Lição 13 – A Realidade Bíblica de uma Fé que Faz a Diferença

Jovens 2° trimestre 2024 
 

 30 de Junho de 2024

 
TEXTO PRINCIPAL
“Tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.” (1 Pe 2.12)
 
RESUMO DA LIÇÃO 
Deus espera que façamos a diferença na vida do próximo, demonstrando, assim, o poder de uma fé genuína.
 
LEITURA SEMANAL
 
OBJETIVOS 
CONSCIENTIZAR de que o Evangelho nos direciona para Deus;
SABER que o Evangelho nos direciona para o mundo; 
RESSALTAR que o Evangelho nos direciona para a eternidade.
 

INTERAÇÃO
Professor(a), esta é a última lição do trimestre e com ela encerramos nossa série de estudos a respeito da fé cristã. Na lição deste domingo, veremos que ser uma pessoa que faz a diferença é imprescindível em nosso tempo e que este é um mandato de Cristo aos seus discípulos. Fazer a diferença implica ter pensamentos que tragam a solução de problemas, perspectivas novas e crescimento em todos os aspectos. E ser uma pessoa que faz a diferença no Reino de Deus é viver, praticar os ensinos de Jesus diariamente. Deus deseja que seus filhos e filhas possam ser luz em um mundo dominado pelas trevas e que tragam os perdidos a Cristo, glorifiquem o nome dEle e mostrem a beleza do Evangelho.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Converse com seus alunos e explique que o crente pode fazer a diferença na sociedade em que está inserido. Como Igreja do Senhor temos uma responsabilidade: ser “sal” e “luz”. Deus, em sua Palavra, ordenou assistir os necessitados, órfãos, estrangeiros e viúvas (Lv 23.22; Dt 15.11). Os irmãos da igreja do primeiro século, tinham um profundo senso de responsabilidade social. Peça que os alunos leiam Atos 2.45,46 e 2 Coríntios 8.3,4 e 9.13. Em seguida solicite que os alunos relacionem o que a classe poderia fazer para ajudar e fazer a diferença na vida daqueles que estão precisando de ajuda material e espiritual. À medida que forem falando vá relacionando no quadro.

TEXTO BÍBLICO
Mateus 5.13-16.
13.Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.
14. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.
15.Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

INTRODUÇÃO
Ao longo deste trimestre, abordamos alguns dos pontos tidos por essenciais para a fé cristã. Não esgotamos o assunto, pois sabemos que muitos outros pontos existem e que podem ser pesquisados e aplicados às nossas vidas e a de quem está estudando a respeito da fé cristã. As temáticas que estudamos mostram a importância do Evangelho e da Palavra de Deus na vida de quem já recebeu a Jesus. Nesta última lição, cabe a seguinte pergunta: “Que diferença o Evangelho pode fazer pela humanidade?”. É o que veremos nesta lição.

 

I. O EVANGELHO NOS DIRECIONA PARA DEUS

Iniciamos nosso estudo com um dos pontos mais importantes: O que o Evangelho faz em relação a nós e ao Deus que nos criou?
1. Direciona a nossa fé. A humanidade possui uma forte tendência a depositar sua crença em objetos, sistemas científicos ou alguém. Essa crença, inerente ao ser humano, chamamos de fé. Há pessoas que colocam sua fé em objetos tidos por “mágicos”, ou no movimento que os planetas fazem no céu: já outros colocam sua fé nas ideologias. Os cristãos creem no Deus vivo e verdadeiro. O Senhor, em sua Palavra, revela que a nossa fé deve estar nEle e em seu poder.
A Bíblia nos diz que a fé é o elemento de que precisamos para nos aproximarmos de Deus: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Deus valoriza tanto a confiança que depositamos nEle e em seu nome que se propõe a recompensar aqueles que se aproximam dEle com fé. Não há quem se aproxime de Deus da forma como Ele deseja e que saia de mãos vazias.
Em dias em que as pessoas rejeitam a Deus para viverem de acordo com seus propósitos, a mensagem do Evangelho continua sendo consistente com o que Deus determinou sobre a nossa forma de confiar e onde depositar a nossa confiança.
2. Temos paz com Deus. O Criador manteve um relacionamento estreito com o primeiro casal. Mas, quando eles pecaram e se afastaram do Eterno, Ele mesmo estabeleceu os parâmetros pelos quais poderiam se aproximar de sua presença novamente. Entre tudo o que foi perdido por causa do pecado, estava a paz. O homem se escondeu de Deus e, desde esse dia, sempre que peca, sua tendência é afastar-se ainda mais dEle. Depois da Queda, a única forma de nos aproximarmos de Deus é mediante a fé em Jesus Cristo. Uma das consequências do pecado foi a perda da paz, e a sua ausência traz a insegurança, a incerteza de dias melhores e o contínuo afastamento dos propósitos divinos.
3. A boa notícia. A boa-nova é que o Evangelho traz paz para a nossa vida. Esse sentimento pode ser definido como ausência de conflitos e pode representar a convivência tranquila entre duas ou mais pessoas, neste caso, entre nós e Deus: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). A justificação, ou seja, ser declarado justo, livre de qualquer culpa, vem por meio do perdão dos nossos pecados, que foram quitados por Jesus na cruz. Uma vez perdoados e considerados justos, recebemos a paz de Deus. Essa paz, de que tanto a humanidade necessita, não é fruto de um pacto de não agressão entre nações beligerantes, ou advinda de um estilo de vida contemplativo com uma mente esvaziada de preocupações.

SUBSÍDIO I
Professor(a), “[…] a criação, a queda e a redenção são pontos decisivos fundamentais da história bíblica, além de servirem de ferramentas de diagnóstico muito úteis. Uma teologia genuinamente bíblica tem de manter os três princípios em equilíbrio cuidadoso: que toda a realidade vem das mãos de Deus e era original e intrinsecamente boa; que tudo foi arruinado e corrompido pelo pecado; e que, mesmo assim, tudo pode ser redimido, restaurado e transformado pela graça de Deus.” (PEARCEY, Nancy. Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de seu Cativeiro Cultural. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.107).

 

II. O EVANGELHO NOS DIRECIONA PARA O MUNDO

1. Sal e luz. O Evangelho nos conduz à interação com o mundo, contudo de uma forma diferente. Não mais como participantes das práticas condenadas por Deus, mas como pessoas que fazem a diferença em um ambiente tomado pelas trevas e em vias de decomposição. Jesus expressou isso quando disse aos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra” (Mt 5.13). O sal nos dias de Jesus era tão valioso que o Império Romano aceitava a sua utilização como moeda de troca ou mesmo de pagamento, dado ao seu poder de conservar alimentos como a carne, que se deteriorava com facilidade. O sal também dava sabor aos alimentos, tornando-os mais palatáveis.
A luz torna real imagens que, no escuro, antes estavam distorcidas. Ela pode ser percebida em qualquer ambiente escuro, e as trevas, por mais densas que estejam, não conseguem vencer a luz (Jo 1.5).
Em ambos os exemplos, Deus espera que façamos a diferença onde nos colocou. Ser “sal” e “luz” é de grande responsabilidade, pois esses elementos existem com uma função: modificar o ambiente onde foram colocados.
2. As relações familiares. Um dos ambientes onde o Evangelho faz a diferença é na família. Há incontáveis testemunhos de casais que, tendo aceitado a Jesus, tiveram seus relacionamentos transformados. Não são poucas as orações de mães e pais que rogam por seus filhos e que Deus responde. Isaque, filho de Abraão, casou-se com Rebeca, e no decorrer dessa união ambos descobriram que não poderiam ter filhos. Contudo, Isaque insistiu com Deus em oração, pois ele estava debaixo da autoridade de um pacto com o Altíssimo, e Ele honrou a fé do patriarca com dois filhos (Gn 25.21). Ana, uma mulher da tribo de Efraim, era casada e estéril, mas após orar ao Senhor pedindo um filho, teve Samuel, o primeiro profeta que também era sacerdote (1Sm 1.20). Jairo, chefe de uma sinagoga, rogou a Jesus que este curasse a sua filha, e ela foi curada (Mc 5.41-43). Deus valoriza a união familiar entre um homem e uma mulher, e pela fé, responde suas orações.
O Evangelho torna os filhos mais obedientes a seus pais, ainda que a tendência ao pecado se manifeste de forma contínua em todas as pessoas, e torna os pais mais sensíveis e amáveis para com seus filhos.
3. O meio-ambiente. Já sabemos que a criação é obra de Deus, e que Ele ordenou ao homem que sujeitasse a criação e a dominasse sobre os animais, peixes e aves. Diante dos muitos problemas criados pela ação do homem em relação ao meio ambiente, é necessário entender que o Evangelho muda a forma de pensar e agir do cristão em relação ao ambiente em que se encontra.
A fé cristã, ao chegar à vida de uma pessoa, traz a percepção de que ela deve ter respeito pela criação de Deus. Isso implica dizer que um salvo em Cristo não destrói o meio ambiente onde ele está, mas o conserva. Da mesma forma como os hebreus deveriam cuidar da terra onde haviam sido colocados por Deus, somos desafiados a interagir com o meio ambiente de forma a preservá-lo, e de usufruindo dos seus recursos com sabedoria.
Deus tem zelo pelo que criou, e uma prova é o fato dEle ter mostrado a Ezequiel que o rio que saía do altar do Senhor trazia restauração ao meio ambiente, atraindo pescadores e fazendo crescer árvores frutíferas nas suas margens (Ez 47.1-12). Embora o cuidado com o meio ambiente seja eventualmente usado como tema de pauta ideológica, como servos de Deus não podemos nos esquivar da mordomia colocada sob nossa responsabilidade para com a criação. Sabemos, pela Palavra de Deus, que “o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (2Pe 3.10), mas a Palavra não diz que é o povo de Deus que vai fazer isso. Portanto, tratemos com zelo e cuidado o ambiente onde Deus nos colocou.

SUBSÍDIO II
Explique aos alunos que “o ‘sal’ é valorizado por dois atributos principais: gosto e conservação. Não perde sua salinidade se é cloreto de sódio puro. Isto nos leva à sugestão do que Jesus quis dizer quando disse [que] os discípulos deixariam de ser discípulos se eles perdessem o caráter de sal. O sal não refinado extraído do mar Morto continha mistura de outros minerais. Deste sal em estado natural o cloreto de sódio poderia sofrer livixiação em consequência da umidade, tornando-o imprestável (Jeremias, 1972, p.169). O ensino rabínico associava a metáfora do sal com sabedoria. Esta era a intenção de Jesus, visto que a palavra grega traduzida por ‘nada mais presta’ tem ‘tolo’ ou ‘louco’ como seu significado radicular. É tolice ou loucura os discípulos perderem o caráter, já que assim eles são
 imprestáveis para o Reino e a Igreja, e colhem o desprezo de ambos.
No Antigo Testamento ‘luz’ está associada com Deus (Sl 18.28; 27.1), e o Servo do Senhor e Jerusalém estão revestidos com a luz de Deus. O Servo será luz para os gentios, e todas as nações virão à luz de Jerusalém (Is 42.6; 49.6; 60.1-3). É neste sentido de ser luz para as nações que Jesus identifica os discípulos como luz. Esta ideia antecipa a conclusão do Evangelho de Mateus: ‘Portanto, ide, ensinai todas as nações [ou fazei discípulos]’ (Mt 28.19). No capítulo anterior, Mateus identificou Jesus como a ‘grande luz’ de Isaías na Galileia gentia (Mt 4.15,16). Agora os discípulos são chamados para serem portadores da luz.” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.43,44).

 

III. O EVANGELHO NOS DIRECIONA PARA A ETERNIDADE

1. A eternidade em nosso coração. O ser humano não é um conjunto de elementos químicos que se amontoaram ao longo de um processo que se deu por acaso. Ele foi criado por Deus, de forma planejada. E a humanidade tem dentro de si o desejo de não passar pela morte.
Essa quebra do ciclo proposto por Deus, de uma vida sem fim, assusta qualquer pessoa, pois da morte não há retorno. A verdade é que a Eternidade está em nosso coração: “Deus fez tudo formoso no seu devido tempo. Também pôs a eternidade no coração do ser humano, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até o fim” (Ec 3.11 — NAA).
2. Não estaremos sozinhos. Não conseguimos imaginar a grandiosidade do Evangelho, e isso decorre do fato de não podermos conhecer todas as culturas do mundo onde a palavra de Jesus já chegou bem como as pessoas que foram alcançadas pela salvação. Mas é certo que um dia, nos reuniremos com nossos irmãos salvos no porvir, e eles não são poucos.
O apóstolo Pedro mencionou que, em seus dias, havia irmãos em todo o mundo que estavam sendo afligidos pelos ataques de Satanás (1Pe 5.8,9). O Evangelho não ficou só em Jerusalém. Ele ultrapassou barreiras geográficas, linguísticas e culturais. João, contemplando os últimos dias, disse: “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9). Não estamos sozinhos no mundo. A Igreja do Senhor Jesus Cristo é muito maior do que podemos imaginar.

SUBSÍDIO III
Ressalte que todos os dias temos a oportunidade de juntamente com Jesus Cristo construir um mundo melhor. Sabe como? Mediante o nosso testemunho.

CONCLUSÃO
O Evangelho de Jesus Cristo pode fazer grandes coisas pelo homem moderno, tanto quanto fez pelos homens que creram em Jesus nos últimos séculos. E até que o Senhor Jesus retorne para buscar a sua Igreja, devemos pregar e viver a sua mensagem como um exemplo a todas as pessoas de todas as culturas.

HORA DA REVISÃO
1. Qual o elemento de que precisamos para nos aproximarmos de Deus?
A Bíblia nos diz que a fé é o elemento de que precisamos para nos aproximar de Deus (Hb 11.6).

2. Para que era utilizado o sal nos dias de Jesus?
O sal nos dias de Jesus era tão valioso que o Império Romano aceitava a sua utilização como moeda de troca ou mesmo de pagamento.

3. Segundo a lição, o que Deus espera de nós?
Deus espera que façamos a diferença onde nos colocou.

4. Qual a função dos elementos “sal” e “luz”?
Preservar e iluminar.

5. Podemos nos esquivar da mordomia colocada sob nossa responsabilidade em relação à criação?
Não! Como servos de Deus não podemos nos esquivar da mordomia colocada sob nossa responsabilidade para com a criação.

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