Lição 3: Jesus, a luz do crente

3º Trimestre de 2009

 

Data: 19 de Julho de 2009

TEXTO ÁUREO

“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12).

VERDADE PRÁTICA

Somente iluminados por Cristo podemos refletir a sua glória e ser luz para o mundo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Mt 4.16

A presença de Jesus dissipa as trevas

Terça – Lc 2.32

Jesus se revela como a luz das Nações

Quarta – Jo 1.9

Jesus, a luz autêntica e imparcial

Quinta – Mt 4.16

Jesus, a luz que sara

Sexta – Mt 5.14,15

A luz do crente deve ser constante

Sábado – Ap 21.23

Na glória, Cristo será a eterna luz

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 João 1.5-7; João 1.4-12.

1 João 1

5 – E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.

6 – Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade.

7 – Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

João 1

4 – Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;

5 – e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.

6 – Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.

7 – Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.

8 – Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.

9 – Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,

10 – estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.

11 – Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

12 – Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome.

INTERAÇÃO

Professor, esta lição trata do tema “luz”. O assunto será primeiramente abordado tendo em vista o conhecimento da fonte de luz, e só então passará à análise do testemunho cristão. Pessoas há que acreditam que o “ser luz” resume-se à observação de um conjunto de regras, as quais farão com que elas se sobressaiam entre as demais. Entretanto, não podemos perder de vista o fato de que não temos “luz própria”. Deus é a fonte de luz, e somente os que foram transformados pela Palavra de Deus e dEle se aproximaram é que podem realmente brilhar como testemunho vivo neste mundo (Fp 2.15).

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Reconhecer que o testemunho cristão só pode ser real se estiver baseado na fonte de luz.
Entender o uso diferente das expressões “luz” e “trevas” nos vários contextos da Bíblia.
Conscientizar-se do que, de fato, significa ser “luz”.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, compreender a utilização de uma mesma palavra em diferentes contextos da Bíblia, é imprescindível para entender corretamente a mensagem escriturística. Reproduza a tabela abaixo e, após discorrer sobre o primeiro tópico da lição que versa sobre cristologia, introduza os tópicos 2, 3 e 4 usando a tabela a seguir.

Expressões Parentais aplicadas ao Senhor Jesus

LUZTREVAS
Deus2 Co 4.6; 1 Jo 1.5; Ap 22.5
JesusMt 4.16; Jo 1.4-9; 3.19; 8.12; 12.46,35,36
CristãoMt 5.14; 2 Co 6.14; Ef 5.8; 1 Ts 5.5
Pecado Mt 4.16; 6.23; Jo 12.46; Rm 13.12
Satanás2 Co 11.14
Demônios Lc 22.53; Ef 6.12

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Luz: Claridade, luminosidade.

Nesta lição, com o propósito de manifestar Cristo como a luz divina e, seus seguidores como dependentes desta claridade, o apóstolo João fala do Filho de Deus como “Luz do mundo” (Jo 1.9; 8.12; 9.5), e chama os seus servos de “filhos da luz” (Jo 12.36). Isto significa que os cristãos compartilham da natureza divina, tão logo se tornam filhos do Altíssimo (Jo 1.12,13).

I. JESUS, O FILHO DE DEUS

João apresenta o Mestre como o homem perfeito, mas também divino. Ele é realista ao afirmar que Jesus tem um corpo físico, ou seja, é plenamente humano (Jo 19.38-40; 20.25-27) e, ao mesmo tempo, divino (Jo 20.28-31). Assim, contrariando os gnósticos (1 Jo 4.1-3; 2 Jo v. 7), João enfatiza que negar que Cristo veio em carne também é negar que Jesus é o Filho de Deus.

1. Jesus, o Filho de Deus. A Bíblia revela que Jesus é o Filho de Deus, através do qual temos: comunhão com o Pai (Jo 14.6), purificação de todo o pecado (1.7-9) e defesa diante do Senhor (2.1). João estava plenamente convicto do que Isaías profetizara concernente ao Messias (Is 9.6), do que Deus dissera (Lc 3.21,22) e do que o próprio Cristo também afirmara de si mesmo enquanto exercia o seu ministério (Jo 8.36) no Getsêmani (Lc 22.42), perante o sinédrio (Mc 14.61,62) e até mesmo na cruz (Lc 23.46).

2. Os pilares da doutrina cristã proclamados por João. O apóstolo João defende que devemos crer no nome de Jesus como Filho de Deus (1 Jo 3.23), aceitar que Ele veio a este mundo em carne para nos salvar (4.2), e que esta é a única condição de termos comunhão com Ele (4.15; 5.1).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Devemos crer em Jesus como Filho de Deus e aceitá-lo tal como veio a este mundo: Homem sem deixar de ser Deus.

II. JESUS É A LUZ

João, inspirado pelo Espírito Santo, teve a missão de levar à Igreja a mensagem doutrinária sobre quem é Jesus Cristo. E, como já vimos, ele o faz destacando o fato de ter convivido com o Mestre (Jo 21.24; 1 Jo 5.20). O apóstolo Pedro também dá idêntico testemunho (2 Pe 1.16-18), e todos sabemos que, segundo a lei, o testemunho de dois homens é verdadeiro (Jo 8.17).

1. Deus é luz. A luz é uma das mais perfeitas figuras para exprimir a santidade, perfeição,justiça e sabedoria de Deus (2 Co 4.6). Isto é perceptível em toda a Bíblia. O apóstolo do amor afirma: “E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 Jo 1.5). No último livro do Antigo Testamento, Malaquias profetiza o nascer do sol da justiça, referindo-se ao Senhor Jesus por ocasião da sua segunda vinda (Ml 4.2). Isaías profetizou sobre essa luz, que é Cristo (Is 9.1,2); Mateus registrou o seu cumprimento (Mt 4.12-16); e Simeão o aguardava (Lc 2.28-35).

2. Jesus, a luz do mundo. Cristo, no início do seu ministério, habitou em Cafarnaum, na Galiléia, e ali iluminou diversas vidas (Mt 4.12-16). Muitas pessoas, alcançadas neste período, continuaram firmes e tornaram-se testemunhas do Senhor mediante o Espírito Santo (At 1.8). Jesus manifestou-se publicamente, declarando: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12). Sua mensagem adverte que o homem só terá a vida eterna se aceitar a Cristo e viver segundo a sua Palavra, nosso manual de regra de fé e prática de vida (Jo 5.24).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A luz é uma das mais perfeitas figuras que expressam a santidade, perfeição, justiça e sabedoria de Deus.

III. AS TREVAS OPÕEM-SE À LUZ

As trevas representam o nível de degradação espiritual e moral em que o mundo e o homem sem Deus se encontram. Elas se caracterizam pelo estado e pelas ações pecaminosas do homem, resultantes da transgressão de Adão para com Deus (Gn 3.6).

1. A origem das trevas do pecado. Trevas é um dos nomes do pecado (Jo 3.19; At 26.18), e tiveram sua origem na rebelião de Satanás contra Deus e no pecado de Adão e Eva contra o seu Criador e Senhor. A partir da Queda, a maldade, a corrupção, a depravação, o sofrimento, os vícios e a morte foram introduzidos no mundo (Rm 5.12). E foi para dissipar este estado de densas trevas que Deus enviou o seu Filho (Mt 4.16; Jo 3.16,17). Assim como a tragédia ocorrida no Éden afetou toda a humanidade, através do sacrifício de Jesus Cristo, todos aqueles que o aceitam como o seu Salvador são redimidos (Rm 5.17-21).

2. Outros usos da expressão trevas. Algumas vezes, dependendo do contexto, a Bíblia emprega este termo para referir-se a uma estrutura complexa de seres, composta por anjos malignos e seres humanos a serviço do mal e regidos pelo Diabo, que é o seu príncipe (Jo 14.30; 16.11; Ef 6.12; Jd v.6). Os homens não regenerados também são chamados de trevas (Ef 5.8), bem como os espíritos malignos (6.11,12). Em sua ignorância ou resistência à Palavra de Deus, os homens sem Deus estão indo de mal a pior e, caso não se convertam a Cristo, seu fim será o lago de fogo reservado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

As trevas representam o nível de degradação espiritual e moral em que o mundo e o homem sem Deus se encontram.

IV. VIVENDO COMO FILHOS DA LUZ

Andar na luz (1 Jo 1.7) significa viver uma vida de santidade diante do Senhor, da Igreja e do mundo; viver uma vida de permanente separação de atitudes, atos e condutas pecaminosas. Esse modo de vida tem início quando o homem aceita a Cristo e sua Palavra e rejeita, cônscia e espontaneamente, toda a prática que fere os mandamentos do Senhor. Colocando essa decisão em prática, demonstramos que somos “luz no Senhor” (Ef 5.8).

1. Filhos da luz. Contrastando o estado dos efésios, antes da conversão, o apóstolo dos gentios os qualifica agora como “luz no Senhor” (Ef 5.8). Por sua vez, a Bíblia denomina os servos de Deus como filhos da luz, pelo fato de termos o privilégio de ser participantes da sua natureza divina, da imagem moral de Cristo. Uma vez que, através de Cristo Jesus, somos filhos de Deus, nosso viver em bondade, pureza e retidão deve refletir o caráter de Deus (Mt 5.48). Por isso, não somos apenas um brilho, mas pessoas comprometidas com a exaltação do nome de Deus por meio da nossa conduta em meio a uma sociedade corrompida (Fp 2.15).

2. A luz está intimamente ligada à vida. Do cristão se espera uma vida de alegria, segurança e irrepreensível em todas as esferas e em toda e qualquer circunstância (2 Rs 4.9; Jr 17.7,8; Ec 9.8). Tal pessoa tornou-se membro da família de Deus (Ef 2.19; Lc 8.21) e participante da plenitude do Senhor e de suas bênçãos (Ef 3.19; 1.3). Além disso, agora compartilha da natureza de Cristo, e suas atitudes expressam retidão (Mt 5.48), bondade (Lc 10.25-37) e justiça (Rm 6.18-22). Enquanto os homens pecadores evitam a luz (Jo 3.19,20), Jesus ordena aos salvos a manifestarem a sua luz para que o Pai seja glorificado por meio de suas vidas (Mt 5.14-16).

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

Pelo fato de sermos filhos da luz, somos participantes da natureza divina e temos a imagem moral de Cristo.

CONCLUSÃO

Jesus é a Luz do mundo, por Ele fomos feitos filhos da Luz. É o seu desejo que nossa luz resplandeça no meio de uma geração alienada de Deus, incrédula, mundana e perdida, para que o povo veja nossas boas obras, converta-se e glorifique ao nosso Pai que está nos céus.

REFLEXÃO

“Somos luzes no mundo, mas a energia que nos sustenta não é própria,antes tem origem numa fonte ável e causal – Cristo, a luz do mundo”. Geremias do Couto

VOCABULÁRIO

Alienado: Alheio, ignorante.

Depravação: Perversão, corrupção.

Exprimir: Revelar, manifestar, expressar.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

RICHARDS, L. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2007.

EXERCÍCIOS

1. Cite os pilares da doutrina cristã proclamados por João.

R. A crença no nome de Jesus como Filho de Deus, o ato de aceitar que Ele veio em carne e que esta é a única condição de termos comunhão com o Senhor.

2. Mencione duas referências bíblicas relacionadas a Jesus como a luz do mundo.

R. Mt 4.12-16; Jo 8.12.

3. Qual a origem das trevas?

R. As trevas tiveram origem na rebelião de Satanás contra Deus e no pecado de Adão e Eva contra o seu Criador e Senhor.

4. Que outros sentidos, além de pecado, o termo trevas pode terna Bíblia?

R. Algumas vezes a Bíblia emprega este termo para referir-se a uma estrutura complexa de seres, composta por anjos malignos e seres humanos a serviço do mal e regidos pelo Diabo, que é o seu príncipe (Jo 14.30; 16.11; Ef 6.12; Jd v.6). Os homens não regenerados também são chamados de trevas (Ef 5.8), bem como os espíritos malignos (6.11,12).

5. Que características possuem os filhos da luz?

R. Bondade, pureza e retidão.

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