A FAMÍLIA SOB ATAQUE

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24).

No século XXI, a família está sob ataque das forças do inferno

de maneira sistemática e insidiosa. Em todos os tempos, esse ataque tem sido real. Mas nunca como nos dias presentes. Satanás tem conseguido mobilizar governos, sistemas judiciários, escolas e faculdades, para minar as bases da instituição familiar. Só em Cristo a família pode resistir às investidas satânicas.

Formadores de opinião trabalham para a destruição da entidade familiar, tal como Deus a criou, pela união de um homem e de uma mulher, através do casamento. A sociedade sem Deus admite outros “arranjos” de família. O Supremo Tribunal Federal do Brasil aprovou lei que considera a união homossexual “união estável”, ou, o que é pior, “entidade familiar”, torcendo e distorcendo o sentido de família, de acordo com a Constituição do País. O que significa isso? Total desprezo à Palavra de Deus, que considera tais uniões “abominação ao Senhor” (Lv 18.22; 20.13).

É tão terrível o ataque à família na área da sexualidade, que um líder gay declarou, anos atrás, que os filhos dos conservadores, nos Estados Unidos, seriam alvo da sodomia. O Reverendo Louis Sheldon, Presidente da “Coalizão dos Valores Tradicionais” naquele país, registrou o discurso de um representante do segmento homossexual, com a desfaçatez e a arrogância própria da maioria desse grupo social, no jornal Gay Community News, escrito pelo ativista Michael Swift:

Vamos sodomizar seus filhos, símbolo de sua frágil masculinidade, de seus sonhos superficiais e mentiras vulgares. Vamos seduzi-los em suas escolas, em suas repúblicas, em seus ginásios, em seus vestiários, em suas arenas de esportes, em seus seminários, em seus grupos de jovens, nos banheiros de seus cinemas, nos alojamentos de seu exército, nas paradas de seus caminhões, em todos os seus clubes masculinos, em todas as suas sessões plenárias, em todos os lugares onde homens estejam juntos com outros homens. Seus filhos se tornarão nossos subordinados efarão tudo o que dissermos. Serão remodelados à nossa imagem. Eles suplicarão por nós e nos adorarão” (grifo nosso).1

As declarações desse líder homossexual revelam de modo cristalino a estratégia diabólica para dominar a sociedade. Os homossexuais não querem apenas o respeito a seus direitos. Eles têm um projeto de poder, de dominação, principalmente das crianças e dos jovens, para comprometer o futuro das nações, submetendo-as às suas ordens. Vejam bem os leitores o que o representante do Diabo disse: “Seus filhos se tornarão nossos subordinados efarão tudo o que dissermos”. Dá para duvidar da natureza maligna de uma declaração como essa?

São as “portas do inferno”, batalhando para destruir a família e os princípios defendidos pela Igreja do Senhor Jesus. Mas essas portas satânicas não prevalecerão. É uma questão de tempo. O Supremo Juiz do Universo não dorme nem cochila. Seu sistema divino de controle, de acompanhamento da História e das ações de todos os homens é o mais perfeito do universo. Nada escapa ao seu olhar. Ele a tudo vê. Mas só age, e agirá, no seu tempo, no seu “kairós\ tempo que só a Ele pertence. Aparentemente, Deus não está agindo. Mas está. A seu modo, no seu tempo.

A Igreja do Senhor Jesus Cristo é a porta-voz de Deus. Ela tem uma missão proclamadora do evangelho, mas também de denúncia contra a pecaminosidade que destrói a sociedade, como um câncer enganoso, que aparenta inofensivo, mas está causando metástase em todo o tecido social. A família está sendo destruída. A prostituição, as drogas e a violência são vivenciadas em todos os lugares. Antes, só nas grandes metrópoles que esses males eram mais sentidos. Hoje, porém, com a

influência dos meios de comunicação, os costumes têm mudado drasticamente, alcançando todos os rincões do país. Seja nas grandes capitais, seja nos menores distritos, vilas e povoados, a influência nefanda desse falso “progresso” tem chegado, dominando as mentes e as consciências.

Infelizmente, os governos estão alinhados com o espírito do Anticristo. Quase sem exceção, todos estão de acordo com as mudanças perniciosas que se voltam contra a família. Até porque, com a “nova visão de mundo”, a família tradicional é considerada ultrapassada. O casamento monogâmico e heterossexual é retrógrado e precisa dar lugar a “novas configurações de família”. Uma ministra do atual governo declarou à imprensa que “essa família, composta de papai, mamãe e filhos” está ultrapassada. Novos “arranjos familiares” se imporão.

Tal declaração identifica mais uma agente do Anticristo. Desgraçadamente, esses agentes ocupam cargos importantes em todas as esferas de direção do país. E eles têm poder político para aprovarem seus intentos afrontosos contra a Palavra do Senhor. Assim, a igreja de Jesus, formada de famílias cristãs, não pode ficar silente, omissa e acovardada. Tem que demonstrar que tem poder espiritual e moral para fazer frente à onda satânica que tomou conta da maioria dos governos e instituições do mundo. Somente com a mensagem poderosa do evangelho de Cristo, é possível salvar a família da destruição total, preconizada pelo Diabo e seus agentes humanos.

I – A INGERÊNCIA DO ESTADO NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

  1. As crianças são o alvo mais visado

O estado materialista e ateu sabe que “é importante controlar as escolas. Hitler sabia o valor da educação doutrinária às crianças. Em discurso, proferido em 6 de novembro de 1933, disse: “Quando um oponente declara: ‘Eu não passarei para o seu lado’, eu calmamente digo: seu filho já pertence a nós… O que é você? Você passará. Seus descendentes, contudo, encontram-se agora no novo acampamento. Em breve, eles não conhecerão outra coisa além da sua comunidade”.

“O Diabo, mais do que o ditador alemão, sabe muito mais quanto é importante ter o controle do sistema educacional. Para tanto, procura promover educadores materialistas, dando-lhes, através da política, ou do sistema, diretores que não creem em Deus; professores materialistas, que rejeitem a Bíblia, e escarneçam da fé cristã. Não raro, os professores materialistas perseguem os alunos cristãos, rebaixando suas notas, e criando dificuldades para que os mesmos sejam reprovados”.

Nos países do antigo e fracassado “bloco socialista”, o Estado totalitário e ateu, decretou que a educação das crianças e dos filhos em geral ficaria a cargo do “todo-poderoso” regime socialista. Para quê? Para que os pais não tivessem a autoridade de educá-los segundo suas crenças e tradições. O objetivo do poder comunista era incutir, na mente das gerações, as ideias e os ideais de Karl Marx, de Engels e de Stalin, os famigerados líderes de uma revolução fracassada, que fazia parte da rebelião do homem contra Deus. Stalin chegou a declarar: “Se Deus existe, eu irei lá, e o destruirei”. A História registrou que seu fim foi deprimente. Até sua estátua, que se erguia solene na Praça Vermelha, em Moscou, foi derrubada por um guindaste, e as pessoas pulavam sobre ela.

Mas tudo foi feito, e com significativo êxito, para eliminar Deus da mente das crianças. A doutrinação marxista, anos após anos, conseguiu em grande parte seus intentos diabólicos. Nas salas de aula, os alunos aprendiam que Deus não existe; que o homem veio de um organismo celular, que surgiu por acaso, evoluiu, por acaso, e chegou a ser um ser humano, por acaso. Era o materialismo endeusado nas escolas estatais. Professores materialistas usavam seu poder para ministrar o ateísmo. E gerações e mais gerações nunca ouviram falar de Deus, a não ser em sentido crítico e deturpado.

Em nosso país, está acontecendo fenômeno semelhante. O Estado não chega, ainda, a dominar o ensino, de forma ditatorial, como no comunismo. Mas está adotando medidas e práticas com o mesmo objetivo, de eliminar as ideias cristãs, fundadas na Bíblia, a Palavra de Deus, da mente dos alunos, com evidente interferência do Estado na educação da família.

  1. Punição aos pais que aplicarem medidas corretivas

Há projeto de lei, aprovado no Congresso Brasileiro, prevendo punição e até a perda da guarda dos filhos, para pais que aplicarem medidas corretivas aos filhos. A chamada “lei da palmada”, o Projeto de Lei 7.672/2010, pretende incorporar ao Estatuto da Criança e do Adolescente, que qualquer “castigo físico”, de natureza disciplinar, aplicado pelos pais a filhos desobedientes ou rebeldes, devem ser passíveis de punições, inclusive a perda do poder sobre os filhos, que poderão ser recolhidos a instituições governamentais, para serem educados por agentes do governo.

Concordamos que nenhum pai tem o direito de espancar seus filhos. Isso é crime. Mas aplicar uma medida corretiva, sem violência, com o ob-jetivo de inibir a prática de atos de rebeldia, é saudável e educativo. Mas essa é uma demonstração de que o Estado brasileiro quer retirar dos pais a autoridade de corrigir seus filhos.

De acordo com a Palavra de Deus, os pais devem ser os educadores por excelência de seus fdhos. No Antigo Testamento, o ensino aos filhos era determinação divina: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Essa exortação solene tem tido seus efeitos comprovados, ao longo dos séculos. Quando os pais educam seus filhos, conforme os princípios sagrados da Palavra de Deus, os efeitos sobre sua formação espiritual, emocional e intelectual são benéficos e duradouros.

No Novo Testamento, o texto de Efésios 6.1-4 nos mostra que a Palavra de Deus é muito mais avançada que as propostas de lei para educação dos filhos, e do relacionamento dos pais com eles. A legislação humana, baseada nos “direitos humanos”, não é clara quanto aos deveres dos filhos para com seus pais. Mas é pródiga em explicitar os direitos dos filhos e os deveres dos pais.

A Bíblia incentiva o relacionamento respeitoso entre os filhos e os pais, exortando-os a serem “obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo”, e manda honrar o pai e a mãe, por ser o “primeiro mandamento com promessa”, para que os filhos vivam bem, e vivam muito tempo sobre a terra. Para os pais a determinação bíblica é solene: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”. Percebe-se que grande sentido e alcance esse tipo de exortação tem sobre a educação familiar.

De um lado, os pais, criando seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor”, ou seja, segundo os elevados princípios de Deus, de amor, respeito, santidade, e autoridade paternal. E sem excessos, sem provocar a ira ou a revolta nos filhos. Para tanto, os pais dispõem do ensino da Palavra de Deus, do recurso maravilhoso da oração e do jejum por seus filhos, do saudável costume da prática do culto doméstico, onde os pais podem e devem repassar os sagrados ensinos à família, e desenvolver o diálogo amoroso com eles.

De outro lado, vemos que o Espírito Santo registra que os filhos devem ser obedientes e saberem honrar seus pais, para serem bem–sucedidos em suas vidas. A história revela que os filhos que sabem honrar seus pais, geralmente são homens e mulheres de bem.

  1. A disciplina corretiva na Bíblia

O livro de Provérbios é rico em ensinos sobre a disciplina, seus ob-jetivos e resultados na formação da personalidade e do caráter dos filhos. Diz a Bíblia: “Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno” (Pv 23.13,14). Ao ler um texto como esse, os educadores materialistas, inspirados no liberalismo social, torcem o NARIZ, e criticam acidamente a Palavra de Deus, dizendo que tais conselhos são retrógrados, arcaicos, superados e obscurantistas, aplicáveis na Idade Média.

O escritor dos Provérbios inspirados por Deus mostra que é necessária a disciplina aplicada à criança. Ele se refere à “vara”, que pode ser utilizada como meio de dissuasão ou inibição contra atos de rebeldia. Evidentemente que essa palavra “vara” pode ser entendida de maneira radical, literal, ou conotativa. Entendemos que castigar a criança desobediente, rebelde, que não aceita os limites definidos por seus pais, pode (e deve) sofrer algum tipo de reprimenda, que pode ser desde uma repreensão verbal severa, uma ordem incisiva para corrigir o malfeito, ou um castigo com a privação de algum direito que a criança, ou o adolescente possa ter.

Se uma criança, que já entende o que é certo e o que é errado, insiste em praticar o errado, causando prejuízo a si, à sua família ou à sociedade, precisa ser corrigida. Os pais podem privá-la de um passeio de bicicleta; de ir à casa de um colega para brincar; podem cortar a mesada da semana; podem proibir que assista televisão, ou acesse à internet, durante alguns dias; não levá-la ao parque de diversão, etc. Tudo isso pode ser entendido como “vara” da correção.

Em alguns casos, o uso da “vara” pode ser uma palmada numa criança de poucos anos para que ela entenda que a desobediência tem um preço a pagar; para que ela entenda que quem governa a casa são seus pais, e não ela própria; para que ela aprenda, por um meio doloroso, que a desobediência não compensa; quando se trata de pré-adolescentes ou adolescentes, os pais não devem usar castigos físicos, como palmadas, chineladas, ou coisas semelhantes. A privação de passeios e de outros direitos tem mais efeito. Se forem jovens, a partir dos 18 anos, somente o diálogo com firmeza e a repreensão firme com autoridade podem ter resultados benéficos.

Mas os educadores materialistas debocham e desdenham da educação com base na Palavra de Deus. Em seus discursos acadêmicos demagógicos, dizem que mesmo a palmada corretiva não deve ser aplicada, pois a criança aprende a bater nos outros. A prática demonstra o contrário. Os marginais, os bandidos, os violentos que estupram, assaltam e matam, via de regra, são oriundos de lares onde não há disciplina corretiva; de lares onde os pais não tiveram ou não têm autoridade sobre os filhos. Essa é a realidade. Se for feita uma pesquisa na Fundação Casa, certamente essa afirmação poderá ser confirmada.

Disciplinar, adequadamente, de acordo com a idade do filho, é um ato de amor. Provérbios 13.24 ensina que pais lenientes, que não disciplinam seus filhos, na verdade não os amam. O que ama seus filhos os disciplina “a seu tempo”, ou seja, de acordo com a faixa etária e a idade mental deles.

  1. Os resultados da disciplina corretiva

A disciplina, de acordo com a Bíblia, não visa impor um regime de medo ou terror, nos lares. De modo algum. A disciplina, quando bem aplicada, com amor e sabedoria, produz efeitos saudáveis na formação espiritual, emocional e social dos filhos (Pv 29.15). Se envergonha a mãe, certamente também envergonha o pai. Mas o resultado esperado de uma boa disciplina é dar sabedoria ao filho em formação. Outro texto mostra que a disciplina produz descanso aos pais e alegria para os mesmos (Pv 29.17).

O diálogo é mais valioso do que a aplicação da medida corretiva. Explicar por que determinada atitude foi inadequada faz a criança entender o que é certo ou errado. Dependendo da idade, a criança que recebe uma palmada pode não relacionar o castigo físico com o que fez de errado. Mostrar à criança por que determinada atitude não foi boa, colocando-se no lugar da pessoa prejudicada, é a melhor solução.

II – COMO VENCER A ONDA MATERIALISTA

  1. O valor da observância da palavra

Diz a Bíblia: “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. De todo ao meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (SI 119.9-11). Como o adolescente ou o jovem pode ter um caminho puro diante de Deus, em meio a uma onda avassaladora de materialismo e pecado? O texto transcrito dá a orientação divina: “Observando-o conforme a tua palavra”.

É indispensável que o adolescente e o jovem cristão conheçam a Palavra de Deus. Do contrário, como poderá observar, ou seja, viven-ciar suas experiências, seu comportamento, suas atitudes “conforme” a Palavra de Deus? Hoje, em muitas igrejas, é comum haver adolescentes completamente alheios às coisas de Deus; há muitos que não têm qualquer compromisso com o Senhor Jesus Cristo; estão nas igrejas porque acham que é bom, mas não querem fazer nada que “atrapalhe” seus sentimentos, seus desejos, ou suas inclinações, mesmo que estas contrariem a Palavra do Senhor.

Isso é trágico, pois, se os adolescentes os jovens de hoje não tiverem uma boa formação espiritual, como o serão, em poucos anos, quando alcançarem a fase adulta? E esta vem rápido. Daí, a importância de as igrejas locais terem um programa de ensino para essas faixas etárias, tanto na Escola Dominical quanto em outras ocasiões. Eles gostam de desafio. E precisam ser desafiados a buscar a Deus, a ler a Bíblia, numa programação que os atraia para os caminhos do Senhor. Gincanas bíblicas, competições interessantes, maratonas de conhecimento bíblico, e outros eventos, podem despertar o interesse dos adolescentes. Com sabedoria e graça de Deus, é possível tornar a ministração da Palavra aos adolescentes agradável e interessante para sua idade.

  1. Buscar a Deus de todo o coração

O salmo diz: “De todo o meu coração te busquei”. Uma das coisas mais gratificantes, na igreja local, é ver adolescentes e jovens, buscando a Deus, em oração, nas vigílias, na ED, nas reuniões de jovens, nos retiros, na evangelização, nos cultos de doutrina. Sem essa busca, não há esperança para a juventude. Mas cremos ser possível envolver os adolescentes no programa da igreja local, de forma que sejam despertados a buscar a Deus. Isso depende primeiro de Deus, visto que, sem Ele, nada podemos fazer. Ele é o “que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13). Em segundo lugar, depende dos líderes, dos obreiros, dos pastores, dos líderes de mocidade. Esses precisam da unção de Deus para trabalhar com adolescentes, servindo-lhes de exemplo e de referência.

  1. Não se desviar dos mandamentos do Senhor

Todos os sistemas modernos, seja de educação, de economia, da vida social, dos divertimentos, do lazer, da informática, da internet, tendem a desviar os adolescentes e jovens dos princípios emanados da Palavra de Deus.

  1. As portas do inferno não prevalecerão

“Respondendo aos discípulos sobre quem seria sua pessoa, Jesus disse: Eu “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Todos os ensinos materialistas fazem parte do arsenal diabólico das “portas do inferno”, levantadas acirradamente contra a Igreja do Senhor Jesus. Ao longo dos séculos, elas têm combatido fortemente os arraiais dos cristãos, mas não prevalecerão”. Jamais devemos nos deixar dominar por pensamentos de derrota, que nos levam a crer que o mal prevalecerá sobre nós. De modo algum. Doutrinando aos romanos, Paulo escreveu o verdadeiro “cântico de vitória” do cristão, mostrando que nem a perseguição, nem a angústia, nem a espada, são suficientes para nos derrotar (Rm 8.37-39).

Esperamos que essas reflexões despertem as consciências dos servos de Deus, nos tempos presentes, para os terríveis perigos que rondam e assaltam muitos cristãos, principalmente, crianças, adolescentes e jovens, através dos ensinos materialistas. E que os pastores, ou líderes, procurem preparar-se ou busquem ajuda de alguém, levantado por Deus, com o preparo necessário para orientar as igrejas locais sobre como enfrentar o “tsunami” de materialismo, que, a cada ano, está se tornando mais forte e agressivo contra o povo de Deus. Temos tudo para vencer, no nome de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.

III – PORNOGRAFIA

Pornografia “é a representação, por quaisquer meios, de cenas ou objetos obscenos, destinados a serem apresentados a um público e tainbém expor práticas sexuais diversas, com o intuito de despertar desejo sexual no observador. O termo deriva do grego pórne, “prostituta”, grafé, representação”.[4] Em décadas passadas, representações pornográficas se limitavam a revistas, vendidas de modo discreto, em livrarias ou pequenos estabelecimentos que distribuem material de divulgação.

Mas, com o advento da internet, a pornografia tomou proporções mundiais e fora de qualquer controle. O que só seria possível ver em filmes, chamados “pornô”, em sessões de cinema para adultos, está à disposição de crianças, adolescentes e jovens, na tela dos computadores. As imagens pornográficas em filmes e DVD’s são engodos, ou iscas para adolescentes, jovens e adultos, que se deixam dominar pelos instintos carnais descontrolados. E muitos se tornam viciados, a tal ponto de haver clínicas especializadas em tratar pacientes com esse distúrbio. As famílias que servem a Deus têm fundamentos sólidos para vencer essa onda maligna de pornografia, que tem destruído casamentos e lares cristãos.

  1. “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101.3).
    • Palavra de Deus ensina o valor da santificação do corpo. Maravilhoso instrumento, dado por Deus ao ser humano, o corpo é visto, na Palavra de Deus, em sua dimensão espiritual de grande significado. Os olhos, como “janelas da alma”, são maravilhas do Criador, que permitem à alma comunicar-se com o exterior, absorvendo imagens dos objetos em sua volta. Mas os olhos do cristão, assim como todas as partes do seu corpo, devem ser utilizados como instrumentos para a glória de Deus. Por isso, o salmista exorta: “Não porei coisa má diante de meus olhos”.

“Coisa má” é tudo aquilo que atrai o sentido da visão, e tem a reprovação de Deus. Fixar o olhar em pornografia, sem dúvida alguma, não glorifica a Deus. Valorizar a pornografia é desonrar a visão, que foi dada para ser bênção e não maldição. Fixar o olhar em cenas de sexo ilícito, de adultério, de pedofilia, de homossexualismo, de lesbianismo é atitude pecaminosa contra a santidade do corpo.

  1. O corpo templo do Espírito Santo

Na visão cristã, o corpo não é apenas formado de “cabeça, tronco e membros”, externamente, e um conjunto de órgãos internos vitais para a vida ativa e consciente. O corpo é “templo do Espírito Santo”. Diz Paulo: “Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.18-20).

Uma das coisas que mais contribui para a prostituição é o interesse pela pornografia. Milhões de pessoas, incluindo cristãos, são vítimas da pressão da pornografia. Até homens de Deus têm sido envolvidos pelas teias dessa rede carnal da pornografia. Por quê? Certamente, pela falta de oração e da vigilância (Mt 26.41); falta de um exercício diário e contínuo, do processo da santificação. É impossível vencer os tentáculos da pornografia, sem a santificação diária. Diz a Bíblia: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

  • família tem sido atingida pela pornografia de maneira destruidora. No aconselhamento pastoral, temos recebido esposas que com amargura no rosto, dizem ter descoberto que seus maridos são viciados em pornografia. Homens que deixam suas esposas de lado, e se voltam para a internet, para a prática do chamado “sexo virtual”, que é a expressão sofisticada da pornografia. Casamentos têm acabado por causa desse mal que se espalha por toda a parte, como uma praga “que assola ao meio dia”.

A Bíblia aconselha o recurso maravilhoso para vencer a tentação da pornografia, que tem sido muito aceita pela sociedade sem Deus, materialista e hedonista. Diz Paulo: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8).

Se um jovem ou um adulto se interessa por imagens pornográficas é porque sua mente está impressionada com esse tipo de divulgação. À luz do texto de Paulo aos filipenses, ver pornografia não passa no teste da ética cristã. Não é verdadeiro, não é honesto, não é justo, não é puro, não é amável, não é de boa fama, nem há qualquer virtude na pornografia, nem tampouco algum louvor, para que mereça a valorização do servo ou da serva de Deus.

IV – DROGAS

A família tem sido atacada no lado espiritual com as investidas satânicas que propõem a sua destruição, com novas formas de “configurações familiares”, incluindo as chamadas “uniões homoafetivas”, condenadas pela Palavra de Deus.

Mas há também outros ataques, de ordem espiritual e social. Os vícios têm sido agentes do Maligno, para destruir vidas preciosas. Pais de família são levados à morte precoce, por causa do tabagismo, do alcoolismo e dos tóxicos.

  1. O que são as drogas

Na linguagem da Medicina, há vários conceitos de drogas: Medicamentos. Para os médicos, drogas são medicamentos. Na linguagem farmacêutica, drogas são fármacos, ou remédios. Daí o nome drogaria, como sinônimo de farmácia. Quando você toma uma aspirina, está tomando uma droga. A palavra droga tem origem numa palavra holandesa, “droog”, que significa “folha seca”. Vem do tempo em que todos os remédios eram de origem caseira, na base dos vegetais. Também se definem como substâncias naturais, químicas ou sintéticas que produzem alterações físicas ou psíquicas em quem as usam.

Drogas psicotrópicas. Elas atuam no cérebro, e modificam o equilíbrio do psiquismo. O uso de medicamentos pode ajudar o organismo a restaurar seu funcionamento, ou prejudicá-lo. Depende da aplicação ou da dose. Por isso, não se deve tomar medicamento sem a orientação de um médico. A chamada auto-medicação tem causado grandes prejuízos e até provocado a morte.

  1. Classificação das drogas quanto ao seu uso

Há as drogas chamadas lícitas, e as ilícitas. As drogas lícitas são, naturalmente, os medicamentos prescritos pelos médicos; e há as drogas lícitas, não prescritas pela medicina, mas permitidas legalmente, como é o caso do fiimo e da bebida alcoólica. As drogas ilícitas são as que têm uso proibido por lei: maconha, cocaína, crack, cola de sapateiro etc.

Para o cristão, só é permitido o uso de drogas que sejam classificadas como medicamentos, desde que prescritos pelo médico. Desrespeitar essa orientação é incorrer no risco de sofrer consequências prejudiciais ao corpo, que é considerado, na Bíblia, templo do Espírito Santo, e deve ser muito bem cuidado em todos os aspectos. Nesta reflexão, abordamos as chamadas drogas lícitas, que são prejudiciais, e, de modo especial, as drogas ilícitas.

  1. Os efeitos das drogas

Como colaboração a nossos leitores, visando alertar para o perigo das drogas, ou dos tóxicos, mostraremos, com base em informações médicas, ou técnicas, algumas drogas e seus efeitos.

3.1. Os efeitos das chamadas drogas lícitas. Aqui, não enfocaremos os medicamentos, e, sim, as substâncias não prescritas pela medicina.

a) O fumo. O “consumo pode provocar hipotonia muscular, diminuição dos reflexos tendinosos, aumento do ritmo cardíaco, da frequência respiratória e da pressão arterial, irritação das vias respiratórias, aumento da mucosidade e dificuldade em eliminá-la, inflamação dos brônquios (bronquite crônica), obstrução crônica do pulmão e graves complicações (enfisema pulmonar), arteriosclerose, transtornos vasculares (exemplo: trombose e enfarte do miocárdio); além de frigidez na mulher, e impotência sexual no homem. Em fumantes crônicos, podem surgir úlceras digestivas, faringite e laringi-te, afonia e alterações do olfato, pigmentação da língua e dos dentes, disfunção das papilas gustativas, problemas cardíacos, má circulação (que pode levar à amputação) e cancro do pulmão, de estômago e da cavidade oral.

O tabagismo materno influencia no crescimento do feto, especialmente no peso do recém-nascido, aumento dos índices de aborto espontâneo, complicações na gravidez e no parto e nascimentos prematuros. A vitamina C é destruída pelo tabaco, por este motivo aconselha-se o fumante a tomar doses extras de antioxidantes (vitaminas A, C e E), para ajudar a prevenir certos tipos de cancro”. Veja bem. O fumo é uma droga lícita. A lei não o proíbe. Mas causa uma verdadeira destruição no organismo. E por que é lícita? Porque o governo arrecada impostos elevados pelo consumo de fumo! Mas a pessoa inteligente, que dá valor à saúde e à vida, não vai se deixar dominar pelo tubinho branco de substâncias cancerígenas. “Fumar de um a quatro cigarros por dia aumenta em cinco vezes a chance de uma mulher morrer de câncer de pulmão e em três vezes a chance de um homem morrer da mesma doença. As taxas de mortalidade também aumentam de acordo com o número de cigarros consumidos diariamente”. Assim, o fumo é uma droga, que destrói a saúde dos jovens, e de todas as pessoas dominadas pelo assassino silencioso.

b) Bebidas alcoólicas. O que muitos não sabem é que por trás do vício do alcoolismo, há um componente espiritual muito perigoso. E ação maligna, do Diabo, que procura destruir vidas preciosas (Pv 20.1). Em Provérbios 23.19-21, o sábio mostra que há um perigo no vinho e que ele é enganador. Os efeitos danosos sobre a mente e o corpo também são descritos de maneira eloquente pelo escritor de Provérbios (Pv 23.29-35).

A família cristã pode ser considerada feliz, por não estar, em sua maioria, sofrendo o efeito do alcoolismo na vida de seus componentes que são salvos em Cristo Jesus.

V-DELINQUÊNCIA

Delinquência significa o “ato de delinquir”, ou o “estado do delinquente”. E a prática costumeira de delitos, que podem ser contra a pessoa, contra a propriedade, sem conotação política. Na sociedade atual, a delinquência tem aumentado significativamente. A cada dia, os roubos, os furtos, as agressões e as práticas nocivas fazem parte constante do noticiário em todos os meios de comunicação. Praticamente, não há um só dia, em que não se divulguem notícias de delitos sociais. Sintoma de uma sociedade doente, espiritual, moral e socialmente que rejeita aquE-le que pode trazer paz ao homem, ao “Príncipe da Paz” (Is 9.6),”… o Desejado de todas as nações” (Ag 2.7). Os governantes, os legisladores e os juristas aprovam medidas que afrontam a Lei de Deus. O resultado não pode ser outro, a não ser uma nação degradada espiritual e moralmente.

O poder transformador da Palavra de Deus é capaz de livrar a família dos efeitos perniciosos da maldade humana. Num lar cristão, que se pauta pelos ensinos da Bíblia, seguramente, há muito mais probabilidade de haver pessoas ajustadas, equilibradas, que busquem a harmonia e o bom relacionamento entre os seus semelhantes. Mas as autoridades públicas não valorizam a Palavra de Deus, por entenderem que se trata de um livro de religião, e o “Estado é laico”. De fato, o Estado deve ser laico. Quando o Estado é religioso, ou teocrático, a História tem mostrado que se cometem terríveis injustiças, como acontece em países orientais, dominados por religiões sectárias.

Mas o Estado não precisa ser anti-Deus, contra a Bíblia e afrontar os princípios sagrados, que só trazem benefício às famílias e à sociedade. Rejeitando a Palavra de Deus, as autoridades públicas cometem grave erro. Diz a Bíblia: “A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos” (Pv 14.34). No Brasil, o Supremo Tribunal Federal é a Corte Suprema da Justiça, e muitos benefícios tem produzido em favor da sociedade. Mas, infelizmente, dominado por juizes liberais, em termos sociais, aprovou, e certamente vai aprovar, medidas que afrontam a Deus, à sua Palavra e seus princípios. Tudo isso em nome da modernidade, e da evolução dos costumes.

A psicóloga Maria Delfina Farias Dias, após realizar seu trabalho de mestrado apresentado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), chegou a algumas conclusões sobre a delinquência juvenil no país. Ela analisou 40 jovens em situação de risco entre 12 e 18 anos das cidades de Santos e São Paulo com situações econômicas semelhantes. Os santistas fazem parte de um grupo de infratores que respondiam processo na justiça por uso de drogas, furto e assalto. Já os paulistanos não eram infratores e frequentavam o Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente (CAAA), da Unifesp.

Os dados apontam que 35% dos infratores possuem algum tipo de problema familiar. No grupo de não infratores apenas 8,7% apresentam o mesmo distúrbio. “Há, principalmente, uma grande quantidade àe famílias monoparentais entre os adolescentes que cometeram crimes”, afirma Maria Delfina (grifo nosso). Esta conclusão merece nossa análise. Grande parte dos infratores possuem problemas familiares, e “grande quantidade de famílias monoparentais”. Isso significa famílias que só tem um pai ou uma mãe, responsável pelos filhos. O que quer dizer? Que são famílias destruídas, pelas separações entre os pais. As causas são muitas, mas, seguramente, a principal, é a falta de Deus no lar, na família.

Pais cristãos, unidos pelo amor de Deus, e pelo amor conjugal verdadeiro, não se separam. Só se divorciam quando esse amor deixa de existir. Quando desobedecem à Palavra de Deus. A pesquisadora demonstra que “os pais dos infratores tinham um distanciamento da vida cotidiana de seus filhos: tiveram dificuldades em responder quem eram os amigos, quais eram os lugares de lazer, quais os sonhos e expectativas de futuro.

“Eles, assim, se envolviam pouco com a vida dos filhos e tinham uma organização pouco rigorosa, não sabiam a hora que eles chegavam em casa, nem sugeriam um limite”. Conclusão bem interessante. Pais que não se envolvem com a vida dos filhos nem sabem impor limites aos mesmos, conforme já dissemos anteriormente neste estudo. O Estado pretende punir os pais que disciplinarem seus filhos, criminalizando até uma palmada corretiva! O que se espera de um País assim? Uma geração permissiva, que não respeita limites, não respeita a autoridade dos pais, nem autoridades constituídas, nem a Lei.

Um número que assustou a pesquisadora diz respeito à presença de familiares próximos dos jovens infratores com problemas mentais. Nas entrevistas, mais de 35% dos jovens afirmaram ter parentes com problemas como o alcoolismo ou vício em drogas. “São números altos que demonstram a necessidade de intervir na realidade dessas famílias de maneira sistemática criando políticas públicas para atendê-las”, diz Maria Delfina”. Mais uma vez, nossa observação: parentes com problemas de alcoolismo. Por quê? Porque, desde a adolescência, aprenderam que fazer uso de bebida alcoólica é “chique”, é para “homem”, é ser atualiza-do. A família cristã não está imune a essas mazelas. Porém tem muito mais oportunidade de vencer as forças malignas que visam destruir os lares e as famílias.

Outro fator de risco para a inserção desses jovens na criminalidade constatado na pesquisa é a defasagem escolar. No grupo de infratores, apenas dois dos entrevistados tinham concluído o Ensino Fundamental. A maioria era multirrepetente e apresentava histórico de não adaptação ao cotidiano escolar. “As escolas não estão preparadas para atender aos adolescentes com comportamentos desviantes’ e não têm recursos para estimular esses alunos”, reclama a pesquisadora. O IBGE constatou, há alguns anos, que a taxa de escolaridade, entre os evangélicos, é mais alta que a média nacional. E significativo. As famílias cristãs costumam estimular a leitura da Bíblia. E isso contribui para melhorar o índice de alfabetização e de leitura.

por: Elinaldo Renovato de Lima
Pastor

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