1º Trimestre de 2009
Data: 22 de Fevereiro de 2009
TEXTO ÁUREO
“Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios” (1 Ts 5.6).
VERDADE PRÁTICA
Precisamos estar vigilantes quanto àqueles que, com artifícios ardilosos, infiltram-se na Igreja visando impedir a concretização das promessas de Deus na vida de seu povo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Js 9.1-15
A astúcia dos gibeonitas
Terça – Js 9.16-19
A fraude gibeonita descoberta
Quarta – Js 9.20-23,27
O serviço obrigatório dos gibeonitas
Quinta – Js 9.24-26
O argumento dos gibeonitas
Sexta – Is 29.13
O artifício dos gibeonitas modernos
Sábado – Mt 10.16
Jesus ordena prudência
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Josué 9.1-6,15,16.
1 – E sucedeu que, ouvindo isso todos os reis que estavam daquém do Jordão, nas montanhas, e nas campinas, e em toda a costa do grande mar, e em frente do Líbano, os heteus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus,
2 – se ajuntaram eles de comum acordo, para pelejar contra Josué e contra Israel.
3 – E os moradores de Gibeão, ouvindo o que Josué fizera com Jericó e com Ai,
4 – usaram também de astúcia, e foram, e se fingiram embaixadores, e tomaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho velhos, e rotos, e remendados;
5 – e nos pés sapatos velhos e remendados e vestes velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento.
6 – E vieram a Josué, ao arraial, a Gilgal e lhe disseram, a ele e aos homens de Israel: Vimos de uma terra distante; fazei, pois, agora concerto conosco.
15 – E Josué fez paz com eles e fez um concerto com eles, que lhes daria a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento.
16 – E sucedeu que, ao fim de três dias, depois de fazerem concerto com eles, ouviram que eram seus vizinhos e que moravam no meio deles.
INTERAÇÃO
Professor, durante a preparação de suas aulas, leia com muita atenção algumas obras de História e Geografia bíblica. Um excelente dicionário ou enciclopédia bíblica também será de inestimável valor. Informações especializadas e confiáveis não se encontram em qualquer livro. Portanto, recomendamos ao estimado mestre as obras História de Israel, de E. Merrill (CPAD), Pequeno Atlas Bíblico, de T. Dowley (CPAD), o Dicionário Bíblico de Wycliffe (CPAD) e Geografia Bíblica, do pastor Claudionor de Andrade (CPAD). Essas obras enriquecem a biblioteca de qualquer bibliófilo. Deus o abençoe.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Citar os sete povos que habitavam Canaã.
Descrever o ardil gibeonita.
Relacionar os grupos étnicos de Canaã aos seus territórios.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, seus alunos sabem que a terra de Canaã compunha-se de um grupo misto de povos? Quem eram os gibeonitas? Heveus, girgaseus ou ferezeus? Nesta lição explique aos alunos a composição demográfica da antiga Canaã, mas tarde chamada de Palestina pelos romanos. Canaã é o nome da área habitada pelos filhos de Canaã. Esta terra era habitada por povos mistos descendentes provavelmente de Canaã, filho de Cam (Gn 10.1 5-20). A Bíblia menciona sete raças que habitavam essas terras: amorreus, cananeus, ferezeus, girgaseus, heteus, heveus e jebuseus (Gn 10.16; Dt 7.1; Js 3.10; 24.11). Abaixo, dentre esses sete povos, apresentamos uma tabela com quatro grupos étnicos. Use-a no primeiro tópico da lição.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Ardil: Artifício usado para enganar, iludir, disfarçar e esconder as verdadeiras intenções.
Ao tomarem conhecimento das vitórias de Israel sobre Jericó e Ai, os reis que estavam daquém do Jordão ficaram apavorados e inseguros com o que lhes poderia acontecer. Foi então que decidiram formar uma espécie de confederação para pelejar contra Israel (vv.1,2). Todavia, os moradores de Gibeão, com medo e grande astúcia, anteciparam-se, propondo a Israel uma aliança que lhes preservasse a vida.
Nesta lição falaremos sobre o perigo do engano e da falsa aparência no meio do povo de Deus.
I – A CONFEDERAÇÃO DOS REIS DE CANAÃ (9.1,2)
1. O pavor e a reação dos reis cananeus. Até aqui, nas batalhas de Israel, os reis de Canaã estavam apenas na defensiva. Mas agora resolveram fazer uma coligação a fim de passarem ao ataque ante ao avanço dos israelitas: “Se ajuntaram eles de comum acordo, para pelejar…” (v.2). Esses inimigos do povo de Deus estavam prontos para superar suas diferenças pessoais e unirem-se para resistir ao avanço do povo de Deus. Contudo, não houve por parte de Josué qualquer temor, pois ele estava convicto de que o Senhor o livraria das mãos daqueles ímpios: “Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás” (Is 54.17).
2. O respeito pelo nome de Josué. Quando ouviram falar das conquistas de Israel sob a liderança de Josué, e da devoção dos israelitas a um Deus pessoal e poderoso, e invencível, aqueles pequenos monarcas somente viam sua esmagadora derrota. Josué tornara-se um líder e estrategista, reconhecido com temor em toda a terra de Canaã. Josué sabia, e disso não poderia esquecer de que quem estava à sua frente era o grande Deus de Israel, o Senhor dos Exércitos.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Bíblia menciona sete raças que habitavam a terra de Canaã: os amorreus, cananeus, ferezeus, girgaseus, heteus, heveus e jebuseus.
II – O ARDIL DOS GIBEONITAS (9.3-15)
1. O perigo da astúcia do inimigo. Usar de ardil é o mesmo que seduzir, ludibriar ou enganar alguém. É uma manobra ardilosa com intuito de induzir alguém ao erro. Entre aqueles que se ajuntaram para pelejar contra Israel, encontravam-se os gibeonitas, conhecidos como heveus (9.1,7), um dos povos mencionados pelo Senhor para ser lançado fora da terra prometida (Dt 7.1-6). Esta foi uma ordem divina que deveria ser cumprida cabalmente. Entretanto, enganado, Israel fez um acordo com os inimigos. A Palavra de Deus adverte-nos enfaticamente: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé” (1 Pe 5.8,9). Nosso campo de batalha é invisível e espiritual. Portanto, devemos estar vigilantes quanto às sutis investidas de Satanás contra a nossa vida cristã.
2. Os ardis ocultam males destruidores (9.3,4). Embora a cidade dos gibeonitas fosse maior do que Ai e seu exército ter grandes guerreiros (10.2), sabiam perfeitamente que jamais derrotariam Israel. Então, a única alternativa era dolorosamente esconderem sua identidade e tentar um concerto com os israelitas.
A Bíblia conta-nos que os heveus fizeram parte de algumas nações que viveram entre os israelitas para, com a permissão divina, provarem a fidelidade de Israel diante do Senhor (Jz 3.1-3). A Igreja de Cristo está no mundo, e vive entre os que não pertencem ao povo de Deus. Estes, às vezes, costumam se instalar no seio da igreja, com fingimento e hipocrisia (1 Jo 1.5-7).
3. A estratégia dolosa dos gibeonitas (9.4,5). “Tomaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho velhos, e rotos, e remendados; e nos pés sapatos velhos e remendados e vestes velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento”. Eles queriam dar a impressão de estarem vindo de uma terra distante, quando, na verdade, moravam em Gibeão, cidade bem próxima do acampamento de Israel.
É óbvio que os gibeonitas assim fizeram por medo, pois sabiam que todos os povos cananeus seriam expulsos daquelas terras, ou totalmente destruídos (Êx 23.31-33).
É bem verdade que eles queriam estar em paz com o povo de Deus (Js 9.4-6,8,11), fazendo uma aliança que lhes garantisse a terra e a liberdade. Todavia, para alcançarem esse objetivo, usaram de artimanha e trapaça.
Josué e os príncipes de Israel só descobriram que haviam sido enganados, três dias depois de feito o pacto (v.16).
4. O perigo da convivência com o engano. Após ter feito um acordo de paz com os gibeonitas, Israel teve de aceitar o “fermento que já estava na massa”. Paulo exortou a igreja de Corinto dizendo: “Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?” (1 Co 5.6). Josué, como líder, falhou por não pedir conselho à boca do Senhor (Js 9.14). Os que dirigem a obra do Senhor jamais devem agir por conta própria nos assuntos e trabalhos da igreja, como é o caso da Escola Dominical. Agir por livre-vontade é deixar de “andar no Espírito” para seguir os ditames da carne (Gl 5.16,25).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Ardil é o mesmo que seduzir, ludibriar ou enganar alguém astuciosamente.
III – A FARSA DESCOBERTA (9.16-22)
1. Israel descobre o erro cometido (9.16). As artimanhas e o engano têm vida curta. Ao fim de três dias, a verdade foi conhecida. Aquele povo, que dizia ter vindo de terras distantes, era vizinho de Israel e morava em três cidades conhecidas como Cefira, Beerote, e Quiriate-Jearim (v.17). Eles também aprenderam que a paz que se fundamenta na desonestidade não tem qualquer firmeza nem continuidade.
Os israelitas ficaram grandemente perturbados, a tal ponto que toda a congregação murmurava contra os príncipes (v.18). Sem dúvida, agora eles teriam de arcar com as consequências desse terrível erro: haviam feito um acordo com os cananeus, e não podiam feri-los em função do juramento que fizeram ao Senhor, Deus de Israel.
2. Josué teve de honrar o acordo com os enganadores (9.18-20). Não havia como recuar! Ele não podia invalidar o pacto feito em nome do Senhor (v.15), pois a quebra de um juramento constituía uma grave transgressão. Por isso, fez o que parecia “bom e reto” (v.25). Primeiramente, libertou-os da morte (v.26). Depois, fez com que os gibeonitas se tornassem seus servidores. Eles seriam “rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor” (v.27), uma atividade que estava ligada a adoração do Tabernáculo. Isso nos encoraja a não negligenciarmos as nossas promessas.
3. Os gibeonitas atuais na igreja. Estamos atravessando dias difíceis e trabalhosos em que “espíritos enganadores” têm entrado no seio da igreja (1 Tm 4.1) para difundir o erro, confundindo e distraindo o povo de Deus para estacionarem no caminho da fé e, por fim, se desviarem. Precisamos vigiar! Muitos se apresentam como líderes, pregadores e ensinadores, mas, na verdade, não passam de falsários, promotores do engano, da confusão e da discórdia. Estes têm trazido para a Igreja toda sorte de contaminação, por meio de ensinos heréticos, falsa unção, pseudo-espiritualidade e costumes mundanos. Utilizam-se de todo tipo de trapaça a fim de ludibriar o povo de Deus (Tt 1.16).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Depois da farsa descoberta, os gibeonitas tiveram que servir como “rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor”.
CONCLUSÃO
A grande lição desta história bíblica dos gibeonitas é que precisamos estar atentos, vigilantes e dependentes da direção divina, para evitarmos erros e males como os que Josué e Israel cometeram. Satanás sempre usará de artifícios para enganar o povo de Deus, com o intuito de impedi-lo de chegar à “Terra Prometida”. Vigiemos, pois, em todo o tempo, na dependência do Senhor.
VOCABULÁRIO
Artimanha: Astúcia, artifício, ardil.
Bibliófilo: Aquele que tem grande amor aos livros.
Ludibriar: Tratar com ludíbrio; enganar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
AHARONI, Y. (et al) Atlas Bíblico. RJ: CPAD, 1999.
MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. RJ: CPAD, 2001.
RICHARDS, L. O. Guia do leitor da Bíblia. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Cite três povos da confederação cananéia.
R. Amorreus, cananeus, ferezeus, girgaseus, heteus, heveus e jebuseus.
2. Explique o significado do termo “ardil”.
R. O mesmo que seduzir, ludibriar ou enganar alguém astuciosamente.
3. Descreva duas características dos gibeonitas.
R. Ardilosos e trapaceiros.
4. Quais atividades seriam desenvolvidas pelos gibeonitas?
R. Tirar água e cortar lenha.
5. O que você aprendeu nesta lição?
R. Resposta pessoal.