MEDITAÇAO
“Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é 0 menor no Reino dos céus é maior do que ele. E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos céus, e pela força se apoderam dele. Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João” (
Mt 11.11-13).
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
Mateus 3.1-3; 11.1-5
1 – E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia
2 – e dizendo: Arrependei-vos. porque é chegado o Reino dos céus.
3 – Porque este é o anunciado pelo profeta Isaias, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas,
1 – E aconteceu que. acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.
2 – E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos
3 – a dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir ou esperamos outro?
4 – E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes:
5 – Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem: os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.
ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR
INTERAGINDO COM O ALUNO
A despeito de ser muito “conhecido”, o Reino de Deus é um dos mais incompreendidos temas bíblicos. Sendo, porém, uma aula dirigida a novos convertidos, esta é uma excelente oportunidade de tratar do assunto de forma correta. Mesmo porque, como cidadão do Reino, o novo convertido necessita de orientação segura acerca de sua nova vida. Este é um conselho válido não apenas para o tema desta lição, mas a todos os demais, pois é grande a responsabilidade de quem ensina (Mt 5.19). Esse é o momento mais propicio e ideal para aprender corretamente sobre todo e qualquer tema. Portanto, aproveite o momento e incentive o seu aluno a buscar o aprofundamento em todos os pontos tratados nesse primeiro ciclo de estudo, especialmente o de hoje: o Reino de Deus, a mensagem principal de Jesus Cristo, nosso salvador.
OBJETIVOS
Sua aula deverá alcançar os seguintes objetivos:
1 Demonstrar a importância do ministério de João Batista, precursor do Messias;
2 Expor o perfil do Messias esperado pelos judeus e o de Jesus de Nazaré, o real Messias ou Cristo;
3 Descrever o Reino de Deus, bem como os sinais e o perfil dos cidadãos desse mesmo Reino.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
É comum e normal que, ao transferir residência para outra localidade, procuremos aprender a cultura e os costumes observados ali. Isso deve ser feito para que nos integremos da melhor maneira possível ao novo lugar. Evidentemente que, durante o período de adaptação, haja alguns conflitos e até estranhamentos. Todavia, de forma paulatina vamos sendo aculturados, adaptando-se à nova localidade. É claro que, em se tratando de mudança , sobretudo, ideológica e culturalmente falando , não é preciso haver obrigatoriamente uma transferência de local. Mudanças substanciais e profundas acontecem, também, por conta da adoção de uma nova forma de pensar, e isso não implica necessariamente no fato de que tenhamos transferido residência. É possível residir no mesmo lugar, mas ainda assim mudar. Denomina-se esse processo de transformação. Geralmente há um motivo muito justo, ou forte, para que isso aconteça, pois é fato que tal mudança trará consequências, inclusive sociais, para a pessoa.
De acordo com essa reflexão inicial, pergunte aos alunos como eles se sentem em sua nova vida. Não sendo o Reino de Deus um local situado geograficamente, mas uma realidade presente na vida apenas dos que se permitem ser governados e/ou orientados pelo Criador, inquira-os da seguinte forma: O que mudou em sua vida depois que você acolheu a mensagem do Evangelho? Você acredita na possibilidade de viver de acordo com a vontade do Criador em um mundo apartado de Deus? É possível fazer a diferença mesmo sendo a minoria? A mensagem do Reino de Deus fala da importância de fazer a vontade do Pai, aqui na Terra, assim como ela é feita no céu; você acredita que é possível melhorar o mundo vivendo dessa forma?
INTRODUÇÃO
Na oração do Pai-Nosso, Jesus ensinou, entre outras coisas, que devemos pedir a Deus que “envie” o seu Reino, ou o seu reinado, sobre nós (
Mt 6.9-13). Isso para que façamos, aqui na terra, a vontade do Pai, exatamente como ela é feita no céu. Tal não significa uma anulação do nosso livre-arbitrio, mas justamente o contrário, pois se a vontade do Criador for realizada, certamente os nossos verdadeiros anseios serão contemplados. Por isso, Jesus instruía os seus discípulos a que buscassem, primeiramente, o Reino de Deus e sua justiça, e as coisas essenciais e básicas certamente não nos faltariam (
Mt 6.25-34). É justamente acerca desse assunto que vamos estudar hoje.
1. JOÃO BATISTA – O ÚLTIMO PRECURSOR DO REINO DE DEUS
1.1 – Profetizado por Malaquias. O último profeta literário do Antigo Testamento, Malaquias, profetizou que antes da manifestação do Dia do Senhor, Deus enviaria o profeta “Elias” para converter, ou fazer voltar, o coração dos pais para os filhos e vice-versa (
Ml 4.5,6). Ele também admoestou os judeus a que lembrassem da lei de Moisés, até que isso não acontecesse (
Ml 4.4). Quem estuda a Bíblia sabe que o conhecido profeta Elias desenvolvera seu ministério anos antes de Malaquias e já havia sido miraculosamente transportado aos céus (
1 Rs 17.1—
2 Rs 2.11). Assim, a profecia de Malaquias, conforme o anjo Gabriel, e o próprio Jesus disseram, cumpriu-se com João Batista, o “Elias que havia de vir” (
Mt 11.14;
17.10-13; Mc 9.11-13:
Lc 1.16,17). Isso porque João Batista desenvolvera um ministério parecido com o de Elias, inclusive, vestindo-se de forma parecida (
2 Rs 1.8;
Mt 3.4).
1.2 – Nascimento de João Batista. Cerca de quatrocentos anos depois da profecia de Malaquias, um sacerdote chamado Zacarias estava cumprindo a sua vez no turno de oficiar o culto judaico, quando avistou um anjo chamado Gabriel. O mensageiro de Deus viera trazer a notícia de que Isabel, esposa de Zacarias, mesmo sendo avançada em idade, conceberia e daria à luz um filho (
Lc 1.5-25). Por ter duvidado, Zacarias ficou mudo até que o seu filho nascera (Lc 1.18-20,64). Como orientado pelo anjo, deram ao menino o nome de João (
Lc 1.57-63).
1.3 – Ministério de João Batista. Desde o seu nascimento, João Batista causou curiosidade nas pessoas (
Lc 1.66). No cântico profético de Zacarias, seu pai. está sintetizado o ministério que Deus destinara a João (
Lc 1.67-79). Seu trabalho consistiu em advertir ao povo, despertando-o para o julgamento divino que, para o Batista, se avizinhava juntamente com o estabelecimento do Reino dos céus (
Mt 3.1-12). É preciso entender, particularmente no que diz respeito ao Reino de Deus, que João fala de algo que ele não sabe claramente como é. Devido ao fato de João ser judeu, provavelmente sua perspectiva a respeito do Reino era nacionalista e política. Ele, porém, é claro ao dizer que sua missão consiste apenas em anunciar a vinda do responsável pelo estabelecimento do Reino de Deus (
Jo 1.6-8;
3.28).
AUXÍLIO DIDÁTICO 1
Esse primeiro tópico aborda um assunto obrigatório ao estudo acerca do Reino de Deus. Trata-se de “estágio preparatório”, ou seja, a preparação para que o Senhor Jesus Cristo realizasse sua obra redentora em Israel. “Como os profetas do Antigo Testamento, João Batista apresenta sua mensagem em paralelismo poético dizendo uma coisa e então repetindo a ideia ou sua antítese na linha seguinte. Trata-se de característica da poesia hebraica e exprime a origem semítica dos Evangelhos. João Batista apresenta dois grupos distintos e antitéticos de pessoas: os arrependidos e os impenitentes, as árvores frutíferas e as estéreis, o trigo e a palha ([Mt 3,] v.12). O grupo dos impenitentes, condenados por João Batista, são os fariseus e saduceus (v.7). Lucas identifica os verdadeiramente arrependidos como as multidões, os cobradores de impostos e os soldados (Lc 3.10-14) Os fariseus e saduceus aparecem muitas vezes juntos no Evangelho de Mateus como inimigos claramente definidos de Jesus. Embora estes dois grupos discordassem nitidamente entre si em termos de política e teologia, na maior parte do tempo eles estavam unidos em sua oposição a Jesus” (SHELTON, James B. “Mateus”, In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.).
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, i.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.25-26). Em sua pregação, além de anunciar o Reino, João concita os seus ouvintes ao arrependimento. A esse respeito, Shelton diz que é “comum a palavra arrependimento (metanoia) ser entendida erroneamente por mera confissão de pecados; com mais precisão, diz respeito ao ato de ‘pensar de novo’ (meta mais noia), quer dizer, reconsiderar e mudar o estilo de vida, de modo sociologicamente observável: ‘Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento’ (v.8). É por isto que João Batista dirige sua contundente repreensão: ‘raça de víboras’, aos fariseus e saduceus. Osjudeus observaram a lavagem cerimonial, desde o simples ato de lavar as mãos a banhar o corpo inteiro em cisternas (como as encontradas nos sítios arqueológicos em Jerusalém e em Qumran, a comunidade do mar Morto). Os fariseus e saduceus presumiam que, considerando que eles eram filhos de Abraão, eles tinham direito de receber 0 rito de João Batista, mas ele estava exigindo que eles se arrependessem como se eles fossem gentios!” (Ibid., p.26).
2. JESUS CRISTO— 0 FUNDADOR/INICIADOR DO REINO DE DEUS
2.1 – O Cristo/Messias esperado anuncia o Evangelho do Reino de Deus. Ansiado por todos os judeus, o “Ungido’’ (Messias, no hebraico, ou Cristo, no grego), visto como descendente de Davi, era aguardado como o grande libertador que restauraria a soberania política de Israel. Assim, é com grande entusiasmo que Marcos informa que após a prisão de João Batista veio Jesus Cristo pregando o Evangelho do Reino de Deus (
1,14,15). Na verdade, essa era a principal mensagem do Mestre e mesmo de seus discípulos e apóstolos (
Mt 4.23;
Lc 4.43:
8.1;
At 1.3;
8.12;
19.8;
20.25;
28.23,30,31). Essa mensagem era ansiosamente aguardada, pois se pensava que ao soar dela se acabariam todos os problemas pelo simples fato de eles serem descendência de Abraão. Todavia, como os advertira João Batista, eles não deveríam presumir-se de si mesmos o serem filhos de Abraão, pois “mesmo [dasl pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão” (
Mt 3.9;
Lc 3.8).
2.2 – O Batizador com o Espírito Santo. Uma das características, e também promessas, mais marcantes do Cristo é que, conforme João Batista, enquanto este batizava com água, para o arrependimento, aquele batizaria com o Espírito Santo e com fogo, como forma de revestimento (
Mt 3.11;
Lc 3.16;
At 1.1-8). Assim, se o batismo de João era um rito de passagem para exemplificar algo que já ocorrera, o batismo de Jesus marcava uma condição permanente de algo que apenas se iniciara com tal revestimento.
2.3 – O Comissionador dos anunciantes do Reino de Deus. Em Mateus 10.7 Jesus instrui seus discípulos a que anunciem a chegada do Reino dos céus. A mesma passagem é relatada por Lucas ao dizer que Cristo enviou os seus discípulos a pregar o “Reino de Deus e a curar os enfermos” (9.2). Essa mesma designação é repetida em Lucas 10.8,9, quando o Mestre instrui os seus setenta discípulos: “E, em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos puserem diante. E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de Deus”. Assim, apesar de Jesus iniciar/ fundar o Reino de Deus, incumbiu seus discípulos de anunciar tais Boas Novas (Mc 16.15).
AUXÍLIO DIDÁTICO 2
Uma vez que já tivemos uma lição exclusiva que tratou acerca da pessoa do nosso meigo salvador(Lição 3), priorizaremos o subsidio do terceiro tópico, pois o conteúdo deste ponto pode ser abordado com o auxílio e reforço do que já foi exposto na referida lição. O ponto alto a destacar deste tópico é o fato de que Jesus inicia definitivamente a possibilidade do Reino e também é quem batiza com o Espírito Santo.
3. O ESTABELECIMENTO DO REINO DE DEUS
3.1 – O conceito de Reino de Deus. No que diz respeito à nomenclatura, ou seja, a “Reino de Deus”, trata-se de expressão novíssima, pois não há registro dela no Antigo Testamento, nem no período intertestamentário, sendo um conceito praticamente exclusivo de Jesus (com uma pequena ocorrência em João Batista) que nos remete à ideia de um governo ideal, teocrático que só existira no paraíso, o lugar original e perfeito onde existia plena harmonia entre a humanidade e o Criador e as todas as demais coisas. Dessa forma, inicialmente é preciso entender que há uma grande diferença entre a expectativa humana acerca do Reino e a vontade divina a respeito desse mesmo Reino (
Jo 18.36 cf.
Lc 11.20). Assim, Reino de Deus significa o reinado, ou o governo, de Deus sobre todas as coisas. Entretanto, nesse momento, isso não pode ocorrer pelo simples direito de Deus ser o Criador de todas as coisas, pois o pecado privou-nos de desfrutar de tal governabilidade. Para isso acontecer, é preciso haver recepção voluntária e consequente submissão à soberania divina. É por isso que Jesus vem anunciar o Evangelho, ou seja, a mensagem que consiste no anúncio de que, através dEle, é possível viver ainda aqui sob a égide, ou direção, de Deus.
3.2 – Os sinais do Reino de Deus. A fim de provar às pessoas que o Reino de Deus chegara, Jesus realiza sinais que antecipam, ou seja, mostram o que significa desfrutar, ainda que de maneira passageira, de um mundo onde Deus governa indistintamente. Em outras palavras, os sinais realizados por Jesus Cristo apontam para um mundo onde não há lugar para doenças, tristezas, angústias ou dor (
Lc 7-21,22).
3.3 – Os cidadãos do Reino de Deus. Se no aspecto físico Jesus assim o demonstrara, do ponto de vista social, em dois momentos de injustificada disputa dos discípulos acerca de qual deles era “o maior”, Ele ensinara que na perspectiva do Reino, quem quisesse ser o “maior” deveria receber uma criança como se fosse o próprio Mestre, pois aquele que se tornasse o menor entre eles, esse sim seria grande (
Lc 9.46-48; Em outra ocasião Ele disse que quem não recebesse o Reino de Deus como uma criança jamais poderá entrar nele:
Mc 10.15). No outro caso, ao disputarem entre si quem era o maior, o Senhor mostrou-lhes novamente que quem assim quisesse ser, deveria tornar-se o menor (
Lc 22.24-27). Por esses exemplos, vê-se uma enorme diferença do que significa ser cidadão do Reino de Deus e como se deve viver na dimensão desse mesmo Reino.
AUXÍLIO DIDÁTICO 3
Este último tópico é o mais importante da lição, pois trata da mensagem de Jesus. “O Jesus inspirado pelo Espírito fala profeticamente sobre a vida do Reino de Deus, incluindo sua própria vinda e o julgamento final. Lucas registra dois dos maiores discursos de Jesus sobre os acontecimentos do tempo do fim (Lc 17 20-37; 21.5-36), O Reino, o governo de Deus, é uma realidade presente (veja Lc 10.9,11; 11.20). A vida e o ministério de Jesus declaram de modo veemente e novo a presença do reinado régio de Deus. Mas a vinda desse Reino também é um acontecimento futuro. Jesus se refere a ambos os lados do reinado soberano de Deus aqui. Nos versículos 20 e 21 [de Lucas 17I, em resposta a uma pergunta feita pelos fariseus, Ele explica a natureza futura do Reino. Depois, nos versículos 22 a 37 Ide Lucas 17I, Ele explica aos discípulos a futura vinda do Reino”. (ARRINGTON, French L. “Lucas”. In Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, i.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.432). Conforme o mesmo autor, a explicação do Mestre foi ensejada porque alguns fariseus o questionaram acerca do momento em que Deus estabelecería o seu Reino. “Não há que duvidar que eles ficaram impressionados com os dons proféticos de Jesus, então agora eles desejam saber o momento quando Deus começará a exercer seu governo sobre a humanidade. Eles querem um horário e presumem que sinais visíveis precederão a vinda do Reino. Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos reinos com os quais os fariseus estão familiarizados. Sua vinda não corresponderá com sinais visíveis para que ninguém possa predizer o tempo exato de sua chegada. As pessoas entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando dizem: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!’ Tais predições são arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes a pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6.7)” (Ibid.). A respeito dessa curiosidade, diz Arrington, “Jesus afirma que a fase inicial do Reino não vem desse jeito: de fato, já veio (Lc 17.21). Jesus usa a palavra entos para descrever sua presença palavra que significa ‘dentro’ de vocês ou ‘entre, no meio de’ vocês. Jesus está falando a fariseus, que sem dúvida o rejeitaram. Ele não diria que o reinado de Deus está dentro do coração deles. Contudo, o Reino é um fato histórico. Jesus quer dizer que o Reino está ‘entre vós’ presente no que Ele faz e diz , ainda que os fariseus permaneçam cegos diante dessa realidade (cf. Lc 11.20). Eles esperam ver sinais da vinda do Reino algum dia no futuro. Mas não há necessidade de procurar sinais futuros da vinda do governo de Deus. Hoje pode-se entrar nele, embora sua consumação final venha depois” (Ibidem.). Assim, finalizando a questão desse tópico, em o “Novo Testamento, o Reino de Deus tem uma dimensão já’ e ‘ainda não’. Já está presente, mas ainda não entrou na plenitude do seu poder e glória. Os discípulos se preocupam com a manifestação futura do reinado de Deus. Voltando-se para eles, Jesus começa a falar sobre 0 Reino em sua glória final com as palavras: ‘Dias virão’. Ele prediz que os discípulos desejarão ‘ver um dos dias do Filho do Homem’, o que se refere ao período no qual o Reino de Deus está estabelecido na terra” (lbid„ pp.432-33).
CONCLUSÃO
Somente o amor nos habilita a viver, ainda aqui na terra, cumprindo a vontade de Deus, tal como ela é feita indistintamente no céu. Para isso foi que Paulo instruiu-nos em Filipenses 2.5-11, a que tivéssemos o mesmo sentimento, ou disposição, que houve em Cristo Jesus que, sendo Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas abriu mão de sua glória e tornou-se servo por amor a Deus, e à humanidade. Assim, Ele espera que também façamos, de forma voluntária e sem constrangimento, pois o amor nos leva a amar como Jesus nos amou, tornando-se esse ato na maior forma de pregação do Evangelho do Reino de Deus.
VERIFIQUE SEU APRENDIZADO
1.0 que Jesus ensinou que pedíssemos na oração do Pai-Nosso?
Que devemos pedir a Deus que “envie” o seu Reino sobre nós (Mt 6,9-13). Isso para que façamos, aqui na terra, a vontade do Pai, exatamente como ela é feita no céu.
2. Por que João Batista foi profetizado por Malaquias com o nome de Elias?
Porque João Batista desenvolvera um ministério parecido com o de Elias, inclusive, vestindo-se de forma parecida (2 Rs 1.8; Mt 3.4).
3. Qual foi a principal missão de João Batista?
Anunciar a vinda do responsável pelo estabelecimento do Reino de Deus (Jo 1.6-8; 3.28).
4. Qual a principal diferença entre o batismo de João e o de Jesus?
O batismo de João era um rito de passagem para exemplificar algo que já tinha ocorrido, o batismo de Jesus marcava uma condição permanente de algo que apenas estava iniciando com tal revestimento.
5. O que é o Reino de Deus?
Um conceito exclusivo de Jesus que nos remete à ideia de um governo ideal, teocrático que só existiu no Paraíso, o lugar original e perfeito onde havia plena harmonia entre a humanidade e 0 Criador e as todas as demais coisas.