3º Trimestre de 2016

 

Data: 4 de Setembro de 2016

TEXTO DO DIA

“Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai” (Lc 1.32).

SÍNTESE

O reino messiânico será pleno de paz, alegria, justiça e amor.

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA — Is 11.1,2

A promessa do Rebento de Jessé

TERÇA — Is 11.3-5

O Messias é justo

QUARTA — Is 11.6-9

O Messias trará paz e harmonia

QUINTA — Is 12.6

O Messias será motivo de alegria

SEXTA — Ap 21.4

O Messias acabará com o sofrimento

SÁBADO — Is 66.12,13

O reinado do Messias será pleno

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

MOSTRAR quem é o Messias e como será o seu Reino;
SABER como e por que se dará a futura restauração de Israel e da humanidade que crê em Jesus;
DISCUTIR as condições e abrangências nas quais os crentes fazem parte do Reino de Deus.

INTERAÇÃO

O reino messiânico não abrange apenas o remanescente de Israel, nem se restringe política e geograficamente a uma determinada região. Ele é a manifestação do amor, justiça, misericórdia, paz e alegria de Deus para toda a humanidade. Será o tempo em que cessará toda dor e angústia humana, um tempo que ainda chegará. Porém, ao mesmo tempo, trata-se da manifestação imediata desse Reino no coração de todos aqueles que se permitem ser guiados pelo Espírito de Deus. Além dessas características do Reino, uma de suas melhores manifestações é que Deus graciosamente se relaciona com os seus filhos em amor e comunhão plena.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, o item III, “Os crentes e o Reino”, é apresentado com diversas características e ampla implicação na Igreja e na vida dos cristãos. Para melhor compreender como funciona essa questão, sugerimos que você providencie uma série de figuras de revistas ou ainda figuras impressas a partir da internet, mostrando cenas do cotidiano de pessoas em situações mais diversas possíveis. A partir dessas figuras, faça uma tabela com duas colunas. Na primeira coluna escreva “Reino de Deus”, na segunda “O mundo sem Deus”. A partir daí, sugerimos que sejam fixadas as imagens em uma das colunas conforme elas forem ilustrando uma ou outra realidade. Finalmente, comente o resultado.

TEXTO BÍBLICO

Isaías 11.2-5,10.

2 — E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.

3 — E deleitar-se-á no temor do Senhor e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos;

4 — mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio.

5 — E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins.

10 — E acontecerá, naquele dia, que as nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje veremos que Isaías tem em vista a dinastia de Davi prevendo a vinda do Messias (Cristo) como o Rei. Segundo o profeta, o Messias surgiria da linhagem de Jessé para a salvação de Israel. Ele seria o ápice dos reis do pacto davídico e o surgimento do majestoso Reino de Deus e a futura glória desse Reino.

I. O MESSIAS E SEU REINO

1. Atributos do Messias. Isaías indica a origem e as competências do Messias. Embora alguns estudiosos pensem que Ezequias esteja sendo retratado nessa passagem, as qualidades aqui enumeradas ultrapassam as de qualquer monarca terreno. Ele teria comunicação direta com o Espírito Santo e também a unção do mesmo para cumprir sua missão. Os atributos designados a Ele esclarecem a perfeição de suas ações, pois todos os tesouros de sabedoria estavam com Ele, todo o entendimento lhe seria dado para se ajustar a todas as ocasiões.

2. A justiça do Reino. Nos tempos do Antigo Testamento, a justiça era responsabilidade do rei. A ordem e a prática da justiça eram atribuições de seu governo, no entanto, não se refere a todos os atos de governo, mas apenas à defesa dos pobres e oprimidos. O Messias vai julgar, porém, seu julgamento não será por aparências nem suas decisões serão com base em rumores. Ele julgará com retidão baseado no que é sensato. Paulo enfatiza intensamente a justiça atribuída a nós por Deus por intermédio de Cristo. Esse caminho de justiça está aberto tanto ao judeu como para o gentio (Rm 3.21). O Reino de Deus consiste nessa retidão a nós atribuída mediante uma correta posição diante de Deus (de pecadores a purificados) por meio de Cristo.

3. O reto juiz. O Messias não terá apenas o conhecimento equilibrado para garantir a justiça social, mas também terá a força para colocar em vigor o que Ele sabe estar correto; ninguém o engana com julgamentos falsos ou frustra sua capacidade de discernimento, pois sua sabedoria não é meramente humana, acumulada com a experiência, mas ela ultrapassa os anos e a eternidade. A justiça está em relação com a fidelidade. Ele não apenas faz justiça aos fracos, mas demonstra fidelidade à aliança com Deus. Justiça e fidelidade são partes integrais de suas vestes, o cinturão segurava todas as peças do vestuário, e sua fidelidade aos homens e a Deus esboçam a nobreza de seu caráter (Is 11.5).

Pense!

As qualidades do Messias nos levam a ter certeza de que sua glória, força e poder vão além de qualquer força humana.

Ponto Importante

Para o profeta Isaías, o Messias não terá apenas o conhecimento para garantir a justiça social, mas também terá a força para colocar em vigor o que Ele sabe estar correto.

II. A FUTURA RESTAURAÇÃO DE ISRAEL

1. Promessas de restauração. Para alguns eruditos, essa seção representa a derrota dos inimigos e a restauração de Israel. Outros veem aqui uma profecia a longo prazo, dita pelo profeta descrevendo o Messias e o futuro Reino de Deus, onde os seus filhos de todas as tribos e nações serão recolhidas por Ele e todos se beneficiarão com o Reino. Deus prometeu a Abraão que por meio de sua linhagem, todos os povos da terra seriam abençoados (Gn 12.3). No entanto, o ensino dispensacionalista de que Israel tem um lugar especial no projeto de Deus, por causa das promessas divinas feitas a Abraão, não exclui os gentios de também terem um lugar especial; o profeta prevê a conversão dos gentios. Aquele será um período de restauração, sendo o Messias a bandeira em torno da qual todas as nações se ajuntarão e a Igreja será chamada de todos os lugares da Terra para adentrar ao seu Reino. Seu governo será absolutamente universal e Deus se tornará tudo para todos, Cristo será glorificado e todas as coisas estarão incluídas no seu poder restaurador (1Co 15.28; Ef 1.10).

2. Características do Reino restaurado. O profeta descreve o que alguns intérpretes supõem ser características do milênio e ilustra as condições ideais de vida sobre a Terra com o Messias. Quando todo o conflito universal chegar ao fim, o lobo e o cordeiro não serão mais inimigos, crianças viverão em segurança no meio dos leões e terão como companheiros o urso e a serpente, e nenhum ser humano explorará o outro. Um quadro de verdadeira paz e harmonia entre os povos e nações, que reflete as relações de justiça entre os homens. Nesse Reino, os seres humanos viverão em paz entre si e principalmente com Deus, o seu criador, pois a maldade não existirá.

3. O novo êxodo. O Messias vai chamar e congregar os filhos de Israel que foram espalhados pelas nações opressoras dos vários impérios que destruíram seu povo. Além do cativeiro assírio e babilônico, houve o romano, iniciado no ano 70 d.C., e que só foi revertido em parte, em nossos dias, com a fundação do estado de Israel em 1948. Nas palavras da profecia, Deus chama pelos quatro cantos da Terra para ajuntar os que estão perdidos. Essa chamada seria para todos adentrarem o Reino de Deus. A profecia de Isaías, a princípio, fala sobre o remanescente como sendo os desterrados de Israel (Is 11.12); no entanto, vemos nos Evangelhos a pregação do Reino como um tema central.

Pense!

Deus sempre nos anima em meio aos momentos difíceis trazendo suas promessas e restauração.

Ponto Importante

A restauração de Israel também implica a restauração da Igreja.

III. OS CRENTES E O REINO

1. O lugar do Reino (Ef 1.10). A vida cristã é um meio pelo qual o Reino pode ser expresso. Isso acontece quando Deus governa os corações humanos por meio de seu Espírito Santo, infundindo neles o seu Reino. O Reino pode ser concebido como existente no céu ou no coração dos seres humanos regenerados. A Igreja é formada pelos regenerados no céu e na Terra. Esse Reino tem um rei, e onde esse rei é aceito como tal, aí está o Reino de Deus. No Evangelho de Mateus, ele é chamado o Reino dos Céus porque o céu é habitação de Deus, porém, quando o Reino finalmente se estabelecer, a autoridade de Jesus Cristo será exercida em todos os lugares.

2. O Reino como virtudes cristãs (Rm 14.17). O Reino de Deus abrange todas as coisas sobre as quais Deus exerce poder — a vida dos homens, o mundo e tudo que nele existe. O Reino messiânico foi profetizado e esperado pelos judeus, no entanto, não faz parte da dimensão material e objetiva como eles esperavam; sua dimensão é subjetiva, espiritual e, portanto, transcende a matéria, incluindo todas as coisas (Lc 17.21).

3. O Reino de Deus é paz e alegria (Gl 5.22). Paz e alegria são aspectos do Reino e também características do fruto do Espírito que é desenvolvido por Deus na alma do crente.

Pense!

O reinado de Deus precisa iniciar em nossas vidas, em nossos corações, em nossos lares e em nossas igrejas.

Ponto Importante

O Reino messiânico foi profetizado e esperado pelos judeus, no entanto, não faz parte da dimensão material e objetiva como eles esperavam.

CONCLUSÃO

Promover o Reino de Deus em um mundo onde prevalece a falta de amor, a ingratidão e a desonestidade se torna tarefa crucial para os cristãos, pois é Deus que por meio do Espírito Santo cultiva no ser humano qualidades espirituais que caracterizam um homem espiritual. Quando o Reino de Deus passa a habitar o coração do homem, o mesmo conhece a verdadeira vida e desfruta intensamente de sua posição em Cristo.

ESTANTE DO PROFESSOR

ZUCK, B. Roy. Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014.

HORA DA REVISÃO

1. Quais seriam os principais atributos do Messias de acordo com Isaías 11.2?

Sobre Ele repousaria o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.

2. Qual foi uma das principais promessas que Deus fez a Abraão?

Que todos os povos da terra seriam abençoados através dele.

3. Quem serão os habitantes do Reino de Deus?

Os israelitas e todos os que foram salvos em Cristo Jesus.

4. Qual a principal descrição que o profeta faz do Reino de Deus?

Um tempo de verdadeira paz e harmonia entre os povos e nações, que reflete nas relações de justiça entre os homens.

5. Conforme Romanos 14.17, quais as principais características desse Reino?

Será um Reino de justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.

SUBSÍDIO I

“O Messias é chamado de Rebento e Renovo. Estas palavras significam um pequeno e tenro broto que se rompe com facilidade. Quando a família real fosse cortada, e quase nivelada ao solo, iria brotar novamente. A casa de Davi estava completamente decaída na época do nascimento de Cristo. O Messias deu assim uma notícia antecipada de que o seu Reino não era deste mundo. Porém, o Espírito Santo, com todos os seus dons e graças, repousa e permanece nEle (Cl 1.29; 2.9).

O Messias seria justo e reto em todo o seu reinado. […] O Evangelho muda a natureza e faz com que os mesmos que pisoteavam os mansos da terra sejam amáveis e mansos para com eles. Porém isso será mais plenamente mostrado nos últimos dias. Também Cristo, o grande Pastor, cuidará do seu rebanho para que a natureza dos problemas e da própria morte seja transformada e não façam nenhum dano real. O povo de Deus será liberto não somente do mal, mas também do temor do mal. Enquanto isto, façamos com que o nosso exemplo e esforço possam ajudar o progresso da honra de Cristo e de seu reino de paz” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002. p.569).

SUBSÍDIO II

“Isaías 10.1-4 faz parte de Isaías 9 e define a base pela qual o julgamento de Israel fora decretado. Deus então declara que julgará a Assíria, que excedeu em sua tarefa, destruindo Israel em vez de discipliná-lo (vv.5-19). Mesmo assim, um remanescente permanece e Deus livrará os sobreviventes. O discorrer da passagem agora nos mostra a mensagem principal desses capítulos. Um dia virá, quando os reinos do homem serão suplantados pelos reinados de Deus. O Messias de Deus, guiado e impulsionado pelo Espírito de Deus, julgará a Terra, estabelecerá a justiça e até mesmo trará paz à própria natureza. Naquele dia, todas as nações do mundo se submeterão ao Senhor, e Deus levará seu povo escolhido de volta à sua terra natal. Naquele dia, todo Israel louvará a Deus pela salvação e o fará conhecido a todo o mundo” (RICHARS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.418).

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