Lição 9 – O Reinado de Davi

1 de Desembro de 2019



 
TEXTO ÁUREO
“E entendeu Davi que o SENHOR o confirmava rei sobre Israel e que exaltara o seu reino por amor do seu povo.”(2 Sm 5.12)
 
VERDADE PRÁTICA
A glória do reinado de Davi deve-se, antes de tudo, à boa mão de Deus que estava sobre ele.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Co 15.57 Nossas vitórias vêm de Deus
Terça – Dt 31.23 Ministérios e cargos têm de provir de Deus
Quarta – Is 40.11 Deus é o grande pastor da nossa vida
Quinta – 1 Pe 5.3 Os pastores devem ser modelo para o rebanho
Sexta – 2 Sm 6.21 A certeza da vontade divina traz-nos confiança na Obra
Sábado – Mc 12.30,31 O cristão deve adorar a Deus com todo o seu ser
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Samuel 5.1-12
1 – Então, todas as tribos de Israel vieram a Davi, a Hebrom, e falaram, dizendo: Eis-nos aqui, teus ossos e tua carne somos.
2 – E também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel.
3 – Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ao rei, a Hebrom; e o rei Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o SENHOR; e ungiram Davi rei sobre Israel.
4 – Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; quarenta anos reinou.
5 – Em Hebrom reinou sobre Judá sete anos e seis meses; e em Jerusalém reinou trinta e três anos sobre todo o Israel e Judá.
6- E partiu o rei com os seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam naquela terra e que falaram a Davi, dizendo: Não entrarás aqui, a menos que lances fora os cegos e os coxos; querendo dizer: Não entrará Davi aqui.
7 – Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a Cidade de Davi.
8 – Porque Davi disse naquele dia: Qualquer que ferir os jebuseus e chegar ao canal, e aos coxos, e aos cegos, que a alma de Davi aborrece, será cabeça e capitão. Por isso, se diz: Nem cego nem coxo entrará nesta casa.
9 – Assim, habitou Davi na fortaleza e lhe chamou a Cidade de Davi; e Davi foi edificando em redor, desde Milo até dentro.
10 – E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele.
11 – E Hirão, rei de Tiro, enviou mensageiros a Davi, e madeira de cedro, e carpinteiros, e pedreiros, que edificaram a Davi uma casa
12- E entendeu Davi que o SENHOR o confirmava rei sobre Israel e que exaltara o seu reino por amor do seu povo.
 
OBJETIVO GERAL
Demonstrar que o reinado de Davi foi bem-sucedido por causa da boa mão de Deus que estava sobre ele.
 
HINOS SUGERIDOS: 250, 312, 365 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
1 Apresentar a constituição de Davi como rei;
2 Evidenciar a consolidação do reino de Davi;
3 Atestar a grandeza política do reinado de Davi.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A ideia central desta lição é que tudo o que fizermos só pode ter um bom desfecho se a mão de Deus for conosco. A pujança do reino de Davi não foi porque ele era uma pessoa competente para a guerra, ou simplesmente por causa de uma razão circunstancial, mas porque Deus era com ele em tudo o que fazia. Ter essa percepção espiritual é essencial para que a nossa vida espiritual seja mais vigorosa e abençoada. Não podemos deixar de pedir a Deus que o seu Santo Espírito guie-nos em tudo o que fazemos. Nós temos a mente de Cristo e o Espírito Santo habita em nós.
 
INTRODUÇÃO
O pujante reinado Davi não foi circunstancial, aleatório ou por causa de habilidades natas para guerra. No próprio texto bíblico, é dito que suas vitórias e fortalecimento se originavam em Deus (2 Sm 8.6). Os 33 anos que ele reinou em Jerusalém e os sete anos e seis meses que reinou em Hebrom revelam um rei protótipo do Messias que viria. Por isso, Davi é considerado um tipo do Messias. Isso está confirmado pela profecia de Miqueias (5.2), mencionada pelos escribas nos dias de Herodes, pelo texto de 2 Samuel 5.2 e pela profecia de Gênesis 49.10 em relação a Jesus Cristo.
 
PONTO CENTRAL
A boa mão de Deus estava sobre o reinado de Davi, por isso, ele foi bem-sucedido
 
I – DAVI É CONSTITUÍDO REI
   1. Três motivos para sua escolha. Ninguém é colocado em uma posição apenas por acaso; tem de haver algum mérito para isso. Davi foi aclamado por toda a tribo de Israel (norte) e ungido rei por três razões. Primeiramente, ele preenchia todas as condições da realeza, o que prontamente excluía a possibilidade de uma liderança estrangeira (Dt 17.15), pois era irmão da nação (1 Cr 11.1). O segundo motivo para escolher Davi foi devido à sua liderança militar (1 Sm 18.16). O terceiro motivo estava pautado em uma promessa da parte de Deus, de que o trono entregue a Davi seria levantado tanto sobre Israel quanto sobre Judá (2 Sm 3.10).
    2. Davi como pastor e chefe. Na Bíblia, a figura do pastor de ovelhas serve para descrever os governantes de Israel. Está escrito que Davi deveria agir como chefe e pastor do rebanho. Na qualidade de chefe (heb. nagid), ele seria um capitão, príncipe, líder; como pastor (heb. ro`eh), ele cuidaria, apascentaria; ele se revelaria um amigo especial (do heb piel). Assim, Deus zelava pelo seu povo (Sl 23; 77.20).
    Estava claro que para Davi ter um reinado consolidado bastava apenas ser um líder, um pastor amoroso, não um déspota ou um tirano. O apóstolo Pedro diz que o pastor deve pastorear o rebanho sem qualquer exibição de domínio, mas sendo o exemplo do rebanho (1 Pe 5.3). Paulo disse que não queria dominar a fé de ninguém, antes, desejava ser cooperador da alegria de cada cristão (2 Co 1.24).
    3. Entrando em aliança com o povo. Ninguém consegue fazer alguma coisa sozinho. Tendo qualidades de bom guerreiro e de bom líder, Davi não poderia governar sem o povo, portanto precisava fazer aliança com todos para ter um reino bem fortalecido. Observe que a aliança que ele firma tem características pastorais, não monárquicas; por isso, foi ungido rei sobre Israel e todos prometeram lealdade ao novo rei (2 Sm 8.10-18; 2 Rs 11.17; 1 Cr 11.3).
 
SÍNTESE DO TÓPICO I
A constituição de Davi como rei se deu porque, primeiro, ele preenchia as condições da realeza; segundo, tinha liderança militar; terceiro, estava pautado numa promessa de Deus.
 


SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Neste primeiro tópico é possível trabalhar melhor as habilidades pessoais que Davi tinha e que foram determinantes em seu reinado. Destaque para a classe as características pessoais que o faziam ter condições de ocupar o reinado (ora, Davi não era estrangeiro, mas da tribo de Judá); ele apresentou uma liderança militar ao recrutar soltados para o seu apoio, principalmente, na Caverna de Adulão; era uma pessoa contrita diante de Deus, pois não tardava em buscá-lo; seu estilo fez com que fosse visto como um pastor do povo, um chefe muito próximo. Além disso, ele fez aliança com o povo de Israel para garantir a unidade do seu reinado.
Assim, trace um pouco do perfil do rei Davi conforme a exposição do primeiro ponto deste tópico.
 
II. A CONSOLIDAÇÃO DO REINO DE DAVI
    1. A edificação de Jerusalém. Tão logo é ungido rei, Davi se lança ao trabalho. O primeiro intento é tornar sua capital forte e bela. Sua corte e família tornaram-se grandes e notáveis (2 Sm 3.2,5; 5.13-16).
Davi trouxe grandes mudanças ao povo israelita. Quanto a Jerusalém, ele a considerava algo particularmente seu, pois fora conquistada sob a sua liderança. Nesse caso, ela era vista como um espólio próprio. Davi entra logo em luta contra os filisteus para expulsá-los. Sendo ele um líder bem preparado, conhecedor das táticas dos seus opositores, busca a orientação divina e parte para a batalha, ferindo por duas vezes os filisteus. Com a presença de Deus na vida, Davi consegue derrotar seus inimigos e controlar suas fronteiras, mantendo-os sob seu poder.
     2. As reformas religiosas. O capítulo 6 de 2 Samuel trata da ação de Davi em busca da Arca para Jerusalém. O sentimento que o envolve revela grande respeito pelas coisas de Deus, enquanto o rei Saul era insensível para com o sacerdócio. Dentre outras coisas, Davi valorizava tudo aquilo que estava relacionado às ordenanças divinas. Ele respeitava o sacerdócio, a Arca, e procurava preservar toda essa herança espiritual, inclusive elevá-la.
    É bom levar em consideração que Davi não tencionava apenas fazer de Jerusalém uma capital religiosa para manter o povo leal a si; não se tratava de estratégia política. Davi era um homem que amava as coisas de Deus. Nas cerimônias religiosas, ele se entregava para adorar ao Senhor, o que por vezes, para alguns, causava escândalo, como o foi para Mical (2 Sm 6.20). Mas procedia assim porque desejava exaltar o seu Deus.
     3. A suprema aliança davídica. Quem profetizou sobre a aliança davídica foi Natã. Assim como Deus falara que abençoaria a família de Abraão, não seria diferente com Davi; ele e sua família teriam um grande nome (2 Sm 7.1-15). Podemos ver que três coisas importantes iriam caracterizar a aliança davídica:
a) a firmeza da sua família na terra;
b) seus sucessores teriam a presença de Deus; e
c) uma dinastia eterna (2 Sm 7.11-16).
 
SÍNTESE DO TÓPICO II
A consolidação do reinado de Davi passa pela edificação de Jerusalém, pelas reformas religiosas e de sua aliança com todo o povo.
 
SUBSÍDIO HISTÓRICO – CULTURAL
Um pouco da monarquia antes do reinado de Davi: “O surgimento da monarquia sob Saul fez pouco para curar a crescente brecha entre Judá e as tribos do norte. Durante o seu reinado, o abismo entre as tribos tomava proporções consideravelmente grandes. Por exemplo, o historiador aponta que, quando Saul fez uma convocação geral para livrar Jabes-Gileade de Amom, trezentos mil homens vieram de Israel, mas apenas trinta mil de Judá (1 Sm 11.8). Quando realizou a campanha contra os amalequitas, Saul contou ‘duzentos mil homens de pé, e dez mil homens de Judá” (1 Sm 15.4). Os números são reveladores, mostrando que Judá proveu um número bastante reduzido de soldados em comparação com Israel, um fato comprometedor para a própria Judá, uma vez que os amalequitas viveram por muitos anos em sua fronteira ao sul. Estaria Judá mostrando sinais de uma postura anti-Saul? Além disso, depois de Davi ter matado o gigante Golias, ‘os homens de Israel e Judá’ perseguiram os filisteu (1 Sm 17.52) e, quando Davi foi colocado na corte de Saul, ‘todo o Israel e Judá amava a Davi’ (1 Sm 18.16). Está claro que Israel e Judá eram tidos como duas entidades particulares que seguiam seus interesses separadamente” (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento:O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.239,40). Com o reinado de Davi essa realidade mudou.
 
III. A GRANDEZA POLÍTICA DO REINADO DE DAVI
    1. As realizações militares. Nas Escrituras, há registros das diversas ações militares de Davi (2 Sm 8.1-14). Muitos denominam esse texto de “o Davi que ataca”. Note que a tônica dos versículos é sobre os verbos “feriu”, “sujeitou”, “matou”, “tomou”. Sua ação começa com o desbaratamento dos filisteus, mas vai se alastrando até fazer fronteira com outros povos, já nos limites de Israel. A lista de povos vencidos inclui: filisteus, moabitas, sírios, edomitas.
      Não demorou para que importantes possessões gentílicas estivessem sob o controle de Davi. Como é maravilhoso ter um líder cujo coração e força são dominados pelo Senhor! Deus deseja levantar líderes segundo o seu coração!
   2. As administrações de Davi. Foram muitas as mudanças realizadas por Davi, que o fizeram destacar-se no campo militar, político, administrativo e religioso. Lendo o capítulo 8.15-18 e 20.23-26, observamos como Davi fez importantes mudanças na área administrativa.
    No comando de suas tropas, estava à frente Joabe; havia uma guarda real, um superintendente da corveia, que lidava com os estrangeiros. No campo religioso, Davi tinha dois sacerdotes: Zadoque e Aimeleque (2 Sm 8.17); um cronista, um escrivão (1 Cr 24.3), os quais eram responsáveis pelos registros e documentos do Estado, dentre outras nuanças administrativas.
    Esse corpo administrativo não era autônomo; todos agiam com a permissão do rei e, por ele, eram supervisionados; cada setor só poderia agir ou fazer algo com a anuência dele. Davi procurou montar um setor administrativo que o pudesse auxiliar no seu reinado.
    O sucesso de um obreiro depende de oração, pregação, ensino, mas também de saber administrar com eficiência as coisas de Deus; para isso são chamados (Tt 1.5). Paulo diz que dois tipos de obreiro precisam ser bem remunerados: os que se afadigam na Palavra e os que administram bem (1 Tm 5.17).
   3. O culto público. Davi fez consideráveis mudanças no culto público. Os sacerdotes eram Zadoque e Aimeleque (2 Sm 8.17). Crê-se que Abiatar já estivesse aposentado (2 Sm 15.24). Historicamente, pode-se entender que, no aspecto religioso, as cerimônias desenvolveram-se com a família sacerdotal de Arão. Davi faz tais mudança, porque tinha interesse pelo culto; ele o faz com todo cuidado, amor e reverência, tendo sempre como objetivo a maior glória de Deus. Veja o relato completo das realizações litúrgicas de Davi em 1 Crônicas 23.1-30.
    A organização do culto é algo que deve ser pensado com todo cuidado, pois os que o fazem de qualquer jeito, por vontade própria, sem a prescrição das normas divinas, poderão sofrer consequências da parte de Deus. Foi o que aconteceu com Nadabe e Abiú, que, querendo fazer culto por conta própria, foram fulminados pelo fogo do Senhor (Lv 10.1,2).
 
SÍNTESE DO TÓPICO III
As realizações militares, as administrações de Davi e as mudanças no culto público demonstram a grandeza política do reinado davídico.
 
SUBSÍDIO HISTÓRICO – CULTURAL
“É quase certo que durante esse período (980-976) Davi tenha dado início ao seu programa de construções (2 Sm 5.9-12), o que incluiria, depois de tudo pronto, os planos para edificação do templo. É óbvio que no reino de Davi houve construções, palácios e edifícios públicos; porém, os envolvimentos com a expansão do império e os acontecimentos que assolavam sua família impediram a infra-estrutura impressiva característica de um monarca de sua estatura. A reconciliação com Absalão deu-lhe a oportunidade esperada, que era transformar a cidade de Jerusalém no centro religioso e político” (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento:O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.277).
 


CONCLUSÃO
O reinado de Davi, e de seu filho, Salomão, ficou conhecido como a era de ouro de Israel. Mas na verdade, o rei Davi sabia que a fonte verdadeira de toda a grandeza do reino vinha de Deus: “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (1 Cr 29.14).
 
PARA REFLETIR
A respeito de “O Grande Reinado de Davi”, responda:
 
1. Por quais razões Davi foi aclamado rei?
Davi foi aclamado por toda a tribo de Israel (norte) e ungido rei por três razões. A primeira, ele preenchia todas as condições da realeza; a segunda, sua liderança militar; a terceira, uma promessa da parte de Deus de que o trono seria entregue a Davi.
 
2. O que estava claro para Davi?
Estava claro que para Davi ter um reinado consolidado bastava apenas ser um líder, um pastor amigo, não um déspota ou um tirano.
 
3. Qual o primeiro intento de Davi após ser ungido rei?
O primeiro intento é tornar sua capital forte e bonita.
 
4. Dentre outras coisas, o que Davi valorizava?
Dentre outras coisas, Davi valorizava tudo aquilo que estava relacionado às ordenanças divinas.
 
5. Quais os sacerdotes que serviriam no reinado de Davi?
Os sacerdotes que estarão servindo são Zadoque e Aimeleque (2 Sm 8.17). 
 
fonte:cpad

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