4º Trimestre de 2011
Data: 4 de Dezembro de 2011
TEXTO ÁUREO
“Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Co 4.2 — ARA).
VERDADE PRÁTICA
O verdadeiro líder age com sabedoria e prudência, porque sabe que a sua autoridade procede do soberano e único Deus.
HINOS SUGERIDOS
432, 580, 609.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 21.13
A casa de Deus é chamada casa de oração
Terça – Ne 13.4,5
Nepotismo na Casa do Senhor
Quarta – 1 Tm 6.9
A cobiça leva ao fracasso espiritual
Quinta – 1 Pe 5.1-3
O líder cristão é o exemplo do rebanho
Sexta – 1 Tm 6.10
Rejeitando o apego ao dinheiro
Sábado – Sl 24.1
Deus é dono de tudo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Neemias 13.1-8.
1 – Naquele dia, leu-se no livro de Moisés aos ouvidos do povo; e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na congregação de Deus,
2 – porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com pão e água; antes, assalariaram contra eles a Balaão para os amaldiçoar, ainda que o nosso Deus converteu a maldição em bênção.
3 – Sucedeu, pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda mistura.
4 – Ora, antes disso, Eliasibe, sacerdote, que presidia sobre a câmara da Casa do nosso Deus, se tinha aparentado com Tobias;
5 – e fizera-lhe uma câmara grande, onde dantes se metiam as ofertas de manjares, o incenso, os utensílios e os dízimos do grão, do mosto e do azeite, que se ordenaram para os levitas, e cantores, e porteiros, como também a oferta alçada para os sacerdotes.
6 – Mas, durante tudo isso, não estava eu em Jerusalém, porque, no ano trinta e dois de Artaxerxes, rei de Babilônia, vim eu ter com o rei; mas, ao cabo de alguns dias, tornei a alcançar licença do rei.
7 – E vim a Jerusalém e compreendi o mal que Eliasibe fizera para beneficiar a Tobias, fazendo-lhe uma câmara nos pátios da Casa de Deus,
8 – o que muito me desagradou; de sorte que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara.
INTERAÇÃO
Professor, você terá a oportunidade ímpar de conscientizar seus alunos de que devemos agir com temor e tremor quando estamos tratando da obra do Senhor e da administração da sua Casa. Estamos vivendo tempos trabalhosos, onde muitos já perderam o temor e a reverência ao Todo-Poderoso. Esses acabam por macular e prejudicam o Corpo de Cristo. Enfatize o fato de que nosso serviço para Deus deve ser feito com muito amor, alegria, temor e santidade.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conscientizar-se de que o líder deve ser comprometido com o Reino de Deus.
Saber que os recursos financeiros na Casa de Deus devem ser administrados com transparência e fidelidade.
Compreender que as ofertas e dízimos são importantes para a expansão do Evangelho.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, use o quadro abaixo para mostrar aos alunos que os dízimos e as ofertas fazem parte do plano de Deus para o sustento financeiro da Sua obra na terra. Dízimo é simplesmente devolver ao Senhor o que Ele nos deu. Malaquias 3.6-12 apresenta o dízimo como uma ordem e traz uma promessa para os que a obedecem: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção sem medida”. Tanto no Antigo como em o Novo Testamento o povo é convocado a dizimar.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Ministro: [Do lat. Ministrum] servidor, servo.
Nosso caráter é trabalhado pelo Espírito Santo que nos vai tornando, dia a dia, mais útil a Deus, à sua Igreja e ao próximo (Cl 5.22). Infelizmente, há obreiros que, resistindo à voz do Espírito, agem como aqueles líderes judaicos que, apesar de haverem participado do avivamento em Jerusalém, não reverenciavam nem a Deus nem a sua casa. Haja vista o que fez o sumo sacerdote Eliasibe. Na ausência de Neemias, ele deixou-se levar por interesses familiares. E, abusando de suas prerrogativas, abriu guarida para que Tobias, o amonita, fizesse do Santo Templo a sua morada (Ne 13.5).
No trato com as coisas divinas, devemos agir com muito temor e tremor, porque Deus não se deixa escarnecer.
I. A CONTAMINAÇÃO DO MINISTÉRIO
1. O sacerdote aparentado com o ímpio. Após o grande avivamento ocorrido em Jerusalém, coisas estranhas passaram a acontecer no Santo Templo. Eliasibe, o sumo sacerdote (Ne 13.28), ignorando as demandas da lei divina, começou a agir permissivamente em relação à administração da Casa de Deus. Tudo começou quando ele aparentou-se com a família de Tobias (13.4). Portanto, se nos associarmos ao mundo, em breve estaremos descartando a ética cristã como algo de somenos importância em nossa vida. Assim, perderemos nossas propriedades de luz do mundo e sal da terra.
2. Privilégios abusivos (Ne 13.5). Eliasibe, usando sua influência de maneira profana, veio a beneficiar justamente o arqui-inimigo do povo de Deus. Alojou Tobias nas dependências do Santo Templo, onde eram guardados os dízimos, ofertas de manjares, o incenso e os utensílios do culto divino.
O que leva um homem de Deus a agir dessa forma? Muito cuidado e vigilância. Fomos constituídos por Cristo para sermos o exemplo dos santos, conforme recomenda Paulo a Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1 Tm 4.12 — ARA). O apóstolo, nessa passagem, deixa bem claro ao jovem pastor, que o homem de Deus deve ser, em todas as coisas, incorruptível.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Eliasibe, o Sumo Sacerdote, passou agir com permissividade na administração da Casa de Deus.
II. A JUSTA INDIGNAÇÃO DO HOMEM DE DEUS
1. A firmeza de um líder. Quando Neemias retornou a Jerusalém e compreendeu “o mal que Eliasibe fizera [ao povo de Deus] para beneficiar a Tobias” (13.7), reagiu àquela situação com zelo e coragem. Fazendo uso de sua autoridade, lançou “todos os móveis de Tobias fora da câmara” do Templo (Ne 13.7,8). Não fez o mesmo Jesus com os vendilhões e cambistas que haviam transformado a Casa de Deus num covil de ladrões?
2. A resposta do povo. Essa medida ousada e enérgica de Neemias fez que o povo recobrasse o ânimo e voltasse a contribuir com mais amor e liberalidade: “Então, todo o Judá trouxe os dízimos do grão, e do mosto, e do azeite aos celeiros” (Ne 13.12). O povo de Deus espera que os seus líderes sejam realmente íntegros, transparentes e comprometidos com os negócios do Reino.
3. O procedimento do líder cristão. O que nos ensina Neemias? Em primeiro lugar, que amemos a Deus e sejamos zelosos por suas coisas. Agindo assim, jamais toleraremos a corrupção e a desonestidade em nosso meio, pois fomos chamados por Deus para ser a luz do mundo e o sal da terra. Que todos nos reconheçam, pois, por nossa elevada ética e pela irrepreensibilidade de nossa postura. Menos do que isso é inaceitável. À semelhança de Neemias, jamais abusemos da autoridade que nos confiou o Senhor Jesus, mas ajamos com toda sabedoria e prudência (Rm 12.8; 1 Pe 5.1-4).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Neemias retornou a Jerusalém e ficou indignado com o mal que a péssima administração de Eliasibe fizera ao povo de Deus.
III. HONESTIDADE E TRANSPARÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO
1. A razão da necessidade dos recursos financeiros na igreja. Do Senhor é a terra e a sua plenitude, bem como o mundo e todos os seus habitantes (Sl 24.1; At 17.25). Mas não podemos ignorar que a expansão de seu Reino demanda investimentos humanos e materiais. Ou seja: na expansão do Evangelho até aos confins da Terra, precisamos de recursos financeiros. O próprio Jesus e os apóstolos deles necessitaram. Todavia, não podemos nos esquecer que, na administração de tais recursos, temos de agir com total fidelidade e transparência (Tt 1.7).
2. A procedência dos recursos da igreja. Nossos recursos financeiros não são provenientes do Estado nem de organismos internacionais. Eles provêm dos dízimos e das ofertas dos santos. Todavia, a ética cristã não é ferida se fundações e centros sociais pertencentes à igreja, e que beneficiam toda a comunidade, receberem dotações do poder público. Isso está previsto em lei. Nesse caso, redobremos nossa vigilância e cuidado, para que nenhum escândalo venha manchar o nosso bom nome.
Apesar dos recursos extras, não deve a igreja local abster-se de usar os próprios meios na evangelização, na obra missionária e no cuidado com os mais necessitados (Tg 1.27).
3. Zelo pelos recursos da igreja. As finanças da igreja local devem ser empregadas com fidelidade, sabedoria e transparência na expansão do Reino de Deus e no socorro aos mais necessitados. Tomando o exemplo de Neemias, administremos os bens que os santos consagram a Deus com lisura e temor (Pv 1.7). Menos do que isso, repito, é inaceitável.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A Igreja e sua obra são sustentadas pelas ofertas e dízimos dos fiéis.
CONCLUSÃO
Se não estivermos comprometidos com a Palavra de Deus, nossa administração será reprovada por Deus e pelos homens. Entre as coisas que mais contribuem para a queda do obreiro (além dai sensualidade, da soberba e do poder) está o amor ao dinheiro! (1 Tm 6.10). Tomemos, pois, o exemplo de Neemias. Ajamos com fidelidade e sabedoria em todas as coisas. E o nome de Cristo será exaltado em nossa vida.
VOCABULÁRIO
Abster-se: Deixar de intervir; conter-se; refrear-se.
Cambista: Pessoas que negociam obtendo lucros acima do normal.
Recurso: Auxílio; socorro; ajuda.
Vendilhões: Aquele que trafica coisas de ordem moral.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LIMA, E. R. Ética Cristã. Confrontando as questões morais do nosso tempo. 1.ed., RJ: CPAD, 2002.
VASCONCELOS, J. Guia Básico do Obreiro. 1.ed., RJ: CPAD, 2002.
EXERCÍCIOS
1. Após o grande avivamento, o que aconteceu de estranho no Santo Templo?
R. Após o avivamento, o Sumo Sacerdote Eliasibe, ignorando as demandas da Lei divina, começou agir permissivamente em relação à administração da Casa de Deus.
2. Como Eliasibe beneficiou Tobias?
R. Eliasibe beneficiou Tobias alojando-o nas dependências do Santo Templo, onde eram guardados os dízimos, as ofertas de manjares, o incenso e os utensílios do culto divino.
3. O que fez Neemias quando retornou a Jerusalém?
R. Neemias reagiu com zelo e coragem, lançou fora da câmara do Templo todos os móveis de Tobias.
4. Como o povo respondeu à reação de Neemias?
R. O povo recobrou o ânimo e voltou a contribuir com mais amor e liberalidade.
5. Em sua opinião, como os recursos da Igreja devem ser empregados?
R. Resposta Pessoal.