é lançado fora, ficando puras todas as comidas?
MC 7:20 – E dizia: O que sai do homem isso contamina o homem.
MC 7:21 – Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios,
MC 7:22 – Os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.
MC 7:23 – Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem.
MC 7:24 – E, levantando-se dali, foi para os termos de Tiro e de Sidom. E, entrando numa casa, não queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se;
MC 7:25 – Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés.
MC 7:26 – E esta mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio.
MC 7:27 – Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém to
MAR o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
MC 7:28 – Ela, porém, respondeu, e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos.
MC 7:29 – Então ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha.
MC 7:30 – E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, e que o demônio já tinha saído.
MC 7:31 – E ele, tornando a sair dos termos de Tiro e de Sidom, foi até ao
MAR da Galiléia, pelos confins de Decápolis.
MC 7:32 – E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele.
MC 7:33 – E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua.
MC 7:34 – E, levantando os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá; isto é, Abre-te.
MC 7:35 – E logo se abriram os seus ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente.
MC 7:36 – E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam.
MC 7:37 – E, admirando-se sobremaneira, diziam: Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e falar os mudos.
MC 8:1 – NAQUELES dias, havendo uma grande multidão, e não tendo quê comer, Jesus chamou a si os seus alunos, e disse-lhes:
MC 8:2 – Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm quê comer.
MC 8:3 – E, se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe.
MC 8:4 – E os seus alunos responderam-lhe: De onde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto?
MC 8:5 – E perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete.
MC 8:6 – E ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães, e tendo dado graças, partiu-os, e deu-os aos seus alunos, para que os pusessem diante deles, e puseram-nos diante da multidão.
MC 8:7 – Tinham também alguns peixinhos; e, tendo dado graças, ordenou que também lhos pusessem diante.
MC 8:8 – E comeram, e saciaram-se; e dos pedaços que sobejaram levantaram sete cestos.
MC 8:9 – E os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os.
MC 8:10 – E, entrando logo no barco, com os seus alunos, foi para as partes de Dalmanuta.
MC 8:11 – E saíram os fariseus, e começaram a disputar com ele, pedindo-lhe, para o tentarem, um sinal do céu.
MC 8:12 – E, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se dará sinal algum.
MC 8:13 – E, deixando-os, tornou a entrar no barco, e foi para o outro lado.
MC 8:14 – E eles se esqueceram de levar pão e, no barco, não tinham consigo senão um pão.
MC 8:15 – E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes.
MC 8:16 – E arrazoavam entre si, dizendo: É porque não temos pão.
MC 8:17 – E Jesus, conhecendo isto, disse-lhes: Para que arrazoais, que não tendes pão? não considerastes, nem compreendestes ainda? tendes ainda o vosso coração endurecido?
MC 8:18 – Tendo olhos, não vedes? e tendo ouvidos, não ouvis? e não vos lembrais,
MC 8:19 – Quando parti os cinco pães entre os cinco mil, quantas alcofas cheias de pedaços levantastes? Disseram-lhe: Doze.
MC 8:20 – E, quando parti os sete entre os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? E disseram-lhe: Sete.
MC 8:21 – E ele lhes disse: Como não entendeis ainda?
MC 8:22 – E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse.
MC 8:23 – E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa.
MC 8:24 – E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam.
MC 8:25 – Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu cada homem claramente.
MC 8:26 – E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia.
MC 8:27 – E saiu Jesus, e os seus alunos, para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho perguntou aos seus alunos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou?
MC 8:28 – E eles responderam: João o Batista; e outros: Elias; mas outros: Um dos profetas.
MC 8:29 – E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo.
MC 8:30 – E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele.
MC 8:31 – E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria.
MC 8:32 – E dizia abertamente estas palavras. E Pedro o tomou à parte, e começou a repreendê-lo.
MC 8:33 – Mas ele, virando-se, e olhando para os seus alunos, repreendeu a Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens.
MC 8:34 – E chamando a si a multidão, com os seus alunos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.
MC 8:35 – Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará.
MC 8:36 – Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?
MC 8:37 – Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma?
MC 8:38 – Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.
MC 9:1 – DIZIA-LHES também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o reino de Deus com poder.
MC 9:2 – E seis dias depois Jesus tomou consigo a Pedro, a Tiago, e a João, e os levou sós, em particular, a um alto monte; e transfigurou-se diante deles;
MC 9:3 – E as suas vestes tornaram-se resplandecentes, extremamente brancas como a neve, tais como nenhum lavadeiro sobre a terra os poderia branquear.
MC 9:4 – E apareceu-lhes Elias, com Moisés, e falavam com Jesus.
MC 9:5 – E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Mestre, é bom que estejamos aqui; e façamos três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.
MC 9:6 – Pois não sabia o que dizia, porque estavam assombrados.
MC 9:7 – E desceu uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu filho amado; a ele ouvi.
MC 9:8 – E, tendo olhado em redor, ninguém mais viram, senão só Jesus com eles.
MC 9:9 – E, descendo eles do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho do homem ressuscitasse dentre os mortos.
MC 9:10 – E eles retiveram o caso entre si, perguntando uns aos outros que seria aquilo, ressuscitar dentre os mortos.
MC 9:11 – E interrogaram-no, dizendo: Por que dizem os escribas que é necessário que Elias venha primeiro?
MC 9:12 – E, respondendo ele, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e todas as coisas restaurará; e, como está escrito do Filho do homem, que ele deva padecer muito e ser aviltado.
MC 9:13 – Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como dele está escrito.
MC 9:14 – E, quando se aproximou dos alunos, viu ao redor deles grande multidão, e alguns escribas que disputavam com eles.
MC 9:15 – E logo toda a multidão, vendo-o, ficou espantada e, correndo para ele, o saudaram.
MC 9:16 – E perguntou aos escribas: Que é que discutis com eles?
MC 9:17 – E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo;
MC 9:18 – E este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus alunos que o expulsassem, e não puderam.
MC 9:19 – E ele, respondendo-lhes, disse: Ó geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei ainda? Trazei-mo.
MC 9:20 – E trouxeram-lho; e quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência, e, caindo o endemoninhado por terra, revolvia-se, escumando.
MC 9:21 – E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância.
MC 9:22 – E muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos.
MC 9:23 – E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.
MC 9:24 – E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade.
MC 9:25 – E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele.
MC 9:26 – E ele, clamando, e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal maneira que muitos diziam que estava morto.
MC 9:27 – Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou.
MC 9:28 – E, quando entrou em casa, os seus alunos lhe perguntaram à parte: Por que o não pudemos nós expulsar?
MC 9:29 – E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.
MC 9:30 – E, tendo partido dali, caminharam pela Galiléia, e não queria que alguém o soubesse;
MC 9:31 – Porque ensinava os seus alunos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e, morto ele, ressuscitará ao terceiro dia.
MC 9:32 – Mas eles não entendiam esta palavra, e receavam interrogá-lo.
MC 9:33 – E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho?
MC 9:34 – Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior.
MC 9:35 – E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos.
MC 9:36 – E, lançando mão de um menino, pô-lo no meio deles e, tomando-o nos seus braços, disse-lhes:
MC 9:37 – Qualquer que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, recebe, não a mim, mas ao que me enviou.
MC 9:38 – E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava espíritos menores, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue.
MC 9:39 – Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim.
MC 9:40 – Porque quem não é contra nós, é por nós.
MC 9:41 – Porquanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois alunos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão.
MC 9:42 – E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar.
MC 9:43 – E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, [para o fogo que nunca se apaga],
MC 9:44 – [Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga].
MC 9:45 – E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, [no fogo que nunca se apaga],
MC 9:46 – [Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga].
MC 9:47 – E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno,
MC 9:48 – Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
MC 9:49 – Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.
MC 9:50 – Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.
MC 10:1 – E, LEVANTANDO-SE dali, foi para os termos da Judéia, além do Jordão, e a multidão se reuniu em torno dele; e tornou a ensiná-los, como tinha por costume.
MC 10:2 – E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?
MC 10:3 – Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés?
MC 10:4 – E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar.
MC 10:5 – E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento;
MC 10:6 – Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.
MC 10:7 – Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher,
MC 10:8 – E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.
MC 10:9 – Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
MC 10:10 – E em casa tornaram os alunos a interrogá-lo acerca disto mesmo.
MC 10:11 – E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela.
MC 10:12 – E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.
MC 10:13 – E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os alunos repreendiam aos que lhos traziam.
MC 10:14 – Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus.
MC 10:15 – Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele.
MC 10:16 – E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou.
MC 10:17 – E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
MC 10:18 – E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.
MC 10:19 – Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.
MC 10:20 – Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
MC 10:21 – E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.
MC 10:22 – Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.
MC 10:23 – Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus alunos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
MC 10:24 – E os alunos se admiraram destas suas palavras; mas Jesus, tornando a falar, disse-lhes: Filhos, quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus!
MC 10:25 – [É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus].
MC 10:26 – E eles se admiravam ainda mais, dizendo entre si: Quem poderá, pois, salvar-se?
MC 10:27 – Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis.
MC 10:28 – E Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos.
MC 10:29 – E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho,
MC 10:30 – Que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna.
MC 10:31 – Porém muitos primeiros serão derradeiros, e muitos derradeiros serão primeiros.
MC 10:32 – E iam no caminho, subindo para Jerusalém; e Jesus ia adiante deles. E eles maravilhavam-se, e seguiam-no atemorizados. E, tornando a to
MAR consigo os doze, começou a dizer-lhes as coisas que lhe deviam sobrevir,
MC 10:33 – Dizendo: Eis que nós subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios.
MC 10:34 – E o escarnecerão, e açoitarão, e cuspirão nele, e o matarão; e, ao terceiro dia, ressuscitará.
MC 10:35 – E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos.
MC 10:36 – E ele lhes disse: Que quereis que vos faça?
MC 10:37 – E eles lhe disseram: Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda.
MC 10:38 – Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?
MC 10:39 – E eles lhe disseram: Podemos. Jesus, porém, disse-lhes: Em verdade, vós bebereis o cálice que eu beber, e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado;
MC 10:40 – Mas, o assentar-se à minha direita, ou à minha esquerda, não me pertence a mim concedê-lo, mas isso é para aqueles a quem está reservado.
MC 10:41 – E os dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João.
MC 10:42 – Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas;
MC 10:43 – Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal;
MC 10:44 – E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.
MC 10:45 – Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.
MC 10:46 – Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus alunos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando.
MC 10:47 – E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim.
MC 10:48 – E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi! tem misericórdia de mim.
MC 10:49 – E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama.
MC 10:50 – E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus.
MC 10:51 – E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista.
MC 10:52 – E Jesus lhe disse: Vai, a tua verdade te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.
MC 11:1 – E, LOGO que se aproximaram de Jerusalém, de Betfagé e de Betânia, junto do Monte das Oliveiras, enviou dois dos seus alunos,
MC 11:2 – E disse-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós; e, logo que ali entrardes, encontrareis preso um jumentinho, sobre o qual ainda não montou homem algum; soltai-o, e trazei-mo.
MC 11:3 – E, se alguém vos disser: Por que fazeis isso? dizei-lhe que o Senhor precisa dele, e logo o deixará trazer para aqui.
MC 11:4 – E foram, e encontraram o jumentinho preso fora da porta, entre dois caminhos, e o soltaram.
MC 11:5 – E alguns dos que ali estavam lhes disseram: Que fazeis, soltando o jumentinho?
MC 11:6 – Eles, porém, disseram-lhes como Jesus lhes tinha mandado; e deixaram-nos ir.
MC 11:7 – E levaram o jumentinho a Jesus, e lançaram sobre ele as suas vestes, e assentou-se sobre ele.
MC 11:8 – E muitos estendiam as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho.
MC 11:9 – E aqueles que iam adiante, e os que seguiam, clamavam, dizendo: Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor;
MC 11:10 – Bendito o reino do nosso pai Davi, que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas.
MC 11:11 – E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo visto tudo em redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze.
MC 11:12 – E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome.
MC 11:13 – E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.
MC 11:14 – E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus alunos ouviram isto.
MC 11:15 – E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derrubou as mesas dos cambiadores e as cadeiras dos que vendiam pombas.
MC 11:16 – E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo.
MC 11:17 – E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.
MC 11:18 – E os escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isto, buscavam ocasião para o matar; pois eles o temiam, porque toda a multidão estava admirada acerca da sua doutrina.
MC 11:19 – E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade.
MC 11:20 – E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes.
MC 11:21 – E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira, que tu amaldiçoaste, se secou.
MC 11:22 – E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende verdade em Deus;
MC 11:23 – Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.
MC 11:24 – Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.
MC 11:25 – E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.
MC 11:26 – Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas.
MC 11:27 – E tornaram a Jerusalém, e, andando ele pelo templo, os principais dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos, se aproximaram dele.
MC 11:28 – E lhe disseram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? ou quem te deu tal autoridade para fazer estas coisas?
MC 11:29 – Mas Jesus, respondendo, disse-lhes: Também eu vos perguntarei uma coisa, e respondei-me; e então vos direi com que autoridade faço estas coisas:
MC 11:30 – O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me.
MC 11:31 – E eles arrazoavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que o não crestes?
MC 11:32 – Se, porém, dissermos: Dos homens, tememos o povo. Porque todos sustentavam que João verdadeiramente era profeta.
MC 11:33 – E, respondendo, disseram a Jesus: Não sabemos. E Jesus lhes replicou: Também eu vos não direi com que autoridade faço estas coisas.
MC 12:1 – E COMEÇOU a falar-lhes por enigmas: Um homem plantou uma vinha, e cercou-a de um valado, e fundou nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e partiu para fora da terra.
MC 12:2 – E, chegado o tempo, mandou um servo aos lavradores para que recebesse, dos lavradores, do fruto da vinha.
MC 12:3 – Mas estes, apoderando-se dele, o feriram e o mandaram embora vazio.
MC 12:4 – E tornou a enviar-lhes outro servo; e eles, apedrejando-o, o feriram na cabeça, e o mandaram embora, tendo-o afrontado.
MC 12:5 – E tornou a enviar-lhes outro, e a este mataram; e a outros muitos, dos quais a uns feriram e a outros mataram.
MC 12:6 – Tendo ele, pois, ainda um seu filho amado, enviou-o também a estes por derradeiro, dizendo: Ao menos terão respeito ao meu filho.
MC 12:7 – Mas aqueles lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo, e a herança será nossa.
MC 12:8 – E, pegando dele, o mataram, e o lançaram fora da vinha.
MC 12:9 – Que fará, pois, o SENHOR da vinha? Virá, e destruirá os lavradores, e dará a vinha a outros.
MC 12:10 – Ainda não lestes esta Escritura: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Esta foi posta por cabeça de esquina;
MC 12:11 – Isto foi feito pelo Senhor E é coisa maravilhosa aos nossos olhos?
MC 12:12 – E buscavam prendê-lo, mas temiam a multidão; porque entendiam que contra eles dizia esta parábola; e, deixando-o, foram-se.
MC 12:13 – E enviaram-lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que o apanhassem nalguma palavra.
MC 12:14 – E, chegando eles, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és homem de verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas à aparência dos homens, antes com verdade ensinas o caminho de Deus; é lícito dar o tributo a César, ou não? Daremos, ou não daremos?
MC 12:15 – Então ele, conhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: Por que me tentais? Trazei-me uma moeda, para que a veja.
MC 12:16 – E eles lha trouxeram. E disse-lhes: De quem é esta imagem e inscrição? E eles lhe disseram: De César.
MC 12:17 – E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele.
MC 12:18 – Então os saduceus, que dizem que não há ressurreição, aproximaram-se dele, e perguntaram-lhe, dizendo:
MC 12:19 – Mestre, Moisés nos escreveu que, se morresse o irmão de alguém, e deixasse a mulher e não deixasse filhos, seu irmão tomasse a mulher dele, e suscitasse descendência a seu irmão.
MC 12:20 – Ora, havia sete irmãos, e o primeiro tomou a mulher, e morreu sem deixar descendência;
MC 12:21 – E o segundo também a tomou e morreu, e nem este deixou descendência; e o terceiro da mesma maneira.
MC 12:22 – E tomaram-na os sete, sem, contudo, terem deixado descendência. Finalmente, depois de todos, morreu também a mulher.
MC 12:23 – Na ressurreição, pois, quando ressuscitarem, de qual destes será a mulher? porque os sete a tiveram por mulher.
MC 12:24 – E Jesus, respondendo, disse-lhes: Porventura não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?
MC 12:25 – Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus.
MC 12:26 – E, acerca dos mortos que houverem de ressuscitar, não tendes lido no livro de Moisés como Deus lhe falou na sarça, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó?
MC 12:27 – Ora, Deus não é de mortos, mas sim, é Deus de vivos. Por isso vós errais muito.
MC 12:28 – Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
MC 12:29 – E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único Senhor.
MC 12:30 – Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
MC 12:31 – E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
MC 12:32 – E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dele;
MC 12:33 – E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e a
MAR o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios.
MC 12:34 – E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.
MC 12:35 – E, falando Jesus, dizia, ensinando no templo: Como dizem os escribas que o Cristo é filho de Davi?
MC 12:36 – O próprio Davi disse pelo Espírito Santo: O Senhor disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita Até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.
MC 12:37 – Pois, se Davi mesmo lhe chama SENHOR, como é logo seu filho? E a grande multidão o ouvia de boa vontade.
MC 12:38 – E, ensinando-os, dizia-lhes: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas, e das saudações nas praças,
MC 12:39 – E das primeiras cadeiras nas sinagogas, e dos primeiros assentos nas ceias;
MC 12:40 – Que devoram as casas das viúvas, e isso com pretexto de largas orações. Estes receberão mais grave condenação.
MC 12:41 – E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito.
MC 12:42 – Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo.
MC 12:43 – E, chamando os seus alunos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro;
MC 12:44 – Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento.
MC 13:1 – E, SAINDO ele do templo, disse-lhe um dos seus alunos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios!
MC 13:2 – E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.
MC 13:3 – E, assentando-se ele no Monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João e André lhe perguntaram em particular:
MC 13:4 – Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.
MC 13:5 – E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane;
MC 13:6 – Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
MC 13:7 – E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis; porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.
MC 13:8 – Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes e tribulações. Estas coisas são os princípios das dores.
MC 13:9 – Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; e sereis açoitados, e sereis apresentados perante presidentes e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.
MC 13:10 – Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações.
MC 13:11 – Quando, pois, vos conduzirem e vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer, nem premediteis; mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.
MC 13:12 – E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais, e os farão morrer.
MC 13:13 – E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.
MC 13:14 – Ora, quando vós virdes a abominação do assolamento, que foi predito por Daniel o profeta, estar onde não deve estar (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes.
MC 13:15 – E o que estiver sobre o telhado não desça para casa, nem entre a to
MAR coisa alguma de sua casa;
MC 13:16 – E o que estiver no campo não volte atrás, para to
MAR as suas vestes.
MC 13:17 – Mas ai das grávidas, e das que criarem naqueles dias!
MC 13:18 – Orai, pois, para que a vossa fuga não suceda no inverno.
MC 13:19 – Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá.
MC 13:20 – E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles dias.
MC 13:21 – E então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo; ou: Ei-lo ali; não acrediteis.
MC 13:22 – Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.
MC 13:23 – Mas vós vede; eis que de antemão vos tenho dito tudo.
MC 13:24 – Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz.
MC 13:25 – E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão nos céus serão abaladas.
MC 13:26 – E então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória.
MC 13:27 – E ele enviará os seus anjos, e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu.
MC 13:28 – Aprendei, pois, a parábola da figueira: Quando já o seu ramo se torna tenro, e brota folhas, bem sabeis que já está próximo o verão.
MC 13:29 – Assim também vós, quando virdes sucederem estas coisas, sabei que já está perto, às portas.
MC 13:30 – Na verdade vos digo que não passará esta geração, sem que todas estas coisas aconteçam.
MC 13:31 – Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.
MC 13:32 – Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.
MC 13:33 – Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.
MC 13:34 – É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.
MC 13:35 – Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã,
MC 13:36 – Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo.
MC 13:37 – E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai.
MC 14:1 – E DALI a dois dias era a páscoa, e a festa dos pães ázimos; e os principais dos sacerdotes e os escribas buscavam como o prenderiam com dolo, e o matariam.
MC 14:2 – Mas eles diziam: Não na festa, para que porventura não se faça alvoroço entre o povo.
MC 14:3 – E, estando ele em Betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça.
MC 14:4 – E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento?
MC 14:5 – Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros, e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela.
MC 14:6 – Jesus, porém, disse: Deixai-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra.
MC 14:7 – Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes.
MC 14:8 – Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura.
MC 14:9 – Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.
MC 14:10 – E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais dos sacerdotes para lho entregar.
MC 14:11 – E eles, ouvindo-o, folgaram, e prometeram dar-lhe dinheiro; e buscava como o entregaria em ocasião oportuna.
MC 14:12 – E, no primeiro dia dos pães ázimos, quando sacrificavam a páscoa, disseram-lhe os alunos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comer a páscoa?
MC 14:13 – E enviou dois dos seus alunos, e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem, que leva um cântaro de água, vos encontrará; segui-o.
MC 14:14 – E, onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus alunos?
MC 14:15 – E ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado e preparado; preparai-a ali.
MC 14:16 – E, saindo os seus alunos, foram à cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a páscoa.
MC 14:17 – E, chegada a tarde, foi com os doze.
MC 14:18 – E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me.
MC 14:19 – E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: Sou eu? E outro disse: Sou eu?
MC 14:20 – Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que põe comigo a mão no prato.
MC 14:21 – Na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido.
MC 14:22 – E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
MC 14:23 – E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.
MC 14:24 – E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado.
MC 14:25 – Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus.
MC 14:26 – E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras.
MC 14:27 – E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão.
MC 14:28 – Mas, depois que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galiléia.
MC 14:29 – E disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu.
MC 14:30 – E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.
MC 14:31 – Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam todos também.
MC 14:32 – E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus alunos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro.
MC 14:33 – E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, e começou a ter pavor, e a angustiar-se.
MC 14:34 – E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai.
MC 14:35 – E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.
MC 14:36 – E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.
MC 14:37 – E, chegando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, dormes? não podes vigiar uma hora?
MC 14:38 – Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
MC 14:39 – E foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.
MC 14:40 – E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam pesados, e não sabiam o que responder-lhe.
MC 14:41 – E voltou terceira vez, e disse-lhes: Dormi agora, e descansai. Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.
MC 14:42 – Levantai-vos, vamos; eis que está perto o que me trai.
MC 14:43 – E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, da parte dos principais dos sacerdotes, e dos escribas e dos anciãos, e com ele uma grande multidão com espadas e varapaus.
MC 14:44 – Ora, o que o traía, tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é; prendei-o, e levai-o com segurança.
MC 14:45 – E, logo que chegou, aproximou-se dele, e disse-lhe: Rabi, Rabi. E beijou-o.
MC 14:46 – E lançaram-lhe as mãos, e o prenderam.
MC 14:47 – E um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe uma orelha.
MC 14:48 – E, respondendo Jesus, disse-lhes: Saístes com espadas e varapaus a prender-me, como a um salteador?
MC 14:49 – Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram.
MC 14:50 – Então, deixando-o, todos fugiram.
MC 14:51 – E um certo jovem o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe a mão.
MC 14:52 – Mas ele, largando o lençol, fugiu nu.
MC 14:53 – E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e ajuntaram-se todos os principais dos sacerdotes, e os anciãos e os escribas.
MC 14:54 – E Pedro o seguiu de longe até dentro do pátio do sumo sacerdote, e estava assentado com os servidores, aquentando-se ao lume.
MC 14:55 – E os principais dos sacerdotes e todo o concílio buscavam algum testemunho contra Jesus, para o matar, e não o achavam.
MC 14:56 – Porque muitos testificavam falsamente contra ele, mas os testemunhos não eram coerentes.
MC 14:57 – E, levantando-se alguns, testificaram falsamente contra ele, dizendo:
MC 14:58 – Nós ouvimos-lhe dizer: Eu derrubarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens.
MC 14:59 – E nem assim o seu testemunho era coerente.
MC 14:60 – E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti?
MC 14:61 – Mas ele calou-se, e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?
MC 14:62 – E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu.
MC 14:63 – E o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas?
MC 14:64 – Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte.
MC 14:65 – E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, e a dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.
MC 14:66 – E, estando Pedro embaixo, no átrio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote;
MC 14:67 – E, vendo a Pedro, que se estava aquentando, olhou para ele, e disse: Tu também estavas com Jesus Nazareno.
MC 14:68 – Mas ele negou-o, dizendo: Não o conheço, nem sei o que dizes. E saiu fora ao alpendre, e o galo cantou.
MC 14:69 – E a criada, vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais.
MC 14:70 – Mas ele o negou outra vez. E pouco depois os que ali estavam disseram outra vez a Pedro: Verdadeiramente tu és um deles, porque és também galileu, e tua fala é semelhante.
MC 14:71 – E ele começou a praguejar, e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais.
MC 14:72 – E o galo cantou segunda vez. E Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás. E, retirando-se dali, chorou.
MC 15:1 – E, LOGO ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, com os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio, tiveram conselho; e, ligando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
MC 15:2 – E Pilatos lhe perguntou: Tu és o Rei dos Judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes.
MC 15:3 – E os principais dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas; porém ele nada respondia.
MC 15:4 – E Pilatos o interrogou outra vez, dizendo: Nada respondes? Vê quantas coisas testificam contra ti.
MC 15:5 – Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava.
MC 15:6 – Ora, no dia da festa costumava soltar-lhes um preso qualquer que eles pedissem.
MC 15:7 – E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte.
MC 15:8 – E a multidão, dando gritos, começou a pedir que fizesse como sempre lhes tinha feito.
MC 15:9 – E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que vos solte o Rei dos Judeus?
MC 15:10 – Porque ele bem sabia que por inveja os principais dos sacerdotes o tinham entregado.
MC 15:11 – Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás.
MC 15:12 – E Pilatos, respondendo, lhes disse outra vez: Que quereis, pois, que faça daquele a quem chamais Rei dos Judeus?
MC 15:13 – E eles tornaram a clamar: Crucifica-o.
MC 15:14 – Mas Pilatos lhes disse: Mas que mal fez? E eles cada vez clamavam mais: Crucifica-o.
MC 15:15 – Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás e, açoitado Jesus, o entregou para ser crucificado.
MC 15:16 – E os soldados o levaram dentro à sala, que é a da audiência, e convocaram toda a coorte.
MC 15:17 – E vestiram-no de púrpura, e tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça.
MC 15:18 – E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos Judeus!
MC 15:19 – E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele e, postos de joelhos, o adoraram.
MC 15:20 – E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes; e o levaram para fora a fim de o crucificarem.
MC 15:21 – E constrangeram um certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.
MC 15:22 – E levaram-no ao lugar do Gólgota, que se traduz por lugar da Caveira.
MC 15:23 – E deram-lhe a beber vinho com mirra, mas ele não o tomou.
MC 15:24 – E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sobre elas sortes, para saber o que cada um levaria.
MC 15:25 – E era a hora terceira, e o crucificaram.
MC 15:26 – E por cima dele estava escrita a sua acusação: O REI DOS JUDEUS.
MC 15:27 – E crucificaram com ele dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda.
MC 15:28 – E cumprindo-se a escritura que diz: E com os malfeitores foi contado.
MC 15:29 – E os que passavam blasfemavam dele, meneando as suas cabeças, e dizendo: Ah! tu que derrubas o templo, e em três dias o edificas,
MC 15:30 – Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz.
MC 15:31 – E da mesma maneira também os principais dos sacerdotes, com os escribas, diziam uns para os outros, zombando: Salvou os outros, e não pode salvar-se a si mesmo.
MC 15:32 – O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam.
MC 15:33 – E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona.
MC 15:34 – E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
MC 15:35 – E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Eis que chama por Elias.
MC 15:36 – E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo.
MC 15:37 – E Jesus, dando um grande brado, expirou.
MC 15:38 – E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.
MC 15:39 – E o centurião, que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.
MC 15:40 – E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé;
MC 15:41 – As quais também o seguiam, e o serviam, quando estava na Galiléia; e muitas outras, que tinham subido com ele a Jerusalém.
MC 15:42 – E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado,
MC 15:43 – Chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
MC 15:44 – E Pilatos se maravilhou de que já estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já antigamente havia muito que tinha morrido (e diz, “Ele já está realmente morto?”).
MC 15:45 – E, tendo-se certificado pelo centurião, deu o corpo a José;
MC 15:46 – O qual comprara um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha; e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro.
MC 15:47 – E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o punham.
MC 16:1 – E, PASSADO o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo.
MC 16:2 – E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol.
MC 16:3 – E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?
MC 16:4 – E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande.
MC 16:5 – E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas.
MC 16:6 – Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram.
MC 16:7 – Mas ide, dizei a seus alunos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.
MC 16:8 – E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e assombro; e nada diziam a ninguém porque temiam.
[O TEXTO ORIGINAL DE MARCOS TERMINA AQUI, SEGUNDO TODA EVIDÊNCIA]
FINAL CURTO
[9. Mas, noticiaram estas coisas a Pedro e seus companheiros, de tudo quanto lhes tinha sido dito. E depois disso o mesmo Jesus (apareceu) (a eles) enviou por meio deles, do oriente para o ocidente, a sagrada e imperecível proclamação da salvação eterna.]
FINAL LONGO
[MC 16:9 E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria de Magdala, da qual tinha expulsado sete espíritos.
MC 16:10 E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes, e chorando.
MC 16:11 E, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram.
MC 16:12 E depois manifestou-se de outra forma a dois deles, que iam de caminho para o campo.
MC 16:13 E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram.
MC 16:14 Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado (*).
MC 16:15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
MC 16:16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
MC 16:17 E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
MC Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.
MC 16:19 Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus.
MC 16:20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém.]
FINAL APÓCRIFO [14 b … por não haverem dado crédito aos que já o tinham visto ressurgido (dos mortos) …”E aqueles se desculpavam, dizendo, ”Esta época sem Lei e, de incredulidade está em poder do satanás; o qual não permite que a verdade e o poder de Deus sejam compreendidos, por tudo ou todo que estiver sob seu domínio; por causa disso, – revela-nos agora a tua Justiça!” Falavam assim a este que está embebido pela santidade como um pano pelo óleo. O Ungido respondeu-lhes a Palavra, ” Já se esgotou o tempo do satanás em seu poder; entretanto, aproximam-se outras coisas terríveis. Eu mesmo, em Mim fui entregue à morte, por estes, que se desviaram; a fim de que, retornando à verdade, já não se desviem; a fim de que se preencham da glória espiritual e incorruptível no céu.” 15 E disse-lhes…]
FIM