Lição 4: Espírito Santo – Agente capacitador da Obra da Deus

2º Trimestre de 2011

 

Data: 24 de Abril de 2011

TEXTO ÁUREO

“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até do que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49).

VERDADE PRÁTICA

O Espírito Santo ajuda-nos a viver de maneira santa e habilita-nos a realizar, com eficácia, a obra do Senhor Jesus Cristo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – At 2.37-41

Os resultados do Pentecostes

Terça – At 8.14-17

Os crentes de Samaria recebem o batismo com o Espírito Santo

Quarta – At 11.22-24

O evangelho em Antioquia

Quinta – At 13.1-3

O Espírito Santo e a obra missionária

Sexta – Ef 4.11

O Espírito Santo e os dons ministeriais para a Igreja

Sábado – Mt 28.19,20

A Grande Comissão

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 24.46-49; Atos 1.4-8.

Lucas 24

46 – E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;

47 – e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.

48 – E dessas coisas sois vós testemunhas.

49 – E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

Atos 1

4 – E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.

5 – Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.

6 – Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?

7 – E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.

8 – Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.

INTERAÇÃO

Professor, enfatize o fato de que o Espírito Santo nos capacita e habilita-nos a realizar a obra de Deus. Sem Ele não temos condições para cumprir eficazmente a Grande Comissão que nos confiou Jesus. Podemos ver que os discípulos de Jesus antes do batismo com o Espírito Santo eram tímidos e bem temerosos, mas após o revestimento de poder eles tornaram-se ousados e corajosos. Eles saíram por toda parte anunciando a Palavra de Deus. Precisamos do Consolador! Permita que o Espírito Santo controle e guie a sua vida. Siga a orientação de Paulo — “ser cheio do Espírito” (Ef 5.18) e seja um instrumento nas mãos de Deus.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Conhecer a atuação do Espírito Santo na humanidade.
Compreender que não podemos viver sem a presença do Espírito Santo.
Conscientizar-se de que o Batismo com o Espírito Santo capacita o crente no serviço de Reino.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, para introduzir o tópico II da lição, sugerimos que você reproduza na lousa, em cartolina ou no data show, o esquema abaixo, ou tire cópias. Explique aos alunos que a renovação do Espírito Santo é necessária na vida do crente. Discuta com eles as implicações espirituais de se ter um relacionamento diário com o Espírito Santo. Conscientize-os da necessidade de uma renovação espiritual diária em suas vidas. Conclua, enfatizando que somente cheio do Espírito Santo somos capazes de obedecer à voz do Senhor. Boa aula!

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Capacitação: Ato ou efeito de capacitar, habilitar para alguma função.

O Dia de Pentecostes inaugurou uma nova fase no relacionamento do Espírito Santo com a humanidade (At 2). Esse acontecimento também demarcou o início da capacitação sobrenatural — o “revestimento de poder” — para que a Igreja cumpra eficazmente a Grande Comissão que nos confiou o Senhor Jesus (Mt 28.19,20). Na lição de hoje, veremos que o Consolador atua em nossa conversão, auxilia-nos a viver de modo santo e digno e habilita-nos a realizar a obra de Deus.

I. O RELACIONAMENTO DO ESPÍRITO SANTO COM A HUMANIDADE

1. O Espírito Santo operando em nossas faculdades mentais. O Espírito Santo trabalha no coração e na mente do homem para que este se renda a Cristo, pois é da vontade de Deus que todos, sem exceção, sejam salvos (1 Tm 2.1-4). O Senhor Jesus Cristo ensinou que um dos trabalhos do Espírito Santo é justamente convencer o pecador dos seus erros (Jo 16.8-11), dando-lhe o entendimento necessário para que creia e se arrependa, sendo assim vivificado espiritualmente (Rm 8.1,2).

2. O Espírito Santo operando nos sentimentos e vontades. O convencimento intelectual do homem não é suficiente para levá-lo a receber a Cristo (Mt 7.26,27; Tg 1.21-25). Por isso, na esfera das emoções, é preciso que o pecador seja encorajado pelo Espírito Santo a inclinar-se às coisas espirituais, levando o homem ao arrependimento e a decidir-se por Cristo (Jo 12.42,43). Stanley Horton, teólogo pentecostal, afirma que “esse trabalho do Espírito Santo é chamado de ‘a doutrina da vocação’ ou do ‘chamamento’”. Estejamos certos de algo muito importante: é Deus, mediante o Espírito Santo, quem dá o primeiro passo em direção ao pecador. Todavia, é bom lembrar que Ele não restringe a liberdade do indivíduo e respeita o nosso livre arbítrio (Jo 12.47,48).

3. O Espírito Santo e a adoção. Sem a ação do Espírito Santo, jamais seríamos adotados pelo Pai (Rm 8.15). Adotar significa “pôr como filho”. Após decidir-se pelo Senhor Jesus Cristo, passamos a ser herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo (Rm 8.17). A partir desse momento, inicia-se o processo de falar e agir em conformidade com a Palavra de Deus (Rm 12.2). A boa notícia é que não estamos sozinhos; o Espírito de Deus fortalece-nos e ajuda-nos também nessa nova etapa (Gl 5.16-26).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

O Espírito Santo age nas faculdades mentais, sentimentos e vontades do homem a fim de operar a adoção do Pai.

II. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE

1. A presença constante do Espírito Santo. Como acabamos de verificar, mesmo após a conversão, o Espírito Santo continua a trabalhar em nossa vida, aperfeiçoando-nos o caráter, moldando-nos a personalidade e controlando-nos o temperamento. Sem essa presença e companhia constantes, não seria possível ao crente viver de maneira fiel na presença de Deus (Jo 14.16,17; Rm 8.9).

2. O desenvolvimento da relação com o Divino Espírito Santo. Assim como o processo de adoção não termina com o ato em si (na realidade, é neste momento que tudo, de fato, inicia-se), da mesma forma ocorre quando, através da adoção (Rm 8.15), tomamo-nos “filhos de Deus” (Jo 1.12,13). A partir de então, passamos a desfrutar de um relacionamento que deve aprofundar-se e estreitar-se a cada dia (Jo 11.13). Evidentemente, uma das formas mais eficazes de desenvolver um relacionamento é desfrutar da presença da pessoa a quem amamos. Com o Espírito Santo não é diferente, precisamos buscá-lo e desejar-lhe a presença (At 5.32; 7.55; 9.31; 13.2; 2 Tm 1.14).

3. Ser “cheio do Espírito Santo”. Paulo ensina que devemos manter-nos sempre cheios do Espírito Santo (Ef 5.18). Estar “cheio do Espírito Santo” ou “deixar que o Espírito nos encha” significa ser controlado, governado e guiado por Ele (Cl 5.16). Como filhos de Deus, precisamos de uma renovação contínua em nosso ser a fim de que sejamos instrumentos do Altíssimo.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O Espírito Santo trabalha na vida do crente, aperfeiçoando o caráter, moldando a personalidade e controlando o temperamento.

III. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO CAPACITA-NOS A FAZER A OBRA DE DEUS

1. Intrepidez para testemunhar. Já aprendemos que o batismo com o Espírito Santo encoraja e fortalece o crente a testemunhar de Cristo, capacitando-o a cumprir a missão máxima da Igreja — a evangelização (At 1.8). Seu propósito não é somente capacitar-nos a falar línguas estranhas, mas preparar-nos para o serviço cristão. Os discípulos de Cristo, após receberem a promessa, saíram ousadamente a pregar a Palavra de Deus (At 4.13). Antes, eram tímidos e temerosos, porém, após o revestimento de poder, passaram a proclamar audaciosamente o Evangelho de Cristo e a realizar sinais, milagres e maravilhas (At 2.14-40; At 3.1-10). Você tem pregado o evangelho com abnegação, amor e poder?

2. Formação de discípulos. Em o Novo Testamento, a palavra discípulo significa “aprendiz” e “seguidor do seu mestre”. Jesus chamou-nos a seguir seus passos. Você tem seguido os passos do Salvador? O próprio Mestre oferece-nos uma condição para que venhamos a ser, de fato, seus discípulos: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31b,32). O Espírito Santo é quem ajuda-nos a seguir os passos do Mestre, seu exemplo e seus ensinamentos.

Neste ponto, cabe-nos uma reflexão. Todas as atividades desempenhadas pela Igreja são importantes, mas a prioritária é a evangelização e a formação de discípulos (Mt 28.19,20). O progresso de uma igreja não pode ser medido, ou avaliado, apenas por suas atividades filantrópicas, educacionais e materiais. Estas, apesar de importantes, não constituem o principal trabalho da Igreja de Cristo. O progresso de uma igreja, por conseguinte, deve ser mensurado por seu trabalho missionário e evangelístico, juntamente com seus frutos espirituais, como resultado da semeadura da Palavra de Deus (At 6.2; 15.36-41).

3. Chamados para servir. Deus chamou-nos a servir. Muitos, recusando esse chamado, querem apenas ser servidos. As Sagradas Escrituras mostram que Jesus, nosso Mestre e Senhor, foi ungido pelo Espírito Santo para servir (Lc 4.18,19). Certa vez, Jesus declarou: “[…] o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28). Se quisermos realmente servir ao Senhor com inteireza de coração, é preciso que sirvamos aos nossos irmãos (1 Jo 3.16-18). Assim agia Jesus, nosso perfeito modelo de líder servidor. Ele viveu para fazer a vontade do Pai e servir a todos (Mc 10.45). Você está disposto a servir ao Mestre? O que você tem feito — pela Igreja e pelas demais pessoas — com os dons e talentos que recebeu do Senhor? Um dia teremos que prestar contas de tudo que recebemos dEle.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O batismo com o Espírito Santo dá intrepidez ao crente para testemunhar, capacitando-o para fazer a obra de Deus.

CONCLUSÃO

Fomos chamados para a santificação e o serviço. Sabemos que ainda há muito trabalho a ser feito, por isso precisamos do revestimento de poder que vem do alto. Sem o Espírito Santo não conseguiremos cumprir as demandas e reivindicações da Grande Comissão (Mt 28.19,20; Mc 16.15), pois somente alguém cheio do Espírito Santo é capaz de ouvir, compreender e obedecer à voz do Senhor.

VOCABULÁRIO

Atividades Filantrópicas: Ajuda aos necessitados.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.
PALMA, A. D. O Batismo no Espírito Santo e Com Fogo: Os Fundamentos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2002.

EXERCÍCIOS

1. Quem trabalha no coração e na mente do homem para este se render a Cristo?

R. O Espírito Santo.

2. Através do Espírito Santo, quem dá o primeiro passo em direção ao pecador?

R. Deus.

3. O que significa ser “cheio do Espírito Santo”?

R. Significa ser controlado, governado e guiado por Deus.

4. Qual o propósito do batismo com o Espírito Santo?

R. Encorajar e fortalecer o crente para cumprir a missão máxima da Igreja: a evangelização.

5. Como podemos avaliar o progresso de uma igreja?

R. O progresso de uma igreja deve ser mensurado por seu trabalho missionário e evangelístico, juntamente com seus frutos espirituais.

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