4º Trimestre de 2009

 

Data: 08 de novembro de 2009

TEXTO ÁUREO

“Assim faça Deus a Abner e outro tanto, que, como o SENHOR jurou a Davi, assim lhe hei de fazer, transferindo o reino da casa de Saul e levantando o trono de Davi sobre Israel e sobre Judá, desde Dã até Berseba” (2 Sm 3.9,10).

VERDADE PRÁTICA

A coroação de Davi sobre todo o Israel, além de cumprir as profecias que prediziam esse fato, realizou o propósito divino de estruturar e organizar a nação eleita.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 1 Sm 15.23

Um reinado rejeitado

Terça – 2 Sm 1.25,27

A morte dos valentes

Quarta – 2 Sm 2.7

Buscando a unidade do reino

Quinta – 2 Sm 5.1,2

Um reino unificado

Sexta – 2 Sm 5.12

O reinado de Davi é confirmado

Sábado – Mt 12.25

O reino dividido está fadado à destruição

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Samuel 16.1,12,13; 2 Samuel 5.2.

1 Samuel 16

1 – Então, disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.

12 – Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.

13 – Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.

2 Samuel 5

2 – E também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel.

INTERAÇÃO

Professor, nesta lição, veremos que, apesar de Davi ser um homem segundo o coração de Deus, enfrentou a retaliação de uma parte do seu povo quanto a unificação do reino. Isso nos mostra que a dificuldade de o povo de Deus estar unido não é recente, mas um problema antigo, que demanda esforço e persistência da liderança em sua busca. Encoraje seus alunos a trabalharem firme em prol da união de sua família e igreja, a fim de que nossas principais instituições estejam fortalecidas.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar a importância da unificação do reino de Israel por Davi.
Refletir acerca dos problemas que a divisão pode trazer para qualquer instituição.
Identificar a relevância do culto ao Senhor para Davi e as consequências disso para o êxito de seu reinado.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, converse com seus alunos e explique que o caminho de Davi até o trono passou por várias etapas distintas e bem espinhosas. Contudo, ele foi vencedor em muitas delas. Questione-os: “Quais foram às atitudes tomadas por Davi que o fizeram vencedor?” “Que passos ele seguiu?” – e, logo após, mediante a passagem bíblica de 2 Samuel 5.19-25, exponha alguns passos seguidos por Davi e que também podem ser imitados em nossa caminhada diária. Após apresentá-los, enfatize que, se ignorarmos tais passos, poderemos falhar em nossas “batalhas”.

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Unidade: Qualidade daquilo que não pode ser dividido.

A chegada de Davi ao trono deu-se em duas etapas: primeiro, ele reinou em Hebrom sete anos e meio sobre a tribo de Judá; a seguir, reinou sobre as doze tribos por 33 anos; totalizando quarenta anos de reinado (2 Sm 5.4,5). A Escritura deixa claro que a profecia que prenunciava a Davi um reinado sobre toda a nação hebraica, era de conhecimento não só do filho de Jessé, mas também dos nobres e até mesmo do povo mais comum (2 Sm 5.2). Esse fato é visto na declaração de Abner em 2 Samuel 3.9,10 e também nas palavras de Jônatas, filho de Saul (1 Sm 23.17), e nas de Abigail em 1 Samuel 25.30. O próprio Saul tinha uma visão disso (1 Sm 24.20). Foi muito atribulada a jornada de Davi até chegar ao palácio real, todavia, ele estava dentro do plano de Deus para esse fim.

I. A MONARQUIA AMEAÇADA

1. O nascimento e a morte de um sonho. O primeiro rei de Israel, dado por Deus segundo a vontade popular e conforme o modelo prescrito pelo povo, que queria algo semelhante ao governo das nações incrédulas e idólatras a sua volta (1 Sm 8 a 10), certamente não terminou o seu reinado conforme eles idealizaram. Infelizmente, havia no imaginário popular a ideia de que somente um rei, que se assemelhasse aos monarcas das outras nações daquela época, seria capaz de levá-los à segurança. Isso fica explícito não somente por parte da nação israelita, mas é claramente expresso pelos seus líderes auxiliares (1 Sm 8.4,5), que não buscaram continuamente ao Senhor neste assunto tão vital: a administração da nação eleita por Deus.

Com a decadência espiritual e posterior morte de Saul, acabou também o sonho daqueles que idealizaram seu reinado. Fora da vontade de Deus, não há garantias de que sonho algum se realize. Aliás, realização de promessas e sonhos está condicionada à obediência ao Senhor. Aquela não pode acontecer sem esta (1 Cr 22.12,13).

2. O trágico fim de Saul. Como já vimos em outra ocasião, a princípio Saul tinha tudo para dar certo, pois ascendeu ao trono com um alto índice de popularidade (1 Sm 9.2; 10.22-24). O texto sagrado relata que naquela ocasião crítica e sem saída em que o povo se encontrava, o “Espírito de Deus se apossou de Saul”, e o Senhor concedeu a vitória à Nação Escolhida (1 Sm 11.6,11). Portanto, o primeiro rei de Israel poderia ter tido êxito em seu reinado caso se mantivesse na direção de Deus. Infelizmente, com as suas constantes desobediências, vemos no final do primeiro livro de Samuel o registro trágico do seu fim pelas mãos dos inimigos do povo de Deus (1 Sm 31). Em outras palavras, Saul inaugurou seu reinado vencendo e triunfando e terminou perdendo, envergonhando e finalmente tirando a própria vida, deixando Israel em uma situação difícil.

O momento agora era de união nacional e não de retaliação. Como poderia Davi se alegrar com a derrota do povo da Aliança Divina se por trás de tal perda estavam os “incircuncisos” (2 Sm 1.20)? Embora Davi tivesse uma personalidade forte, era também um homem que se quebrantava com facilidade (Sl 34.18; 51.17). Em seu lamento pela morte de Saul e de seu filho, ou seja, de “como caíram os valentes” (2 Sm 1.25,27), Davi deixa aflorar, do mais profundo íntimo de suas emoções, um hino belo e expressivo. As palavras do lamento de Davi revelam muito mais do que um coração despedaçado; mostram os fragmentos nos quais transformara-se a nação. Somente o Senhor podia agora reconstruir, alentar, encorajar, unificar e sarar o seu povo. Aqui há mais uma lição de liderança empática e de como é importante colocar as questões pessoais de lado em benefício do Reino.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

O fracasso do reinado de Saul ameaçou a monarquia de Israel, no entanto, a liderança empática de Davi possibilitou um recomeço.

II. O REINO ABALADO

1. Do exílio ao trono. Após a morte de Saul, Davi retornou do exílio, onde esteve peregrinando na obscuridade durante vários anos. Instalou-se em Hebrom, na tribo de Judá (1 Cr 11.1-4), que fora uma das cidades dos patriarcas, e também cidade de refúgio (Js 20.7). Sem demora, “Davi consultou ao SENHOR” sobre o que fazer naquele momento (2 Sm 2.1). Deus o dirigiu para a cidade de Hebrom com seus familiares e seus homens, isto é, sua guarda que o apoiou e protegeu no deserto. No meio de sua tribo, de sua parentela e do seu povo, Davi logo foi aclamado como rei sobre a casa de Judá (2 Sm 2.4).

Apesar de ser o homem segundo o coração de Deus, Davi, assim como Saul (1 Sm 10.27), enfrentou a retaliação de uma parte do seu povo, pois Abner, precipitada e arbitrariamente, constituiu a Isbosete como rei sobre uma área que compreendia a maior parte do território de Israel. Esse acontecimento antecipa o que oitenta anos depois realmente ocorreria: a divisão do Reino (1 Rs 12.1-33).

2. Um reino sem aprovação divina. Deus já havia estabelecido que Davi seria o rei escolhido para governar Israel (1 Sm 16.1), nenhuma promessa divina havia sobre Isbosete. Mesmo assim o povo o constituiu rei sobre Israel (2 Sm 2.8-10). De nada valem os cargos e ofícios que porventura venhamos a ocupar na Casa do Senhor se não formos estabelecidos neles pela vontade divina. Mais importante do que um cargo é a unção que Deus põe sobre quem o exerce. Saul, quando ainda rei, caiu no erro de se preocupar mais com a posição do que com a unção do alto. Observamos isso quando ele disse “[…] honra-me, porém, agora diante dos anciãos” (1 Sm 15.30). De que vale a honra daqui sem a unção de Deus na vida da pessoa? De que vale o cargo sem a aprovação divina e sua comprovação perante o povo? São casos que continuam a acontecer como o de Isbosete (2 Sm 2.8-10).

Contudo, fica para nós a lição de que aquilo que humanamente queremos nem sempre é o que o Senhor quer; e o que escolhemos sem consultar a Deus, julgando estarmos certos, nem sempre é o que Ele escolhe.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O reino de Israel foi abalado tanto pela morte de Saul, quanto pela constituição de Isbosete como rei de uma parte do território da nação.

III. A MONARQUIA RESTAURADA

1. A unção real. Passados sete anos e meio na condição de rei parcial, chegou o momento em que os próprios anciãos de Israel procuraram Davi e lembraram-lhe da promessa que o Senhor lhe fizera: “Então, todas as tribos de Israel vieram a Davi, a Hebrom, e falaram, dizendo: Eis-nos aqui, teus ossos e tua carne somos. E também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel” (2 Sm 5.1,2). Por meio desse gesto, os anciãos de Israel demonstraram ter consciência de que a unção real estava de fato sobre Davi e, portanto, não havia razão para adiamento da sua ascensão ao trono sobre a nação inteira (2 Sm 5.3). Com a coroação de Davi sobre todo o Israel, o reino finalmente estava unificado.

2. Restaurando o culto. Uma das diferenças básicas entre Davi e Saul é que este não demonstrava muita preocupação com o culto ao Senhor e com os ministros do culto, enquanto aquele comprova um zelo especial pela adoração a Deus (Leia os capítulos 6 e 7 de 2 Samuel). Não se pode governar, reinar ou fazer qualquer outra coisa com êxito se há negligência no culto a Deus. Quando Saul lembrou-se de levantar um altar a Deus, já estava todo complicado por causa de suas transgressões às ordens do Senhor. Não esqueçamos esse fato, pois o Eterno considera primeiramente, e antes de qualquer coisa, a obediência (1 Sm 15.22).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Davi foi coroado rei de todo o Israel pelos próprios anciãos do povo que reconheceram a unção real sobre sua vida, que zelava pela adoração a Deus acima de tudo.

CONCLUSÃO

A unificação do reino por parte de Davi foi um dos mais importantes acontecimentos da história do povo escolhido. Como o Israel de Deus que hoje somos, devemos saber que sem unidade nenhum edifício se mantém de pé. É por isso que não devemos medir esforços na busca da unidade do corpo de Cristo, que é a Igreja (Ef 4.3). O Novo Testamento revela claramente a eterna unificação do reino de Deus através do perfeito e autêntico “Filho de Davi” – o Senhor Jesus Cristo (Mt 21.9; Lc 1.32,33).

REFLEXÃO

“Ao unir-se com seus irmãos em Cristo para perseguir um objetivo comum, você realiza muito mais do que faria sozinho”. Evelyn Christenson.

VOCABULÁRIO

Sem ocorrências.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

PURKISER, W.T. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. RJ: CPAD, 2005.
WOOD, G. Um salmo em seu coração. RJ: CPAD, 2006.

EXERCÍCIOS

1. A chegada de Davi ao trono deu-se em quantas etapas? Faça um resumo de cada uma.

R. Em duas: primeira, ele reinou em Hebrom sete anos e meio sobre a tribo de Judá; a seguir, reinou sobre as doze tribos por 33 anos; totalizando quarenta anos de reinado (2 Sm 5.4,5).

2. De acordo com a lição, quais são as condições para que as promessas e sonhos tenham êxito.

R. Obediência ao Senhor.

3. Ao retornar do exílio, após a morte de Saul, qual foi a cidade escolhida por Davi para fixar sua residência?

R. Hebrom.

4. Segundo a lição, o que é mais importante do que um cargo na obra de Deus?

R. A unção que Deus põe sobre quem o exerce.

5. Quais as diferença básicas entre Davi e Saul em relação ao culto?

R. Saul não demonstrava muita preocupação com o culto ao Senhor e com os ministros do culto, enquanto Davi demonstra um zelo especial pela adoração a Deus.

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