NÃO CONFUNDA A MANIFESTAÇÃO DE CRISTO COM 0 ARREBATAMENTO

Basta estudar sobre a volta de Jesus sem preconceito para entender
que haverá dois adventos distintos, intervalados por sete
anos. Pessoas que não temem a Deus nem conhecem a sua Palavra
zombam: “Quando Jesus voltar, vão matá-lo de novo. Dessa
vez será por meio de cadeira elétrica, injeção letal, fuzilamento”.
No entanto, quando Ele se manifestar visivelmente, fará isso com
grande poder e glória! Aos seus inimigos só restará uma alternativa:
lamentar (Ap 1.7).
Em Apocalipse 19.11-16, a volta do Senhor é descrita de modo
muito diferente da narrativa de 1 Tessalonicenses4.16,17. Porquê?
Porque esta passagem refere-se, claramente, ao Arrebatamento, e
o texto apocalíptico alude à manifestação do Senhor: “E vi o céu
aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele
chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. […] E seguiam-no
os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos
de linho fino, branco e puro. […] E na veste e na sua coxa tem escrito
este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES”.
Na sua manifestação, o Senhor virá com os seus exércitos. O
que significa isso? Alguém, de modo apressado, poderá pensar que
Ele virá apenas com os seus anjos. Entretanto, como a Igreja também
forma parte dos exércitos do Deus vivo (2 Tm 2.3,4), e considerando
o fato de os salvos já estarem no céu, por ocasião da manifestação
de Cristo (Ap 19.1-14), cumprir-se-á o que está escrito em
Colossenses 3.4: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar,
então, também vós vos manifestareis com ele em glória”.
Em Zacarias 12-14, Mateus 24.30,31 e 2 Tessalonicenses
2.6-8 vemos as características da gloriosa manifestação de Cristo
em poder e grande glória. Ela não deve ser confundida com o
Arrebatamento porque Jesus descerá à Terra, a fim de julgar os
vivos, com todos os seus santos. Além disso, um dos propósitos
dessa segunda etapa será pôr um fim à Grande Tribulação, sete
anos após o Rapto da Igreja. Em Mateus 24.31 está escrito que
o Senhor enviará anjos, com rijo clamor de trombeta, para reunir
os seus escolhidos desde uma à outra extremidade dos céus.
A trombeta aqui nada tem a ver com a mencionada 1 Coríntios
15.52, cuja finalidade é convocar os salvos ressuscitados e vivos
no momento do Arrebatamento.
Na manifestação do Senhor em poder e glória haverá a reunião
de todos os santos, de todas as épocas: os que já estiverem no céu,
em corpos glorificados, e os vivos — remanescentes judeus e gentios
(Mt 25.32) — , que sobreviveram à Grande Tribulação. Todos
juntos ingressarão no Milénio. O texto de Marcos 13.27 é ainda
mais claro que Mateus 24.31 quanto a isso, pois informa que os
anjos reunirão os escolhidos da extremidade da Terra até ao céu.
Cristo e seus exércitos descerão à Terra: “E, naquele dia, estarão
os seus pés sobre o monte das Oliveiras” (Zc 14.4). E Ele
porá fim à Grande Tribulação, vencendo a falsa trindade, na batalha
contra os seus exércitos: “E vi a besta, e os reis da terra, e
os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava
assentado sobre o cavalo e ao seu exército. E a besta foi presa
e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com
que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua
imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo
e enxofre” (Ap 19.19,20).
Diferentemente do Rapto, na manifestação de Cristo o mundo
todo o verá: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até
quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão
sobre ele. Certamente. Amém!” (Ap 1.7, ARA). Ele virá publicamente:
“há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11).
Jesus será visto pelos judeus — os que o traspassaram — e por
todas as nações. Todos os adoradores da Besta o contemplarão
e lamentarão, pois, na segunda etapa da Segunda Vinda, Ele virá
como Rei dos reis, Senhor dos senhores e Juiz de toda a Terra.
As passagens que mencionam a reunião de Cristo com os seus
santos, por ocasião da Segunda Vinda, necessitam de atenção redobrada,
a fim de que não haja confusão entre o Arrebatamento
da Igreja e a manifestação do Senhor. Em ambas as fases menciona-se
que o Senhor Jesus virá com os seus santos. E isso faz com
que alguns teólogos se apressem em considerá-las — erroneamente
— uma coisa só.
Joel 2.28,29. Quando confrontamos esta passagem com Atos
2.17, vemos que não é o Arrebatamento que será precedido por
um grande avivamento, como alguns pregadores têm afirmado, e
sim a manifestação de Cristo em poder e grande glória. Deus derramará
o seu Espírito especialmente sobre Israel. Os seus remanescentes
reconhecerão que Jesus é o Messias e, olhando para Ele,
chorarão amargamente, arrependidos. Eles hão de reconhecer a
culpa pelo traspassamento de seu Juiz, Legislador e Rei (SI 22.16;
Is 53.5; Jo 19.34).
Engana-se quem pensa que, na Grande Tribulação, o Espírito
Santo se retirará da Terra. Ele continuará agindo, pois os juízos
de Deus derramados, nesse período, não visam a outra coisa senão
levar os pecadores ao arrependimento. E, como o Senhor é
misericordioso e gracioso, os que se arrependerem usufruirão de
um grande derramamento do Espírito. A profecia desse glorioso
avivamento que permeará a Grande Tribulação está registrada
em Ezequiel 37.
Mateus 24— 25. Estes dois capítulos são textos-chave para
o entendimento das duas etapas da Segunda Vinda de Cristo e
outros eventos escatológicos. Em Mateus 24, vemos os últimos
dias, próximos ao Arrebatamento; a primeira e a segunda fases da
Grande Tribulação; a manifestação de Jesus em poder e glória; e
várias analogias a respeito da vigilância ante a Segunda Vinda. Em
Mateus 25, além da parábola das dez virgens, que aponta para a
iminência do Arrebatamento, e da dos talentos, que alude ao Tribunal
de Cristo, vemos o julgamento das nações e o prelúdio do
Reino Milenar de Cristo.
Colossenses 3.4. Este texto — como vimos acima — diz respeito
à Revelação de Cristo em glória, quando os salvos, em corpos
glorificados, vierem com Ele.
1 Tessalonicenses 3.13. Nesta passagem está escrito: “para confortar
o vosso coração, para que sejais irrepreensíveis em santidade
diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo, com todos os seus santos”. Neste texto, o termo “santos”
refere-se aos espíritos+almas dos salvos que serão transportados
do Paraíso à Terra, a fim de se unirem aos corpos na ressurreição,
por ocasião do Arrebatamento da Igreja.
Tito 2.13. Há passagens em que as duas etapas são mencionadas
juntas, exigindo do exegeta ainda mais atenção. O versículo
em apreço c um bom exemplo disso: “aguardando a
bem-aventu-rada esperança e o aparecimento da glória do grande
Deus e nosso Senhor Jesus Cristo”. A expressão “a
bem-aventurada esperança” alude ao Arrebatamento, enquanto
que a outra — “o aparecimento da glória do grande Deus” — se
refere à manifestação de Cristo.
Judas vv. 14,15. Essa passagem alude à segunda etapa da Segunda
Vinda, haja vista enfatizar que o Senhor virá “com milhares
de seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles
todos os ímpios”.
Apocalipse 19.8,14. Aqui também vemos as duas etapas. No
versículo 8, a Igreja, galardoada, está nas Bodas do Cordeiro,
vestida de linho puro, fino e resplandecente. No versículo 14, ela
acompanha o Senhor Jesus, em sua manifestação em poder e grande
glória: “E seguiam-nos os exércitos que há no céu em cavalos
brancos e vestidos de linho fino, branco e puro”.

 

fonte: Erros Escatológicos que os Pregadores Devem Evitar

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