10O meu amado fala e me diz: Levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem.
11Porque eis que passou o inverno: a chuva cessou e se foi.
12Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.
13A figueira já deu os seus figuinhos, e as vides em flor exalam o seu aroma. Levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem.
14Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face, aprazível.
15Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor.
16O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.
17Antes que refresque o dia e caiam as sombras, volta, amado meu; faze-te semelhante ao gamo ou ao filho dos corços sobre os montes de Beter.