Os modismos não param de surgir, a cada dia. Combatê-los é quase
como tirar água do oceano com um pequeno balde ou uma caneca. Mesmo
assim, continuarei fazendo a minha parte juntamente com os “sete mil” que
se esforçam para não ultrapassarem o que está escrito.
Como se não bastasse a chamada adoração extravagante — que, em
geral, pouco tem de adoração e muito de extravagância —, há agora um
movimento, formado por pessoas de várias denominações, levantando e
tremulando, literalmente, a bandeira de um tal avivamento extravagante. Isso
mesmo.
Em suas reuniões, os seus “ungidos” abanam o povo com uma
bandeira ou um paletó, e muitos começam a cair, rodopiar como se fossem
porta-bandeiras de escolas de samba, etc.
Os propagadores desse “avivamento” dizem que ele existe para
manifestar a glória do Senhor entre as nações, mas, pelo que vi, assistindo a
alguns vídeos, eles não têm nenhum compromisso com a Palavra de Deus e
o Deus da Palavra. Seguem a seus impulsos. E todo pretenso avivamento
dissociado da Bíblia é um campo fértil para o surgimento de heresias. Que o
diga o ex-participante da “bênção de Toronto”, o pastor Paul Gowdy, cujo
testemunho — mencionado nesta obra — serve de alerta para todos nós.
Eles afirmam que pessoas que aprenderam a se render de espírito e
alma ao Espírito Santo, e de maneira extravagante, terão o privilégio de
influenciarem uma geração. Dizem: “…estamos comprometidos em dar
liberdade para o Espírito extravazar em nós e através de nós o seu poder”
(note que sequer sabem escrever o verbo “extravasar”). O que é isso? A
Bíblia perdeu a sua eficácia? Não são mais a oração e o jejum, a meditação
na Palavra, a humilhação, a vida de santificação, a renúncia e a pregação do
evangelho que fazem a diferença?
O crente vitorioso, que resplandece como astro em meio às trevas (Fp
2.15) é o extravagante? Devemos arrancar da Bíblia 1 Coríntios 14, posto
que não é mais necessário haver ordem e decência na casa de Deus? Ou não
seria melhor, numa atitude extravagante, queimarmos todas as Bíblias e
livros que defendam o evangelho de Cristo — já tive alguns livros rasgados
e queimados! — e pormos uma venda em nossos olhos, seguindo, sem medo
de sermos “felizes”, a esse pseudo-avivamento extravagante?
fonte: Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar – Ciro Sanches Zibordi