4º Trimestre de 2007
Data: 23 de Dezembro de 2007
TEXTO ÁUREO
“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).
VERDADE PRÁTICA
A expectativa de irmos para o céu não é uma atitude escapista quanto a esta vida; ela vem da certeza da realização do propósito de Deus para os salvos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 14.1,2
O céu é o lugar da habitação de Deus
Terça – At 7.49; Ap 4.2
O céu é o lugar do trono de Deus
Quarta – Gn 28.12; Mc 13.32
O céu é o lugar da habitação dos anjos
Quinta – Ap 19.9
O céu é o lugar das bodas do Cordeiro
Sexta – Fp 3.20
O céu é o lugar de nossa cidadania
Sábado – 2 Co 5.1
O céu é a eterna morada dos salvos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 3.13-21.
13 – Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,
14 – prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
15 – Pelo que todos quantos já somos perfeitos sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa doutra maneira, também Deus vo-lo revelará.
16 – Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra e sintamos o mesmo.
17 – Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.
18 – Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.
19 – O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.
20 – Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
21 – que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.
INTERAÇÃO
Professor, nesta lição ressalte a promessa de nossa entrada no céu e sua realidade. O céu é real. Enoque e Elias foram levados verdadeiramente para o céu (2 Rs 2.1,11; Hb 11.5). Paulo foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis (2 Co 12.2-4). Por fim, afirme que todos os redimidos em Cristo estarão eternamente no lar celeste revestidos de um corpo glorioso (1 Ts 4.16,17).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Definir o céu conforme a doutrina bíblica.
Descrever os meios pelos quais se obtém a entrada no céu.
Aspirar pelo céu como a habitação eterna do salvo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, o livro de Apocalipse afirma que o céu e a terra que hoje existem passarão, dando lugar a um “novo céu e uma nova terra” (Ap 21.1). Relacione o céu, a morada dos remidos, com a Santa Cidade, a Nova Jerusalém. A Bíblia afirma que a Nova Jerusalém “desce do céu” (Ap 21-22.5). Quanto ao local, a Nova Jerusalém procede do céu; quanto à origem, de Deus (Ap 21.2); quanto à identidade, é a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, o Tabernáculo de Deus, a Esposa do Cordeiro (Ap 21.2,9). Alguns dos materiais que descrevem a glória da cidade inexistem nesta terra (Ap 21.16,18,21). Os astros e os templos serão desnecessários nessa santa e bendita cidade (Ap 21.22,23). Use a tabela abaixo para descrever a “Vida Gloriosa na Ditosa Cidade”. Boa aula!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Céu: Nas línguas originais da Bíblia, o termo céu descreve tanto o céu atmosférico como também a habitação de Deus, e a morada dos salvos em Cristo. É um lugar real.
Os crentes que agora “dormem no Senhor” (1 Ts 4.15,16), aguardam o glorioso momento do arrebatamento da Igreja em que ressuscitarão em glória, precedendo os que estiverem vivos; e, assim, juntos, num abrir e fechar de olhos, subiremos ao encontro do nosso amado Senhor (1 Ts 4.13-18). Essa promessa é o mais ardente anelo do nosso coração; o alvo que nos leva a avançar em direção ao lar celestial, deixando as coisas que para trás ficam (Fp 3.13,14).
I. COMO A BÍBLIA DEFINE O CÉU
1. O céu é o lugar da habitação de Deus. O céu não é uma alegoria bíblica. É um lugar real (Jo 14.1-3), assim como é a Terra onde habitamos. Ali, como ensinou Paulo, o mortal será revestido da imortalidade, e o corruptível, da incorruptibilidade (1 Co 15.42-55), tudo numa dimensão acima da compreensão humana. A Bíblia descreve o céu como um local tangível, com ruas de ouro e muros de pedras preciosas, repleto da glória de Deus (Ap 21.1-27). É preciso fazer a diferença entre as vezes em que o vocábulo “céu” aparece na Bíblia para reportar-se apenas à própria atmosfera ou ao espaço sideral (Jr 8.2; Mt 6.26; 8.20), daquelas passagens em que é mencionado como a habitação de Deus, o lugar onde está o seu santo trono (Lc 24.51; Jo 3.13; At 7.49; Ap 4.2). Em outras ocasiões o termo aparece no plural para reportar-se não só ao espaço sideral, mas ao céu de Deus (Mt 7.11; 10.33; 11.25; 24.35), acima de todos os céus (Ef 4.10), denominado pelo apóstolo Paulo como “terceiro céu” (2 Co 12.2). Este é o lugar que Jesus identificou como a “casa de meu Pai” (Jo 14.2).
2. O céu é o lugar da morada dos salvos. É nesse lugar chamado céu que está à eterna morada dos salvos. Os crentes, enquanto viverem neste mundo, desfrutam em escala ínfima das boas coisas que Deus preparou para o ser humano. Todavia chegará o bendito dia em que o Amado de nossas almas nos conduzirá à sala do banquete (Ct 2.4).
Aguardamos o dia em que o Rei nos chamará ao nosso verdadeiro país (2 Co 5.1), onde o nosso corpo abatido, desgastado e alquebrado pelas intempéries da vida, será transformado em um corpo glorioso (vv.20,21). Para o crente fiel, o céu não é fuga da realidade presente, mas o ápice de tudo “que Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Bíblia afirma que o céu é real, tangível, a habitação de Deus e a morada dos salvos.
II. COMO OBTER A ENTRADA NO CÉU
1. Mediante o sangue do Cordeiro. Como em todas as demais promessas bíblicas, nossa entrada no céu está condicionada às exigências estabelecidas por Deus. Ele mesmo supriu essas exigências mediante o sacrifício do seu próprio Filho para que nos fosse de uma vez por todas garantido o acesso às moradas eternas (1 Jo 1.7; Ef 2.13-19; Hb 9.14). O sangue do Cordeiro garante, aos que crêem, a entrada triunfante no céu. Assegurando-nos seguir pelo novo e vivo caminho que Ele abriu, mantendo firme a esperança no porvir pela convicção de nossa fé (Hb 10.19-25; Ap 5.9,10).
2. Como noiva ataviada de Cristo. Nossa entrada no céu pode ser representada pela figura da noiva adornada para as núpcias com o Cordeiro (Ap 19.7-9). Este será o momento de maior júbilo em toda a história da salvação, pois consumará o projeto de Deus, a Igreja, mediante a morte do Cordeiro. Ele tem adornado sua Noiva, através do Espírito Santo para essa grande festa de celebração. Para que tenhamos garantida a promessa de entrada no céu, precisamos persistir em nossa caminhada, qual uma noiva em direção ao altar, mantendo alvas as vestes espirituais, através do sangue do Cordeiro, e em atitude de vigilância até a hora da chegada do Noivo (Ap 3.4-6; 16.15; 22.14). Precisamos ter em mente a mensagem de Apocalipse 22.17: “E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida”.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A entrada do crente no céu somente é possível mediante a purificação dos pecados pelo sangue de Jesus e por meio da ministração do Espírito Santo na vida do salvo.
III. O QUE FAREMOS NO CÉU
1. Seremos eternos adoradores. O céu não é um lugar monótono, como muitos equivocadamente pensam. Não ficaremos ali num estado de letargia ou contemplação, sem qualquer atividade. Não é esse tipo de céu que a Bíblia descreve, ao contrário ali a atividade é intensa (cf. Gn 28.12; Is 6.1-3). Uma coisa é certa: no céu, seremos eternos adoradores de Deus.
Os hinos entoados ao Senhor devem render graças ao Todo-Poderoso, e não ao homem, como, infelizmente, vem acontecendo em alguns arraiais, que se denominam cristãos.
2. Estaremos a serviço de Deus. O capítulo 21 do Apocalipse mostra de forma explícita que o Senhor fará novas todas as coisas (v.5), e em 22.3 está revelado “que os seus servos o servirão”. O Senhor trará a sua criação de volta ao estado original para o qual foi criada, e nós, os salvos, estaremos a seu serviço nessa nova dimensão que ainda não conhecemos.
Este é o sentido de nossa entrada no céu. Este é o prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus. O céu é o destino daqueles que, aqui, foram fiéis ao seu amado Senhor. Este é o maior desejo do nosso coração, pois “a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). O céu é o lugar para o qual seremos levados pelo Senhor no dia de sua vinda. Seja bendita a promessa de nossa entrada no céu!
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Todos os salvos em Cristo serão, no céu, eternos adoradores e servidores do único e bendito Senhor.
CONCLUSÃO
Só nos resta aguardar, com alegria e convicta esperança em nosso coração o dia em que estaremos para sempre com o Senhor nas moradas eternas. Enquanto aguardamos esse dia, aprendamos sobre como alcançar as promessas de Deus, tema da próxima lição.
VOCABULÁRIO
Ataviar: Ornar, adornar; enfeitar, adereçar, aformosear.
Ínfimo: O mais baixo de todos; inferior.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
MENZIES, W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: os fundamentos da nossa fé. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Como a Bíblia define o céu?
R. Como habitação de Deus e a morada dos salvos.
2. Como a Bíblia descreve o céu?
R. Como um local tangível, com ruas de ouro e muros de pedras preciosas, repleto da glória de Deus (Ap 21.1-27).
3. Como podemos obter a entrada no céu?
R. Mediante o sangue de Cristo e com os adornos preparados por Cristo.
4. Como o Senhor tem adornado a Igreja?
R. Através do Espírito Santo.
5. O que os crentes triunfantes farão no céu?
R. Adorarão ao Senhor e estarão eternamente servindo-o.