Lição 10: Eu creio que posso fazer a diferença

1° TRIMESTRE 2015

Data: 8 de Março de 2015

TEXTO DO DIA

“Tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem” (1Pe 2.12).

SÍNTESE

Deus espera que sejamos pessoas influentes neste mundo decaído, fazendo a diferença na vida das pessoas que nos cercam e demonstrando o poder de Deus em nossa vida.

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA

Abençoqndo pessoas (2Rs 5.2,3)

TERÇA

Orando uns pelos outros (Tg 5.16)

QUARTA

Sendo luz (Mt 5.14)

QUINTA

Praticando boas obras (1Pe 2.12)

SEXTA

Evangelizando (Mc 16.15)

SÁBADO

Sendo pessoas gratas (Cl 3.15)

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

CONSCIENTIZAR-SE de que somos cidadão do Reino de Deus;
RECONHECER nossa missão evangelizadora no Reino;
SABER que temos uma missão social para cumprir.

INTERAÇÃO

Você faz a diferença na vida de seus alunos? Então não terá nenhum tipo de dificuldade em abordar o tema da lição de hoje. O educador também ensina mediante suas ações. Somos cidadãos do Reino de Deus e como tal precisamos manifestar ao mundo o amor dEle e os seus princípios. Um dos princípios do Reino é ajudar aqueles que estão sofrendo. Certa vez Jesus declarou: “Porque tive fome, e não me destes de comer, tive sede, e não me destes de beber sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes” (Mt 25.42,44). Com isso, Jesus estava dizendo que quando deixamos de ajudar as pessoas e rejeitamos os carentes, estamos deixando de ajudar ao próprio Senhor Jesus e rejeitando-o.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, explique aos alunos que o crente pode fazer a diferença na sociedade em que está inserido. Como Igreja do Senhor, temos uma responsabilidade com a evangelização e com a ação social. Deus, em sua Palavra, ordenou assistir os necessitados, órfãos, estrangeiros e viúvas (Lv 23.22; Dt 15.11). Os irmãos da igreja do primeiro século tinham um profundo senso de responsabilidade social. Peça que os alunos leiam Atos 2.45.46 e 2 Coríntios 8.3,4 e 9.13. Em seguida, solicite que eles relacionem o que a classe poderia fazer para ajudar aqueles que estão precisando de ajuda material e espiritual. À medida que forem falando, vá relacionando no quadro.

TEXTO BÍBLICO

Mateus 5.13-20.

13 — Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.

14 — Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;

15 — nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

16 — Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

17 — Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.

18 — Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.

19 — Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.

20 — Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Ser uma pessoa que faz a diferença é imprescindível em qualquer lugar. Fazer a diferença implica ter pensamentos que tragam a solução de problemas, perspectivas novas e crescimento em todos os aspectos, e é isso que veremos na lição de hoje.

I. SOU UM CIDADÃO DO REINO (Mc 1.15; Jo 3.3-5)

1. O que é o Reino de Deus? O Reino de Deus é, de forma resumida, um ambiente em que Deus é o soberano, o governador, aquELe que organiza todas as coisas, age com justiça, sustenta e protege seus súditos. A Bíblia usa outra expressão, “o Reino dos céus”, como sinônimo do Reino de Deus, distinção é que o Reino dos céus traz a ideia de um lugar para onde vão os salvos bem-aventurados. Certa vez, Jesus afirmou que “nem todo o que me diz; Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus” (Mt 7.21). Já a expressão Reino de Deus é mais ampla, abrangendo não apenas um lugar, mas igualmente um estado de bem-aventurança. O Reino de Deus não tem limitação geográfica nem temporal, ou seja, ele abrange todos os lugares e épocas, nações e etnias (Mt 8.11). Não é um reino de comidas e bebidas, e sim de justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17).

2. O que significa ter uma cidadania. Ter cidadania significa, para o mundo, ser uma pessoa que tem o direito à liberdade, à saúde, à educação, segurança e trabalho, vivendo de forma digna com uma série de direitos e prerrogativas, inclusive votar em seus representantes e receber votos. Ser cidadão também implica ter uma série de obrigações, ou seja, a cidadania oferece direitos e exige responsabilidades. Esses mesmos conceitos podem ser aplicados aos cidadãos do Reino de Deus: possuem direitos e têm obrigações, pois diante do mundo corrompido em que vivemos, como cidadãos do Reino, temos uma grande responsabilidade de representar Deus e sua Palavra.

3. O cidadão do Reino de Deus. O cidadão do Reino de Deus, de acordo com Jesus no Sermão do Monte, é uma pessoa que busca a realização da vontade de Deus neste mundo, ou seja, os princípios e regras de Deus sendo aplicados nesta vida (Mt 6.10). Portanto, o cidadão do Reino de Deus busca fazer a vontade dEle neste mundo, da mesma forma que ela já é feita nos céus.

Pense!

O cidadão do Reino de Deus não tem apenas privilégios, mas uma grande responsabilidade diante de Deus e do mundo.

Ponto Importante

Aqueles que têm a Cristo como Salvador e Senhor precisam buscarem primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça.

II. NOSSA MISSÃO EVANGELIZADORA DO REINO (At 1.8; Mt 5.13-16)

1. Evangelizar é uma ordem de Jesus. Falar de Cristo e da salvação não é uma opção para o cristão, e sim um mandamento. A ordem de Jesus foi para que fôssemos a todos os lugares, próximos ou distantes, para falar de sua obra salvífica.

2. Evangelizar com o exemplo. Uma das melhores formas de falar de Jesus é pelo exemplo pessoal. O Evangelho exige uma fé prática. Se você é um cristão e filho de Deus, precisa ser diferente em suas atitudes, tendo o comportamento que Deus espera de um súdito. Nem sempre teremos a oportunidade para falar de Jesus com todas as pessoas que nos cercam, mas o nosso exemplo e comportamento dirão muito acerca de nossa fé. As pessoas que nos observam querem ver se o que falamos está de acordo com o que praticamos, ou o nosso testemunho será esvaziado.

3. Evangelizar com sabedoria e oração. Oração e sabedoria devem fazer parte de nossa atividade evangelística. Nem todas as pessoas serão alcançadas pelo Evangelho da mesma forma. Por isso, é necessário usar a sabedoria para falar de Jesus nos momentos certos, lugares certos e para as pessoas certas. E a oração deve nos conduzir a esses lugares, ocasiões e pessoas. Antes do ato de evangelizar, é preciso orar para que o Espírito de Deus nos conduza às pessoas que ouvirão a sua Palavra e terão a oportunidade de, ouvindo o Evangelho, decidirem se vão aceitá-lo ou não.

Pense!

O evangelismo não é uma opção para os salvos em Cristo, e sim uma ordem do Senhor Jesus aos seus seguidores.

Ponto Importante

Faça sua parte, pregue a Palavra, e o Espírito Santo fará o que cabe a Ele — convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo divino.

III. MISSÃO SOCIAL (Mt 25.34-36; At 4.32-35)

1. Assistindo os necessitados. Em nossa sociedade, não faltam pessoas necessitadas, por uma série de motivos. A Palavra de Deus nos recomenta a que prestemos assistência a essas pessoas, não apenas porque Deus nos ordena, mas também porque assim poderemos demonstrar ao mundo, por meio de nossas boas obras, o nome do Senhor sendo exaltado (Mt 5.16).

2. Praticando a justiça e a misericórdia. Deus quer que sejamos justos e misericordiosos em toda a nossa maneira de viver. Praticar a justiça de Deus é viver de acordo com os padrões que Ele ordenou em nossas relações pessoais. É justo cumprir nossas obrigações e honrar compromissos assumidos, para não desonrar o nome do Senhor e o nosso. É certo exercer a misericórdia para com as pessoas que nos cercam, pois praticar a justiça é uma obrigação de quem teme a Deus, e não uma opção. Um dos pecados pelos quais Nabucodonosor foi julgado por Deus e ficou por um período de tempo semelhante a um animal, além de sua própria arrogância, foi a falta da prática da justiça e a da misericórdia para com os pobres (Dn 4.27). Sim, Deus se preocupa com o fato de que a sua justiça e misericórdia sejam manifestas por meio de nossa vida para abençoar outras pessoas.

3. Dando testemunho do Evangelho. Falar de Jesus também é uma obrigação social do cristão. Não estamos isolados neste mundo, e Deus espera que falemos de Cristo aos que nos cercam. Observe que evangelizar é mais do que simplesmente falar de Jesus às pessoas que não o conhecem. Evangelizar é fazer com que o Evangelho esteja vivo na minha vida para servir de exemplo às pessoas que me são próximas. De nada adianta uma pessoa falar de Jesus e do poder do Evangelho se esse poder não é visto pela pessoa que está sendo evangelizada. Portanto, evangelize, mas também pratique o Evangelho diariamente em sua vida; não seja somente um ouvinte (Tg 1.22).

Pense!

Podemos demonstrar nossa fé por meio de nossas obras. Elas não são um meio para a salvação, e sim uma forma de demonstrar a salvação da qual já usufruímos.

Ponto Importante

A fé sem as obras para nada serve.

CONCLUSÃO

Ser cidadão do Reino de Deus é buscar que a vontade de Deus seja feita neste mundo, da mesma forma que é feita no céu. Como filhos de Deus, podemos fazer a diferença quando falamos de Jesus e nos envolvemos nas questões sociais. Lembre-se de que o Evangelho de Jesus Cristo é mais do que uma ideia, mas sim uma fé prática, que contagia as pessoas e faz com que aqueles que não conhecem a Deus o glorifiquem por meio de nossas obras.

ESTANTE DO PROFESSOR

CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã.
CIDACO, J. Armando. Um Grito pela vida da Igreja.

HORA DA REVISÃO

1. O que é o Reino de Deus?

O Reino de Deus é, de forma resumida, um ambiente em que Deus é o soberano, o governador, aquEle que organiza todas as coisas, age com justiça, sustenta e protege seus súditos.

2. O que significa ter uma cidadania

Ter cidadania significa, para o mundo, ser uma pessoa que tem o direito à liberdade, à saúde, à educação, segurança e trabalho, vivendo de forma digna com uma série de direitos e prerrogativas, inclusive votar em seus representantes e receber votos.

3. Evangelizar é uma opção?

Falar de Cristo e da salvação não é uma opção para o cristão, e sim um mandamento.

4. Como crentes, temos responsabilidades com as questões sociais?

Sim, pois falar de Jesus também é uma obrigação social do cristão.

5. Você tem feito a diferença em sua comunidade?

Resposta pessoal.

SUBSÍDIOS

“AÇÃO SOCIAL: COMPROMISSO DE UMA IGREJA

O avivamento espiritual que é tanto a causa como o produto de uma Igreja Viva precisa abranger a igreja como um todo, se não queremos um organismo aleijado ou disforme. Não se pode falar de um avivamento que priorize apenas um aspecto da totalidade do ser humano como, por exemplo, o destino de sua alma, em detrimento de seu bem-estar físico e social.

Não nos interessa uma comunidade apenas voltada para o futuro, em prejuízo do hoje, pois isso implica negligenciar as necessidades imediatas e urgentes do ser humano. O homem vive na dimensão do aqui e agora. Tem fome, frio, sofre injustiças; enfim, tem mil motivos para não ser feliz. Nossa missão, pois, é socorrer o homem no seu todo, para que não somente usufrua paz de espírito, mas também conserve no corpo e na mente motivos de alegria e esperança. O projeto de Jesus é para o homem todo e para todos os homens. Fugir dessa verdade é desobediência e rebelião contra aquEle que nos comissionou.

Um verdadeiro avivamento trará de volta ao crente brasileiro o amor pelos quase 50 milhões pátrios que vivem na pobreza absoluta. O estilo de vida de uma igreja avivada não se presta a esquisitices humanas, mas à formação de personalidades de acordo com o caráter de Cristo, que negligenciam o amor ao próximo” (CIDACO, J. Armando. Um grito pela vida da igreja. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, pp.87-8).

Caro professor,

“aprendizes interativos são pessoas sensíveis que se envolvem com outras e aprendem melhor em contextos que possibilitem o desenvolvimento de relacionamentos interpessoais.

Estes alunos curiosos e inquiridores aprendem ouvindo e compartilhando ideias. Eles veem o quadro geral de forma panorâmica com mais facilidade que pequenos detalhes. Eles aprendem usando os sentidos, a sensibilidade e a observação. Conseguem ver todos os lados das questões apresentadas.

Já os aprendizes analíticos adquirem conhecimento observando e ouvindo. Eles esperam que o professor seja o principal fornecedor das informações, enquanto eles ficam sentados e avaliam com cuidado a informação que é apresentada. Estes são alunos que aprendem pelo método tradicional e, por isso, muitas vezes eles são considerados os melhores aprendizes. Eles são planejadores estratégicos, e visam à perfeição, respostas corretas, o grau máximo na escola da vida. Estes alunos querem primeiro obter dados para, depois, tomar uma decisão” (LEFEVER, Marlene. Estilos de Aprendizagem: Como Alcançar cada um que Deus lhe Confiou para Ensinar. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.17,18).

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