Lição 8 do 2° Trimestre de 2023, Jovens
dia: 21 de Maio de 2023
TEXTO PRINCIPAL
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio.” (Sl 90.12)
RESUMO DA LIÇÃO
Contemplar a eternidade de Deus e constatar a nossa finitude e fragilidade é um bom início para alcançar um coração sábio.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Is 6.1 A glória de Deus
TERÇA – Is 6.5 A nossa finitude e fragilidade
QUARTA – Tg 4-13-17 Uma vida humilde
QUINTA- Hb 4-13 Nossa vida está patente diante de Deus
SEXTA – Jo 16.8-10,13 Sensíveis ao Espírito Santo
SÁBADO – 1 Tm 4.2 É preciso estar consciente diante de Deus
OBJETIVOS
1- EXPLICAR a eternidade de Deus e a mortalidade do ser humano;
2- CONSCIENTIZAR de nossos equívocos;
3- COMPREENDER que a sabedoria traz esperança.
INTERAÇÃO
Professor (a), na Lição deste domingo estudaremos a respeito de se ter um coração sábio. Mas como alcançar a sabedoria? Em primeiro lugar, precisamos ter consciência de que tudo começa em Deus. “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria” (Pv 9.10). Entretanto, o que significa temer a Deus? Temer a Deus é reconhecer a sua eternidade e soberania.
Precisamos considerar a nossa finitude e fragilidade para depois reconhecermos os nossos pecados, e assim abraçar a graça de Deus. Se ao final desta lição, você e seus alunos fizerem a seguinte oração: “ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12), teremos alcançado os nossos propósitos.
Deus é eterno, mas nós, suas criaturas somos finitas. Por isso, não há tempo para desperdiçar. É preciso fazer como o salmista: desenvolver a consciência de nossa finitude e viver de maneira coerente com o propósito dEle para nossa vida.
TEXTO BÍBLICO
1 SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.
2 Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus.
3 Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Volvei, filhos dos homens.
4 Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.
5 Tu os levas como corrente de água; são como um sono; são como a erva que cresce de madrugada;
6 De madrugada, cresce e floresce; à tarde, corta-se e seca.
7 Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor somos angustiados.
8 Diante de ti puseste as nossas iniquidades; os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto.
9 Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro.
10 A duração da nossa vida é de setenta anos. e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos.
11 Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido?
12 Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio.
13 Volta-te para nós. SENHOR; até quando? E aplaca-te para com os teus servos.
14 Sacia-nos de madrugada com a tua benignidade, para que nos regozijemos e nos alegremos todos os nossos dias.
15 Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal.
16 Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória, sobre seus filhos.
17 E seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar a respeito de ter um coração sábio. Veremos que tudo começa em Deus. É preciso reconhecer a sua eternidade e soberania. Depois, passaremos a considerar a nossa finitude e fragilidade. Então, estaremos prontos para reconhecer os nossos pecados para abraçar a graça de Deus e viver uma vida abundante. Que, ao final desta lição, possamos fazer a mesma oração do salmista: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12).
I – A ETERNIDADE DE DEUS E A MORTALIDADE DO SER HUMANO
1. O Salmo 90.
Esse Salmo introduz o quarto livro dentro dos Salmos. Ele é uma oração de Moisés. Nele, há um contexto de uma grave situação que não está especificada no Salmo, mas pode ser percebida nele (vv.13,15). O contexto de gravidade pode ser remontado à peregrinação do povo de Israel no deserto, rumo à Terra Prometida (Nm 14). Para compreender melhor o propósito do Salmo, podemos dividi-lo da seguinte maneira:
1) Eternidade de Deus (vv.1,2);
2) Mortalidade do ser humano (vv.3-6);
3) Reconhecimento de que o salmista está sob a ira de Deus (vv.7-12);
4) Súplica por graça e esperança (vv,13-17).
2. A eternidade de Deus (vv.1,2).
No contexto de sofrimento, o salmista olha para a eternidade de Deus: “de eternidade em eternidade, tu és Deus” (v.2). Por isso, Ele é o refúgio do salmista e de seu povo (v.1). Como é precioso perceber isso no Salmo 90! O salmista nos ensina a, diante de uma realidade sofrida, parar e olhar para a eternidade de Deus. Enquanto tudo no plano terreno é passível de alteração e degeneração, no plano celestial tudo permanece intacto, glorioso e poderoso, conforme a visão do profeta Isaías, semelhante a Moisés no Salmo: “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo” (Is 6.1).
3. A mortalidade do ser humano (vv. 3-6).
O Salmo também nos ensina que quem contempla a eternidade e a beleza celestial passa por uma constatação inequívoca: olhando para dentro de si, contempla a sua finitude e fragilidade. Isso aconteceu também com o profeta Isaías (6.5). Nessa porção de versículos, destaca-se as expressões: “mil anos como o dia ontem” ou “como a vigília da noite” (v. 4), Em outras palavras, diante da eternidade de Deus, a vida do ser humano é curta e passageira. O Novo Testamento nos ensina essa mesma verdade: “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã, Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece” (Tg 4.14).
4. Pensando na finitude para alcançar um coração sábio.
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento trazem a ideia de que sejamos humildes e não orgulhosos (Tg 4.13-17). Viver de maneira humilde e não orgulhosa passa pela capacidade de ter consciência do quanto somos finitos. É próprio da juventude não pensar muito na finitude da vida. Essa fase é caracterizada por muitos sonhos, anseios e, por isso, o olhar está sempre no futuro. Entretanto, o (a) jovem que está consciente de que não pode escapar dessa realidade finita e compreende a sabedoria bíblica aqui ensinada, saberá selecionar as coisas que valem a pena. Como a vida é passageira, não podemos perder tempo com escolhas superficiais.
Assim, podemos aprender com Jesus e seus apóstolos; estes últimos tinham plena consciência da finitude de suas vidas terrenas, ao mesmo tempo que sua esperança estava fundamentada no céu (2 Co 5.1; 2 Tm 4.6); embora muitos tenham tido uma vida relativamente curta (At 12.1,2), o mundo nunca mais foi o mesmo depois de seus ministérios. Portanto, com Jesus e seus apóstolos, aprendemos que quem olha para o céu lida muito melhor com as coisas aqui da Terra.
SUBSÍDIO 1
“O Salmo 90 tem sido descrito como ‘uma das pérolas mais preciosas do Saltério. Kittel denominou-o ‘um canto impressionante de elevação e poder quase únicos’. Isaac Taylor descreveu o Salmo 90 como ‘talvez a mais sublime das composições humanas, o mais profundo em relação aos sentimentos, o mais imponente na concepção teológica e o mais magnificente na descrição de imagens’. Sua ênfase na brevidade da vida humana faz com que esse Salmo seja incluído em muitos cultos fúnebres.
O título identifica o Salmo como ‘Oração de Moisés’, varão de Deus. Visto que os títulos não fazem parte do texto inspirado, mesmo comentaristas evangélicos ponderam que o conteúdo central do poema aponta para uma data posterior. Os versículos 13-17 parecem indicar um período histórico mais longo do que o tempo no deserto. No entanto, visto que Moisés foi reconhecido como o grande legislador do Antigo Testamento, o fato de que deveria ter sido atribuído ou dedicado a ele é um tributo à qualidade do Salmo.”
II – CONSCIENTIZANDO-NOS DE NOSSOS EQUÍVOCOS
1. Sob a ira de Deus (vv.7,8).
O salmista reconhece que o seu povo está sob a ira de Deus (v.7). Essa ira divina chegou por causa dos pecados, que não estão mais ocultos, pois foram abertos diante da luz do rosto de Deus (v.8). Aqui há outro aprendizado extraordinário. No lugar de culpabilizar os outros por problemas que são nossos, precisamos aprender a conhecê-los, identificá-los e nominá-los. Tudo está patente diante dos olhos de Deus (Hb 4.13). Ora, ter um coração sábio não significa ser perfeito, mas tem a ver com ser sensível com uma faculdade da alma chamada consciência; em que a Bíblia a revela como juiz interno, bem como aos apelos do Espírito Santo (Jo 16.8-10,13).
Se algo que você fez lhe causou dor na consciência, pare imediatamente. Não permita que ela se cauterize (1 Tm 4.2).
2. Não podemos desperdiçara vida (vv.9-11).
Note o sentimento do salmista: “Pois todos os dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro” (v.9). Você pode ser novo(a) agora, mas logo envelhecerá (v.10). Certamente, você não deseja envelhecer de uma maneira que não agrade a Deus. Certamente, essa não é uma atitude sábia.
O salmista sabia que não havia tempo para desperdiçara vida de maneira a rebelar-se contra Deus. No lugar de viver essa vida passageira sob a ira de Deus, por causa da prática do pecado, o melhor seria vivê-la sob a sua promessa, segundo as bênçãos do Senhor (v.17). Não é verdade que para aproveitar a vida você tenha que praticar exatamente o que desagrada a Deus. É possível se realizar naquilo que glorifica ao Senhor.
3. Corações sábios.
Essa porção do Salmo encerra assim; “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio” (v.12). Em outras palavras: “Senhor, ensina-nos a viver!’ O Senhor pode nos ensinar por meio de sua Palavra, também por meio de conselhos de pessoas idôneas, experientes, que passaram por aquilo que você está passando hoje. Nas Escrituras, vemos esse ensinamento entre Elias e Eliseu (2 Rs 2.1-14).
Paulo e Timóteo (At 16.1-3; 1 Tm 1.1) e Barnabé e João Marcos (At 15.39), só para ficar em três exemplos. A atitude mais tola na vida de um jovem cristão é ele desprezar o conselho dos mais experientes e, tomado pelo orgulho, fazer o que parece “reto aos seus olhos” (Jz 21.25).
SUBSÍDIO 2
Professor (a), “o tema introduzido na primeira estrofe continua na segunda, A brevidade da vida é acentuada pelo fato de que o pecado a trouxe para debaixo da nuvem da ira de Deus, Iniquidades e pecados ocultos tinham despertado a ira consumidora e o furor de um Deus santo (vv, 7,8), Não existe nenhuma outra palavra que corresponda ao termo hebraico pecados no versículo 8, ‘Nosso (pecado) secreto é, antes, 0 pecado íntimo do coração, não visível ao homem, mas conhecido por Deus’.”
III – A SABEDORIA TRAZ ESPERANÇA
1. Alegria e benignidade (vv.13-16).
Uma vida de sabedoria conduz à uma experiência de alegria e de felicidade. Essa é a oração do salmista: “Sacia-nos de madrugada com a tua benignidade […] Alegra-nos pelos dias em que nos afligistes, e pelos anos em que vimos o mal” (vv.14,15). Se outrora o salmista viveu as consequências de uma vida de equívocos, agora ele deseja viver a alegria e a benignidade de uma vida virtuosa, ou seja, sábia. Às vezes colhemos frutos desagradáveis de uma vida pregressa na contramão dos valores de Deus. Entretanto, quando nos dispomos a viver de maneira coerente com o Senhor, podemos fazer a mesma oração do salmista, já que a alegria e a benignidade de Deus nos esperam.
2. Vivendo sob a graça (v.17).
O salmista deseja viver sob a graça, não mais sob a ira (v.17). Viver sob a graça de Deus torna a vida mais sábia, pois, em primeiro lugar, quem vive sob a graça tem plena consciência de que não pode vencer os desafios sozinho. A Palavra de Deus diz que “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Viver por graça é aprender a depender totalmente de Deus.
3. Confirmando as obras (v.17).
Uma vez conscientes da finitude da vida, da vida sob a graça, precisamos agir com responsabilidade. O salmista encerra pedindo que Deus confirme as obras de suas mãos (v.17). Sim, em Deus você pode sonhar, planejar e se preparar para atingir os objetivos propostos de acordo com o chamado divino para a sua vida.
Ele o (a) chamou para viver um propósito. Se ainda não tem claro qual é o propósito de Deus para você, ou se não sabe responder qual o sentido de sua vida, chegou a hora de pensar nisso e responder à pergunta assertivamente. Quando vivemos de acordo com o propósito de Deus para com a nossa vida, tudo se encaixa e faz sentido. Então, você poderá pedir: “Confirma a obra de nossas mãos” (v.17).
CONCLUSÃO
Vimos o quanto Deus é eterno e nós somos passageiros. Por isso, não é tempo de desperdiçar a vida naquilo que não agrada ao Senhor. Somos convidados a ter consciência de nossa finitude, a selecionar com precisão as nossas escolhas e viver, segundo a graça de Deus, de maneira coerente com o propósito dEle para a nossa vida. Finalmente, Deus confirmará as obras de nossas mãos.
HORA DA REVISÃO
1. No contexto de sofrimento, para o quê o salmista olha?
No contexto de sofrimento, o salmista olha para a eternidade de Deus de eternidade em eternidade, tu és Deus” (v.2).
2. Além de ensinar a contemplar a eternidade e a beleza celestial, o que o Salmo 90 também nos ensinar a constatar?
O Salmo também nos ensina que quem contempla a eternidade e a beleza celestial sofre uma constatação inequívoca: olhando para dentro de si, contempla a sua finitude e fragilidade,
3. Segundo a lição, o que significa “ter um coração sábio”?
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento trazem a ideia de que sejamos humildes e não orgulhosos (Tg 4.13-17),
4 O que pode ser classificado como exemplo de falta de sabedoria na vida do (a) jovem cristão (a)?
A coisa mais sem sabedoria na vida de um jovem cristão é ele desprezar o conselho dos mais experientes e, tomado pelo orgulho, fazer o que parece “reto aos seus olhos” (Jz 21.25).
5. Como o Salmo é encerrado pelo salmista? Você pode fazer essa oração?
O salmista encerra pedindo que Deus confirme as obras de suas mãos (v.17). Resposta pessoal.
Muito bom amei ????????
Deus é maravilhoso ❤️
Muito bom amei ????????