Os discípulos perguntaram a Jesus: “que sinal haverá da tua
vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3). Os muitos sinais indicadores
da Segunda Vinda, mencionados neste livro, evidenciam que
o “começo do fim” está próximo. Contudo, somente depois do
cumprimento de todos eles, chegará de fato o fim do mundo (2 Pe
3.7,10-12,18), que ensejará um novo início, o começo do “dia da
eternidade” (Lc 20.35; Ap 21—22).
Após o Juízo Final, o universo dará lugar a um novo céu e uma
nova Terra (2 Pe 3.13; Mt 5.5), na qual haverá uma Santa Cidade
(Ap 21.1,2). João viu que a Nova Jerusalém “descia do céu, adereçada
como uma esposa para o seu marido”. Ouvir-se-á, então,
uma grande voz, dizendo: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo
Deus estará com eles e será o seu Deus” (v. 3).
O Senhor limpará dos olhos toda lágrima (Ap 21.4; Rm 8.18).
Alguns irmãos têm me perguntado: “Irmão Ciro, no céu ainda
haverá lágrimas?” Na verdade, a referência ao enxugamento das
lágrimas denota que, no estado glorioso em que os salvos se encontrarem,
não experimentarão nenhuma tristeza ou dor. Afinal,
tudo isso decorre do pecado, que já estará definitivamente superado
(Rm 5.12; Is 35.10; 65.19).
Por que clamamos hoje? Porque ainda estamos numa vida de
sofrimento, dor, injustiças… Mas, na eternidade, só teremos motivo
para louvar a Deus e ao Cordeiro, pois as primeiras coisas
já terão passado, c o Senhor dirá: “Eis que faço novas todas as
coisas” (Ap 21.5). A morte também já terá sido definitivamente
aniquilada (20.14; 21.4).
Apesar de a morte ser descrita como o último inimigo a ser vencido
(1 Co 15.26) e, figuradamente, como um agente (Ap 20.14; 1
Co 15.55), não devemos acreditar que ela seja uma pessoa ou um
espírito superior ao próprio Satanás. O termo “morte” tem vários
sentidos, de acordo com o contexto em que é empregado, mas denota
— em última análise — estado de separação.
A morte como cessação da vida física. Implica a separação entre
o corpo (parte física) e o “homem interior” (espírito+alma),
como vimos no capítulo 4.
A morte como ausência de comunhão com o Senhor. Ou seja,
separação temporária de Deus, por causa do pecado (Rm 6.23).
A morte como separação eterna. Isto é, separação definitiva do
Criador em razão da permanência no pecado (Ap 21.8).
Não haverá morte, pranto, dor, lágrimas, mas uma grande alegria,
infinitamente superior a tudo o que já sentimos nesta vida, se
fará presente no céu (Ap 21.2,11). Imaginemos qual será o nosso
sentimento, ao vermos o Cordeiro de Deus (22.4) na Santa Cidade,
toda de ouro, semelhante a vidro puro (21.18), a “santa Jerusalém”
(v. 10)! Nada que a contamine e ninguém que cometa pecados
entrará nela (v. 17; 22.3). Somente os purificados pelo sangue
do Cordeiro, inscritos no livro da vida, entrarão nela pelas portas
(v. 14). O pecado, e a maldição decorrente dele (Gn 3.17; Gl 3.13),
serão, então, extinguidos de modo definitivo, cumprindo-se plenamente
o que está escrito em João 1.29.
Segundo Apocalipse 21 e 22, na Santa Cidade haverá uma praça
de ouro puro, como vidro resplandecente, e um rio puro da
água da vida. Este será claro como cristal e procederá do trono de
Deus e do Cordeiro. Quem recebe a Cristo hoje bebe aqui, espiritualmente,
da água da vida (Jo 4.10-15; Ap 22.17), mas haverá de
beber também ali: “A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei
da fonte da água da vida” (21.6). No meio da praça estará a árvore
da vida, que produzirá doze frutos em cada mês. As suas folhas
serão para a saúde das nações.
Anjos estarão em cada uma das doze portas da Santa Cidade
(Ap 21.12), e os nomes das doze tribos de Israel escritos sobre
elas. A Cidade será toda iluminada com uma luz “semelhante a
uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal
resplandecente” (v. 11). As suas portas serão pérolas (vv. 13,21),
sob as quais haverá doze fundamentos de pedras preciosas para o
muro, onde estarão os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (vv.
14-20). Elas não se fecharão, para que os reis das nações da Terra
tragam à Cidade glória e honra (vv. 24-26).
O Templo da Cidade será o Deus Todo-poderoso e o Cordeiro
(Ap 21.22,23; 22.5). Hoje, nós somos o templo de Deus (1 Co
3.16; 6.19). Na eternidade, Ele será o nosso Templo! A existência
de algum astro não fará sentido. O universo de hoje não mais
existirá. A glória de Deus, pois, iluminará a Santa Cidade, e o Cordeiro
será a sua lâmpada. Apesar de não haver mais os luminares
conhecidos hoje, não haverá noite. O Senhor Deus nos alumiará, e
reinaremos com Ele para todo o sempre.
Alguns pregadores dizem que no céu, na eternidade com Cristo,
na Santa Cidade, não haverá trabalho. Esquecem-se de que o Senhor,
sendo perfeito em tudo, trabalha até hoje (Jo 5.17; Is 64.4). E nós,
ali, o serviremos (Ap 22.3). O Deus trino será tudo em todos (1 Co
15.28). Estejamos preparados para o glorioso dia do Arrebatamento
da Igreja, pois “assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto,
consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4.17,18).
Maranata!

 

fonte: Erros Escatológicos que os Pregadores Devem Evitar

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