De acordo com 1 Timóteo 4.1, o ministério do Espírito Santo adverte
que nos últimos dias crentes apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores e a doutrinas de demônios. E não é isso que estão fazendo os
extravagantes do nosso tempo?
Dizem eles que seguem a uma teologia livre, e o crente que a abraça
pode extravasar-se, “deixar transbordar”, sem nenhum limite. Justificam-se
quanto à significação pejorativa do termo “extravagante” — esquisito,
excêntrico, estranho —, afirmando que ele vem sendo mal interpretado por
“religiosos”, como chamam aos servos de Deus que desejam andar segundo
as Escrituras.
Aos que os criticam, à luz da Palavra de Deus, “humildemente”
respondem: “… chame-nos de extravagantes, espontâneos, estrambólicos,
estranhos ou esquisitos… todos esses adjetivos estão valendo… o importante
é render-se ao Espírito!”
Mas, será que o verdadeiro Espírito Santo — haja vista existirem
falsos espíritos que se passam pelo Consolador (2 Co 11.4; 1 Jo 4.1) —
apóia toda essa sublevação?
Valem-se eles, ainda, de um quase desconhecido dicionário da língua
portuguesa, em que a palavra “extravagante” é definida como “fora do
comum; singular; estranho; diferente”, para tentar associar esse sentido à
vida de Jesus! Afirmam que Ele também veio “extravasar” na Terra e
quebrar inúmeros paradigmas religiosos. Em seu site “teológico”,
apresentam o que chamam de “a Teologia do Avivamento Extravagante”,
pela qual asseveram que o Senhor e inúmeros personagens bíblicos foram
extravagantes em seu relacionamento com o Pai.
Assim comportam-se as pessoas que abraçam a apostasia: primeiro
viram as costas para a Palavra de Deus e depois procuram desculpas e
justificativas na própria Bíblia! O Justo Juiz os espera naquele grande Dia
para dizer-lhes abertamente: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós
que praticais a iniqüidade” (Mt 7.23).
Por isso, jamais deixemos os verdadeiros elementos de um culto ao
Senhor: “… cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem
língua, tem interpretação. Faça-se tudo para a edificação” (1 Co 14.26).
Sejamos, pois, animados, vibrantes, efusivos, porém não nos esqueçamos da
ordem, da decência e do equilíbrio. A Bíblia é nossa regra de fé, de prática e
de vida.
fonte: Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar – Ciro Sanches Zibordi