Lição 5: A sublimidade do culto cristão

2º Trimestre de 2008

 

Data: 04 de Maio de 2008

TEXTO ÁUREO

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26).

VERDADE PRÁTICA

Cultuar a Deus é uma obrigação que, em nossa vida, deve traduzir-se em júbilo espiritual.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Êx 12.26

O significado do culto divino

Terça – Sl 100.1-5

A alegria do culto divino

Quarta – Sl 103

Cultuando a Deus com a alma

Quinta – 1 Co 14.26

A fórmula do culto divino

Sexta – Hc 3.18

Adorando a Deus como Salvador

Sábado – Sl 128

O culto doméstico torna a família feliz

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Colossenses 3.12-17.

12 – Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade,

13 – suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.

14 – E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição.

15 – E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.

16 – A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração.

17 – E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.

INTERAÇÃO

Caro professor, promova um debate sobre a importância de se ter uma liturgia definida no culto em nossas igrejas.

Comece a aula com as seguintes perguntas: Qual a importância da liturgia no culto? Como era a liturgia do culto no Antigo e o Novo Testamento? Quais elementos litúrgicos são indispensáveis no culto cristão?

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Definir o termo culto.
Descrever os objetivos do culto cristão.
Distinguir o culto verdadeiro do falso.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Utilizando uma técnica didática denominada “Tempestade Cerebral”, proponha à classe a seguinte questão: Qual a diferença entre louvar e cultuar? Como funciona a técnica? O professor fará a pergunta e, cada aluno, um após o outro, deverá respondê-la imediatamente, sem que haja tempo suficiente para estruturar ou ordenar logicamente a resposta. As idéias serão captadas em estado nascente. A partir do uso desta técnica o professor estará avaliando o nível de conhecimento da classe acerca do assunto tratado. A seguir, coloque no quadro a resposta que você preparou.

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave

Culto: Adoração ou homenagem reverente que se presta a Deus.

“Quantas lágrimas verti, de profunda comoção, ao mavioso ressoar de teus hinos e cânticos em tua igreja! Aquelas vozes penetravam nos meus ouvidos e destilavam a verdade em meu coração, inflamando-o de doce piedade, enquanto corria meu pranto e eu sentia um grande bem-estar”.

Estas palavras de Agostinho, o maior teólogo da cristandade ocidental, constrangem-nos a entrar, humilde e amorosamente, nos átrios do culto divino. Já na intimidade do trono da graça, é-nos impossível conter as lágrimas ao som dos hinários cristãos. E as intervenções celestes? E a exposição da Palavra? O que vem a ser, todavia, o culto cristão?

I. O QUE É O CULTO CRISTÃO

Diante do profundo significado da páscoa hebraica, as crianças israelitas indagavam a seus pais: “Que culto é este vosso?” (Êx 12.26). E os pais, adornados com a paciência tão própria dos filhos de Abraão, narravam-lhes os acontecimentos que deram origem à páscoa. Estaremos nós também aparelhados a explicar aos nossos filhos a importância do culto cristão?

1. Definição etimológica. A palavra culto é originária do vocábulo latino “culto”, e significa adoração ou homenagem que se presta ao Supremo Ser. No grego, temos duas palavras para culto: “latréia”, significando adoração; e: “proskynēo”, reverenciar, prestar obediência, render homenagem.

2. Definição teológica. O culto é o momento da adoração que tributamos a Deus; marca o encontro do Supremo Ser com os seus adoradores. Eis porque, durante o seu transcurso, cada membro da congregação deve sentir-se e agir como integrante dessa comunidade de adoração – a Igreja de Cristo.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

O culto, do grego latréia e proskynēo, é o momento através do qual os filhos de Deus adoram a Deus em espírito e em verdade. Literalmente quer dizer: adorar e reverenciar a Deus.

II. OBJETIVOS DO CULTO PUBLICO CRISTÃO

Afirmou o reformador francês João Calvino: “O primeiro fundamento da justiça é, sem dúvida, a adoração a Deus”. Justificados pela fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, não podemos fugir à nossa responsabilidade; devemos reunir-nos, periodicamente, a fim de cultuá-Lo, em espírito e verdade.

Vejamos, pois, os objetivos do culto público cristão.

1. Levar-nos a reconhecer a Deus como o nosso Criador e Mantenedor de tudo quanto existe. Atentemos à convocação do salmista: “Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com canto. Sabei que o Senhor é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto” (Sl 100.1-3).

2. Instigar nos a agradecer a Deus como o nosso Salvador através de Cristo. Assim reconhece o profeta a sua dependência do Redentor: “Eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.18).

3. Constranger-nos a nos humilhar diante de Deus como aquEle que, sempre presto, nos perdoa as iniqüidades. Deixa-nos o salmista este belo exemplo de ações de graças: “É ele que perdoa todas as tuas iniqüidades” (Sl 103.3).

4. Estimular nos a nos alegrarmos diante de Deus como aquEle que nos cura todas as enfermidades e que nos enche de benignidades. Vejamos como o salmista induz-nos a celebrar o Senhor: “Quem redime a tua vida da perdição e te coroa de benignidade e de misericórdia; quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia” (Sl 103.4,5).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os principais objetivos do culto público são: reconhecer a Deus como o Criador e Mantenedor de todas as coisas; instigar à gratidão e à rendição a Deus; proporcionar alegria espiritual.

III. O CULTO PARTICULAR E DOMÉSTICO A DEUS

Se o culto público é importante, o particular é imprescindível. Se não podemos estar no templo todos os dias, sempre é possível estar ao pé de Cristo, onde quer que estejamos.

1. O que é o culto particular a Deus. É o meio de que dispomos para manter não somente a nossa comunhão com o Salvador, mas para vivermos uma existência repleta de regozijo espiritual. Leia, com muita atenção, a Epístola de Paulo aos Filipenses.

O culto doméstico é, de igual modo, uma devoção particular a Deus.

2. O culto doméstico. A família que, unida, cultua a Deus, permanecerá unida seja na bonança seja nos temporais que nos ameaçam o frágil barquinho. Não podemos, sob hipótese alguma, desprezar a devoção em família para não fracassarmos como indivíduos. Tem você realizado o culto doméstico com regularidade e constância? Leia, neste momento, o Salmo 128, e veja o retrato de uma família que celebra o nome do Senhor.

Embora não haja uma liturgia prescrita às nossas devoções particulares e domésticas, é conveniente manter os seguintes elementos: oração, jejum, cânticos e leitura da Palavra de Deus com rápidos comentários.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O culto particular a Deus, ou doméstico, é o meio de que o crente dispõe para manter, juntamente com toda a família, comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo.

IV. COMPONENTES DO CULTO CRISTÃO

A liturgia da Igreja Primitiva, ao contrário do culto levítico, era simples e pentecostal. Os dons espirituais faziam parte dos serviços, e não se estranhava quando alguém manifestava-se noutras línguas; eram estas interpretadas, exortando, consolando, edificando os fiéis, e descobrindo os corações aos incrédulos.

Em pelo menos três ocasiões, o apóstolo Paulo refere-se aos elementos que acompanhavam o culto da Igreja Primitiva.

1. Aos coríntios. Deixa Paulo bem patente, aos irmãos de Corinto, que os atos litúrgicos devem ser usados para a edificação: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26).

2. Aos colossenses. Já aos colossenses, realça ele os cânticos na adoração cristã: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Cl 3.16 – ARA).

3. Aos efésios. Finalmente aos efésios, mostra o apóstolo que a liturgia é um eficiente meio da graça para enlevar a espiritualidade (Ef 5.18-21).

4. Elementos do culto cristão. Embora não siga necessariamente esta ordem, aqui estão os elementos do culto cristão: doutrina, revelação, línguas estranhas e interpretação, salmos, hinos, cânticos espirituais e ações de graças.

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

Os elementos que compõem o culto cristão estão expressos em várias passagens do Novo Testamento, entre os quais se destacam: doutrina, revelação, línguas estranhas e interpretação, salmos, hinos, cânticos espirituais e ações de graças.

V. ATITUDES NO CULTO CRISTÃO

Com que me apresentarei diante do Senhor? Eis a pergunta que o escritor sacro endereça ao Todo-Poderoso. Vejamos algumas coisas a serem observadas quando entrarmos na Casa de Deus para cultuá-Lo:

1. Reverência e profundo temor. “Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal” (Ec 5.1).

2. Alegria e regozijo. “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!” (Sl 122.1).

3. Predisposição e discernimento espirituais. “Acordado, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E temeu e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a Casa de Deus; e esta é a porta dos céus” (Gn 28.16,17).

4. Espírito de oração e súplicas. Aflita, a mãe do profeta Samuel entrou na casa do Senhor e, ali, derramou a sua alma: “Ela [Ana], pois, com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente” (1 Sm 1.10).

5. Espírito de louvor e cânticos. “Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome” (Sl 100.4).

SINOPSE DO TÓPICO (V)

As principais atitudes do adorador são: reverência e profundo temor, alegria e regozijo, predisposição e discernimento espiritual, espírito de oração, súplicas e de louvor.

CONCLUSÃO

Tem você cultuado a Deus na beleza de sua santidade, como a Bíblia o requer? Cultuar a Deus não significa, meramente, ir à igreja; significa entrar no santuário divino com ações de graças como o fazia Davi. Não importa onde você esteja; adore a Deus.

VOCABULÁRIO

Liturgia: Os elementos que compõem o culto cristão.
Prescrito: Explicitamente ordenado ou estabelecido.
Presto: Com presteza ou rapidez; ligeiro, rápido, prestes.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

KESSLER, N. O culto e suas formas. RJ: CPAD, 2007.
MACARTHUR JR. J. Ministério pastoral. 4.ed., RJ: CPAD, 2004.
TAYLOR, K.N. Culto doméstico para crianças. RJ: CPAD, 2002.

EXERCÍCIOS

1. Explique o sentido do termo “culto” no grego e na teologia.

R. O culto, do grego latréia e proskynēo, é o momento através do qual os filhos de Deus adoram a Deus em espírito e em verdade. Literalmente quer dizer: adorar e reverenciar a Deus.

2. Cite dois objetivos do culto público cristão.

R. Instigar à gratidão e à rendição a Deus.

3. O que é o culto particular a Deus?

R. O culto particular a Deus, ou doméstico, é o meio de que o crente dispõe para manter, juntamente com toda a família, comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo.

4. Cite três elementos que compõem a liturgia do culto cristão.

R. Doutrina, revelação, línguas estranhas e interpretação.

5. Descreva três atitudes necessárias ao adorador.

R. Reverência e profundo temor, alegria e regozijo, predisposição e discernimento espiritual.

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