1º Trimestre de 2013
Data: 20 de Janeiro de 2013
TEXTO ÁUREO
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).
VERDADE PRÁTICA
A longa seca sobre Israel teve como objetivos disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os homens.
HINOS SUGERIDOS
236, 360, 523.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Rs 18.21
O que motivou a estiagem
Terça – 1 Rs 18.2
As consequências da estiagem
Quarta – 1 Rs 18.39
As lições deixadas pela estiagem
Quinta – 1 Rs 17.4; 18.13
As provisões de Deus durante a estiagem
Sexta – 1 Rs 17.1; 18.1
O lugar da profecia na estiagem
Sábado – Tg 5.17,18
A soberania de Deus na estiagem
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 18.1-8.
1 – E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias no terceiro ano, dizendo: Vai e mostra-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra.
2 – E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.
3 – E Acabe chamou a Obadias, o mordomo. (Obadias temia muito ao SENHOR,
4 – porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água).
5 – E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas e não estejamos privados dos animais.
6 – E repartiram entre si a terra, para passarem por ela; Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi à parte por outro caminho.
7 – Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e, conhecendo-o ele, prostrou-se sobre o seu rosto e disse: És tu o meu senhor Elias?
8 – E disse-lhe ele: Eu sou; vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.
INTERAÇÃO
“Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul [como as torrentes no Neguebe — ARA]”. Esta é uma porção do Salmo 126. O povo de Israel está alegre por ter sido liberto do cativeiro através do decreto do rei Ciro. Então, eles se lembraram de Jerusalém. Muros caídos e Templo em escombros, por isso clamaram: “Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR”. A imagem que eles tinham era a da região do Neguebe que todo o ano ficava em sequidão. Mas pelo menos uma vez por ano havia chuvas torrenciais e a região enchia-se de águas. Logo após, o rio no Neguebe baixava e começavam brotar flores. O deserto tornava-se pastos verdejantes. Então, o povo pede em canção: Restaura-nos “como as torrentes no Neguebe” (ARA). Professor, Deus pode mudar a nossa sorte e transformar o nosso “deserto” em jardim florido.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o porquê da longa estiagem.
Relatar as consequências e lições deixadas pela seca.
Conscientizar-se de que Deus é soberano.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para iniciar a lição de hoje é importante conceituar o fenômeno da estiagem ou seca. Reproduza na lousa o seguinte esquema: (1) conceito; (2) diferença: (1) Explique que a seca ou estiagem é um fenômeno do clima, causado pela insuficiência de chuva por um período bem longo. No entanto (2) há uma diferença entre seca e estiagem. Estiagem é um fenômeno climático que ocorre num intervalo de tempo, já a seca é permanente.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Seca: Tempo seco; falta ou cessação de chuva.
A longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1 Rs 17.1,2; 18.1,2) é citada em o Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: “Elias […] orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17). A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível. Todavia, no contexto do reinado de Acabe ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais.
I. O PORQUÊ DA SECA
1. Disciplinar a nação. O culto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). De fato a palavra hebraica as’iph, traduzida como pensamentos, mantém o sentido de ambivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração dividido somente um remédio amargo surtiria efeito (1 Rs 18.37).
2. Revelar a divindade verdadeira. Quando Jezabel veio para Israel não veio sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e uma vontade obstinada de fazer de seus deuses o principal objeto de adoração entre os hebreus. De fato observamos que o culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33). A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais. A longa seca sobre o reino do Norte criou as condições necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal divindade não passava de um deus falso (1 Rs 17.1,2; 18.1,2,21,39).
Deus não precisa provar nada para ser Deus, mas os homens costumam responder favoravelmente quando suas razões são convencidas pelas evidências.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Havia dois motivos majoritários para o porquê da seca: disciplinar a nação e revelar o Deus verdadeiro.
II. OS EFEITOS DA SECA
1. Escassez e fome. A Escritura afirma que “a fome era extrema em Samaria” (1 Rs 18.2). A seca já havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 18.5 revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo abatidos. O desespero era geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18.2 diz que a estiagem foi violenta e severa. A verdade é que o pecado sempre traz consequências amargas!
2. Endurecimento ou arrependimento. É interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes sobre a casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo, durante a estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de Israel (1 Rs 18.17). Quem resiste a ação divina acaba por ficar endurecido!
Por outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado (1 Rs 18.21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: “O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1 Rs 18.39). O Novo Testamento alerta: “[…] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7,8).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Numa esfera material a seca provocou escassez e fome. Mas, do ponto de vista espiritual, arrependimento para o povo e endurecimento para os nobres.
III. A PROVISÃO DIVINA NA SECA
1. Provisão pessoal. Há sempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (1 Rs 17.1-7). A forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância. Primeiramente, Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: “Vai-te daqui” (1 Rs 17.3). Deus julga e não quer que o seu servo experimente as consequências amargas desse juízo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te junto ao ribeiro de Querite” (1 Rs 17.3). Deus não estava fazendo espetáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne” (1 Rs 17.6). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!
2. Provisão coletiva. Ficamos sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provisão para um grande número de pessoas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de Obadias, mordomo do rei Acabe, provendo livramento e suprimento para os seus servos: “Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água” (1 Rs 18.4). Em segundo lugar, o próprio Senhor falou a Elias que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal: “Eu fiz ficar em Israel sete mil” (1 Rs 19.18). Deus cuida de seus servos e sempre lhes prove o pão diário.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Deus mandou provisão para os profetas em duas perspectivas: pessoal, ao profeta Elias e coletiva, aos cem outros profetas.
IV. AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA
1. A majestade divina. Há lguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de Elias, conforme registrado nos versículos do capítulo 17 do primeiro livro dos Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra controle sobre os fenômenos naturais (1 Rs 17.1). Em segundo lugar, Deus mostra a sua onipresença durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus sempre presente: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer passadas, quer presentes, ou futuras. O profeta disse que não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (1 Rs 17.1).
2. O pecado tem o seu custo. Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe durante o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados: “Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins” (1 Rs 18.18). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado. O pecado pode ser atraente e até mesmo desejável, mas tem um custo muito alto. Não vale a pena!
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A estiagem em Israel deixou duas grandes lições: a primeira é que Deus é majestoso e soberano. A segunda, de igual forma é bem clara: que o pecado cobra a sua conta.
CONCLUSÃO
A longa seca sobre o reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina. Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor foram alcançados. O povo voltou para Deus e o perigo de uma apostasia total foi afastado.
A fome revelou como é vão adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus revela-se de forma maravilhosa.
VOCABULÁRIO
Climático: Relativo a clima; condições meteorológicas (temperatura, pressão eventos) característica do estado médio da atmosfera num ponto da superfície terrestre.
Topografia: Descrição minuciosa de uma localidade.
Torrencial: Em grande quantidade, abundante.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
AHARONI, Y.; AVI-YONAH, A. F. (et al) Atlas Bíblico. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, como a seca contribuiu para a execução do plano de Deus?
R. Disciplinando a nação e revelando quem era a divindade verdadeira.
2. Cite duas consequências imediatas advindas com a seca.
R. Fome e escassez.
3. De que forma a provisão divina se manifestou durante a estiagem?
R. Trazendo provisão pessoal, isto é, ao profeta Elias e também de forma coletiva aos cem profetas escondidos por Obadias.
4. O que o profeta afirma relativo a tudo o que ocorrera em Israel?
R. Que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado.
5. Quais lições se podem aprender através da seca em Israel?
R. Resposta pessoal.