O Julgamento das Nações O Juízo das Nações Vivas

(O Vale de Josafá)
“ Movam-se as nações, e subam ao vale de Josafá; porque
ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor”
(J1 3.12).
Após os sete anos de angústia, Cristo descerá para terminar
com a guerra do Armagedom e, após aprisionar o
Anticristo e seu falso profeta (Ap 19.20), jogando-os no ardente
Lago de Fogo, nosso Senhor seguirá direto para o
“ vale de Josafá” , onde segundo nos é dito, terá início o julgamento
daquelas nações que sobreviveram àquelas catástrofes
já mencionadas.
Há entre os estudiosos da Bíblia grande discrepância
quanto ao juízo discriminado aqui, em Joel 3 e Mateus 25.
Para alguns comentaristas Joel 3.12 focaliza o “ Juízo Final”
que, terá início aqui e se consolidará em Apocalipse
20.11-15.
Para outros, porém (o que nós aceitamos), trata-se do
“Juízo das Nações” logo após a Grande Tribulação e imediatamente,
seqüenciado pelo Milênio.12
Este julgam ento, como já ficou esclarecido, não é 0
julgamento do “ Grande Trono Branco” (ver notas expositivas
sobre isso em “ O Juízo F inal” – cap. 19) e, sim. daqueles
“ …que restaram de todas as nações que vieram contra
Jerusalém …” (Cf Zc 14.16); m as que, sem dúvida, incluirá
também aquelas nações que durante séculos reconheceram
Israel como nação do Senhor (SI 122.6; Mt
25.40).
a. Onde será? Este julgamento das nações vivas se dará
no “ Vale de Josafá” (J1 3.2 e ss), que profeticam ente é
tam bém chamado de “ O Vale da Decisão – decisão do Senhor”
(J1 3.14).
“ O Vale de Josafá” encontra-se hoje literalm ente
guarnecido de túm ulos de judeus e m aom etanos. Está
transform ado assim, no mais antigo e maior cemitério judeu
do mundo.
M uitos judeus chegam a Jerusalém para nela morrer e
serem sepultados perto do Vale de Josafá onde, acreditase,
terão lugar a Ressurreição e 0 Juízo Final (cf. J1 3.1,2).
Cristãos e muçulm anos com partilham da mesma
crença e seus túmulos estão situados no lado ocidental do
Vale.
Seu nome atual é Wady Siti Miriam. É formado pelo
Ribeiro de Cedrom (Jo 18.1) do lado oriental da cidade de
Jerusalém . O1″)
1) Jesus deve tê-lo cruzado inúm eras vezes, ou quando
se dirigia ao Templo através do Portão de Ouro, ou ao subir
o M onte das Oliveiras onde costum ava pernoitar no
Getsêmani ou em Betânia. na casa de seu amigo Lázaro.
Com toda certeza, passou por este Vale na memorável
quinta-feira, quando, do Cenáculo, foi com seus discípulos
para o Getsêm ani e, mais tarde, em sentido contrário,
quando traído e depois conduzido para a casa do sumo sacerdote
Caifás.
2) No Vale de Cedrom encontram -se quatro antiquíssimas
sepulturas, tidas como sendo as de Absalão, Josafá,
Tiago e Zacarias.(111) O estilo arquitetônico destes túmulos
dem onstra que eles são de um período mais antigo que o
helenístico e que, provavelmente, teriam sido construídos
por famílias de Jerusalém.
Dada a tradição judaica de que ali se dará o Juízo Final,
o Vale de Josafá tem se transformado numa grande
necrópole onde tantos judeus como muçulmanos e cristãos
aspiram ser enterrados.(112)
3) Embora o Vale de Cedrom tenha sido identificado
como o Vale de Josafá desde 0 quarto século da nossa era;
contudo, não se sabe perfeitamente porque teve esta origem,
a não ser aquilo que se depreende dos textos e contextos
que trazem o seu nome.
Alguns opinam que, talvez em razão de o rei Josafá ter
conseguido uma grande vitória sobre Amom e Moabe no
deserto ao sul da Judéia, essa vitória se tenha tornado figurativa
do juízo que Deus aplicará por meio de Jesus Cristo
contra os adversários de Israel.
Outros porém opinam que isso se deu por motivo de
sua sepultura ter sido ali.
b. Quando será? O juízo das nações vivas descrito em
Mateus 25.31-46, dar-se-á no fim da Grande Tribulação,
que terminará com a vinda gloriosa de Cristo em glória
(Parousia). O profeta Daniel descreve a cronologia destes
acontecimentos.
“ E desde o tempo em que o contínuo sacrifício foi tirado,
e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos
e noventa dias. Bem-aventurado o que espera e chega até
mil trezentos e trinta e cinco dias” (Dn 12.11,12).
A Grande Tribulação, que sé prolongará por sete anos,
terá sua parte mais cruel na sua segunda metade (três anos
e meio), compreendendo a parte final da semana profética
de Daniel (Dn 9.24-27; Mt 24.15,21). Seu ponto marcante
dar-se-á com a vitória do arcanjo Miguel sobre os exércitos
sombrios de Satanás (Dn 12.1; Ap 12.7 e ss), e terminará
com a ressurreição corporal dos santos mártires da Grande
Tribulação (Ap 20.4).
Embora o período final deste tempo de angústia tenha
a duração de apenas 1260 dias (três anos e meio), menciona-se
um período adicional de mais 35 dias para a purificação
e restauração do Templo (Dn 12.11). E ainda outro
período de 45 dias antes que seja experimentada a plena
bênção do Reino Milenar (Dn 12.12).
c. Ora, numa divisão geral dos números que temos
nesta seção, 0 resultado é o seguinte:
Primeiro: Um período de 1260 dias (três anos e meio)
até a destruição e prisão da Besta e seu consorte (Dn
12.7,11; Ap 19.19,20).
Segundo: Um período de 1290 dias (Dn 12.12), acrescentando-se
30 dias.
Terceiro: Um período de 1335 dias. Está escrito em
Mateus 24.22, que, “ …se aqueles dias (1335) não fossem
abreviados (para 1260 dias), nenhuma carne se salvaria;
mas, por causa dos escolhidos (os judeus), serão abreviados
aqueles dias” . Devemos ter em mente 0 significado da
frase: “ abreviados” e deduzir o sentido do argumento.(11 )
Tomando-se 0 início da metade da semana profética
de Daniel 9, a Grande Tribulação terminará no final dos
1260 dias (parte final dos sete anos).
Durante os 30 dias que se seguem, se dará exatamente
0 Juízo das Nações vivas, conforme temos aqui nesta seção.
No período dos 45 dias restantes, a terra passará por
uma purificação, para que tenha lugar, o início do Reino
Milenar.(1″)

fonte: Ecatologia Severino Pedro da Silva

2 comentários

  1. Essa sua visão do julgamento das nações vivas é a mesma que os crentes pentecostais têm?

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