O tempo de Deus

As Escrituras deixam bem claro que, do ponto de vista
divino. Deus jamais se atrasa. Se parece haver demora no
retorno de Cristo, é porque devem existir boas e convenientes
razões para isso. É verdade que são já decorridos mais
de 1900 anos da época em que a promessa do arrebatam ento
foi feita pela própria boca do Senhor (Jo 14.3).
Entretanto, os membros da Igreja Prim itiva em Tessalônica
creram que Cristo viria enquanto estivessem vivos
e foram consolados pela expectativa de se reunirem aos
seus entes queridos já falecidos. Isso porém, não contradiz,
nem enfraquece a promessa de Cristo para seus santos,
pois, todos aqueles santos sabiam que Cristo, como Deus,
tem a eternidade na sua mão e pode ligar o hoje do tempo,
como se fosse o am an h ã da eternidade (2 Pd 3.8,9).
O m undo tem passado de um a crise a outra, mesmo
quando parecia oportuno para 0 regresso de Cristo. M as o
significativo acontecimento não ocorreu.
a .A razão divina. Por que Cristo ainda não cumpriu
sua promessa de vir e receber seu povo para levá-lo consigo?
Do ponto de vista da profecia bíblica, tal dem ora não é
inesperada. Há, portanto, razão para tal. Quando Cristo
veio pela primeira vez, era um episódio que havia sido previsto
há milhares de anos. Séculos de história haviam preparado
o cenário para a primeira vinda de Cristo à Terra.
A língua grega se desenvolvera e era de uso comum em
todo o mundo ocidental. Isso preparou o caminho para que
o Novo Testamento fosse escrito em um idioma preciso e
amplamente utilizado.
Paulo afirma que, quando tudo, porém, estava pronto:
“ …Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob
a lei” (G1 4.4b).
O Império Romano conseguira estabelecer relativa
paz no Oriente Médio. A vida e culto judaicos na Palestina
estavam prontos para a vinda do Messias. Apareceu João
Batista para anunciar a vinda do Rei e conclamar a nação
ao arrependimento (Mt 3). A Paz Romana havia franqueado
o comércio internacional e as comunicações, possibilitando
que os cristãos do Século I propagassem a mensagem
do Evangelho pelo Império Romano inteiro e finalmente
por todo o mundo. As profecias sobre a primeira
vinda de Cristo foram cumpridas num dia cuidadosamente
preparado por um Deus soberano. Ele estava “ velando”
sobre este tempo (Jr 1.12). Assim também, as profecias
concernentes ao retorno de Cristo para buscar os crentes e
a sua segunda vinda (Parousia) à terra serão cumpridas
dessa forma, num perfeito sincronismo de Deus.
b. A demora. Do ponto de vista humano pode parecer
que Cristo esteja retardando sua vinda. Mas em épocas
passadas, o cumprimento das profecias bíblicas foi sempre
precedido por séculos de história que transformaram os
acontecimentos com suprema precisão, a fim de permitir
que os fatos preditos ocorressem conforme a promessa, perfeitos
até os últimos detalhes. Todavia, há também uma
razão pessoal e afetuosa para justificar por que Cristo ainda
não voltou.
Veja o que escreve o apóstolo Pedro em sua segunda
Carta (3.8,9): “ Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que
um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um
dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns
a têm por tardia; mas é longânimo para convosco,
não querendo que alguns se percam, senão que todos venham
a arrepender-se.”
Eis aí, portanto, a demora do retorno de Cristo para
encontrar-se com os seus santos provém de um coração
amoroso. Um Deus compassivo ainda está esperando que
muitos ouçam o Evangelho e atendam à mensagem crendo!

 

fonte: Ecatologia Severino Pedro da Silva

 

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