Lição 8: Coisas sacrificadas aos ídolos

2º Trimestre de 2009

Data: 24 de Maio de 2009

TEXTO ÁUREO

“As coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios” (1 Co 10.20).

VERDADE PRÁTICA

O crente deve fugir da idolatria, dos objetos, festividades e reuniões que envolvem reverência e adoração aos ídolos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Dt 32.15-21

O péssimo exemplo de Israel no passado

Terça – Sl 106.36,37

Correlação entre os ídolos e os demônios

Quarta – At 15.29

Uma norma divina para todos os crentes

Quinta – 1 Co 8.13

O manjar do escândalo

Sexta – 1 Co 10.20

Coisas sacrificadas aos demônios

Sábado – Tg 4.4,5

O zelo do Espírito pelo crente

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Coríntios 8.1-4; 10.14,18-22.

1 Coríntios 8.

1 – Ora, no tocante às coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que todos temos ciência. A ciência incha, mas o amor edifica.

2 – E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber.

3 – Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.

4 – Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo e que não há outro Deus, senão um só.

1 Coríntios 10.

14 – Portanto, meus amados, fugi da idolatria.

18 – Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são, porventura, participantes do altar?

19 – Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?

20 – Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.

21 – Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.

22 – Ou irritaremos o Senhor? Somos nós mais fortes do que ele?

INTERAÇÃO

Prezado professor, segundo a concepção das nações idólatras, vizinhas a Israel, um “deus” ou “espírito” habitava nas imagens de escultura. Todavia, as Escrituras afirmam categoricamente que esses falsos deuses são “diabos” (Dt 32.17), e que os sacrifícios oferecidos às imagens são oferendas aos demônios (Sl 106.37). Informe aos alunos que um dos termos usados no Antigo Testamento para ídolo é gillûl. Essa palavra quer dizer “tora sem forma”, “bloco vazio”. Os profetas assim chamavam os ídolos para mostrar a inutilidade, futilidade e incapacidade deles. Esse mesmo conceito é afirmado por Paulo em 1 Co 8.4: “o ídolo nada é” (Sl 115.4-7). Deus o abençoe e boa aula!

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar o ensino bíblico a respeito dos ídolos.
Descrever os costumes pagãos em Corinto.
Abster-se dos ídolos e festividades pagãs.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, comente com seus alunos que a igreja em Roma também estava cercada pela cultura idólatra. Em Roma havia muitas celebrações aos deuses da fertilidade. No dia 23 de Abril, na festa das Vinálias, os romanos adoravam a Júpiter e a Vênus Ericina, a “deusa das prostitutas”. No dia 28 de Abril, na Floralia, adoravam a deusa dos rufiões e prostitutas. Informe à classe que essas festividades lembram as mazelas do “carnaval moderno” (Rm 1.18-32). O crente, portanto, deve se afastar dessas festas malignas que induzem os homens à fornicação, ao adultério, às drogas e à feitiçaria.

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Idolatria: Culto prestado aos ídolos.

Corinto era uma importante cidade da Grécia, e a capital da província romana Acaia. Sua posição geográfica privilegiada favorecia o comércio, a cultura, os esportes e as religiões pagãs. Em Corinto havia muitos templos dedicados aos deuses greco-romanos. Dentre eles, destacava-se o de Afrodite, localizado no topo do Acrocorinto, tendo mais de mil sacerdotisas que se dedicavam à prostituição religiosa. As festas dedicadas a esses demônios eram repletas de música, orgia, comida, bebida e excessos de todos os tipos. Nas oferendas de animais, uma parte era queimada no altar do ídolo, a outra era doada ao sacerdote, e a última era entregue ao ofertante, que quase sempre a vendia no mercado.

I. A CARNE SACRIFICADA: ASSUNTO ANTIGO, MAS CONTEMPORÂNEO

1. No Antigo Testamento (Dt 32.16,17). Diversas passagens bíblicas relacionam o ídolo aos demônios, e o culto idólatra ao culto diabólico (Lv 17.7; 2 Cr 11.15). Os ídolos sempre foram laços para o povo de Israel, a quem Deus elegeu como seu povo peculiar aqui na terra. Há crentes que têm receio e pavor de ídolos, imagens fabricadas e figuras. Ora, “o ídolo nada é”, afirma a Bíblia (1 Co 8.4; 10.19; Sl 115.4-7; Is 44.9-17). O culto idólatra dos israelitas desviados não era oferecido aos ídolos, mas “aos diabos”, como afirma Deuteronômio 32.17.

O apóstolo adverte a igreja de Corinto para não se envolver com a idolatria, como o povo de Israel no deserto. Naqueles dias, os judeus desviados ofereceram sacrifícios aos demônios, prostituíram-se e comeram da carne sacrificada aos ídolos (1 Co 10.7,8).

O cristão também não deve participar de festividades e atos que cultuam os “santos”, “os guias” e ídolos demoníacos. Assim como Daniel, deve o crente rejeitar irrevogavelmente o “manjar oferecido aos ídolos” (Dn 1.8,9).

2. No Novo Testamento. Em Atos 15.29, a igreja, composta de judeus e gentios (Ef 2.14), é doutrinada a abster-se “das coisas sacrificadas aos ídolos”. Essa importante ordenança não apenas confirma a proibição do Antigo Testamento, como também amplia o conceito na era da graça: seja para cumprir o mandamento (At 15.29) seja por motivo de consciência (1 Co 8.7-13), ou ainda para não melindrar o crente imaturo (1 Co 8.9). Assim como participar da “mesa do Senhor” é um testemunho da nossa filiação, identificação e comunhão com Ele (1 Co 10.18), tomar parte de atividades, reuniões e procissões vinculadas a ídolos, ocultismo e espiritismo é identificar-se com o próprio Diabo (1 Co 10.20,21). A imagem adorada não é nada; apenas obra de pedra, de pau, gesso, cimento ou ouro (Sl 115.4-7), mas por detrás dela estão os demônios (ver Ap 9.20; 13.15).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

No Antigo e Novo Testamento a idolatria é condenada pelo Senhor. Na Bíblia, o ídolo é considerado inútil, e identificado com os demônios.

II. O CRISTÃO DIANTE DAS FESTIVIDADES RELIGIOSAS PAGÃS

1. As festas religiosas pagãs no Antigo Testamento. Antes de Israel ser introduzido na idólatra terra de Canaã, o Senhor advertiu-o a respeito dos maus costumes, feitiçarias, práticas e celebrações idólatras de seus habitantes (Êx 20.3-5; 22.20; 23.24,32). Todavia, o povo desobedeceu a Deus e curvou-se diante dos falsos deuses cananeus (Jz 2.7-13,17; Êx 32.8). Por esta razão, “a ira de Deus se acendeu contra Israel” (Jz 2.14). Ora, se Deus não “poupou os ramos naturais”, afirma Paulo, “teme que te não poupe a ti também. Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus” (Rm 11.21,22). Portanto, meu amado irmão em Cristo, não participe das festas em honra aos ídolos e que servem aos demônios.

2. As festas religiosas pagãs no Brasil. O nosso país caracteriza-se como uma nação multicultural e pluralista, inclusive no que tange a tradições religiosas não-cristãs. Muitos antropólogos e sociólogos seculares vêem essas festividades como elemento de integração social e manifestação cultural. Mas isto é apenas um disfarce material, que oculta a tenebrosa realidade espiritual das coisas. O sincretismo religioso presente em muitas dessas festas e comemorações é uma ferramenta maligna para iludir o cristão incauto ou desprovido de visão celestial.

3. A idolatria do coração. O primeiro mandamento do Eterno em Êxodo 20.3, ordena: “Não terás outros deuses diante de mim”. Israel antes de ser liberto e resgatado por Deus da escravidão do Egito, pecou contra o Senhor, adorando a falsos deuses (Js 24.14,15). E, ao chegar a sua nova terra, Canaã, continuou cometendo o mesmo pecado (Js 24.23).

Deus conhece o coração do homem e sabe da sua propensão à idolatria. No caso de Israel, esse pecado não era apenas externo, mas interno; a idolatria do coração, arraigada no âmago da criatura humana.

O que é um deus, ou ídolo dominante na vida de alguém? É tudo aquilo que ocupa sempre o primeiro lugar no coração do homem e aí se entroniza na sua vida, tempo, pensamento e vontade. Em Ezequiel 14, Deus advertiu seu povo sobre “ídolos no coração” (vv.2-7). Tomemos uma decisão: Deus deve ser o único e absoluto Senhor de nosso ser. Lembremo-nos que o Senhor não divide seu senhorio, nem a sua glória.

Vejamos alguns dos deuses modernos mais conhecidos:

a) Dinheiro. Principalmente o acúmulo de riquezas por avareza. Muitos têm abandonado a Deus, ou estão frios na fé devido a esse deus.

b) Sucesso. Fama, popularidade, reputação, cultura, graus acadêmicos, entre outros. Se o sucesso e o êxito não forem devidamente controlados, eles controlam seu portador e tornam-se um deus em sua vida.

c) Poder. O exercício do poder através de uma posição. Esta forma de poder leva à vaidade, pavonice, orgulho, vanglória e presunção. A essa altura, o poder torna-se um ídolo no coração.

d) Trabalho. Exagerado, sem descanso, que rouba o tempo que pertence unicamente a Deus, para buscar sua presença através da oração, adoração e leitura da Palavra de Deus.

e) Prazer. Também pode ser idolatrado. É a busca exagerada, incessante e crescente das diversões, da glutonaria, lazer, passatempos, etc. O prazer natural, controlado, justo e íntegro não é pecado. É evidente que há muitos outros ídolos no coração dos homens nesta era de avanços e realizações contínuos.

Paulo, o porta-voz de Deus, dirige-se à igreja de Corinto e alerta: “Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1 Co 10.14). Certamente, muitos deles estavam tentados a se envolverem com os ídolos, razão pela qual Paulo os admoesta. Deus também usou o apóstolo João para exortar os crentes a tomarem cuidado com os “ídolos” (1 Jo 5.21). É evidente que se trata aqui de “ídolos do coração”.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Assim como os fiéis em Israel abstinham-se de participar das festas pagãs tanto no Antigo como no Novo Testamento, o crente deve rejeitar às festividades idólatras celebradas no Brasil.

CONCLUSÃO

A Bíblia proíbe o crente de participar da mesa do Senhor e do cálice dos demônios (1 Co 10.20,21). Tal duplicidade religiosa leva o seu praticante ao pecado, à mentira, à falsidade, à idolatria, e ao inferno, pois não há qualquer associação entre luz e trevas, verdade e mentira, entre o Senhor e Satanás. Não há meio termo na fé cristã e na doutrina (Mt 5.37; 6.24; Sl 119.113). Não existe verdade no erro, e nem erro na verdade, porque ambos se anulam mutuamente. Assim também, não há nada de sagrado no profano e no profano não há nada de sagrado.

VOCABULÁRIO

Hierogâmico: Casal ou casamento sagrado.

Impudico: Que revela ou sugere impudor; sensual, lascívo.

Irrevogável: Que não se pode anular.

Rufião: Pessoa que se mete em brigas por causa de mulheres de má reputação.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BENTHO, E. C. A Família no Antigo Testamento: história e sociologia. RJ: CPAD, 2006.

RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2007.

EXERCÍCIOS

1. Cite três passagens no Antigo Testamento que relacionam os ídolos aos demônios.

R. Lv 17.7; Dt 32.16,17; 2 Cr 11.15.

2. Cite duas passagens no Novo Testamento que relacionam os ídolos aos demônios.

R. 1 Co 10.14-21; Ap 9.20.

3. Descreva a relação entre ídolos, festas pagãs e demônios.

R. Resposta pessoal, conforme o aprendizado do aluno.

4. O que você sabe a respeito das festas pagãs do Antigo e Novo Testamento?

R. Resposta pessoal, conforme o aprendizado do aluno.

5. Cite três ídolos modernos que habitam no coração dos homens.

R. Dinheiro, sucesso, poder.

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