Logo após o término da devastadora Segunda Guerra, em 1945,
o continente europeu começou a sua reconstrução, com a ajuda dos
Estados Unidos e de outros países. Tendo como objetivo o desenvolvimento
da Europa, um grupo de magnatas europeus e
norte-ameri-canos — membros de famílias reais,
primeiros-ministros, ministros de governo, membros de bancos
centrais, banqueiros, economistas, especialistas em defesa,
empresários, barões da imprensa de massa, etc. — se reuniu, na
Holanda, em 29 de maio de 1954.
Como o antiamericanismo crescia na Europa, tal conferência
mundial, que reunia dois representantes da cada país convidado
(um conservador e um liberal), foi usada para aproximar líderes
europeus e americanos, promovendo um consenso entre América
do Norte e Europa Ocidental. O primeiro encontro ocorreu no
Hotel Bilderberg, em Oosterbeek, perto de Arnhemia, na Holanda.
Daí os participantes desse grupo seleto terem sido chamados de
bilderbergs.
Grupos opositores, especialmente os comunistas, chamaram os
bilderbergs, à época, de “perigosos capitalistas” e espalharam notícias
sensacionalistas a respeito deles. Disseram que o grupo era
formado por maçons, illuminatis e judeus, e oue estava tramando
reduzir a população mundial, a fim de dominar o mundo. Muitos
conspiracionistas que acreditam nisso ignoram que boa parte dos
reunidos no Hotel Bilderberg era cristã protestante. E mais: igno
ram o fato de que os opositores do grupo eram ateus e perseguidores
do cristianismo.
O que faz aumentar ainda mais as especulações em torno dos
bilderbergs é a sua discrição, confundida com ocultação, encobrimento.
Alguns teóricos da conspiração dizem que eles criaram,
às ocultas, um governo totalitário mundial. Mas a localização, a
agenda da reunião anual, a lista de participantes e as pautas das
discussões sempre são divulgadas com antecedência. E os palestrantes
do evento são pessoas cujos pensamentos, ideais e empreendimentos
são largamente divulgados.
Muitos adeptos da escatologia aterrorizante têm adotado uma
posição antissemita. Eles afirmam que as reuniões dos bilderbergs
priorizam o plano de levar Israel a dominar o mundo. Entretanto,
o Estado de Israel não entrou na pauta da reunião dos bilderbergs,
em 1967, quando ocorreu a Guerra dos Seis Dias. Também não foi
o assunto da reunião de 1973, ano em que se deu a Guerra do Yom
Kipur. Tampouco foi mencionado no encontro de 1972, quando a
delegação israelense foi atacada nas Olimpíadas de Munique, na
Alemanha.
Nos anos mencionados, a despeito de os olhos do mundo estarem
voltados para Israel, os bilderbergs nada discutiram a respeito
do suposto domínio mundial dos israelenses. Por quê? Porque o
objetivo primacial desses magnatas — julgados maçons,
illumina-tis e judeus — sempre foi a cooperação para o
desenvolvimento sustentável da Europa e dos Estados Unidos.
Alguns conspiracionistas insistem em dizer que Israel tem associação
com a maçonaria e a illuminati por causa da estrela de
Davi que aparece em sua bandeira, a respeito da qual falaremos
posteriormente. Tenho visto até pregadores defendendo essa tese.
Mas não podemos sair por aí atacando pessoas, instituições e
nações com base em objetos, modelos arquitetônicos do passado,
símbolos, gestos, cumprimentos, etc. Isso não reflete bom julgamento.
O Senhor Jesus disse que devemos julgar segundo a reta
justiça (Jo 7.24).

 

fonte: Erros Escatológicos que os Pregadores Devem Evitar

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