“ E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do
falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a
rãs” (Ap 16.13). No contexto seguinte, diz que, estes espí-
ritos imundos semelhantes a rãs, que fazem prodígios, seguirão
“ …ao encontro dos reis (do Oriente) de todo o mundo,
para os congregar para a batalha naquele… dia do
Deus Todo-poderoso” .
Para uma melhor compreensão do significado do pensarnento,
daremos aqui três definições das rãs e do que elas
representam:
a. Definição natural. Para os especialistas, a rã é um
animal “ gnathostomata” , da família “ ranidae” .(9) Cada
um desses nomes arrevezados explica uma coisa. Por
exemplo:
“ gnathostomata” quer dizer que a rã tem mandíbula
unida ao tórax; “ tetrapoda’, refere-se a que tem quatro patas;
“ anphibia” , que leva duas vidas, uma aquática e outra
terrestre; “ batrachia” , que possui brânquias no primeiro
estágio da respiração aquática; “anura”, que é sem rabo
(rabo mesmo); “ fanerogloso” , que tem língua visível; “ ranidae”
, que é a da família das rãs em geral.
1) A touro-gigante (o nome vem do coaxar, que lembra
o berro de um touro), a mais conhecida dos brasileiros e a
única bem estudada nos Estados Unidos da América do
Norte, é um animal de comportamento bastante estranho,
como explica o ranicultor Alcir D. Longo:(94) ela tem
sangue frio, quer dizer, não é como a gente; a temperatura
do nosso corpo é constante em (36 graus).
A da rã (como dos outros animais de sangue frio) segue
a do ambiente, estando sempre um grau positivo acima.
Assim, um dia frio, de 10 graus, o corpo da rã estará
com 11; num dia quente de 35 graus, ela estará com 36.
Quanto mais quente, melhor.
A rã se dá muito bem com o calor. Quase tudo na rã
(ou com a rã) é estranho! a rã depende vitalmente d& água
mas não bebe água.
2) Absorve a água e o oxigênio pela pele, de tal maneira
que, se ficar exposta cinco horas seguidas ao sol, ela
(״).morre
b. Definição específica. No frio intenso ela “ hiberna”
(entorpecimento ou sono letárgico de certos animais e vegetais,
durante 0 inverno), reduz 0 metabolismo a quase
(“ zero” ), só ficando aceso 0 coração.
Nesse tempo ela não dá as caras, não come, não cresce.
Igual às cobras, a rã troca de pele. Come seu próprio
couro e como este é rico, em ação antibiótica, garantiu-lhe
muita resistência a doenças.
1) Existe mais um detalhe curioso na rã. Quando o girino
(forma larva, pisciforme, dos anfíbios anuros), a rã
não tem boca, só um biquinho sugador. Estranho! Ao ficar
adulta, sua boca “ vai de tímpano a tímpano” e lhe permite
abocanhar de um golpe presas desproporcionais, como pinto
de um dia, camundongo, peixe, pequenas cobras e lagartos,
e até outra rã, às vezes quase do seu tamanho.
2) Ela não mastiga o alimento, engole-o direto. E sua
dentição rudimentar do maxilar superior somente serve
para segurar mais firme a presa. A língua (nem se fala!) é
um azougue, rapidíssimo, principalmente para apanhar
insetos em vôo.
Normalmente, a rã só se interessa por alimento vivo
ou em movimento. A rã-touro, não tem instinto materno;
ela devora tanto girinos como rãs formadas, bastando apenas
que não veja resistência.
3) Há ainda duas curiosidade na rã: parece que ela define
cores e teria, então, mais preferência pelo azul (cor da
bandeira nacional de Israel) do que pelo vermelho (cor da
bandeira nacional das hordas asiáticas).
c. Definição escatológica. “ …três espíritos imundos,
semelhantes a rãs” . Esse elemento, envolve uma certa
aparência daquilo que foi visto no Egito, em sua segunda
praga: a das rãs (Êx 8.1 e ss).
Vemos apenas no texto em foco, três espíritos, mas demoníacos;
eles explicam as grandes hordas de “rãs” naturais,
como equivalente.
A rã é um animal imundo segundo a lei cerimonial; é
sinal de maldade.
1) De acordo com o doutor W. Malgo, rãs são estranhos
seres anfíbios. Elas vivem tanto nas escuras e enlameadas
profundezas, como em solo firme sob o sol. Elas
podem ocupar a fantasia dos homens. Elas têm membros
semelhantes a eles. O que chama a atenção são seus olhos
extremamente grandes e o volume de voz desproporcional.
Apenas os machos possuem instrumento vocal, e
usam-no unicamente no famoso coaxar. A diferença entre
o macho e a fêmea, para quem olha, está no tamanho do
ouvido: no macho, é equivalente ao dobro do tamanho do
olho; na fêmea, ouvido e olho são do mesmo tamanho.
Muitas vezes elas surgem repentinamente das profundezas.
Uma rã tem algo de misterioso e sinistro!
A simbologia profética aqui depreendida é, certamente
que, a rã vive tanto na terra firme como na água. Os
espíritos imundos, de igual modo. Assim, eles podem tanto
convocar combatentes(96) da terra (os continentes) como
da água (as ilhas). O zoroastrismo dividia os animais em
duas categorias, bons e maus, mais ou menos como faziam
os judeus, em limpos e imundos. A rã era um animal imundo.
fonte: Ecatologia Severino Pedro da Silva