IGREJA PRESBITERIANA – IPB

 

Coube-me a responsabilidade e o privilégio de apresentar uma informação sobre a Igreja Presbiteriana do Brasil, emergida da Reforma Religiosa do Século XVI. Mais especificamente surgiu da Tradição Reformada (no Continente) ou Presbiteriana (na Escócia), que em virtude de pressões sociais passou à América do Norte, no Século XVII, e daí ao Brasil, no Século XIX.

 

A Igreja Presbiteriana do Brasil tem como marco inicial, a chegada de Ashbel Green Simonton ao Rio de Janeiro, no dia 12 de agosto de 1859.

 

Franceses reformados, ainda em vida de João Calvino, tinham tentado se estabelecer na mesma cidade do Rio, sob a chefia de Nicolau Villegagnon, mas esse esforço fracassara.

 

Simonton estava sendo enviado pela Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América, através da “Board of New York”.

 

Esse pioneiro mostrou-se muito capaz. Nos oito anos de vida no Brasil, conseguiu dominar a língua do país de sua missão, fundou a Igreja Presbiteriana do Rio, o Presbitério do mesmo nome, publicou um jornal – “A Imprensa Evangélica”, e instalou o chamado “Seminário Primitivo” do Rio.

 

George Chamberlain, um dos companheiros de Simonton, mostrou-se igualmente amigo de uma fé esclarecida. Fundou em São Paulo, não somente uma igreja, mas também uma escola, a saber “Escola Americana” – gérmen da Universidade Mackenzie.

 

A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (do sul), através do chamado “Committee of Nashville”, enviou para Campinas, Estado de São Paulo, a dupla George Morton e Eduardo Lane, onde fundaram a Igreja e o “Colégio Internacional”, gérmen do Instituto

Gammon, em Lavras, Minas Gerais, bem como a Escola Superior de Agricultura, hoje sob a responsabilidade do Governo Federal.

 

O referido Colégio foi a primeira instituição de ensino norte-americano na América Latina, introduzindo assim uma metodologia diferente.

 

Sem entrar em pormenores quanto a essa renovação, convém ressaltar o cunho de equilíbrio, intelecto, emoção e ação, que caracteriza o pensamento “reformado”, ou seja “calvinista”. Esse equilíbrio fundamenta na Igreja o governo “representativo”, em contraste com o “episcopal” e o “congregacional”.

 

Calvino foi um dos fundadores da Democracia.

 

Foi também um dos fundadores do capitalismo, conforme o declarou Max Weber, sociólogo judeu-cristão. Não pregou capitalismo selvagem a que a ambição humana levou a livre empresa, mas capitalismo da justiça social. O trabalho é vocação de Deus, o estilo de vida deve ser simples; é lícito poupar e investir, mas não o explorar.

 

Recentemente, no Congresso Nacional em Brasília, o Senhor Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, Rev. Guilhermino Cunha, fez o seguinte pronunciamento:

 

“A Igreja Presbiteriana do Brasil, desde o Brasil Império, 1859, está atuando em terras brasileiras, deixando marcas      profundas nas áreas da educação, da cultura, das artes, da ciência e, acima de tudo, contribuindo para a   transformação moral e espiritual do nosso povo, através da pregação do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O   ser humano nunca mais será o mesmo após um encontro com Cristo. De fato, “se alguém está em Cristo, é uma      nova criatura, as coisas antigas já passaram, eis que se fizeram novas todas as coisas”. Só podemos construir um   Brasil novo, a partir de um homem novo.”

 

A História da Educação no Brasil registra os nomes de alguns educadores de alto gabarito, todos introdutores de sólidas reformas e campeões de renovação editorial, cada um na sua matéria.

 

Damos apenas o nome dos autores e dos títulos dos livros que os celebrizaram:

 

PEREIRA, Eduardo Carlos – Gramática Expositiva – Companhia Editora Nacional – 2ª Edição – 1909.

 

MOTTA, Otoniel – O Meu Idioma – 2ª Edição – 1917 – Wis Flog, depois Companhia Editora Nacional. Lições de Português – 3ª      Edição – 1918.

 

BRAGA, Erasmo Carvalho – Série Braga – Leitura I, II, III – Companhia Editora Nacional (representada por Lourenço Filho).

 

TRAJANO, Antônio – Álgebra Elementar – Livraria Francisco Alves, Rio – 15ª Edição – 1932 e 140a Edição – 1964

 

CARVALHOSA, Modesto R. B. de – Escrituração Mercantil – (adotada no Mackenzie) – 5ª Edição – 1918.

 

Todos esses autores eram ministros de Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), herdeiros da fé proclamada por Simonton.

 

A IPB se faz presente, não só por escolas, que disseminam a cultura, mas também por hospitais que recuperam a saúde.

 

“Na área da Saúde e da Ação Social, temos 5 (cinco) grandes Hospitais Presbiterianos servindo ao povo brasileiro: em Londrina, no Paraná, Rio Verde e Anápolis, em Goiás, Dourados, em mato Grosso do Sul, e em Patrocínio, Minas Gerais. Sem falar no Hospital Porta da Esperança que serve aos índios Caiuás e Terenos, e nos chamados Hospitais Evangélicos espalhados por este imenso País, nos quais nós, presbiterianos, temos significativa parcela de apoio e sustentação. Temos dezenas de clínicas, orfanatos, centros de recuperação e casas para idosos.”

 

A corrente de Calvino pretende ser expressão de fé mas, livre de magia. Desde a primeira redação das Institutas é uma expressão legítima da Fé Cristã.

 

Importa encerrar esta nota.

 

John Stott, escritor inglês, publicou um livro pequeno, intitulado “Crer é também pensar”. Na verdade é um pequeno grande livro, cujo conteúdo é definido pelo título. toda uma crosta de magia infelizmente, acaba por aderir às verdades da fé. O livro é uma denúncia.

 

A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma Igreja calvinista – sustenta uma fé esclarecida.

Rev. Júlio Andrade Ferreira

Um comentário

  1. Não vai falar que vocês da Presbitériana acreditam em Predestinação ? Que vocês não acreditam que Jesus veio por todos ? Mas que vocês acreditam que ele veio só por algumas pessoas predestinadas ? Não vai falar que vocês baseiam a fé de vocês no livro * CONFISSÕES DE WESTMINSTER ? *

    é muito sinismo ! Para desmerecer a religião dos outros vocês fazem textos enormes cheios de mentiras. Mas para falar da igreja de vocês , simplesmente poupam palavras e não esclarecem nada

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