COMO NOS DIAS DE NOÉ E LÓ

Os sinais da vinda de Jesus nas esferas moral, ética e
compor-tamental estão relacionados, por analogia, com os dias de
Noé e Ló, caracterizados, de modo geral, por quatro coisas:
imoralidade, materialismo, indiferença e violência. “Assim como foi
nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem:
comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento […) O
mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam,
vendiam, plantavam, edificavam; (…) Assim será no dia em que
o Filho do Homem se manifestar”, disse o Senhor Jesus (Lc
17.26-30, ARA).
Nos dias de Noé, os filhos de Deus (rapazes pertencentes à piedosa
linhagem de Sete) casavam com as filhas dos homens, jovens
que temiam ao Senhor (Gn 6.2; Mt 24.38). Havia casamentos mistos
entre crentes e incrédulos. Os justos, em vez de permanecerem
fiéis ao Senhor e leais à sua herança espiritual, cediam à tentação e
se uniam às seguidoras da tradição e do exemplo de Caim. Em decorrência
desse pecado, a natureza humana degradou-se (Gn 6.5),
e o mundo se encheu de violência (vv.11-13).
Mesmo cercados de violência, os contemporâneos de Noé só pensavam
em seu bem-estar e se sentiam seguros. O materialismo torna
as pessoas indiferentes ao Criador. E é assim que muitos, em nossos
dias, estão se comportando. Países europeus que se gabam de sua
“superioridade” em relação aos países subdesenvolvidos em matéria
de paz e segurança enfrentam agora grandes dificuldades. E não se
apercebem do quanto têm se afastado de Deus e de sua Palavra!
No ano de 2004, em Madri, Espanha, uma ação terrorista matou
quase duzentas pessoas. No ano seguinte, em Londres, Inglaterra,
em outro atentado, morreram mais de cinquenta. E agora
foi a vez da Noruega, um país sem apego militarista e dirigido por
Antes e depois da Manifestação de Cristo
uma elite tolerante. A explosão no centro de Oslo e o massacre de
adolescentes a tiros em uma ilha próxima, em julho de 2011, puseram
em xeque a segurança do “país da paz” e abalaram a Europa.
O que levou o autor dos atentados, o “cristão” oponente do
multiculturalismo Anders Behring Breivik, de 32 anos, a cometer
tamanha barbárie, matando quase oitenta pessoas? Ódio aos judeus
e aos muçulmanos. Uma das suas teses mais esdrúxulas —
an-tissemita e anti-islamita, ao mesmo tempo — é a de que os
judeus patrocinam a invasão da Europa por imigrantes
muçulmanos. Parte da imprensa, anticristã e “evangelicofóbica”,
aproveitou-se do episódio para associar o cristianismo ao
extremismo islâmico.
Enquanto escrevia este capítulo, inúmeros protestos violentos,
com ônibus e carros incendiados, ocorrem em “pacíficas” cidades
britânicas, inclusive Londres. Nos Estados Unidos também
é grande a onda de violência. Crimes bárbaros, como chacinas
em escolas, são cometidos por jovens de famílias aparentemente
bem estruturadas. Além disso, existe o medo constante de ataques
terroristas, perpetrados não apenas por jovens extremistas
islâmicos que podem estar vivendo na América, como ocorreu em
11 de setembro de 2001. Em 1995, um jovem norte-americano,
Timothy McVeigh, matou 168 pessoas e feriu 700 outras, em um
atentado em Oklahoma.
E o que dizer do Brasil, onde a violência está banalizada? Os
números de homicídio, sequestro, estupro, latrocínio, violência
contra mulheres, etc. ocorridos aqui são assustadores. “Mas no
Brasil, pelo menos, não há terrorismo”, alguém dirá. Aqui, de fato,
não há terrorismo em grande escala, como em outros países. Porém,
não dá para se esquecer do que aconteceu em 7 de abril de
2011, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo,
no Rio de Janeiro. Doze adolescentes e crianças — meninas, em
sua maioria — foram mortos por Wellington Menezes de Oliveira,
um assassino antissocial e perturbado, que, depois do massacre, se
suicidou.
Por que Wellington, um jovem de 23 anos, cometeu tamanha
crueldade? Ele deixou uma carta, pela qual revelou traços de sua
doença mental psicótica e fez alusões a Deus, a Jesus, à luta entre o
bem e o mal e à ressurreição. Por causa disso, críticos
“evangelico-fóbicos” se apressaram em afirmar que ele era um
cristão fanático. Mas o assassino também fez menção da doutrina
do sono da alma e demonstrou preocupação com o seu sangue. Isso
evidencia que ele tivera, na verdade, contato com a seita
pseudocristã das Testemunhas de Jeová. Além disso, um parente
revelou que ele pesquisava sobre armas e queria cometer um
atentado que tivesse repercussão, como o perpetrado pelos
terroristas de 11 de setembro de 2001.
Como nos dias de Noé, a humanidade não teme a Deus e
prio-riza o acúmulo de bens materiais (Lc 12.16-20). As pessoas
não conseguem pensar nas “coisas de cima” (Cl 3.1,2) e cultivam
a idolátrica avareza (Ef 5.5). Mas a indiferença e a aparente segurança
dos contemporâneos de Noé nada representaram diante do
juízo divino: “assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e
bebiam, casavam, davam-se em casamento, até ao dia em que Noé
entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e
os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem”
(Mt 24.38,39, ARA).
A cada dia, o comportamento libertino torna-se comum e corriqueiro.
Mulheres, em busca da “libertação”, entregam-se aos seus
próprios desejos carnais (Rm 1.26). Relacionam-se com homens
que estão vendo pela primeira vez e até com mulheres! Homens, por
sua vez, inflamam-se “em sua sensualidade, uns para com os outros,
varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos
a recompensa que convinha ao seu erro” (v. 27). Esse deprimente
quadro se constitui em mais um sinal indicador da Segunda Vinda:
“Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló:
comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam.
Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre,
consumindo a todos” (Lc 17.28,29). As pessoas, naqueles dias,
além de materialistas e indiferentes, eram amantes do prazer ilícito,
antinatural, abominável, aos olhos de Deus (Gn 19.1-9). E, por isso,
Ele destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra (vv. 24,25).
Nunca foi tão difícil educar os filhos de acordo com os valores
cristãos. Os pais precisam estar muito atentos, pois há um bombardeio
na mídia contra a família. Já há livros, nas bibliotecas
das escolas públicas e particulares, nos quais há incentivo aberto,
mediante ilustração, à homossexualidade e à bissexualidade. E o
MEC (Ministério da Educação) ainda tencionou, recentemente,
distribuir um kit que não apenas combatia a intolerância
homo-fóbica, mas — como ficou comprovado — induzia a
práticas homossexuais e bissexuais.
Como nos dias de Ló, é grande a degradação moral no Brasil,
incentivada por jornalistas, artistas, novelistas e ativistas políticos
que não têm compromisso com os valores morais e com a família.
E o pior: alguns parlamentares querem criar leis para punir severamente
os cristãos que protestam contra a imoralidade. Veja o caso
do anticonstitucional PLC 122, que já está no Senado Federal. Esse
projeto de lei se contrapõe a direitos constitucionais já alcançados,
como a livre manifestação do pensamento.
Defendido por ativistas homossexuais, o PLC 122 propõe a
criminalização de toda e qualquer opinião contrária ao homossexualismo,
equiparando-a ao crime de racismo. Se aprovado, os
conceitos de raça e “orientação sexual” ficarão no mesmo bojo. E
isso, sem dúvidas, dará aos homossexuais o status de “nova raça”
ou casta superior. Afinal, a antropologia, grosso modo, reconhece
três tipos de raça: negroidc, caucasoide e mongolóide. Ninguém
nasce “homossexualoide”, a despeito de muitos estudiosos defensores
da causa gay, sem nenhum respaldo científico, afirmarem que
a homossexualidade é natural.
Caso o PLC 122 seja aprovado, a pregação contra a prática
homossexual será considerada um crime similar ao racismo. Mas,
e a manifestação acintosa, debochada, de determinados grupos,
em público e em programas de TV, contra os valores morais esposados
pelo cristianismo? Eles não agridem a família, apresentando
um péssimo exemplo para crianças e adolescentes em formação?
Afinal, muitos homossexuais, não satisfeitos em poder ser o que
são, livremente, querem “esfregar na cara de todo mundo” a sua
condição, com muito orgulho. E, segundo alguns deles, se alguém
não possui a mesma “orientação sexual”, pertence a uma “raça inferior”,
como tem sugerido o astro porto-riquenho Ricky Martin.
Há pouco tempo, Martin admitiu ser homossexual, o que é um
direito que lhe assiste. Entretanto, ao que parece, isso não foi o
bastante. Ele tem lutado para provar que ser homossexual denota
muito mais que ser diferente dos heterossexuais. Significa ser superior
a eles! Ao falar a respeito de como deseja ser definido por
seus filhos, na escola, ele declarou à revista Veja, em 2011: “Quero
mais é que eles falem a seus amigos: ‘Meu pai é gay e ele é muito
legal. Seu pai não é gay. Triste o seu caso’. Quero que eles sintam
orgulho em fazer parte de uma família moderna” (Blog do Ciro,
29 de janeiro de 2011, http://cirozibordi.blogspot.com/2011/01/
astro-ricky-martin-e-falaciosa-tese-da.htm l).
Quer dizer então que um heterossexual é inferior a um homossexual?
O filho de um pai heterossexual não pertence a uma
família moderna? E é triste pelo fato de seu pai não ser um homossexual?
Esse pensamento de Ricky Martin também me parece
preconceituoso e discriminador, próprio de quem não respeita as
diferenças. Mas ele não parou por aí e deu exemplos: “Quando
você é garotinho e seus pais o levam ao parque, alguém logo diz:
‘Olha que bonita aquela garota! Que graça! Você gostou dela?’
Somos levados a sentir atração pelo sexo oposto, e isso provoca
uma confusão enorme quando se sente algo diferente. A pressão
toda é para sermos como os outros; é mais fácil. Hoje sinto que
os outros é que são diferentes, não eu. […] Queria que o mundo
entendesse que amar do jeito que eu amo não é revolucionário, é
natural” (idem).
Ora, normal e natural, cientificamente, é ser homem e mulher. E
a Bíblia também assevera que Deus nos criou assim: “E criou Deus
o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea
os criou” (Gn 1.27). É legítimo um grupo pedir que a maioria a
respeite, conquanto seja diferente dela. O que é um contrassenso
é uma minoria querer provar, a ferro e fogo, por força da lei e da
mídia, que é superior à maioria ou que a sua opinião jamais pode
ser contestada!
O PLC 122 foi apresentado em 2006, aparentemente com um
bom propósito: modificar leis que definem os crimes resultantes de
vários tipos de discriminação e preconceito de raça ou de cor. No
entanto, ao propor a ampliação do leque de crimes de discriminação
ou preconceito, tal projeto, além de privilegiar um grupo, em
detrimento de outro, propõe uma lei amordaçante. Afinal, a punição
para quem simplesmente discordar da prática homossexual
será pesadíssima: prisão inafiançável.
“Por que alguém discordaria da homossexualidade, se ninguém
escolhe ser homossexual?” — alguém poderá argumentar.
Na verdade, até agora nenhum cientista conseguiu provar que a
homossexualidade é genética. Não existe gene gay, mas vários
fatores podem contribuir para a manifestação do comportamento
homossexual, ao longo da vida. Inclusive, já está comprovado
que o gene pode ser alterado, em decorrência de maus tratos na
infância, por exemplo, conforme tem noticiado a revista científica
Nature Neurosciense. E essa mutação genética pode levar um
infante ou adolescente a adotar um comportamento que não corresponda
à sua fisiologia.
O simples fato de um escritor evangélico ou católico expor um
pensamento contrário à prática homossexual também o tornará
um intolerante homofóbico, pois o projeto em apreço visa à
cri-minalização de toda ação, inclusive filosófica, que se
contraponha à “orientação sexual”. Qualquer homossexual terá
elementos para processar um escritor tão-somente por ele
discordar do homossexualismo.
Digamos que um travesti entre bêbado em um templo evangé­
lico e comece a xingar as pessoas ali presentes. Se o pastor pedir
para alguém retirar o baderneiro da reunião, o tal poderá processar
a igreja por preconceito e discriminação (homofobia)! Outro
exemplo: se dois gays resolverem se beijar em um local de culto ou
em suas imediações, e alguém chamar a atenção deles (visto que
se beijar em lugares assim é ultrajante até quando praticado por
heterossexuais), o “casal” também poderá alegar que foi vítima
de homofobia!
Até o emprego do termo “homossexualismo”, para se ter uma
ideia, já é tido como preconceituoso pelos ativistas homossexuais!
Além de torcerem o sentido do vocábulo “homofobia”, considerando
homofóbicas as opiniões sem ofensas, querem impedir o uso
de um termo que consta dos dicionários da língua portuguesa?!
Reconheço que é usual e comum chamarmos a relação entre pes
soas do mesmo sexo de homossexualidade. Porém, a palavra “homossexualismo”
não é preconceituosa. Ela designa principalmente
o movimento dos ativistas homossexuais e a sua ideologia. Uma
coisa é a relação entre pessoas do mesmo sexo (homossexualidade).
E outra, bem diferente, é o movimento, o ativismo, a ideologia
dos homossexuais (homossexualismo).
Por que uns podem se expressar amplamente, emitindo a sua
opinião sobre qualquer tipo de assunto, enquanto outros não podem?
Por que os homossexuais podem fazer críticas à Bíblia e aos
evangélicos, e estes não podem discordar do homossexualismo?
Ao se combater a homofobia, considerando — erroneamente —
qualquer opinião contrária ao homossexualismo uma ação
homo-fóbica, não se está criando outro tipo de intolerância: a
“evange-licofobia”?
Nas Escrituras — tanto no Antigo Testamento (Lv 18.22; 1
Rs 14.24.) como nas páginas neotestamentárias (Rm 1.27; 1 Co
6.9,10) — , vemos que Deus condena explicitamente a relação entre
pessoas do mesmo sexo. Por isso, para os cristãos que seguem
de fato a Bíblia, a homossexualidade sempre será uma prática pecaminosa.
E afirmar isso não significa ser intolerante. Aliás, a mesma
Bíblia nos instrui a ser moderados e a responder com mansidão
e temor a todos que pedirem a razão da esperança que há em nós
(1 Pe 3.15). Mas a degradação moral e a perseguição ao evangelho
são sinais da volta de Jesus.

 

fonte: Erros Escatológicos que os Pregadores Devem Evitar

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