Alguns evolucionistas admitem que houve um dilúvio, mas rejeitam o
relato do livro de Gênesis, afirmando que tal acontecimento se deu há
milhões e milhões de anos. Segundo eles, é fácil contestar a descrição bíblica
do dilúvio.
Dizem que a arca, nas dimensões apresentadas em Gênesis (130m de
comprimento, 35m de largura e 15m de altura, aproximadamente), só
poderia ser construída nos dias de hoje, pois seria necessária a ajuda da
engenharia moderna e de centenas de pessoas. E afirmam que Noé e sua
família não conseguiriam percorrer todos os continentes em busca das
espécies de animais. Como teria chegado, por exemplo, o urso polar à arca?
Asseveram que seria impossível manter os animais na arca sem as técnicas
zoológicas modernas. Os animais estavam fora de seu habitat. Como
sobreviveriam? Como alimentar todas as espécies? Como a biologia
considera extintas as espécies que possuem algumas centenas de exemplares,
questionam: De que maneira um casal de cada espécie garantiria a
subsistência das criaturas? Finalmente, argumentam que o ciclo hidrológico
de evaporação que provoca a chuva é incapaz de prover uma quantidade de
água que inundasse toda a extensão da Terra.
Bem, as questões apresentadas pelos evolucionistas concentram-se no
campo racional. Eles (por mais irracional que seja o evolucionismo de
Darwin) analisam tudo pela razão, sem levar em conta a existência de um
Deus Todo-poderoso no controle de todas as coisas, capaz de fazer acontecer
tudo o que lhe apraz. Somente o fato de que Ele estava no controle de tudo
refutaria essas teses meramente racionais. Entretanto, consideraremos essas
questões à luz das Escrituras.
No que diz respeito à construção do barco, Deus deu a planta a Noé,
com todas as medidas. Além disso, capacitou-o com sabedoria e lhe
concedeu todas as condições necessárias para construir a embarcação (Gn
6.13-22). Considerando que não havia a atual divisão continental, as espécies
estavam concentradas em grande proporção na região da Mesopotâmia.
Nesse caso, o trabalho de Noé no encaminhamento dos animais à arca não
teria sido tão difícil.
Segundo o relato bíblico, o Senhor ensinou a Noé como preservaria as
espécies dentro do barco (Gn 6.16-20). E a sabedoria de Deus é
infinitamente superior às técnicas zoológicas da atualidade. Tanto é verdade
que, das espécies mais frágeis, como as aves, Ele ordenou a Noé que se
apanhassem sete casais, o que garantiria, de qualquer forma, a continuidade
dessas criaturas sobre a terra após o devastador dilúvio (Gn 7.2-8).
O poder de Deus é ilimitado; não se restringe a leis ditas científicas (1
Tm 6.20). Se fôssemos analisar o Livro de Deus pela razão apenas, e não
pela fé, não só o dilúvio seria impossível. Teríamos de negar todos os
milagres registrados nas páginas sagradas. Mas, graças a Deus, o crente
espiritual discerne bem tudo (1 Co 2.14-16).
Como controlador da natureza, o Deus Todo-poderoso certamente
guiou os animais até à arca. Quanto ao urso polar, os próprios evolucionistas
sabem que resultou da mistura de algumas espécies, sendo desnecessário
explicar como ele chegou à arca, não é mesmo?
fonte: Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar – Ciro Sanches Zibordi