A INFÂNCIA DE CRISTO SEGUNDO PEDRO

 

Este é considerado o quinto Evangelho, escrito por Pedro, segundo relatos feitos por Nossa Senhora. Publicado pela primeira vez em 1677, conta com versões em grego, latim, armênio e árabe.

 

A INFÂNCIA DE CRISTO

 

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, Deus único.

Com o auxílio e a ajuda do Deus todo poderoso, começamos a escrever o livro dos milagres de nosso Salvador, Mestre e Senhor Jesus Cristo, que se intitula o Evangelho da Infância, conforme narrado por Maria, sua mãe, na paz do Nosso Senhor e Salvador. Que assim seja.

 

  1. Palavras de Jesus no Berço

Encontramos no livro do grande sacerdote Josefo que viveu no tempo de Jesus Cristo, e que alguns chamam de Caifás, que Jesus falou quando estava no berço e que disse a sua mãe Maria:

 

  1. Viagem a Belém

No ano de 309 da era de Alexandre, Augusto ordenara que todos fossem recenseados em sua cidade natal. José partiu, então, conduzindo Maria, sua esposa. Vieram a Jerusalém, de onde se dirigiram a Belém para inscreverem-se no local onde ele havia nascido. Quando estavam próximos a uma caverna, Maria disse a José que sua hora havia chegado e que não poderia ir até a cidade.

O sol estava começando a se pôr. José apressou-se em procurar uma mulher que assistisse Maria no parto e encontrou uma anciã que vinha de Jerusalém.

Saudando-a, disse-lhe:

 

Após o pôr-do-sol, José chegou com a anciã à caverna e eles entraram. Eis que a caverna estava resplandecendo com uma claridade que superava a de uma infinidade de labaredas e brilhava mais do que o sol do meio-dia. A criança, enrolada em fraldas e deitada numa manjedoura, mamava no seio da mãe. Ambos ficaram surpresos com o aspecto daquela claridade e a anciã disse a Maria:

Ao responder afirmativamente Maria, disse-lhe:

A anciã disse então:

 

 

 

Maria lhe disse, então:

Quando a anciã o fez, foi purificada. Ao sair, ela disse:

 

  1. A Adoração dos Pastores

Em seguida, quando os pastores chegaram e acenderam o fogo, entregando-se à alegria, as cortes celestes apareceram, louvando e celebrando o Senhor, a caverna parecia-se com um templo augusto, onde reis celestiais e terrestres celebravam a glória e os louvores de Deus por causa da natividade do Senhor Jesus Cristo. E esta anciã hebréia, vendo estes milagres resplandecentes, rendia graças a Deus, dizendo:

 

  1. A Circuncisão

Quando chegou o tempo da circuncisão, isto é, o oitavo dia, época na qual o recém- nascido deve ser circuncidado segundo a lei, eles o circuncidaram na caverna e a velha anciã recolheu o prepúcio e colocou-o em um vaso de alabastro, cheio de óleo de nardo velho. Como tivesse um filho que comercializava perfumes, Maria deu-lhe o vaso, dizendo:

E este é o vaso que Maria, a pecadora, comprou e derramou sobre a cabeça e sobre os pés de Nosso Senhor Jesus Cristo, enxugando-os com seus cabelos.

Quando dez dias se haviam passado, eles levaram a criança para Jerusalém e, ao término da quarentena, eles o apresentaram no templo do Senhor, oferecendo por ele as oferendas prescritas pela lei de Moisés, que diz:

 

  1. Apresentação no Templo

O velho Simeão viu o menino Jesus resplandecente de claridade como um facho de luz, quando a Virgem Maria, cheia de alegria, entrou com ele em seus braços. Uma multidão de anjos rodeava-o, louvando-o e acompanhando-o, assim como os satélites de honra seguem seu rei. Simeão, pois, aproximando-se rapidamente de Maria e estendendo suas mãos para ela, disse ao Senhor Jesus:

A profetisa Ana também estava presente, rendia graças a Deus e celebrava a felicidade de Maria.

 

Aconteceu que, enquanto o Senhor vinha ao mundo em Belém, cidade da Judéia, Magos vieram de países do Oriente a Jerusalém, tal como havia predito Zoroastro, e traziam com eles presentes: ouro, incenso e mirra. Adoraram a criança e renderam-lhe homenagem com seus presentes. Então Maria pegou uma das faixas, nas quais a criança estava envolvida, e deu-a aos magos que receberam-na como uma dádiva de valor inestimável. Nesta mesma

 

 

 

hora, apareceu-lhes um anjo sob a forma de uma estrela que já lhes havia servido de guia, e eles partiram, seguindo sua luz, até que estivessem de volta a sua pátria.

 

Os reis e os príncipes apressaram-se em se reunir em torno dos magos, perguntando-lhes o que haviam visto e o que havia feito, como haviam ido o como haviam voltado e que companheiros eles haviam tido então durante a viagem. Os magos mostraram-lhes a faixa que Maria lhes havia dado. Em seguida, celebraram uma festa, acenderam o fogo segundo seus costumes, adoraram a faixa e a jogaram nas chamas. As chamas envolveram-na.

Ao apagar-se o fogo, eles retiraram o pano e viram que as chamas não haviam deixado nele nenhum vestígio. Eles se puseram então a beijá-lo e a colocá-lo sobre suas cabeças e sobre seus olhos, dizendo:

— Eis certamente a verdade! Qual é pois o preço deste objeto que o fogo não pode nem consumir nem danificar?

E pegando-o, depositaram-no com grande veneração entre seus tesouros.

 

  1. A Cólera de Herodes

Herodes, vendo que os magos não retornavam a visitá-lo, reuniu os sacerdotes e os doutores e disse-lhes:

Quando responderam que era em Belém, cidade da Judéia, Herodes pôs-se a tramar, em seu espírito, o assassinato do Senhor Jesus. Então um anjo apareceu a José, durante o sono, e disse-lhe:

 

  1. Fuga para o Egito

Enquanto ele refletia sobre o caminho que ele devia seguir, a aurora o surpreendeu. A correia da sela se havia rompido ao se aproximarem de uma grande cidade, onde havia um ídolo, ao qual os outros ídolos e divindades do Egito rendiam homenagem e ofereciam presentes. Sempre que Satã falava pela boca do ídolo, os sacerdotes relatavam o que ele dizia aos habitantes do Egito e de suas margens.

Um sacerdote tinha um filho de trinta anos que estava possuído por um grande número de demônios. Ele profetizava e anunciava muitas coisas. Quando os demônios se apossavam dele, rasgavam suas roupas e ele corria nu pela cidade, jogando pedras nos homens.

A hospedaria dessa cidade ficava perto deste ídolo. Quando José e Maria lá chegaram e se hospedaram, os habitantes ficaram profundamente perturbados e todos os príncipes e sacerdotes dos ídolos se reuniram ao redor desse ídolo, perguntando-lhe:

O ídolo respondeu:

Neste momento, esse ídolo caiu e quebrou-se, tal como os outros ídolos que estavam no

 

 

 

país. Sua queda fez acorrerem todos os habitantes do Egito.

 

  1. A Cura do Menino Endemoninhado

O filho do sacerdote, acometido do mal que o afligia, entrou no albergue insultando José e Maria, já que os outros hóspedes haviam fugido. Como Maria havia lavado as fraldas do Senhor Jesus e as estendera sobre umas madeiras, o menino possuído pegou uma das fraldas e colocou-a sobre sua cabeça. Imediatamente os demônios fugiram, saindo pela boca, e foram vistos sob a forma de corvos e serpentes. O menino foi curado instantaneamente pelo poder de Jesus Cristo e se pôs a louvar o Senhor que o havia libertado e rendeu-lhe mil ações de graça.

Quando seu pai viu que ele havia recobrado a saúde, exclamou, admirado:

O pai, cheio de alegria, exclamou:

 

Quando José e Maria souberam que esse ídolo se havia quebrado, foram tomados de medo e de espanto e diziam:

 

Eles partiram e passaram nas proximidades do covil de ladrões, que despojavam de suas roupas e pertences os viajantes que por ali passavam e, após tê-los amarrado, os arrastavam pelo deserto. Esses ladrões ouviram um forte ruído, semelhante ao do rei que saiu de sua capital ao som dos instrumentos musicais, escoltado por grande exército e por uma numerosa cavalaria. Apavorados, então, deixaram ali todo o seu saque e apressaram-se em fugir. Os cativos, levantando-se, cortaram as cordas que os prendiam e, tendo retomado sua bagagem, iam retirar-se, quando viram José e Maria que se aproximavam e perguntaram- lhes:

José respondeu:

 

Chegaram em seguida a outra cidade, onde havia uma mulher endemoninhada. Quando

 

 

 

ela ia buscar água no poço durante a noite, o espírito rebelde e impuro apossava-se dela. Ela não podia suportar nenhuma roupa, nem morar em uma casa. Todas as vezes que a amarravam com cordas e correntes, ela as partia e fugia nua para locais desertos. Ficava nas estradas e perto de sepulturas, perseguindo e apedrejando aqueles que encontrava no caminho, de forma que ela era, para seus pais, motivo de luto.

Maria viu-a e foi tomada de compaixão. Imediatamente Satã a deixou e fugiu sob a forma de um jovem rapaz, dizendo:

— Infeliz de mim, por tua causa, Maria, e por causa do teu filho!

Quando essa mulher foi libertada da causa de seu tormento, olhou ao seu redor e, corando por sua nudez, procurou seus pais, evitando encontrar as pessoas. Após haver vestido suas roupas, ela contou ao seu pai e aos seus o que lhe havia acontecido. Como eles fizessem parte dos habitantes mais distintos da cidade, hospedaram em sua casa José e Maria, demonstrando por eles um grande respeito.

 

  1. A Jovem Muda

No dia seguinte, José e Maria prosseguiram sua viagem. À noite chegaram a uma cidade onde estava sendo celebrado um casamento. Mas, em decorrência das ciladas do espírito maligno e dos encantamentos de alguns feiticeiros, a esposa ficara muda, de forma que ela não podia mais falar. Quando Maria entrou na cidade, trazendo nos braços o filho, o Senhor Jesus, aquela que havia perdido o uso da palavra avistou-o e imediatamente pegou-o em seus braços. Abraçou-o, apertando-o junto ao seu seio e cobrindo-o de carinho. Imediatamente o laço que travava sua língua partiu-se e seus ouvidos se abriram. Ela começou a glorificar e a agradecer a Deus que a havia curado. Naquela noite, houve uma grande alegria entre os habitantes dessa cidade, pois acreditavam todos que Deus e seus anjos haviam descido no meio deles.

 

José e Maria passara três dias nesse lugar, onde foram recebidos com grande veneração e esplendidamente tratados. Munidos de provisões para a viagem, partiram dali e chegaram a uma outra cidade. Como ela era próspera e seus habitantes tinha boa reputação, eles pernoitaram lá. Havia nessa cidade uma boa mulher. Um dia em que ela havia descido até o rio para lavar-se, um espírito maldito, assumindo a forma de uma serpente, havia se jogado sobre e cingido o seu ventre. Todas as noites estendia-se sobre ela. Quando essa mulher viu Maria e o Senhor Jesus que ela trazia contra o seio, rogou à Santa Virgem que lhe permitisse segurar e beijar a criança. Maria consentiu, e assim que a mulher tocou a criança, Satã abandonou-a e fugiu. Desde então ela não mais o viu. Todos os vizinhos louvaram o Senhor e a mulher recompensou-os com grande generosidade.

 

No dia seguinte, essa mulher preparou água perfumada para lavar o menino Jesus e após o haver lavado, guardou essa água. Havia lá uma jovem cujo corpo assava, coberto pela lepra branca. Lavou-se ela com essa água e foi imediatamente curada. O povo dizia então:

— Não resta dúvida de que José e Maria e essa criança sejam Deuses, pois eles não podem ser simples mortais.

Quando eles se preparavam para partir, essa jovem, que havia sido curada da lepra, aproximou-se deles e rogou-lhes que lhe permitissem acompanhá-los.

 

 

 

 

Eles consentiram e ela foi com eles. Chegaram a uma cidade, onde havia o castelo de um poderoso príncipe. Foram até lá e se hospedaram nele. A jovem, aproximando-se da esposa do príncipe, encontrou-a triste e chorando. Perguntou-lhe, então, qual a causa daquele pesar:

A jovem tornou:

A jovem respondeu-lhe:

A mulher perguntou-lhe, então, onde estava esse Deus do qual falava. A jovem respondeu-lhe:

A esposa do príncipe ergueu-se, então, e recebeu José e Maria.

Preparou para José um magnífico festim, para o qual muitas pessoa foram convidadas. No dia seguinte, ela pegou água perfumada a fim de lavar o Senhor Jesus e ela lavou, com essa mesma água, o seu filho, que ela havia trazido consigo, e logo ele se curou da lepra.

Ela se pôs a cantar louvores a Deus e a render-lhe graças, dizendo-lhe:

Ela ofereceu presentes a Maria e dela despediu-se, tratando-a com grande deferência.

 

Chegaram a outra cidade onde deviam pernoitar. Foram à casa de um homem recém- casado que, atingido por um malefício, não podia desfrutar sua esposa. Após haverem eles passado a noite perto do homem, o encantamento quebrou-se. Quando o dia amanheceu,

 

 

 

preparavam-se para prosseguir a viagem, mas o esposo impediu-os de partir e preparou-lhes um grande banquete.

 

  1. A História de um Mulo

No dia seguinte partiram e, ao se aproximarem de uma outra cidade, viram três mulheres que se afastavam de um túmulo, a verter em lágrimas. Maria, tendo-as visto, disse à jovem que os acompanhava:

Eles seguiram essas mulheres e foram levados a uma casa nova, ornada e decorada por diversos móveis. Era inverno e a jovem moça, tendo entrado no quarto dessas mulheres, encontrou-as chorando e se lamentando. Ao lado delas, coberta por uma manta de seda, encontrava-se um mulo com forragem à sua frente. Elas davam-lhe de comer e o beijavam.

A jovem disse então:

 

Ao ouvir tal coisas, a jovem disse:

Ao ouvirem tais palavras proferidas pela jovem, elas se apressaram em ter com Maria.

Levaram o multo até o quarto e lhe disseram, chorando:

 

 

 

Maria, comovida e chorando como as mulheres, ergueu o menino Jesus e colocou-o sobre o dorso do mulo, dizendo:

Nem bem essas palavras haviam saído dos lábios de Maria e o mulo já havia retomado a forma humana, mostrando-se sob os traços de um belo rapaz. Não lhe restava nenhuma deformidade. Ele, sua mãe e suas irmãs adoraram Maria e, erguendo o menino acima de suas cabeças, beijaram-no, dizendo:

 

As duas irmãs disseram à mãe:

Após haverem feito este pedido a Maria e haver ela consentido, fizeram para as bodas preparativos esplêndidos. A dor transformou-se em alegria e o choro cedeu espaço ao riso. Elas só fizeram cantar e regozijar-se, enfeitadas com magníficas vestimentas e jóias preciosas. Ao mesmo tempo, entoavam cânticos de louvor a Deus, dizendo:

José e Maria lá permaneceram por dez dias. Ao partirem, receberam demonstrações de veneração de parte de toda a família, que despediu-se deles chorando muito, principalmente a moça que se desfazia em lágrimas.

 

Chegaram, em seguida, a um deserto. Como lhes haviam dito que era infestado de ladrões, prepararam-se para atravessá-lo durante a noite. Eis que, de repente, avistaram dois ladrões que dormiam e, perto deles, muitos outros ladrões, seus companheiros, que também estavam entregues ao sono. Esses dois ladrões chamavam-se Titus e Dumachus.

O primeiro disse ao outro:

Tendo Dumachus recusado, Titus disse-lhe:

Deu-lhe o cinto e, ao mesmo tempo, pediu que não desse alarme. Maria, vendo esse ladrão tão disposto a serví-los, disse-lhe:

O Senhor Jesus disse a Maria:

Quando ele assim falou, sua mãe respondeu-lhe:

 

 

 

Foram dar, em seguida, em uma cidade, cheia de ídolos. Quando eles se aproximavam, ela foi transformada em um monte de areia.

 

Foram ter, em seguida, a um sicômoro, que chamam hoje de Mataréia, e o Senhor Jesus fez surgir neste lugar uma fonte, onde Maria lavou sua túnica. O bálsamo que produz esse país vem do suor que escorreu pelos membros de Jesus.

 

Foram então a Mênfis e, tendo visitado o faraó, permaneceram três anos no Egito, onde o Senhor Jesus fez muitos milagres, que não estão consignados nem no Evangelho da Infância, nem no Evangelho Completo.

 

Depois de três anos, eles deixaram o Egito e voltaram para a Judéia. Quando já estavam próximos, José teve medo de entrar lá, porque acabara de saber que Herodes estava morto e que seu filho Arquelaus havia lhe sucedido. Um anjo de Deus apareceu-lhe, porém, e disse- lhe:

 

Quando chegaram a Belém, havia uma proliferação de doenças graves e difíceis de serem curadas, que atacavam os olhos das crianças e lhes causavam a morte. Uma mulher, que tinha um filho atacado por esse mal, levou-o a Maria e encontrou-a banhando o Senhor Jesus.

A mulher disse-lhe:

A mulher fez como lhe havia recomendado Maria e seu filho, depois de uma forte agitação, adormeceu. Quando acordou, estava completamente curado.

A mulher, cheia de alegria, foi até Maria, que lhe disse:

 

Essa mulher tinha uma vizinha cujo filho fora atingido pela mesma doença e cujos olhos estavam quase fechados. Ele gritava e chorava noite e dia. Aquela cujo filho havia sido curado disse-lhe:

A mulher foi pegar também daquela água e, assim que ela derramou sobre seu filho, ele foi curado. Levou então seu filho em perfeita saúde para Maria, que lhe recomendou que rendesse graças a Deus e que não contasse a ninguém o que havia acontecido.

 

Havia na mesma cidade duas mulheres casadas com um mesmo homem e cada uma delas tinha um filho doente. Uma se chamava Maria e seu filho, Cleofás. Essa mulher levou

 

 

 

seu filho a Maria, mãe de Jesus, e ofereceu uma bela toalha, dizendo-lhe:

Maria consentiu e a mãe de Cleofás confeccionou, com essa fralda, uma túnica, com a qual vestiu seu filho. Ele ficou curado e o filho de sua rival morreu no mesmo dia, o que causou profundo ressentimento entre essas duas mulheres.

Elas se encarregavam, em semanas alternadas, dos trabalhos caseiros e, um dia em que era vez de Maria, a mãe de Cleofás, ela estava ocupada aquecendo o forno para assar pão. Precisando de farinha, deixou seu filho perto do forno. Sua rival, vendo que a criança estava sozinha, pegou-a e jogou-a no forno em brasa e fugiu. Maria retornou logo em seguida, mas qual não foi o seu espanto, quando ela viu seu filho no meio do forno, rindo, pois ele havia subitamente esfriado, como se jamais houvesse sido aquecido. Ela suspeitou que sua rival o havia jogado ali. Tirou-o de lá, levou-o até a Virgem Maria e contou-lhe o que havia acontecido.

Maria disse-lhe:

Em seguida, a rival foi buscar água no poço e, vendo Cleofás brincando e percebendo que não havia ninguém por perto, pegou a criança e jogou-a no poço. Alguns homens que haviam vindo para tirar água viram a criança sentada na água, sem nenhum ferimento, e por meio de cordas tiraram-na de lá. Ficaram tão admirados com essa criança que renderam-lhe as mesmas homenagens devidas a um Deus.

Sua mãe, chorando, carregou-o até Maria e disse-lhe:

Maria respondeu-lhe:

Alguns dias depois, a rival foi buscar água no poço e seus pés enroscaram-se na corda e ela caiu nele. Quando acorreram, acharam-na com a cabeça partida. Ela morreu, portanto, de uma forma funesta.

A palavra do sábio se cumpre em si:

 

Uma outra mulher da mesma cidade tinha dois filhos, os dois doentes. Um morreu e o outro estava agonizando. Sua mãe tomou-o nos braços e levou-o até Maria.

Aos prantos, disse-lhe:

E pôs-se a gritar:

Maria, testemunha da sua extrema dor, sentiu pena e disse-lhe:

Quando a criança foi colocada na cama, ao lado de Jesus, seus olhos já cerrados pela morte abriram-se e, chamando sua mãe em voz alta, pediu-lhe pão. Quando lhe deram, comeu-o.

Então sua mãe disse:

 

 

 

A criança que assim foi curada é o mesmo Bartolomeu se quem se fala no Evangelho.

 

Havia ainda no mesmo lugar uma leprosa que foi ter com Maria, mãe de Jesus, dizendo- lhe:

A mulher esperou e Maria, após o haver deitado, estendeu à mulher um vaso cheio de água do banho do seu filho e disse-lhe:

Assim que a doente obedeceu, curou-se e ela rendeu graças a Deus.

 

Ela partiu em seguida, após haver permanecido três dias junto de Maria, e foi para uma cidade onde morava um príncipe, que havia desposado a filha de um outro príncipe. Quando ele viu sua esposa, porém, percebeu entre seus olhos as marcas da lepra sob a forma de uma estrela e o seu casamento foi declarado nulo e não válido.

Essa mulher, vendo o desespero da princesa, perguntou-lhe a causa dessas lágrimas. A princesa respondeu-lhe:

A mulher insistia em saber, dizendo que talvez conhecesse algum remédio. Ela viu então as marcas da lepra entre os olhos da princesa.

A princesa disse-lhe então:

Ela foi, levando ricos presentes. Quando Maria a viu, disse:

Ela lhe deu um pouco da água na qual havia lavado seu filho. Assim que a princesa espalhou-a sobre o próprio corpo, ela se viu curada e rendeu graças ao Senhor, assim como todos os que ali estavam.

O príncipe, ao saber que sua esposa havia sido curada, recebeu-a, celebrou um segundo casamento, e rendeu graças a Deus.

 

Havia, no mesmo lugar, uma jovem que Satã atormentava. O espírito maldito aparecia-

 

 

 

lhe sob a forma de um dragão, que queria devorá-la. Ele já havia sugado todo o sangue, de maneira que ela se parecia com um cadáver. Todas as vezes em que ele se jogava sobre ela, ela gritava e, juntando as mãos sobre a cabeça, dizia:

A princesa, que havia sido curada da lepra, ouvindo a voz dessa infeliz, subiu até o telhado de seu castelo e viu-a com as mãos unidas acima da cabeça, a verter copiosas lágrimas. Todos aqueles que a rodeavam estavam desolados.

Ela perguntou se a mãe dessa possuída vivia ainda. Quando lhe responderam que o seu pai e sua mãe estavam ambos vivos, ela disse:

Quando esta chegou, ela lhe perguntou:

A mãe, tendo respondido que sim, chorou, mas a princesa disse-lhe:

Imediatamente a mãe levantou-se e partiu. Foi procurar Maria e expôs-lhe o estado de sua filha. Maria, após tê-la ouvido, deu-lhe um pouco da água, na qual ela havia lavado seu filho Jesus, e disse-lhe para derramá-la sobre o corpo da possuída.

Em seguida deu-lhe uma fralda do menino Jesus, acrescentando:

 

Após haver deixado Maria, elas retornaram à sua cidade. Quando veio o tempo no qual Satã costumava atormentá-la, ele lhe apareceu sob a forma de um grande dragão. Ao ver a sua aparência, a jovem foi tomada pelo pavor, mas sua mãe disse-lhe:

Quando o espírito maligno, que havia tomado a forma de um dragão, estava bem perto, a doente, tremendo de medo, colocou sobre sua cabeça a fralda e desdobrou-a. De repente, dela saíram chamas que se dirigiam à cabeça e aos olhos do dragão.

Ouviu-se, então, uma voz que gritava:

Satã fugiu apavorado, abandonando essa jovem e nunca mais apareceu. Ela se viu curada e, grata, rendeu graças a Deus, assim como todos os que haviam presenciado esse milagre.

 

Havia nessa mesma cidade uma outra mulher cujo filho era atormentado por Satã. Ele se chamava Judas e sempre que o espírito maligno apoderava-se dele, ele tentava morder

 

 

 

todos os que estavam à sua volta. Se estivesse sozinho, mordia suas próprias mãos e membros. A mãe desse infeliz, ouvindo falar de Maria e de seu filho Jesus, foi com seu filho nos braços até Maria.

Nesse meio tempo, Tiago e José haviam trazido o menino Jesus para fora da casa, para que pudesse brincar com as outras crianças. Eles estavam sentados fora da casa e Jesus com eles. Judas aproximou-se também e sentou-se à direita de Jesus e, quando Satã começou a agitá-lo como sempre o fazia, ele tentou morder Jesus. Como não podia alcançá-lo, dava- lhe socos no lado direito, de forma que Jesus começou a chorar. Nesse momento, entretanto, Satã saiu dessa criança sob a forma de um cão enraivecido.

Essa criança era Judas Iscariotes, que mais tarde trairia Jesus. O lado em que ele havia batido foi o lado que os judeus trespassaram com a lança.

 

Quando o Senhor Jesus havia completado o seu sétimo ano, ele brincava um dia com outras crianças de sua idade. Para divertir-se, eles faziam com terra molhada diversas imagens de animais, de lobos, de asnos, de pássaros, cada um elogiando seu próprio trabalho e esforçando-se para que fosse melhor que o de seus companheiros. Então o Senhor Jesus disse para as crianças:

As crianças perguntaram-lhe se ele era o filho do Criador e o Senhor Jesus ordenou às imagens que andassem e elas imediatamente andaram. Quando ele mandava voltar, elas voltavam. Ele havia feito figuras de pássaros que voavam, quando ele ordenava que voassem, e que paravam, quando ele dizia para parar. Quando ele lhes dava bebida e comida, eles comiam e bebiam.

Quando as crianças foram embora e contaram aos seus pais o que haviam visto, eles disseram:

 

Certo dia, quando brincava e corria com outras crianças, o Senhor Jesus passou em frente à loja de um tintureiro, que se chamava Salém. Havia nessa loja tecidos que pertenciam a um grande número de habitantes da cidade e que Salém se preparava para tingir de várias cores. Tendo Jesus entrado na loja, pegou todas as fazenda e jogou-as na caldeira. Salém virou-se e, vendo todas as fazendas perdidas, pôs-se a gritar e a repreender Jesus, dizendo:

O Senhor Jesus respondeu:

Ele se pôs a retirar as fazendas da caldeira e cada uma estava tingida da cor que desejava o tintureiro. Os judeus, testemunhando esse milagre, celebraram o poder de Deus.

 

José ia por toda a cidade, levando com ele o Senhor Jesus. Chamavam-no para que fizesse portas, arcas e catres e o Senhor Jesus estava sempre com ele. E sempre que a obra de José precisava ser mais comprida ou mais curta, mais larga ou mais estreita, o Senhor

 

 

 

Jesus estendia a mão e ela ficava exatamente do jeito que queria José, de forma que ele não precisava retocar nada com sua própria mão, pois ele não era muito hábil no ofício de marceneiro.

 

Um dia, o rei de Jerusalém mandou chamá-lo e disse:

Quando ele foi colocado no lugar onde deveria ficar, perceberam que de cada lado faltavam dois palmos à medida fixada.

Então o rei ficou bravo com José, que temendo a raiva do monarca, não conseguiu comer e deitou-se em jejum.

O Senhor perguntou-lhe qual era a causa do seu receio e ele respondeu:

José fez o que havia lhe pedido o Senhor Jesus e cada um puxou para um lado. O trono obedeceu e ficou exatamente com a dimensão desejada.

Os assistentes, vendo esse milagre, ficaram estupefatos e deram graças a Deus.

Esse trono fora feito com uma madeira do tempo de Salomão, filho de Davi, e que era notável por seus nós, que representavam várias formas de figuras.

 

  1. Os Meninos

Num outro dia, o Senhor Jesus foi até a praça e vendo as crianças que se haviam reunido para brincar, juntou-se a elas. Essas, tendo-o visto, esconderam-se e o Senhor Jesus foi até uma casa e perguntou às mulheres que estavam à porta, onde as crianças haviam ido. Como elas responderam que não havia nenhuma delas na casa, o Senhor Jesus disse-lhes:

Elas responderam que eram carneiros com três anos de idade e o Senhor Jesus gritou:

Imediatamente as crianças saíram, transformadas em carneiros, e saltavam ao seu redor. As mulheres, tendo visto isso, foram tomadas de pavor e adoraram o Senhor Jesus,

dizendo:

O Senhor respondeu que as crianças de Israel estavam entre os povos como os Etíopes. As mulheres disseram:

O Senhor Jesus disse, então:

Imediatamente, na presença das mulheres, os carneiros retomaram a aparência de crianças.

 

 

 

XLI. Jesus Rei

No mês do Adar, Jesus reuniu as crianças e colocou-se como o seu rei. Elas haviam estendido suas roupas no chão para fazê-lo sentar-se sobre elas e haviam colocado sobre sua cabeça uma coroa de flores. Como os satélites que acompanham um rei, elas se haviam enfileirado à sua direita e à sua esquerda. Se alguém passava por lá, as crianças faziam parar à força e diziam-lhe:

 

XLII. Simão, o Cananeu

Nisso chegaram alguns homens que carregavam uma criança em uma liteira.

Esse menino havia ido até a montanha com seus colegas para apanhar lenha e, tendo encontrado um ninho de perdiz, pôs a mão para retirar os ovos. Uma serpente, escondida no ninho, no entanto, mordeu-o e ele chamou os companheiros para socorrê-lo.

Quando chegaram, eles o encontraram estendido no chão e quase morto. Alguns familiares vieram e levaram-no à cidade. Ao chegaram ao local onde o Senhor Jesus estava sentado em seu trono como um rei, com outras crianças à sua volta, como sua corte, essas foram ao encontro dos que carregavam o moribundo e disseram-lhes:

Como eles não queriam aproximar-se por causa da tristeza que sentiam, as crianças traziam-nas à força. Quando estavam na frente do Senhor Jesus, ele perguntou-lhe por que estavam carregando aquela criança.

Responderam que uma serpente a havia mordido e o Senhor Jesus disse às crianças:

Os pais da criança que estava prestes a morrer suplicaram para que os deixassem ficar, mas elas responderam:

Apesar da sua oposição, eles retornaram à montanha, carregando a liteira. Quando chegaram perto do ninho, o Senhor Jesus disse às crianças:

Eles responderam que sim e a serpente, chamada pelo Senhor Jesus, saiu e submeteu-se a ele.

O Senhor disse-lhe:

A serpente, arrastando-se, sugou todo o veneno que ela havia inoculado e o Senhor, em seguida, amaldiçoou-a e, fulminada, morreu logo em seguida. Depois o Senhor Jesus tocou a criança com sua mão e ela foi curada.

Como ela se pusesse a chorar, o Senhor Jesus disse-lhe:

Essa criança foi Simão de Cananéia, de quem se faz menção no Evangelho.

 

XLIII. Jesus e Tiago

Num outro dia, José havia mandado seu filho Tiago para apanhar lenha e o Senhor Jesus se havia juntado a ele para ajudá-lo. Quando chegaram ao lugar onde ficava a lenha, Tiago começou a apanhá-la e eis que uma víbora mordeu-o e ele se pôs a gritar e a chorar. O Senhor Jesus, vendo-o naquele estado, aproximou-se e soprou o local da mordida. Tiago foi imediatamente curado.

 

 

 

 

XLIV. O Menino que Caiu e Morreu

Um dia, o Senhor Jesus estava brincando com outras crianças em cima de um telhado e uma delas caiu e morreu na hora. As outras fugiram e o Senhor Jesus ficou sozinho em cima do telhado. Então os pais do morto chegaram e disseram ao Senhor Jesus: ` — Foste tu que empurraste nosso filho do alto telhado.

Como ele negasse, eles repetiram mais alto:

O Senhor Jesus desceu, colocou-se perto da cabeça do morto e disse-lhe em voz alta:

O Senhor recomendou aos presentes que prestassem atenção a essas palavras e todos eles louvaram a Deus por este milagre.

 

XLV. O Cântaro Quebrado

Maria havia mandado, um dia, o Senhor Jesus tirar água do poço. Quando ele havia cumprido a tarefa e colocava sobre a cabeça o cântaro cheio, ele partiu-se. O Senhor Jesus, tendo estendido o seu manto, levou para sua mãe a água recolhida e ela se admirou e guardou em seu coração tudo o que havia visto.

 

XLVI. Brincando com o Barro

Um dia, o Senhor Jesus estava na beira do rio com outras crianças. Haviam cavado pequenas valas para fazer escorrer a água, formando assim pequenas poças. O Senhor Jesus havia feito doze passarinhos de barro e os havia colocado ao redor da água, três de cada lado. Era um dia de Sabbath e o filho de Hanon, o Judeu, veio e vendo-os assim entretidos, disse-lhes:

Ele se pôs, então, a destruir tudo. Quando o Senhor Jesus estendeu as mãos sobre os pássaros que havia moldado, eles saíram voando e cantando. Em seguida, o filho de Hanon, o Judeu, aproximou-se da poça cavada por Jesus para destruí-la, mas a água desapareceu e

 

XLVII. Uma Morte Repentina

Certa noite, o Senhor Jesus voltava para casa com José, quando uma criança passou correndo na sua frente e deu-lhe um golpe tão violente que o Senhor Jesus quase caiu. Ele disse a essa criança:

 

XLVIII. Jesus e o Professor

Havia, em Jerusalém, um homem, chamado Zaqueu, que instruía os jovens. Ele disse a

 

 

 

José:

José concordou e também Maria. Levaram, pois, a criança para o professor e assim que ele o viu, escreveu o alfabeto e pediu-lhe que pronunciasse Aleph. Quando ele o fez, pediu-lhe para dizer Beth. O Senhor Jesus disse-lhe:

O professor preparava-se para chicoteá-lo, mas o Senhor Jesus pôs-se a explicar o significado das letras Aleph e Beth, quais as letras de linhas retas, quais as oblíquas, as que tinhas desenho duplo, as que tinham pontos, aquelas que não tinham e porque tal letra vinha antes da outra, enfim, ele disse muitas coisas que o professor jamais ouvira e que não havia lido em livro algum.

O Senhor Jesus disse ao professor:

E pôs-se a recitar clara e distintamente Aleph, Beth, Ghimel, Daleth, até o fim do alfabeto. O mestre ficou admirado e disse:

Depois disse a Maria:

 

XLIX. O Professor Castigado

Conduziram-no, em seguida, a um professor mais sábio e assim que o viu. ordenou:

Quando o Senhor Jesus disse Aleph, o professor pediu-lhe que pronunciasse Beth. O Senhor Jesus respondeu-lhe:

O mestre, irritado, levantou a mão para bater nele, mas sua mão secou instantaneamente e ele morreu. Então José disse a Maria:

 

  1. Jesus, o Mestre

Quando contava doze anos de idade, levaram Jesus a Jerusalém por ocasião da festa e, quando ele terminou, eles voltaram, mas o Senhor Jesus permaneceu no templo, em meio aos doutores, aos velhos e aos mais sábios dos filhos de Israel, que ele interrogava sobre diferentes pontos da ciência, mas também respondia-lhes as perguntas.

Jesus perguntou-lhes:

Um importante rabino interrogou-o, dizendo:

 

 

 

Dito isso, explicou-lhes as Escrituras, a lei, os preceitos, os estatutos, os mistérios que estão contidos nos livros das profecias e que a inteligência de nenhuma criatura pode compreender. E o principal entre os doutores disse:

 

  1. Jesus e o Astrônomo

Havia lá um filósofo, astrônomo sábio, que perguntou ao Senhor Jesus se ele havia estudado a ciência dos astros. Jesus, respondendo-lhe, expôs o número de esferas e de corpos celestes, sua natureza e sua oposição, seu aspecto trinário, quaternário e sêxtil, sua progressão e seu movimento de leste para oeste, o cômputo e o prognóstico e outras coisas que a razão de nenhum homem escrutou.

 

LII. Jesus e o Médico

Havia entre eles um filósofo muito sábio em medicina e ciências naturais e quando ele perguntou ao Senhor Jesus se ele havia estudado a medicina, este expôs-lhe a física, a metafísica, a hiperfísica e a hipofísica, as virtudes do corpo, os humores e seus efeitos, o número de membros e de ossos, de secreções, de artérias e de nervos, as temperaturas, calor e seco, frio e úmido e quais as suas influências, quais as atuações da alma no corpo, suas sensações e suas virtudes, a faculdade da palavra, da raiva, do desejo, sua composição e dissolução e outras coisas que a inteligência de nenhuma criatura jamais alcançou. Então o filósofo ergueu-se e adorou o Senhor Jesus, dizendo:

 

LIII. Jesus É Encontrado

Enquanto Jesus assim falava, Maria apareceu, junto com José, pois fazia três dias que procuravam por Jesus. Vendo-o sentado entre os doutores, interrogando-os e respondendo- lhe alternadamente, ela lhe disse:

Ele respondeu:

Ele voltou com os pais para Nazaré e ele lhes era submisso em tudo. Sua mãe conservava todas as suas palavras em seu coração e o Senhor Jesus crescia em tamanho, em sabedoria e em graça diante de Deus e diante dos homens.

 

LIV. Via Oculta

Ele começou desde esse dia a esconder os seus segredos e seus mistérios, até que completou trinta anos, quando seu Pai, revelando publicamente sua missão às margens do Jordão, fez soar, do alto do céu, essas palavras:

 

 

 

 

  1. Doxologia

É a ele que humildemente adoramos, pois ele nos deu a existência e a vida. Ele nos fez sair das entranhas de nossas mães, tomou, por nós, o corpo de homem e nos redimiu, cobrindo-nos com sua misericórdia eterna e concedendo-nos a graça do seu amor e de sua bondade.

A ele, portanto, glória, poder, louvores e domínio por todos os séculos. Que assim seja!

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *