No livro Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, eu fiz menção da
unção dos quatro seres, por meio da qual “adoradores” caem ao chão, rugem
como leões, batem os braços como águias, imitam bezerros, etc. Certa
cantora — que tem um grande poder de influência sobre a juventude — foi
um pouco mais além. Sob a “unção do leão”, engatinhou em um palco,
levando milhares de fãs ao delírio.
Em seu blog, ela afirmou o seguinte acerca do episódio:
Saímos para a ministração às 16h. Me vesti de acordo com o
que o Espírito colocou em meu coração. Um vestido de veludo
azul que comprei há mais de 10 anos no Seminário em Dallas.
Um cinto preto largo com “cara” de autoridade. Botas pretas,
assim como na última viagem em Florianópolis, com essa
mesma mensagem de força, poder, autoridade, e conforto
necessário para pular e pisar com força, profeticamente, na
cabeça do diabo (…) Meus brincos comprados em Israel, e o
anel com a pedra ametista que ganhei quando eu nasci. Olhei
para mim mesma no espelho e vi uma guerreira (…) Houve um
momento em que fez um “clique”. Uma mudança na atmosfera.
Depois da música “Manancial” comecei a receber palavras
proféticas… A música acompanhou… O poder de Deus era
palpável, e as palavras proféticas continuaram. Um cântico
espontâneo sobre o Cordeiro e o Leão marcou para sempre a
minha vida. E a unção de autoridade foi ministrada sobre nós
(…)
De repente, começamos a celebrar, mas foi diferente. Eu saltava
e parecia que estava em um trampolim, uma cama elástica. Se
antes pulava para romper, agora eu me sentia voando, pulando
muito alto, minhas pernas esticadas iam alto, ao menos essa era
a sensação, mas depois outras pessoas confirmaram. O vento
nos meus cabelos e a sensação era de pulos muito altos. Eu
sabia que algo diferente estava acontecendo. Quando pulei uma
última vez, senti que era para me assentar. Não sabia se teria
forças para me levantar outra vez. Foi quando senti o impulso,
me agachei e comecei a andar como o Leão.
Pensamentos vieram à minha mente. Eu disse ao Senhor: “É…
agora a minha reputação acabou. Agora vou ver quem vai ficar
comigo”. Mas prossegui, consciente do que estava acontecendo,
e senti a direção até mesmo de onde eu deveria ir. Quando
parei, não sabia como ou que fazer ao me levantar. Ainda no
chão, me ergui de meio corpo e gritei: “Um brado de vitória ao
Senhor” (sem saber se alguém responderia), e o som foi
poderoso.
A música terminou grandiosamente. Era o Leão da Tribo de
Judá.
Até que ponto os impulsos que sentimos podem ser atribuídos ao
Espírito de Deus? Dirigiria Ele alguém quanto a efemeridades, como tipo de
roupa e calçado, penteados, cinto e até os brincos a serem usados para
participar de um culto, ou melhor, show? Ou levaria Ele um crente a andar
como um quadrúpede? Não vou citar muitas passagens bíblicas para refutar
tal aberração e responder a essas perguntas. Basta lermos com meditação 1
Coríntios 14 para percebermos como essa talentosa cantora e compositora
está equivocada quanto à operação do Espírito Santo.

 

fonte: Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar – Ciro Sanches Zibordi

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