Lição 13 – A IGREJA NÃO SOBREVIVE SEM DOUTRINA

jovens 1° trimestre 2024

31 de Março de 2024

TEXTO PRINCIPAL
Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados. Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade.” (Tt 2.6,7)

RESUMO DA LIÇÃO
A Igreja depende dos fundamentos inabaláveis do Senhor, pois por eles a mentira é vencida e o crente vive de modo a agradar a Deus.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Sl 33.4 A Palavra do Senhor é reta
TERÇA – Pv 19.21 O conselho do Senhor permanecerá
QUARTA – Sl 119,24 Prazer nos testemunhos do Senhor
QUINTA – Sl 119.9 Caminhos puros
SEXTA – Pv 19.21 O conselho do Senhor é permanente
SÁBADO – Sl 106.12-14,26 Consequências de não crer nas Palavras do Senhor

OBJETIVOS
• COMPREENDER que o firme fundamento de Deus permanece;
• SABER como o crente pode desmascarar os mentirosos;
• CONSCIENTIZAR da importância de se viver uma vida moderada.

 

INTERAÇÃO

Professor (a), nesta lição estudaremos a respeito da essencialidade da doutrina para uma vida cristã vitoriosa. O objetivo é reafirmar a importância da doutrina. No decorrer da lição, enfatize que que os fundamentos doutrinários de Deus são firmes, eterno e estão revelados nas Escrituras Sagradas. Eles contribuem para firmar a nossa fé em Deus.
As obras de Deus refletem o seu caráter, isto é, o que Ele faz não está separado de quem Ele é. Então, podemos afirmar que os preceitos do Senhor permanecem inabaláveis e imutáveis, afinal, Deus é imutável permanece para sempre (Tg 1.17).

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), converse com os alunos explicando que “os princípios divinos são bíblicos, e, portanto, imutáveis. Eles têm aplicação para o crente da atualidade, assim como o tiveram antigamente. Aquilo que a revelação bíblica considera pecado, permanece sendo pecado. A lei divina não pode ser revogada e ajustada os interesses humanos. Enfatize que a verdade bíblica não pode ser relativizada ou flexibilizada para atender o egoísmo e o hedonismo da raça humana. O texto bíblico permanece inalterado e imexível. Por isso, os valores doutrinários são permanentes, pois a fonte de autoridade é permanente. Quanto a esta realidade, Cristo afirmou: ‘o céu e a terra passarão, mas minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35)” (Adaptado de BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos: Enfrentando as Questões Morais do Nosso Tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 8).

TEXTO BÍBLICO
2 Timóteo 2.14-21

14 Traze estas coisas à memória, ordenando- lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes.
15 Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
16 Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.
17 E a palavra desses roerá como gangrena: entre os quais são Himeneu e Fileto.
18 Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.
19 Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparta-se da iniquidade.
20 Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro: uns para honra, outros, porém, para desonra.
21 De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra.

INTRODUÇÃO
Nesta Lição, que encerra o trimestre, estudaremos a respeito do caráter essencial da doutrina para a manutenção da vida e da saúde da igreja. O objetivo é reafirmara importância da doutrina para a igreja. Veremos que os fundamentos doutrinários de Deus são firmes e eternos.

 

I – O FIRME FUNDAMENTO DE DEUS PERMANECE

1. A natureza do fundamento de Deus. Os fundamentos divinos revelados nas Escrituras Sagradas contribuem para firmar a nossa fé em Deus. Paulo afirma que se “o fundamento” é “de Deus” ele “fica firme” haja o que houver (2 Tm 2.19), pois pertencem a Deus. O salmista reconheceu o caráter de Deus em suas obras (Sl 19.1), assim como Paulo ensina que Deus é conhecido também por meio da criação (Rm 1.18-20). As obras de Deus refletem o seu caráter, isto é, o que Ele faz não está separado de quem Ele é, afinal de contas, “Ele não pode negar-se a si mesmo” (2 Tm 2.13).
Então, podemos afirmar que os preceitos do Senhor permanecem inabaláveis e imutáveis, pois, Deus é imutável e permanece para sempre (Tg 1,17).
2. Fundamento eterno. O teólogo Norman Geisler define eternidade como “não temporalidade ou atemporalidade”. Ele ainda afirma que “do princípio ao fim, a Bíblia declara que Deus não é dominado pelo tempo”. Deus é eterno, pois Ele é antes do princípio de todas as coisas (Gn 1.1; Sl 90.2). Um dos nomes de Jesus é “pai da eternidade” (Is 9.6).
A doutrina de Deus é um fundamento eterno. Sendo assim, podemos afirmar que a doutrina divina, contida e exposta nas Escrituras, é eterna.
3. Fundamento firme. Além de eterno, o fundamento de Deus é firme (2 Tm 2.19). A expressão “firme” indica algo consistente, sólido, fixo, resistente, seguro, ou ainda, para algo que não cede à pressão de nenhuma natureza.
O fundamento de Deus é firme, inabalável, não sofre alteração e nem cede a nenhum tipo de pressão, pois o contexto no qual Paulo fala da firmeza do fundamento de Deus era de infidelidade e desvio de alguns; no entanto, isso não abala e nem altera a qualidade segura e inviolável da verdade de Deus. No mesmo texto no qual Paulo indica a firmeza do fundamento de Deus, ele fala de uma verdade relacionada ao Senhor e da atitude do crente que vive de acordo com este fundamento doutrinário, No que se refere à verdade sobre Deus, ele afirma que “o Senhor conhece os que são seus”, e os crentes que se fundamentam na verdade da Palavra devem apartar-se “da iniquidade” (v. 19). Diante disso, destacam-se duas verdades: o fundamento de Deus é inabalável, pois reflete o caráter firme do Senhor e o fundamento de Deus dá firmeza ao crente para viver em pureza e agradar a Ele.

SUBSÍDIO 1
Professor (a), neste primeiro tópico da lição, veremos que os fundamentos divinos revelados nas Escrituras Sagradas contribuem para firmar a nossa fé em Deus. Na atualidade temos visto um tempo de apostasia e infidelidade quanto a obedecer às doutrinas bíblicas. O termo apostasia vem do grego apostásis e significa o abandono premeditado e consciente da fé cristã. Ao estudar a Palavra de Deus, vemos que no Antigo Testamento, Israel por várias, vezes apostatou da fé. Contudo, em tempos de apostasia, os profetas eram levantados para denunciar o pecado e conduzi-los novamente ao Senhor. O profeta tinha o dever de confrontar o povo, alertando contra o pecado. Mesmo sendo perseguidos, muitos deles foram fieis ao Senhor e ao seu ministério, não permitindo a apostasia do povo.
Não podemos nos calar diante da apostasia do nosso tempo. É preciso confrontaras pessoas mediante 0 ensino das Escrituras Sagradas. Pauto foi incisivo ao orientar Timóteo para que ele doutrinasse a igreja a fim de que os membros não fossem seduzidos pelos falsos ensinos, apostatando da fé. Atualmente, por falta de ensino, muitos estão abandonando a fé genuína em Jesus Cristo, caindo nas garras do Inimigo. Para combater a apostasia, precisamos investir no ensino bíblico. Jesus certa vez, declarou: “Errais não conhecendo as Escrituras” (Mt 22.29).

 

II – DESMASCARANDO OS MENTIROSOS

1. A realidade dos mentirosos. A Bíblia aponta para a triste e trágica realidade da mentira (Jo 8.44). Desde o pecado cometido por Adão e Eva (Gn 3.1-13), a mentira é uma triste realidade no mundo dos homens, cujo veneno e consequências afetam a todas as famílias indistintamente (At 5.1-11). Biblicamente, à medida que o tempo passar e se aproximar a vinda de Cristo, o mundo se renderá ainda mais à mentira (2 Ts 2.11,12; Ap 13.1-18). O mentiroso não tolera e rejeita a verdade a respeito de Deus (1 Jo 2.4,22).
O engano é a principal arma do mentiroso, especialmente aqueles que mentem em relação às questões doutrinárias, cujo propósito é desviar as pessoas da verdade. Nos tempos mais antigos já havia os enganadores, pois o Antigo Testamento fala dos falsos profetas que trabalhavam para perverter a verdade de Deus (Is 9.15,16; Jr 23.14,25,26,32). A mentira é abominável Deus e Ele julgará os mentirosos (Ap 22.15).
2. Desmascarando os mentirosos. Ao tratar sobre a mentira doutrinária, Paulo adverte Timóteo de que os enganadores diziam que “a ressurreição era já feita” (2 Tm 2.18). Diante dessa colocação do apóstolo é possível afirmar que os mentirosos não negaram a doutrina e a realidade da ressurreição, mas a modificaram. Eles desviaram, propositalmente, a verdade a fim de macular e desvirtuar a fé dos cristãos. Ao tratar sobre os que mentem doutrinariamente, Paulo menciona os nomes de Himeneu e Fileto como desviados da verdade e responsáveis pela disseminação das mentiras doutrinárias que corroem a igreja (2 Tm 2.17). Provavelmente, esses dois homens foram mestres entre os irmãos, e que nas palavras do apóstolo, serviram como “vasos para desonra”, o que permite concluir que os que trabalham para enganar a igreja do ponto de vista doutrinário, geralmente, vêm do meio da igreja e, em certa medida, exercem influência sobre o povo (2 Co 11.13-15). Portanto, temos de ter cuidado e nos mantermos vigilantes doutrinariamente, pois muitos buscam enganar e corroer as bases doutrinárias da igreja. Os enganadores sempre apresentam meias verdades a fim de disseminarem o veneno doutrinário no Corpo de Cristo.
3. Há escape para os mentirosos. Inevitavelmente, surge a seguinte questão: “Há esperança para os que mentem doutrinariamente?” Sim, se houver arrependimento e 0 abandono da prática do erro. A Palavra de Deus afirma que “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).
Em 2 Timóteo 2.21, Paulo afirma que “se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra”, indicando que existe sim a possibilidade de mudança e transformação de vida para aqueles que se enveredaram pelo caminho do engano doutrinário. Paulo ensina também que o arrependimento é o caminho para que essa mudança passe a ser uma realidade. O caminho para que mentirosos no âmbito doutrinário encontrem a porta de saída e de transformação é o arrependimento, que só pode ocorrer por meio de uma instrução feita “com mansidão” por obreiros preparados (2 Tm 2.24-26).

SUBSÍDIO 2
Professor (a), converse com os alunos mostrando, biblicamente, que nos últimos tempos, haverá muitos que amam a mentira e não medirão esforços para disseminá-la. Explique que “muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2 Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas.
A popularidade dos ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa posição cerrada à obra de Deus. A segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo, espiritismos, ocultismos, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja. A proteção do crente contra esses enganos e ilusões consiste na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que os homens de grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com suas misturas de verdade e falsidade. Essa conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor dELe.”

 

III – VIVENDO UMA VIDA MODERADA

1. Uma vida moderada. O crente é chamado a viver moderadamente, e as condições necessárias para isso estão à sua disposição nas Escrituras Sagradas. Mas, o que efetivamente vem a ser esta vida moderada? O Dicionário Vine diz que o termo moderação está associado ao termo mansidão, associação com o bom. O crente não deve se envolver em contendas de palavras (2 Tm 2.14). Aqueles que querem agradar a Deus e herdar a vida eterna devem procurar viver uma vida santa, justa, fiel em amor. A vida moderada diz respeito ao equilíbrio como fruto da comunhão com Deus.
2. A moderação como obra do Espírito Santo. O crente moderado é comedido em suas ações, palavras e suas emoções, como no exercício da paciência. As manifestações do “fruto do Espirito” refletem com elevada precisão as características de um crente moderado, em contraste com uma vida não moderada que é levada sob o domínio da carne (Gl 5.19-22). Dentre as virtudes do Fruto do Espirito Santo, a “temperança” é a que mais se aproxima do sentido de “moderação”, já que o seu significado prático é a capacidade que o crente recebe de agir com autocontrole nas mais diversas e difíceis circunstâncias da vida. Essa capacidade é parte da obra que somente o Espírito Santo pode realizar no homem, pois, conforme Lawrence O. Richards – Ele “fornece energia para a nova natureza que impulsiona o convertido para a direção oposta à natureza pecaminosa.” A moderação é uma obra exclusivamente do Espírito Santo, motivo pelo qual o crente que deseja viver moderadamente deve “andar e ser guiado pelo Espírito” (GI 5.18,25). Andar e ser guiado pelo Espírito Santo é o mesmo que ser dominado por Ele e fazer aquilo que é ordenado na Palavra de Deus (Ef 5.18), Somente pelo Espírito Santo é que o crente pode viver uma vida verdadeiramente moderada.
3. Alcançando uma vida moderada. Paulo ensinou e estimulou Tito a ensinar aos jovens a serem moderados (Tt 2.6), reafirmando assim que este é o caminho que o verdadeiro cristão deve seguir. Se 0 crente é chamado a ter uma vida moderada, qual é o caminho a ser tomado para que este objetivo seja alcançado? É preciso confiar em Deus, orar e dedicar-se à leitura bíblica (SL 1.1,2). A moderação não é uma virtude a ser sentida, mas a ser vivida em nosso dia a dia. O crente deve viver com a consciência da presença permanente de Deus, desenvolvendo práticas de piedade e quebrantamento. Portanto, tenha uma vida moderada e honre a Deus com isso.

SUBSÍDIO 3
Professor (a), explique aos alunos que Paulo lembra Timóteo de que ele pode esperar falsos ensinos infectando as igrejas, mas o seu dever é ‘propor’ a verdade aos irmãos (4.1-10). Esse é também o nosso dever.

CONCLUSÃO
Estudamos a respeito dos fundamentos de Deus que permanecem inabaláveis e intocáveis. Esses fundamentos nos ajudam a resistir ao engano doutrinário, disseminar a verdade de Deus e a viver uma vida moderada. Vimos que moderação é equilíbrio e controle diante de diferentes circunstâncias. Se quisermos uma vida moderada precisamos buscar a ser cheios do Espirito Santo.

HORA DA REVISÃO
1. Segundo a lição, qual o propósito dos fundamentos divinos?
Os fundamentos divinos revelados nas Escrituras Sagradas, contribuem para firmar a nossa fé em Deus.

 

2. Como o teólogo Normam Geisler define “eternidade? 
O teólogo Norman Geisler define eternidade como “não temporalidade ou atemporalidade”.

3. Há esperança para os que mentem doutrinariamente?
Sim, se houver arrependimento e o abandono da prática do erro.

4. Segundo a lição, quais são as características do crente moderado?
O crente moderado é comedido em suas ações e palavras, em suas emoções, como no exercício da paciência.

5. Dentre as virtudes do Fruto do Espírito, qual a que mais se aproxima do sentido de moderação?
Dentre as virtudes do Fruto do Espírito Santo, a “temperança” é a que mais se aproxima do sentido de “moderação”, já que o seu significado prático é a capacidade que o crente recebe de agir com autocontrole nas mais diversas e difíceis circunstâncias da vida.

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