1º Trimestre de 2011
Data: 27 de Março de 2011
TEXTO ÁUREO
“E, na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo! Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma” (At 23.11).
VERDADE PRÁTICA
A principal e a mais urgente missão da Igreja é a evangelização de todos os povos e nações.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – At 9.15
Chamado para evangelizar os poderosos
Terça – At 24.1-27
Paulo testifica diante do governador Félix
Quarta – At 25.1-17
Paulo perante Festo
Quinta – At 25.18 – 26.32
Paulo testifica ao rei Agripa
Sexta – At 28.11-31
Prisão domiciliar de Paulo em Roma
Sábado – Rm 15.18-24
Paulo, apóstolo dos gentios
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 27.18-25.
18 – Andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte, aliviaram o navio.
19 – E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio.
20 – E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.
21 – Havendo já muito que se não comia, então, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó varões, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perdição.
22 – Mas, agora, vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio.
23 – Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo,
24 – dizendo: Paulo, não temas! Importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.
25 – Portanto, ó varões, tende bom ânimo! Porque creio em Deus que há de acontecer assim como a mim me foi dito.
INTERAÇÃO
Professor, com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre. Durante os encontros dominicais, você e seus alunos, com certeza foram edificados, exortados e consolados mediante o estudo do livro de Atos. A Igreja de Cristo segue vitoriosa, e você faz parte dessa Igreja, por isso não deixe de dar continuidade a evangelização dos povos. Creia que a principal e mais urgente missão da Igreja é a evangelização dos povos e nações.
Na lição de hoje estudaremos a respeito da viagem de Paulo a Roma. Veremos que essa não foi uma viagem fácil. Paulo enfrentou grande perigo, todavia o Senhor o guardou e o levou em segurança até o seu destino final. Em Roma, Paulo ficou em prisão domiciliar e teve a oportunidade de se reunir com os líderes da comunidade judaica, testemunhando de Cristo e dando continuidade à obra do Senhor.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Narrar os principais acontecimentos da viagem de Paulo a Roma.
Compreender que Paulo, com ousadia, proclamou o Evangelho de Cristo em Roma.
Conscientizar-se de que a principal e mais urgente missão da Igreja é a evangelização de todos os povos e nações.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a lição de hoje sugerimos que você reproduza o quadro abaixo. Utilize-o ao concluir o primeiro tópico. Junto com os alunos reflita sobre o que aconteceu com Paulo durante essa viagem. Enfatize o fato de que Júlio, o oficial do exército romano, demonstrou ter consideração e respeito por Paulo (27.3), tendo, inclusive, ajudado o missionário durante o naufrágio (27.43).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Testemunha: [Do gr. martyr; do lat. testimonia]. O que atesta a veracidade de um fato.
O apóstolo Paulo não era prisioneiro de César ou de Roma; era-o de Cristo (Ef 3.1; Fm 9). Do relato lucano, concluímos: os fatos que o conduziram a Roma não eram incidentais, mas propositais, pois foram dirigidos por Deus (At 23.11). Se era urgente fosse o evangelho anunciado em Jerusalém, a capital religiosa dos judeus, era premente que a palavra da salvação alcançasse Roma, a capital política do Império.
Assim chega o evangelho à capital do Império Romano. O mensageiro na verdade achava-se preso, mas a mensagem da cruz tinha livre curso em Roma, Ninguém era capaz de detê-la. A Palavra de Deus avançava sem impedimento algum.
I. VIAGEM DE PAULO A ROMA (At 27.1 — 28.10)
Constrangido a apelar para César, o apóstolo Paulo é conduzido agora pelas autoridades romanas à capital do império. O que parecia um simples traslado de preso, haveria de ser registrado pela história como o início da maior expansão do Cristianismo que, conquistando toda a Europa Ocidental, não tardaria a chegar aos pontos mais ignorados do planeta.
1. De Cesareia a Roma (27.1-44). Em sua viagem, o apóstolo conta com a assistência de Lucas e de um crente macedônio chamado Aristarco (ver 19.29; 20.4; Cl 4.10; Fm 24). Como diz o sábio rei de Israel, é na angústia que nasce o irmão (Pv 17.17; 18.24). Além disso, o centurião que lhe cuida da segurança, trata-o com deferência e humanidade. Permite-lhe inclusive que visite a igreja em Sidom. Quando Deus nos envia, até os inimigos fazem-se amigos e os amigos tornam-se irmãos.
Açoitada pela voragem do mar, segue a nau lenta e dificultosamente até Mirra, na Lícia. Desta cidade, zarpam em direção da Itália em um navio procedente de Alexandria. Embora prisioneiro, o apóstolo mantém o controle da situação. Mostra uma autoridade moral e espiritual que viria a surpreender a todos naquela nau. Haja vista a advertência que faz ao centurião quanto aos perigos que os aguardavam em seu trajeto a Roma. O militar, que de início prefere ouvir o piloto a Paulo, ver-se-á mais adiante obrigado a reconhecer a oportunidade de seu conselho.
2. Paulo na ilha de Malta (At 28.1-10). Forçados a desembarcar em Malta, localizada ao sul da Sicília, todos são tratados com singular bondade pelos naturais da terra. Ali, opera o Senhor, por intermédio de Paulo, sinais e maravilhas. Aquele que se mostrara imune à víbora que se achava oculta nos gravetos, cura o pai de Públio, magistrado local, e recupera a saúde a muitos ilhéus. Dessa maneira, semeia Paulo uma igreja que não tardaria a florescer. Apesar das dificuldades que você enfrenta, querido missionário, Deus quer operar o sobrenatural por seu intermédio.
3. Paulo chega a Roma (At 28.11-15). Decorridos três meses, o navio que conduziria Paulo a Roma, zarpa generosamente suprido pelos malteses. Desembarcam em Siracusa, chegam a Régio e aportam em Putéoli. Aqui, instados pelos irmãos, o apóstolo juntamente com seus companheiros hospedam-se por sete dias.
Já em Roma, encontra-se com alguns irmãos na praça de Ápio. O Senhor jamais abandona os seus mensageiros, mesmo distantes da pátria querida, faz-nos Ele sentir-nos em casa. Você passa por alguma provação? Parece que o trabalho não avança? Não se deixe abater. A Palavra de Deus jamais voltará vazia. Você ficará surpreso com o que o Cristo está para realizar através de seu ministério.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Paulo sofreu um naufrágio em sua viagem a capital do império romano, porém, Deus guardou a vida do seu servo, livrando-o da morte.
II. O EVANGELHO É PROCLAMADO NA CAPITAL DO IMPÉRIO (At 28.16-31)
Se o Senhor decretou fosse o evangelho conhecido em toda a Roma, por que manteve encarcerado o seu maior campeão? Neste momento, talvez esteja você aprisionado a entraves burocráticos dentro e fora de nossas fronteiras. Não se desespere. Ninguém haverá de algemar a mensagem da cruz. Não há protocolo capaz de barrar a vontade de Deus.
1. Prisão domiciliar (28.16). Como não recaía sobre Paulo nenhuma acusação de crime capital, era-lhe permitido morar por sua própria conta. Apesar de vigiado por um soldado, tinha liberdade de ler, escrever, receber visitas e, naturalmente, evangelizar. Terá aquele militar se convertido a Cristo? Não tenho dúvidas. Mesmo sem liberdade, o Senhor deixa-nos livres para realizar a sua obra.
2. Apologia entre os judeus (28.17-22). De sua prisão domiciliar, Paulo convoca os líderes da comunidade judaica para expor-lhes os eventos que o trouxeram sob algemas a Roma. Como apóstolo dos gentios, aproveita ele para anunciar que Jesus era, de fato, o Messias de Israel. Alguns deixam-se persuadir, outros preferem continuar na incredulidade. Entre os gentios, contudo, o evangelho põe-se a expandir até mesmo na elite romana. Na exposição da Palavra de Deus, seja um autêntico apologeta. Apresente, com mansidão e firmeza, as razões da esperança cristã.
3. Progresso do evangelho em Roma (28.23-31). Roma era o centro político, econômico e cultural do mundo. Apesar de sua grandeza e não obstante a sua importância, a cidade fizera-se notória pela lassidão moral e pela degenerescência de seus costumes. Em seus termos, os cultos mais extravagantes e as mais exóticas religiões. E os deuses encontradiços em cada praça e logradouro?
Gente de toda parte misturava-se pelas ruas de Roma. Berço de notáveis oradores, políticos, generais e juristas, era a cidade marcada pela injustiça, ignorância e por uma soberba tola e animalesca. Haja vista as deferências cultuais que recebiam imperadores como Nero e Calígula.
Todavia, ali estava um poder que haveria de sobrepor-se sobre a todos os mais afamados símbolos e potentados romanos: o Evangelho de Cristo Jesus. Haveria este de avançar com muito mais determinação do que as mais aguerridas legiões romanas. Avançaria sim e conquistaria nações sem impedimento algum.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Paulo foi conduzido pelas autoridades até Roma. Ali, em prisão domiciliar, ele pregou o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
Se Lucas deixa em aberto os Atos dos Apóstolos, por que iríamos nós fechar as portas que o Espírito Santo nos abre todos os dias? Sim, portas à evangelização nacional e portas às missões transculturais. Aproveitemos, pois, o Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, para dar continuidade à evangelização dos povos. Atos 1.8 é uma ordenança que não pode ser esquecida. Se nos dispusermos a ir, todos os impedimentos ser-nos-ão tirados.
VOCABULÁRIO
Centurião: Comandante de um grupo de cem soldados.
Degenerescência: Degeneração, decaimento.
Lassidão: frouxidão moral.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PEARLMAN, M. Atos. E a Igreja se Fez Missões. 1.ed., RJ: CPAD, 1995.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. De quem Paulo era prisioneiro?
R. Cristo.
2. O que podemos aprender com a viagem de Paulo a Roma?
R. Quando Deus nos chama e envia, até os inimigos fazem-se amigos e os amigos tornam-se irmãos.
3. Quais os três episódios sobrenaturais que ocorreram em Malta?
R. Paulo permaneceu imune após o ataque de uma víbora; a cura do pai de Públio, magistrado local; e a cura de diversas pessoas.
4. Descreva a situação de Paulo em sua prisão domiciliar.
R. Paulo morava numa casa alugada vigiada por um soldado. Por segurança, estava preso ao soldado por uma corrente. Mesmo assim, recebia visitas e pregava o evangelho.
5. Como Lucas encerra os Atos dos Apóstolos?
R. Lucas deixa em aberto os Atos dos Apóstolos.