02/06/2019
TEXTO DO DIA
“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição.” (1 Ts 4.3)
SÍNTESE
Deus deseja que o seu povo se abstenha de toda e qualquer forma de impureza.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Lv 18.6 O Senhor proíbe o relacionamento sexual entre parentes
TERÇA – Lv 18.22 A homossexualidade é condenada
QUARTA – Rm 1.27 Paulo censura a homossexualidade
QUINTA – 1 Co 9.27 Subjugando os desejos do corpo, da carne
SEXTA – 1 Ts 4.3 A vontade de Deus é a nossa santificação
SÁBADO – 1 Ts 4.4,5 O cristão não deve ter o mesmo estilo de vida da sociedade secular
OBJETIVOS
• CONSCIENTIZAR da necessidade de um modo de vida santificado;
• MOSTRAR que fomos chamados para sermos santos
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo vamos estudar um texto do Pentateuco, Levítico. O texto faz parte de uma unidade conhecida como o Código da Santidade. Veremos que o povo hebreu foi escolhido para fazer uma aliança com Deus, tornando-se um padrão de santidade para todas as nações. Como povo escolhido do Senhor eles não poderiam concordar e nem praticar as mesmas imoralidades dos povos vizinhos. Na atualidade, como povo de Deus, também não podemos ter o mesmo estilo de vida da sociedade secular
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A homossexualidade é um tema pouco abordado na igreja, mas está presente em nossa sociedade. O relacionamento sexual entre pessoas do mesmo sexo é conhecido como “homossexualismo” . Freud no século XX tratou como um desvio no desenvolvimento sexual, uma anormalidade funcional do ser humano. Até 1973, o conceito de doença física ou de ordem mental foi mantido. Todavia, neste ano, a Associação Psiquiátrica Americana (APA) desconsiderou a homossexualidade como uma patologia e passou a considerá-la como uma orientação sexual. Assim, para a sociedade o conceito depende de uma construção sociocultural. No entanto, na Bíblia essa prática sempre foi condenada. Essa abordagem é importante para a lição.
TEXTO BÍBLICO
Levítico 18.6-18
6 Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne para descobrir a sua nudez. Eu sou o SENHOR.
7 Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe; ela é tua mãe; não descobrirás a sua nudez.
8 Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai.
9 A nudez de tua irmã, filha de teu pai ou filha de tua mãe, nascida em casa ou fora da casa, a sua nudez não descobrirás.
10 A nudez da filha do teu filho ou da filha da tua filha, a sua nudez não descobrirás, porque é tua nudez.
11 A nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai (ela é tua irmã), a sua nudez não descobrirás.
12 A nudez da irmã de teu pai não descobrirás; ela é parenta de teu pai.
13 A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás, pois ela é parenta de tua mãe.
14 A nudez do irmão de teu pai não descobrirás; não te chegarás à sua mulher; ela é tua tia.
15 A nudez de tua nora não descobrirás; ela é mulher de teu filho; não descobrirás a sua nudez.
16 A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão.
17 A nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás; não tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua filha, para descobrir a sua nudez; parentas são: maldade é.
18 E não tomarás uma mulher com sua irmã, para afligi-la, descobrindo a sua nudez com ela na sua vida.
1 Tessalonicenses 4.3-5
3 Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição,
4 que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra,
5 não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.
INTRODUÇÃO
Na lição desse domingo, estudaremos o texto bíblico do livro de Levítico, conhecido como Código da Santidade. Ele foi entregue por Moisés e prescrito pelo Senhor a fim de orientar o relacionamento sexual e o comportamento moral das famílias hebreias. Neste texto, são abordadas algumas práticas errôneas e condenadas pelo Senhor. Contudo, algumas delas se repetem nas famílias da sociedade atual. Também veremos a orientação do apóstolo Paulo a respeito da santidade no casamento, na vida familiar. Veremos que Deus é santo e continua a exigir santidade dos seus filhos.
I – UM MODO DE VIDA SANTIFICADO
1. Uma visão panorâmica de Levítico. O livro de Levítico foi escrito por Moisés e apresenta dois temas importantes e que se sobressaem: A expiação, procedimentos sacrificiais que dizem respeito à remoção do pecado e restauração da comunhão com Deus e a santidade. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, esse livro foi escrito para “instruir os israelitas acerca do acesso a Deus por meio do sangue expiador e para mostrar o padrão divino, da vida santa, que deve ter o povo escolhido de Deus”. Para o nosso estudo, vamos focar na santidade
O texto bíblico da lição demonstra o cuidado de Deus para com a vida moral e familiar do seu povo. O Senhor estabeleceu uma aliança com os hebreus e essa aliança exigia santidade e compromisso a fim de que os outros povos pudessem ter o conhecimento do Senhor. Por isso, encontramos no Pentateuco várias exortações para que os israelitas não se misturassem com os demais povos, em especial, com suas práticas. Deus não mudou e Ele continua a exigir do seu povo uma vida de santidade, separação do mundo e das suas práticas.
2. É proibido o relacionamento sexual entre familiares (vv. 6-18). Os israelitas tinham um estilo de vida nômade, cada tribo formava um clã, unidades sociais conhecidas como a “casa paterna”, que incluía entre três a cinco gerações e dezenas de pessoas com laços consanguíneos convivendo juntas. Muitos parentes moravam juntos em um mesmo espaço. Por isso, esse estilo de vida precisava de regras, limites para se evitar comportamentos maléficos, pecaminosos, inclusive na área sexual.
O texto de Levítico 18.6-18 lista uma série de proibições dadas ao chefe, cabeça do grupo familiar. O líder do clã tinha a responsabilidade de fazer cumprir as advertências divinas e quando não, tomar as devidas providências. Levítico 18.6-18, aliado a outros textos, como por exemplo, Levítico 20.10-21 e Deuteronômio 23.1-25, fornecem uma lista de proibições em relação às práticas sexuais ilícitas, como por exemplo, o ato sexual com alguém do mesmo sexo. Tais práticas eram abominação ao Senhor, e o povo de Deus não poderia jamais aceitar os padrões e as práticas dos povos vizinhos.
3. A proibição de relações sexuais de origem ritual (vv. 19-24). Na antiguidade existia uma relação muito forte entre a prática sexual e os rituais religiosos, em especial nos ritos de fertilidade, visando a bênção sobre as estações, as colheitas e os rebanhos. Nos rituais de fertilidade, os cananeus sacrificavam criancinhas ao deus chamado Moloque (Lv 20.2-5). Tais práticas eram abomináveis ao Senhor. Outra prática religiosa detestável para Deus era a homossexualidade, e quem praticasse qualquer tipo de união abominável seria extirpado do povo (Lv 18.29). Em o Novo Testamento a homossexualidade também é condenada (Rm 1.27-32). É importante ressaltar que a reprovação bíblica é para a prática, o que não significa a rejeição das pessoas que as praticam. Deus sempre deixa o caminho aberto para todos que se arrependem dos seus pecados e desejam se aproximar dEle para santificar sua vida.
Pense!
Jovem, você tem buscado as prescrições bíblicas para a santificação?
Ponto Importante
Deus abomina toda forma de sexualidade que foge ao padrão determinado em sua Palavra.
II – FOMOS CHAMADOS PARA SERMOS SANTOS
1. Diga não ao adultério (Lv 18.20). O adultério é condenado tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A palavra “adultério” vem do latim adulterium e significa literalmente “dormir em cama alheia”. Pode ser definido como o relacionamento sexual entre uma pessoa casada com outra que não seja seu cônjuge. Na atualidade, alguns podem até achar tal prática “normal”, mas a Palavra de Deus nos diz: “Não adulterarás (Êx 20.14; Dt 5.18). A advertência bíblica contra o adultério vai além do relacionamento extraconjugal, pois trata de uma proibição de toda a forma de prostituição, toda concupiscência, pensamentos impuros e lascivos (Mt 5.27,28). Tal ato, além de ofender a Deus e transgredir seus Mandamentos, é uma ofensa para toda a família e traz prejuízos, danos morais e espirituais para todos. A pena para esse delito era bem severa: a morte (Lv 20.10; Dt 22.22), pois, o objetivo de tal advertência e punição era resguardar a vida familiar.
Antes de decidir se casar com alguém, ore, jejue, busque a direção do Senhor, pois Ele espera de todos os seus filhos, que desejam se unir em casamento, uma vida de fidelidade e santidade.
2. Diga não à prostituição. Dois termos são utilizados para definir as relações sexuais ilícitas, o substantivo porneia e o verbo moicheia. Esses termos aparecem nas Escrituras Sagradas para designar toda a sorte de impureza sexual, como por exemplo, orgia (Nm 25.1; 1 Co 10.8), incesto (1 Co 5.1) e práticas homossexuais (Jd 7). O termo porneia às vezes também é traduzido por adultério. Já o verbo moicheia é usado especificamente para indicar adultério. Ele nunca é aplicado à prostituição. Logo o substantivo porneia não tem um significado muito específico, portanto é utilizado de forma genérica para identificar várias práticas de promiscuidade sexual, enquanto o substantivo moicheia é utilizado de forma mais específica para identificar o adultério.
As Escrituras Sagradas empregam os termos, porneia e moicheia, de forma metafórica com o objetivo de descrever a infidelidade dos israelitas para com o Senhor (Ez 16.31b; Os 3.1).
3. Diga não ao homossexualismo. Deus abomina a prática homossexual e tal prática no Antigo Testamento era punida com a morte (Lv 18.22; 20.13) e é proibida em toda a Escritura Sagrada (Rm 1.24-28; 1 Tm 1.10). Na Nova Aliança, o assunto é tratado na esfera espiritual, por isso quem comete tal prática não sofre a pena capital, mas caso não se arrependa e deixe tal prática não poderá herdar a salvação (1 Co 6.10). Todos são alvos do amor de Deus (Jo 3.16) e do nosso respeito e consideração, mas nós não concordamos e não aceitamos a prática homossexual, pois fere os princípios da Palavra de Deus. Também não podemos nos esquecer de que a recomendação de Jesus era e é: “Vai-te e não peques mais” (Jo 8.11).
4. Diga não ao pecado. Na Primeira Epístola aos Tessalonicenses, no capítulo quatro, versículo três, Paulo afirma que a vontade de Deus para o seu povo é a santificação. Quando aceitamos Jesus como nosso único e suficiente Salvador, somos imediatamente justificados diante de Deus. Porém, a santificação, que vem em seguida à conversão, não é instantânea, mas um processo contínuo. Caso contrário, não haveria motivo para Paulo exortar os tessalonicenses quanto à vontade de Deus, que é a nossa santificação. O apóstolo identifica e mostra em quais áreas os crentes tessalonicenses haviam falhado no processo de santificação. Ele faz uma advertência em relação à vida familiar ao afirmar que é preciso “possuir o seu vaso em santificação” (1 Ts 4.4,5). Existem duas interpretações possíveis nesta afirmação paulina: a primeira diz que “vaso” é o corpo do cônjuge (1 Pe 3.7) e a segunda, que é o seu próprio corpo (Rm 6.13; 1 Co 9.27). No primeiro caso, fica evidente que o fato de estar casado não dá plena liberdade para se ter um relacionamento sexual com o cônjuge sem observar os preceitos e os padrões divinos de santidade. O relacionamento conjugal deve ser com entendimento, respeito e devida honra. Muitos, infelizmente, depois de casados, tratam o seu marido ou esposa, como se fosse um mero objeto de prazer pessoal. A segunda interpretação afirma ser a entrega do corpo, que foi separado para Deus, para cometer imoralidade fora do casamento.
Jovem, você que deseja se casar precisa estar consciente de que no casamento deve haver respeito, dignidade e amor, a fim de que sejamos santos e irrepreensíveis em toda a nossa maneira de viver, aguardando a volta do Senhor Jesus Cristo.
Pense!
Deus deseja que você seja santo em todas as áreas da sua vida.
Ponto Importante
A Palavra de Deus prescreve orientações quanto ao relacionamento conjugal, pois o cônjuge deve respeitar a dignidade do outro para uma vida saudável, santa e feliz.
Todos são alvos do amor de Deus (Jo 3.16) e do nosso respeito e consideração, mas nós não concordamos e não aceitamos a prática homossexual, pois fere os princípios da Palavra de Deus.
SUBSÍDIO 1
“A santificação é a vontade de Deus (v. 3) O termo grego empregado para santificação é agiasmos, que significa tanto ‘consagração’, ‘separação’, ou ‘santificação’ propriamente dita. Santificação é um processo pelo qual o crente em Jesus se torna santo, dedicado, separado para Deus. Ao aceitar a Cristo num ato, o convertido é tornado santo, pela lavagem da regenaração do Espírito Santo (Tt 3.5), por meio da Palavra de Deus (Ef 5.26). A santificação é, ao mesmo tempo, um ato (na conversão), e um processo gradual, contínuo, na vida cristã, que leva o crente a aperfeiçoar o seu caráter espiritual, fazendo-o participante da naturea divina (cf. 2 Pe 1.4; ver 2 Ts 2.13; Rm 6.19,22; 14 Co 1.30; 1 Tm 2.15; 1 Pe 1.2). Sem a santificação jamais algúem verá a Deus (Hb 12.14). Como santo, ele tem de viver no mundo, mas não pode ter comunhão com o mundo. Jesus disse: ‘Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece’ (Jo15.19). O verdadeiro santo é aborrecido do mundo. Assim, a santificação é a vontade de Deus, ou o escopo de Deus, na salvação do pecador. Paulo desejava que isso ficasse bem claro na mente dos irmãos tessalonicenses: ‘Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição’” (RENOVATO, Elinaldo. 1 e 2 Tessalonicenses: Vida Santa até a Volta de Cristo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 75).
SUBSÍDIO 2
“Libertando os membros do corpo do domínio do pecado A intimidade com Cristo leva a uma mudança de mentalidade, em que as coisas que agradam a Deus é que passam a orientar a vontade e as atitudes do crente. No nosso corpo físico, os membros atendem aos comandos do cérebro (mente). No sentido espiritual acontece o mesmo, pois, uma vez tendo a mente de Cristo por meio da renovação do nosso entendimento, esta mente conduz a emoção, à vontade e os membros do corpo físico. A pessoa que tem a mente de Cristo discerne as coisas espirituais, mesmo no mundo material, e usa os membros do corpo a serviço da justiça (2 Co 2.14-15). O ‘velho homem’ tinha uma mente insubmissa ao Espírito Santo, além de estar entregue ao domínio do pecado. O salvo, porém, submete sua mente ao controle do Espírito Santo. Assim, a paz de Deus, que excede todo entendimento guarda seu coração e seus sentimentos (Fp 4.6-7) e, consequentemente, conduz seus membros para a prática da justiça” (NEVES, Natalino das. Justiça e Graça: Um Estudo da Doutirna da Salvação na Carta aos Romanos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 92).
ESTANTE DO PROFESSOR
RENOVATO, Elinaldo. 1 e 2 Tessalonicenses: Vida Santa até a Volta de Cristo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
CONCLUSÃO
Deus é santo e exige santidade do seu povo. Por isso, devemos fugir de toda e qualquer forma de prostituição, impureza, vivendo de forma irrepreensível até a vinda de Jesus Cristo.
HORA DA REVISÃO
1. Quais os dois temas mais importantes do livro de Levítico?
A expiação, procedimentos sacrificiais que dizem respeito à remoção do pecado e restauração da comunhão com Deus e a santidade.
2. Qual o objetivo do livro de Levítico?
Esse livro foi escrito para “instruir os israelitas acerca do acesso a Deus por meio do sangue expiador e para mostrar o padrão divino da vida santa que deve ter o povo escolhido de Deus”.
3. Qual é o foco de Levítico 18.6-18?
Levítico 18.6-18 lista uma série de proibições dadas ao chefe, cabeça do grupo familiar.
4. Segundo a lição, qual a definição de adultério?
A palavra adultério vem do latim adulterium e significa literalmente “dormir em cama alheia”. Pode ser definido como o relacionamento sexual entre uma pessoa casada com outra que não seja seu cônjuge.
5. Quais os dois termos utilizados na Bíblia para definir relações sexuais ilícitas?
Dois termos são utilizados para definir as relações sexuais ilícitas são porneia e moicheia.